Arquivos diarios: 12/04/2018

GIANNI VATTIMO (ONTOLOXÍA HERMENÊUTICA DEBOLE) II

.

               Na vintena do segundo período, nas décadas de oitenta e noventa, Vattimo prossegue (sempre o fará) com Nietzsche e Heidegger , por exemplo, em “Al di lá del Soggetto”, “Nietzsche, Heidegger e L’Ermeneutica”, ou em “Introduçón a Nietzsche”.  No entanto, o nosso autor constrói xá a sua “própria” proposta filosófica: o Pensamento Débil, situado “filosoficamente” na época da  Pós-Modernidade (enquanto pensamento da  diferença pós-meta-física; pós-positivísta e pós-histórico, plural),  e que se deve á recepçón, distorsón e deslocaçón interpretativa diferêncial do legado dos autores anteriormente citados e a sua aplicaçón á “actualidade”, pois isso é “fazer hermenêutica”.  Desta forma, a sua proposta permite-lhe traçar o mapa da pós-modernidade filosófica e advertir da posiçón central que nela desempenha “a hermenêutica como nova Koiné”, língua comúm e lugar de encontro e discusón para as correntes actuais da filosofía; as que se querem pós-metafísicas (a Escola de Frankfurt, o pós- estructuralismo pós-marxista, o desconstructivismo, as derivas neokantianas da Hermenêutica ou o neopragmatismo americano, por exemplo), com que estabelece um debate.  Neste período, estacam-se os conhecidos volumes que van do xá citado “Al di lá del Soggetto”;  “Nietzsche, Heidegger e L’Ermeneutica” a “As Aventuras da Diferença” ou “O Fím da Modernidade”; e de “Dialéctica, diferença, pensamento débil” (contido no volume colectivo “Il Pensiero Debole”) até “A Sociedade Transparente” e “Oltre Linterpretazione”.  Sem dúvida, em todas estas obras están reunidos alguns dos textos mais sinificativos deste brilhante período de maturidade do filósofo italiano.  Após este segundo período, em 1996, Vattimo surpreende com a viraxém relixioso- -Kenótica (Kenosis significa “decair, rebaixar-se. debilitar-se) da sua hermenêutica,  expresso em “Acreditar em Acreditar”, que abre o terceiro e último período de pensamento de Vattimo até à data, e que abranxe a primeira década do século XXI até 2015: o de um cristianismo hermenêutico, sem dogmas, sem submisón e sem sperstiçón, que se explicíta  primeiro como um “cato-comu nismo” (o catolicismo comunista debole) e, por fím, como um comunismo hermenêutico.  A esta época pertencem libros como “Depois da Cristandade”;  “Por um Cristianismo non Relixioso”; “Nichilismo ed emancipazione”; “Ética, Política e Diritto”; “O Futuro da Relixión, Solidariedade, Caridade, Ironía”;  “Ecce comu”.  “Come Si Ri-diventa Cío Che Si Era”; ou “Della Realitá”.  Desta forma, visto de unha forma global, notamos que Vattimo transita da estéctica (ontolóxica), em cuxo centro estará a “Ontoloxía da verdade como experiência estéctica e hermenêutica” de Nietzsche, Heidegger e Gadamer, até á (teoloxía) política do cristianismo comunista hermenêutico, passando pela ontoloxía nihilista do pensamento débil, que afecta o ser da linguaxem.

teresa oñate e brais g arribas