Categorías
Arquivo
- Agricultura Alimentación Anonymous Arquitectura Astronomía Blogs para curiosear Bos desexos Cerebro Cine Darío e Breixo Economía Educación Frutais Futuro Historia Humor Indignados Libros Lingua Literatura Medios de comunicación Monte Comunal Natureza Poesía Política Procomún Publicidade Sidra Socioloxía Software libre Tradicións Viaxes Xadrez
Os nosos blogs
Arquivos diarios: 23/04/2018
QUE NADA SE SABE (18)
Talvéz recorrerás ao Deus óptimo e máximo, causa primeira de todas as cousas, e fím último de todas elas. Dirás que há que deter-se aí, sem necessidade de proceder ó infinito. Disto, trataremos despois, mas de momento transíxo. ¿Que se segue daí? ¡Que non sabes nada! Foxes do infinito, para ir cair noutro infinito, inmenso, incompreenssíbel, inefábel, inintelexíbel. ¿Acáso, se pode conhecer? De ningunha maneira! Mas, é a causa de tudo, segundo tú. Por tanto, o seu conhecimento é necessário para o conhecimento dos efeitos, de acordo com a túa definiçón. Logo, non sabes nada! E, se non consideras necessárias a causa eficiênte e a causa final, para o conhecimento de unha cousa. ¿Por qué, non estabeleceste essa diferênça na tua definiçón? Eu, certamente entendín que te referías a todas, quando afirmabas de modo absolucto “conhecer unha cousa polas suas causas”. Mas, também el, noutra parte abarca todas as causas e as enumera – eficiênte, material, formal, e final – , ó dicer que nós estimamos conhecer unha cousa quando possuímos a sua causa primeira. Sem embargo, concedo-che (aínda que non se debe, nem se pode lexitimamente facê-lo) que a eficiênte e a final, non son necessárias. Quedam duas, a material e a formal; e éstas – creio eu – consideradas que debem ser conhecidas. Mas, resulta pior. Se queres conhecer a forma, é preciso que a conheças polas suas causas, conforme a túa definiçón. Non pola eficiênte e a final, tal como quedou estabelecido antes; logo pola material e a formal. Mas non as téis. Portanto, non as chegarás a conhecer. E, se non as conheces, tampouco conhecerás aquílo do qual é forma; pois, ignoradas as partes, ignora-se o todo. O mesmo direi da matéria, que todavía é mais simples e têm menos entidade, e da qual non há talvéz causa algunha, ó menos, eficiênte, material, e formal, segundo Aristóteles, pois da final cabe duvidar. ¿Que dí a isto? : que basta qualquer conhecimento das causas, aínda que non sexa perfeito, para ter ciência de unha cousa. Isso, son fábulas. É impossíbel conhecer perfeitamente o todo sem que conheças perfeitamente as partes. E, aínda conhecendo também isso, pergunto: ¿pode-se ter ciência da forma e da matéria? Concederá-lo, posto que alardeas de saber todas as cousas. Mas, insisto: ¿é unha ciência por causas? Se non o é, a túa definiçón non têm valor. Se o é, volto a perguntar respeito das tais causas: ¿pode haber ciência delas? Non menos que das primeiras, e inclúso máis, pois, segundo tú, o mais simples é mais patênte por natureza e, conseguintemente, de seu mais susceptibel de ciência. ¿Acáso também por causas? Vamos ó infinito. Logo a definiçón non têm valor. Mas todavía: polas mesmas razóns, non sabes nada!
francisco sánchez
Publicado en Uncategorized
