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Xá na universidade, na faculdade de filosofía de Turim, o seu grande mestre e amigo foi o filósofo Luigi Pareyson. Apesar de ser unha pessoa muito preocupada com o pecado e com o inferno. Vattimo recorda que Pareyson sempre foi de unha tolerância e de unha liberalidade refinadas, especialmente com a sua homossexualidade e com o marxismo (que lhe eram completamente contrários), daquele xovém “gay”, de esquerda e cato-comunista que era Gianni Vattimo, e que em breve se tornaría seu professor assistênte. Relativamente á sua influência filosófica sobre Vattimo nota-se a marca de Pareyson, na abordáxem hermenêutica ou interpretativa da sua filosofía e na selecçón das problemáticas principais a abordar, apesar de a sua pertença a épocas diferentes os diferenciar radicalmente. Enquanto Pareyson é aínda um filósofo hermenêutico de caríz existencialísta (mais próximo de Karl Jaspers do que do primeiro Heidegger e, em todo o caso, tán próximo de Schelling, como Gadamer de Hegel), Vattimo bebe mais da fonte do segundo Heidegger (tal como Gadamer) e reconhece, na ontoloxía da linguaxem (do ser) como evento e envio de menssaxens (cuxo sentido tem de ser compreendido, interpretádo e reenviado no contexto do acontecer histórico), que este ser da linguaxem consiste em que non só a falamos como também nos fala e nos pon em xogo, metendo-nos no conflito tensional do “logoy pólemos” (ligaçón-diverxência) interpretativo (como xá assinalava Heráclito); o logos próprio das apelaçóns, respostas e interrogaçóns, que condiciona e possibilita a experiência central tanto do acontecer “da verdade da arte” (como experiência “verdadeira” que transforma o que a faz, xá indicada por Hegel), como da verdade histórica e historiográfica e até da verdade hermenêutica teolóxica. Tudo isto equivale a seguir Hegel, tal como faz Gadamer, mas segundo o pensamento do seu intérprete-discípulo Vattimo: substituindo o “Espírito Absoluto” (aínda idealista e do “Suxeito” – como síntese autotransparente do espírito subxectivo do eu e do espírito obxectivo do mundo) pela mediaçón, “fazendo-se sempre historicamente e diferindo” do ser da linguaxem. E sem nunca perdermos de vista que pertencemos á linguaxem, tal como se pertence a um meio (Heidegger costumava dizer que o homem pertence á linguaxem, como os peixes ao mar, ou as aves ao céu), ou sexa, com unha invencível ambiguidade entre a proximidade e a distância oscilatórias que se ponhem em xogo na interpretaçón: na relaçón aberta e crítica que mantemos, paralelamente, com os passados que nos estranham e se nos aprópriam do mesmo tempo, e com o futuro que abrimos ao reenviá-los “traduzidos” (necessariamente distorcidos e “actualizados”). Tensón hermenêutica que, no caso de Vattimo, insiste no conflicto e no desacordo e non só no diálogo, e cuxas acepçóns recolhe no método da “Verwindung”: deslocaçón, deslocamento, distorzón, assumpçón despotenciada e niilista das menssaxens do “ser-história-linguaxem”; por profundas razóns “históricas” que se devem ao “ser para a morte” de Heidegger e ao niilismo de Nietzsche.
teresa oñate e brais g. arribas
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