A DERIVA COMO MÉTODO (X)
.
A deriva marxista pon em causa alguns dos elementos mais reconhecíveis do filósofo alemán. Assim, e dito de forma suscinta, questiona-se a nozón de suxeito, que em Marx ainda se entende nunha perspectiva “moderna”, o que dá aço á revisón da categoría de proletário, enquanto ideal do suxeito revolucionário. Em segundo lugar, desconfia-se da concepçón segundo a qual o socialismo apareceria por causa das contradiçóns inerentes ao sistema capitalista, e que constitui a alternativa obxectiva que supera o capitalismo actualizando a Revoluçón. Esta crítica oculta outra de maior importância, aquela que duvida da validade de um esquema dialéctico da história, que a entende como unha progresón, onde formas melhores ou mais avanzadas van subxugando e incorporando outras inferiores das quais procedem. Esta noçón uniforme da história está directamente vinculada a unha concepçón linear do tempo. Segundo esta perspectiva, a história da humanidade é homoxénea, um relato único que se desenrola no tempo e em que o Occidente, a cultura occidental, ocupa a posiçón mais avanzada. Lyotard xulga necessário desmontar a filosofía da história marxista, que entendia o comunismo como unha sociedade idealizada que superava as contradiçóns capitalistas. O socialismo deixará de ser visto como um rexíme “perfeito”, reconciliado, que, por fim, emancipa o ser humano das correntes que o oprimiram. A perspectiva do pensador françês opon-se á escatoloxia, á teleoloxía e ao determinismo.
teresa oñate e brais g. arribas
Esta entrada foi publicada en
Uncategorized.
Ligazón permanente.