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Mas além de Ritschl e de Rohde, a época de Leipzig será recordada pelo encontro com dous homes (um morto, o outro vivo) que determinam de forma radical o curso do pensamento nietzschiano: o filósofo Arthur Schopenhauer e o compositor Richard Wagner. O encontro com o filósofo ocorrerá pouco depois de chegar à cidade. Num alfarrabista, Nietzsche encontra “O Mundo como Vontade e Representaçón”, a obra-prima de Schopenhauer, e sente entón unha voz interior que lhe sussurra: “Leva este livro para casa”. Durante as duas semanas seguintes, Nietzsche mal descansa (impón-se a si mesmo um horário em que dorme unicamente das duas ás seis da manhán) e devora um livro que, no mais profundo do seu ser, sente que foi escrito para el. A partir desse momento, Nietzsche converter-se-á ao schopenhauerismo e non perderá ocasión de propagar os ensinamentos do mestre, um filósofo em quem encontrará unha “natureza que vale mais do que cem sistemas”. Schopenhauer foi, certamente, um filósofo atípico. Partindo de Kant e axudado pela filosofía oriental, o seu pensamento apresenta-se como um combate contra o idealismo alemán, a corrente que dominava a filosofía europeia na primeira metade do século XIX. Schopenhauer acusa os idealistas alemáns (Fichte, Schelling, Hegel) de construírem maxestuosos edifícios conceptuais que, no fundo, non passavam de abstraçóns vacias, afastadas da vida e da experiência práctica.
toni llÁCER
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