QUE NADA SE SABE (4)

.

               Nim isto basta.  O significado das palabras parecen depender em maior gráu, ou totalmente, do vulgo, e por consequência há que pedirlhas a el, pois ¿quem senon o vulgo nos ensinou a falar?  Precisamente por esta razón quase todos os que até hoxe escribiron tomaron como fundamento de discusón, o que mais frequentemente está na boca dos homes.  Como aquel, ó afirmar “Decimos que sabemos algo quando conhecemos as suas causas e princípios”.  E o do outro:  “Hade-se admitir aquí o princípio aprobado polo consenso de todos: que todos os homes se consideran sans quando…  etc…”   Mas ¿Há no vulgo algunha seguridade e estabilidade?  De ningunha maneira.  ¿Como vai haber, em consequência, sosego nas palabras?  Xá non teis escapatória.  Dirás acaso que se háde buscar qual a significaçón de que serviu quem as impuxo inicialmente.  Pois busca-a.  Xamais a encontrarás.  Pero basta xá.  ¿Non é toda questón palmariamente um problema de nome?  Parece-me que na verdade o que está probado; se o negas, confirmarás a proba da questón principal.  Mas despois se probará melhor.  Vexamos, pois, que se hade entender baixo o nome ciência.  Porque, se non a houvera, de ninguém em consequência se podra decir que conhece cientificamente em virtude dela.  ¿E que dí Aristóteles?  Pois baste haber examinado a este (por quanto foi um agudíssimo observador da Natureza, á que a maioria das vezes segue a turba mais numerosa de filósofos), sem a necessidade de faze-lo com todos os demais; non sexa que, ó ter que disputar com todos, a tarefa se delate até ó infinito e abandonemos unha vez mais a Natureza, como acostuman os outros.  ¿Que dí, pois, el?  “a ciência é um hábito adquirido por demonstraçón”.  Non entendo.  E isto é o pior; o obscuro define-se polo mais obscuro.  Assim enganan ós homes.  ¿Que é o “hábito”?  Sei-o menos que o que significa “ciência”.  E tú menos que eu.  Dí que é “qualidade constante”.  Entende-se ainda menos.  Quantos mais passos dás, menos fás progressar as palabras, maior confusón.  Arroxas-me á linha predicamental, e de alí sempre para o “Ente”, que non sabes o que é.  Mas ¿é que non se há de reducir tudo ós predicamentos?  Certamente.  E logo ¿que?  Tudo tem que acabar num labirinto.  ¿Que son os predicamentos?  Unha larga série de palabras. ¿Dixem algo raro?  Pois digo-o!

francisco sánchez

 

Deixar un comentario