.
Após o primeiro encontro em Leipzig, Wagner e Nietzsche nón demoram a tornar a ver-se, desta vez na casa de campo que o músico tinha em Tribschen, xunto ao lago de Lucerna, onde vive com Cosima, a mulher que, pouco depois, se tornará sua esposa. Primeiro em Tribschen e depois em Bayreuth, o carismático casal Wagner gosta de organizar seráns a que acodem numerosos artistas e intelectuais. Em semelhante ambiente descontraído e bohémio, Nietzsche sente-se como peixe na água. Daí em diante, aproveita os fins de semana e as férias para fuxir de Basileia e reunir-se com Wagner, xuntos passam longas horas ao piano (“toca demasiado bem para ser professor” diz-lhe Wagner) e, sobretudo, conversam sobre música, filoloxía e filosofía, num intercâmbio de ideias do qual saem ambos fortalecidos. Também há ocasión para tratar de questóns mais pessoais; sabemos por exemplo, que Wagner tenta convencer Nietzsche a encontrar unha esposa ou a abandonar a rigorosa dieta vexetariana que seguiu durante unha temporada. O xovem catedráctico mantém igualmente unha relaçón intelectual e afectiva muito próxima com Cosima Wagner, “a mulher mais simpática” que conheceu e por quem, segundo parece, estava platónica e secretamente apaixonado. (É significativo que, quando se afunda na loucura, Nietzsche escreva várias cartas de amor a Cosima; mais ainda, quando ingressa no manicómio de Jena em 1890, dirá aos enfermeiros: “A minha mulher Cosima Wagner trouxe-me até cá”.) Sexa como for, Nietzsche recordará sempre os momentos que passou na companhía dos Wagner como sendo dos episódios mais felizes da sua vida.
toni llácer
Publicado en Uncategorized