.
Mas, equivocan-se rotundamente. Em primeiro lugar, polo feito de afirmar que em nós está o asno (talvéz neles estexa), o león e os demais parentes. ¿E como é possível que eu estexa no léon e o león em mim? Estás montando unha quiméra. Oxalá probaran que sabemos algo, porque nesse caso lhes concederíamos a consequência, a saber, que non se pode saber nada, sem que esté em nós. Todas as cousas se saben, logo todas están em nós. Agora bem: a maior é duvidosa e a menor é falsa. ¿Como, pois, vás concluir? Por outra parte, mal argüem se pensan que, para saber, basta que estén em nós as cousas que se saben. Pois, aínda que isso talvéz leva-se a algunha parte – se fora possível – sem embargo, non se sigue de aí, que todas as cousas estén em nós. Mais bem o contrário, xá que em verdade, están em nós o corpo, a alma, o entendimento, as faculdades, as imáxes e muitas outras cousas que, non obstânte, de ningum modo conhecemos perfeitamente. Mas esta questón, a saber, a de se todas as cousas están em nós, trataremo-la “ex professo” nos libros da Natureza. Baste agora ter tocado o concernente á questón proposta. Así pois, nem as cousas existentes em nós, nem as imáxes producen a ciência ou son a ciência, senón que a memória está cheia delas e a mente as contempla sacando-as de aí. A partir disto, encontro-me xá na situaçón de afirmar aquilo de que, mal pode decir-se que a ciência sexa um hábito. Porque, este é unha qualidade, dificilmente alterável, mas a ciência non é qualidade, a non ser que queiras chamar qualidade á visón. É mais bem unha acçón simples da mente, que pode ser perfeita inclúso na primeira mirada, e non dura mais que mentras é producida pola mente, así, como tampouco a visón. A imáxe desta contemplaçón e conhecimento feitos pola mente, unha vez encomendada á memória, é retida nela. E se quedara bem fixa, se denominará hábito; do contrário, disposiçón. Mas estas cousas serán entón próprias da memória, non da ciência; se posteriormente as trái de novo á presença, se dirá que recorda o sabido, non que sabe, a non ser que o contemple, da mesma maneira que quem relata o visto, non o está vendo. Em câmbio, disse que sabe muitas cousas quem desta maneira retêm na memória as cousas sabidas, non só porque as soubo antes todas, senón também porque as pode saber quando queira, pois inclúso ó menor golpe de vista as entende, debido a que xá antes as entendeu. De onde resulta patente que non se chama ciência ó hábito de muitas cousas na memória, a non ser que estas mesmas cousas tivesem sido conhecidas antes polo entendimento. Non obstânte, xá o outro decía que o nosso saber (¡Oh maravilha!), non é mais que recordar.
francisco sánchez
Publicado en Uncategorized