Arquivos diarios: 07/02/2018

VECINHOS DE GUILLADE VIXIAN A TALA ILEGAL DE PINHEIROS NO MONTE COMUNAL

.

               Os vecinhos da aldeia de Guillade, e a Comunidade de Montes Vecinhais em Man Comun, vixian atentamente desde onte unha das suas propriedades conhecidas com o nome de “Monte Albelle”, xá que foi onte quando descobriron a tala ilegal de 15 a 20 pinheiros com destino á venda de madeira, mentras que outros tantos permanecen marcados com o obxectivo de ser cortados. Ó parecer, este saqueo, debe-se a um acordo subscrito entre o Concelho e dous vecinhos do lugar e, que se venden para fins lucrativos dos referidos.

ANGELA PEREIRA (GUILLADE ANO 1992)

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

               Entre os anos 1977/1980, o Concello de Pontareas vendeu, baixo determinadas condiçóns, 20.000 metros quadrados de terreno do Monte Comunal “Albelle” a dous vecinhos da aldeia.  Desta negociaçón, Felís Sebastián – presidente da Comunidade de Montes Vecinhais em Man Comum- dí que ningúm vecinho tivo conhecimento dela.  “Saíu no Boletín Oficial e no tabuleiro de anúncios do Concelho, mas quando nos demos conta, o negócio estava feito”, sinalou.  Nesta venda non se incluían as árbores, que continúan pertencendo aos habitantes de Guillade, polo que a devandita corta é ilegal.  Ante esta situaçón delictiva por parte dos proprietários do terreno, os vecinhos retiraron a madeira num camión, e a guardaron em lugar seguro, até que o negócio se aclare.  A pretensón da Comunidade de Montes, e dos vecinhos, é recuperar os 20.000 m de terreno, basândo-se em que non foron cumpridas as condiçóns estipuladas no contracto de venda.  Que era a de empregar cinquenta operários, no galpón que este recinto possee. A Comunidade de Montes Vecinhais, tem previsto demandar os proprietários deste solar por apropriaçón ilegal das referidas árbores.  Segundo informou o Felís, a fábrica que sopostamente recolheria a madeira, non está implicada no furto” posto que ó conhecer os factos, e a problemática com os vecinhos suspendeu o negócio.  Ante esta actitude, os proprietários decidiron talar por sua conta os pinheiros e levá-los eles mesmos á fábrica”, cousa que resultou impossível, xá que os vecinhos retiraron a madeira do monte.

xosé da casquilla  (guillade-1992)

 

A CONDIÇÓN PÓS-MODERNA (VII)

.

               “A Condiçón Pós-Moderna”, que tem unha continuaçón esclarecedora, publicada em 1986, “O Pós-Moderno Explicado ás Crianças”, serve de motivo áquela que talvez sexa a obra mais relevante (filosoficamente falando) de Lyotard, “Le Differend”, publicada em 1983, neste  texto, é unha realidade ver que foram definitivamente postos em causa os grandes relatos da modernidade e a ideia substancial que se esconde por trás deles (que existe unha razón única capaz de definir obxectivamente o que quer que sexa da realidade), a filosofía do pensador françês abre-se á defesa da heteroxeneidade,  da pluralidade das racionalidades, que se ponhem em xogo na diversidade de discursos linguísticos, que son incomensuráveis entre sí.  A abundância de xogos de linguaxem através dos quais o ser humano expressa o mundo e a variedade de racionalidades que estes mostram, fazem com que Lyotard defenda, face ás narrativas totalizantes, a atençón precisa aos acontecimentos singulares, aos mais íntimos e, aparentemente, triviais.  Com isso, aproxima-se de Kant quando este assinala que o xuízo reflexivo é a síntese que realizamos a partir de dados fortuítos sem a axuda de regras pré estabelecidas de ligaçón.  Trata-se de um renunciar a “saber” – ao esti-lo obxectivo – para se embrenhar na exuberância “dos pensamentos”.   Non há unha “Lei” do pensamento, um critério fixo que nos permita decidir entre os que son bons ou os que son maus.  A única lei do pensar e a que nos exorta a explorar a diversidade e a incomensurabilidade dos discursos.  Lyotard reclama non dominar o pensamento, non ser “seu dono”, pedindo antes que apenas o “habitemos”.  Para isso, é necessário guiar-se pelos sentimentos, que, por sua vez, son muito difíceis de xulgar.  Seguindo esta linha, o “último” Lyotard aproxima-se novamente da estéctica, e o “sublime” passa a ser o seu conceito capital.  Com esta categoria remete-nos para o sentimento simultâneo de prazer e de dor que se experimenta perante o infinito, perante a magnitude e o poder de obxectos que mostram a limitaçón da mente.  Esta vivência, que abala radicalmente o ser humano, permite desconfiar de todas as instituçóns da homoxeneidade.  Em contra partida, a estéctica do sublime experimenta a “diferença”, expressando-a enquanto desacordo e conflicto.  Nos seus últimos anos, sendo xá unha das figuras essenciais da filosofía contemporânea, mantém unha grande actividade literária, tal como testemunham as diversas obras que van aparecendo sucessivamente tanto nos finais dos oitenta como durante a década de noventa.  Nelas continua a destacar-se o seu espírito combativo, a sua grande capacidade crítica e a sua defesa das pequenas racionalidades, múltiplas e diverxentes entre sí.  Lyotard morre a 21 de Abril de 1998, aos setenta e três anos, e é sepultado no famossíssimo cemitério parisiense de Pére Lachaise.  O seu nome ficará para sempre ligado á história da filosofía.

teresa oñate e brais g arribas