NIETZSCHE (A ORIXEM DA TRAXÉDIA)
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Durante esse tempo, e entre problemas de insómnias, redixe várias conferências e trabalhos que servirán como preparativos par o seu primeiro livro, que veio finalmente a lume em 1872, com o título de A Orixem da Traxédia (com o subtítulo Helenismo e Pessimismo; daí em diante, Nietzsche terá a costume de pôr subtítulos chamativos à maioria dos seus livros). Esta obra – o seu primeiro “centauro” – constituie unha feliz montaxém dos motivos que tinham atizado o seu pensamento nos últimos anos: o amor pola Grécia antiga, a paixón por Schopenhauer e Wagner e o desprezo pelo saber académico. Na Orixem da Traxédia, Nietzsche entende a filoloxía de unha forma peculiar: a verdade que se propón alcançar non é a da ciência, preocupada com a obxectividade, mas a de um conhecimento orientado para intensificar a experiência da vida. Como era de esperar, o seu extravagante exercício de filoloxía-ficçón cai como unha bomba nos círculos intelectuais. O livro é apenas defendido publicamente por amigos como Wagner e Rohde. Os seus parceiros de profissón, por outro lado, dividem-se em dous grupos: de um lado, os que mostram a sua indignaçón, denunciando a obra pola sua falta de neutralidade e pela sua embriaguez, tanto formal como de conteúdo; do outro, os que preferem permanecer em silêncio (entre os quais está o seu mestre Ritschl, que, no entanto, em privado, qualifica o livro de “megalomanía”). Dessa forma, com a sua primeira obra Nietzsche consegue que a comunidade académica em peso lhe vire as costas, situaçón que lhe prexudica a carreira na universidade, pois mancha para sempre o seu prestíxio como investigador e também como professor (desde essa altura, o número de matriculados nas suas cadeiras cairá até alcançar níveis ridículos).
toni llácer
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