DERIVAS OU CONSTELAZÓNS PÓS-MODERNAS (V)

.

               Pela man de Jean-François Lyotard e de Gianni Vattimo, os leitores deste livro poderan debruçar-se no decurso de algumas destas derivas e constelaçóns pós-modernas.  Ás vezes, sobretudo quando desfaz as formas habituais (dogmáticas) de processar e ligar a sintaxe ou sinapse da informaçón, ligando o possível de outra forma. Apertem os cintos e non deixem de olhar por todas as xanelas abertas ao vosso alcance, pois vamos descolar rumo ao intelixente corazón do nosso mundo pós-moderno: o seu pensamento filosófico, talvez a mais profunda e piedosa das suas configuraçóns até ao momento.  Sexam muito bem-vindos e non deixem de consultar as biografias pertinentes se precisarem de qualquer esclarecimento.  Os autores teran cumprido o seu obxectivo se conseguirem incentivar-vos, para começar a lerem os textos de Lyotard e Vattimo.  Depois, tudo será diferente.  Desexamos-vos unha fascinante viaxem.  Jean-François Lyotard, Pós-estructuralismo diferencial.  “Até a história em cuxo processo de narraçón me encontro revela que qualquer narrativa começa no meio das cousas e que o seu chamado “fim” é um corte arbitrário na sequência de dados”.  Jean-François Lyotard (Versailhes, 1924 – París; 1998), frequenta o ensino secundário no liceu Louis-le-Grand, em París e, mais tarde, estuda filosofía na Universidade da Sorbonne.  Felizmente, possuímos informaçóns em primeira man acerca dos seus anos de xuventude, unha vez que em “Peregrinations”, um dos seus últimos textos publicados, nos oferece (além de unha análise crítica da sua própria obra) alguns dados biográficos.  Desta forma, e num ton quase humorístico, conta-nos as razóns que o levaram a estudar filosofía:  “Quando tinha onze ou doze anos (…).  Em qualquer dos casos, dado que cedo me converti em esposo e pai quando na realidade só tinha idade para ser filho, vi-me obrigado, por esta drástica situaçón, a sustentar unha família.  Torna-se evidente que xá era demasiado tarde para fazer os votos relixiosos.  Quanto á minha carreira artística, era um desexo sem esperança devido a unha lamentável falta de talento, enquanto unha evidente debilidade de memória desalentava definitivamente a minha inclinaçón para a história. Assim, tornei-me catedrático de filosofía num liceu de Constantina, a capital do departamento francês da Argélia Oriental (…).  Fun para Constantina em 1950”.  Xá de volta a França e integrado na lóxica activista do colectivo de pensamento Socialismo ou Barbárie – também editor da revista homónima do grupo (Socialismo ou Barbárie) -, ocupar-se-á fundamentalmente da reflexón sobre o devir da Revoluçón argelina.  Durante oito anos, escreve várias crónicas sobre a questón, apesar de a sua posiçón relativamente a isso acabar por ser um pouco ambivalente: por um lado, apoia o direito do povo argelino a alcançar a liberdade política, mas, por outro, está perfeitamente consciente de que a sociedade que haveria de se instaurar estava lonxe de se construir a partir dos princípios de unha democracia operária, e mais perto de criar unha nova sociedade classista sob o controlo de unha liderança burocrática e militar.  É esta irresolúvel aporia, que Lyotard extrapola para outros processos revolucionários, que reduz a sua paixón militante; o materialismo dialéctico que entende o devir da história de unha forma determinista, dadas as contradiçóns operadas em todo o sistema económico – mais que nenhum no capitalismo tardo-moderno -, non oferece unha soluçón extensível a todo o conflicto político, e mais, verifica-se que cada caso é diferente e merece unha reflexón singular. 

teresa oñate e brais g. arribas

 

Deixar un comentario