.
Três som os livros de Vattimo, verdadeiras xóias filosóficas e literárias, que o leitor deve ter em consideraçón: “Il Soggeto e la Maschera”, “Nietzsche e il Problema della Liberazione; Introduçón a Nietzsche,” e “Diálogo com Nietzsche; Ensaios 1961-2000.” Tal como para Heidegger existem “dous Nietzsches”, para Vattimo também existiran, embora integrados nunha ambiguidade irresolúvel. Por um lado, está o Nietzsche da vontade como arte-técnica niilista, em que culmina a metafísica do suxeito, como vontade de autorreferência e vontade de nada (deste ponto de vista, Nietzsche é o último metafísico em que a metafísica do Occidente, como história do esquecimento do ser, chega ao seu total cumprimento). Por outro lado, está o “outro Nietzsche”, cuxa obra ontolóxica – segundo Heidegger – supera o autor e até mesmo a sua época, porque é tan extremamente criativa que xá non teria lugar na temporalidade histórica do filósofo que a concebeu, nem do mundo “anterior” a ela; trata-se de Nietzsche como criador do Zaratustra, o mestre do “eterno retorno”. O mesmo Vattimo recorda-nos a insistência de Heidegger relativamente ao facto de se dever ler a Nietzsche como um ontoloxista e non como um mero crítico da cultura burguesa. É preciso lê-lo como se lê Aristóteles. Para non reproduzir os “dous Nietzsches de Heidegger”. Vattimo reintegra-os num só, de fascinante ambiguidade. Como opera nas problemáticas principais da ontoloxía de Nietzsche a “dupla perspectiva” mencionada?
teresa oñate e brais g. arribas
Publicado en Uncategorized