NIETZSCHE (COSIMA WAGNER) (10)
.
Após o primeiro encontro em Leipzig, Wagner e Nietzsche nón demoram a tornar a ver-se, desta vez na casa de campo que o músico tinha em Tribschen, xunto ao lago de Lucerna, onde vive com Cosima, a mulher que, pouco depois, se tornará sua esposa. Primeiro em Tribschen e depois em Bayreuth, o carismático casal Wagner gosta de organizar seráns a que acodem numerosos artistas e intelectuais. Em semelhante ambiente descontraído e bohémio, Nietzsche sente-se como peixe na água. Daí em diante, aproveita os fins de semana e as férias para fuxir de Basileia e reunir-se com Wagner, xuntos passam longas horas ao piano (“toca demasiado bem para ser professor” diz-lhe Wagner) e, sobretudo, conversam sobre música, filoloxía e filosofía, num intercâmbio de ideias do qual saem ambos fortalecidos. Também há ocasión para tratar de questóns mais pessoais; sabemos por exemplo, que Wagner tenta convencer Nietzsche a encontrar unha esposa ou a abandonar a rigorosa dieta vexetariana que seguiu durante unha temporada. O xovem catedráctico mantém igualmente unha relaçón intelectual e afectiva muito próxima com Cosima Wagner, “a mulher mais simpática” que conheceu e por quem, segundo parece, estava platónica e secretamente apaixonado. (É significativo que, quando se afunda na loucura, Nietzsche escreva várias cartas de amor a Cosima; mais ainda, quando ingressa no manicómio de Jena em 1890, dirá aos enfermeiros: “A minha mulher Cosima Wagner trouxe-me até cá”.) Sexa como for, Nietzsche recordará sempre os momentos que passou na companhía dos Wagner como sendo dos episódios mais felizes da sua vida.
toni llácer
Esta entrada foi publicada en
Uncategorized.
Ligazón permanente.