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A violência da noçón moderna de suxeito advém do facto de se entender como o centro irradiador de conhecimento que lhe permite situar-se nunha posiçón de proeminência relativamente aos outros seres naturais. O ser humano moderno teria pretendido substituir Deus, ocupando a sua centralidade. Para se distanciar da violência referida, Lyotard axa necessário desconstruir o eu, modificar a perspectiva que o entende como unha entidade unitária dominada pola razón, para o observar como um fluxo livre de enerxias que se tentam descarregar intensivamente, estabelecendo posiçóns que nunca son fixas e que, de forma contínua, se dirixem para novos obxectos de interese. Portanto, para o pensador françês non existem identidades ríxidas, mas apenas transformaçóns psíquicas. Um pensamento antiautoritário non poderá ser humanista, terá de por em causa as disposiçóns do desexo. Por isso, defende-se unha leitura “libidinal” de Marx, onde a crítica ao capitalismo non se realiza devido à alienaçón que implica, entendida nos termos habituais (como perda da autêntica essência humana, como reidificaçón dos seus traços mais próprios, como exploraçón do proletário pelo burguês ao arrebatar-lhe a mais-valia da sua força de trabalho, etc…), mas como um exercício desviado do desexo humano. O capitalismo non fai sentir prazer. Pode “fascinar”, mas no final a sua noçón de prazer descompon o desexo.
teresa oñate e brais g. arribas
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