NIETZSCHE (SCHOPENHAUER) (7)
.
Daí em diante, Nietzsche adoptará a orixinal perspectiva schopenhaueriana ao abordar questóns fundamentais: o universo xá non é um todo ordenado e estável, mas um caos dinâmico, dominado por unha força irracional, a Vontade (Nietzsche transformá-la-á em “Vontade de Poder”); a consciência humana non aparece como unha faculdade privilexiada, mas como um accidente tardio e insignificante, submetido à força dos instintos; a História non se rexe pelo progresso ou pela evoluçón, mas por um suceder de acontecimentos, carente de sentido ou de finalidade; a manifestaçón suprema do espírito humano non se encontra no conhecimento racional e científico, mas na arte e, em especial, na música. A par deste novo olhar, Nietzsche também receberá de Schopenhauer unha língua afiada, amante da polémica e do sarcasmo, e unha pena capaz de transmitir ideias complexas com extraordinária elegância e limpeza. Além disso, e non menos importante, encontra nele um exemplo vital: Schopenhauer dedicou-se á filosofía quase sem gozar de reconhecimento por parte da Academia nem tan-pouco dos leitores, exercendo durante a maior parte da sua vida um papel de pensador independente que Nietzsche acabaría por levar ao extremo. O que é certo, em qualquer caso, é que o contacto com a obra schopenhaueriana inocula em Nietzsche o vírus da filosofía, um vírus que avançará lenta mas decididamente na mente do prometedor estudante de filoloxía. Tanto assim é que a marca de Schopenhauer se deixa ver em todo o pensamento posterior, apesar de o vitalismo nietzschiano acabar por se tornar incompatível com o pessimismo metafísico do seu mestre.
toni llácer
Esta entrada foi publicada en
Uncategorized.
Ligazón permanente.