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Mas xá el, polo demais, se puxo ésta mesma obxecçón: “Se verdadeiramente só é ciência a que se obtêm por demonstraçón, e os primeiros princípios non se podêm demonstrar, certamente nón haberá ciência destes, e em consequência nón há ciência algunha”. Mas, nón resolveu satisfactoriamente, ó afirmar que nón toda ciência é demonstractiva, senón que é indemonstrável a daquélas cousas que nón necesitan de meios. De aí, pois, segue-se que nón se dixo com carácter absolucto que sexa verdade isto; “Saber é conhecer unha cousa polas suas causas”. E igualmente aquílo: “A ciência é um hábito adquirido por demonstraçón. Mas posto, que há algunha que nón se pode demonstrar. Em câmbio, tinha-se expressado melhor noutra parte, e houbera-se podido desculpá-lo, se sempre tivesse falado da mesma maneira e se algunha vez explicara bêm o que é a ciência; Mas, como sempre, é vago, confuso e inconstânte, nón cabe lugar a desculpas. Pois em definitiva, tinha dito: “A ciência das cousas que tenhêm princípios, causas e elementos depende do conhecimento deles”. É ridícula a maneira como o exponhem os seus sequáces, porque desviando as cousas para as palabras e os siloxísmos (atontados pelo velho erro e apodrecendo nél) interprétam os princípios como as proposiçóns primeiras e evidentes de cada ciência, assím como as hipotécticas, e eles mesmos chamam-nas princípios e axiomas; explican as causas como proposiçóns intermédias que se ponhem entre os princípios e o que há de ser probado; e como elementos consideram ó suxeito, ó predicador, á cópula, ó termo médio, ó extremo maior e ó menor. ¿Nón é isto unha ficçón subtíl? ¿Ou mais bêm um delírio? Assím o chefe engana-se um pouco, mas eles, que nem o entendem, nem o seguem, todavía se enganam aínda mais, até que acaban caíndo em tamanha quantidade de vaguedades, ó apartar-se passo a passo da verdade. Mas voltemos a él. Nón se pode desculpá-lo: antes afirmava que há ciência dos primeiros princípios, mas que é indemostrável; noutro passaxem chama ó conhecimento dos primeiros princípios intelixência, nón ciência, no que obra mal, pois se tivéra ciência destes, assím como de outras cousas, sería unha ciência perfeita. Agora bêm: como nón a há destes, tampouco a há daquélas cousas das quais estes son princípios. De onde se segue, que nón se sabe nada!! Ademais, ¿que é a ciência, senón intelecçón de unha cousa? Porque afirmamos saber algo, quando a entendemos!!
francisco sánchez
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