Arquivos diarios: 16/01/2018

MÂMOA Nº1 DAS CHANS DO CAMPO DO MOURO

TOOOOO1O4 IMG_0052

.

    XACIMENTO ARQUEOLÓXICO GA36042O13

MÂMOA Nº1DAS CHANS DO CAMPO DO MOURO

               É a melhor conservada de todas as mâmoas deste grande campo de enterramentos megalítico.  Está situada no Côto do Foxo, e presenta o característico crácter de violaçón, o que nos leva a pensar, que xa alguém andou metendo aquí os narizes (parece ser, que em tempos passados, um dos reis de Espanha, levado pela cobiça, vendeu o monopôlio a outro ladrón, para que violara todas as mâmoas da Galiza), e poido muito bem ser nessa época quando as mâmoas foron abertas.  A só existência da necrópolis, suporía unha concentraçón de poder, e de xentes dedicadas ó culto dos mortos.  Estes centros cerimoniais e relixiosos, atraíam unha camarilha comercial que xerava riqueza nas zonas circundantes. E, penso que seria possivelmente o campo de mâmoas, que xeraría o nome moderno de “Campo do Mouro”.  Facendo-se o lugar com fama entre os ântigos, e que non é casual, que houvera várias bruxas activas no entorno do lugar, xa na nossa época “civilizada”.  Incluso, Prudêncio Sandoval o nomea na sua famosa obra “Antiguidade da Cidade e Igrexa Catedral de Tui”, como uns enterramentos arcaicos sitos nesse remoto lugar.   Habería que polas em valor, mas para isso temos de esperar pelo tempo oportuno, pois na actualidade carecemos da capacidade suficiente para tal empressa.  Agora, há que ir tirando, e centrar-se em mantelas limpas de arboredo e vexetaçón circundante, ailhando-as com unha protecçón, sobre tudo para maquinária florestal pesada.

a irmandade circular    

QUE NADA SE SABE (2)

.

               Nem sequer sei isto: que non sei nada.  Suspeito, sem embargo, que nem eu, nim os outros.  Sexa o meu estandarte esta proposiçón, que aparece como a que debe seguir-se; nada se sabe.  Se soubera probá-la, concluiría com razón que nada se sabe; se non soubera, tanto melhor, pois, isso era o que afirmaba.  Mas acaso dirás; no caso de que saibas probar, deducirá-se o contrário porque entón sabes algo.  Non obstante cheguei á conclusón contrária antes que tú arguíras.   Xá começo a embrolhar o assunto; disto mesmo, segue-se sem mais que nada se sabe.  Talvez non entendas e me chames ignorante e enrredador.  Tú falache verdade.  Pero eu melhor do que tú, porque non te deches conta.  Por conseguinte, somos ignorantes os dous.  Logo concluiste sem sabê-lo o que eu buscaba.  Se logras entender a âmbiguidade da consequência, visto claramente que nada se sabe; mas, se non. pensa, distingue e resolve-me a dificuldade.  Aguza o inxénio.  Continuado.  Leve-mos o assunto a partir do nome.  Pois para mim toda definiçón é nominal, como quase toda a questón.  Explico-me.  Non podemos conhecer – ó menos eu – a natureza das cousas.  Se dixéras que tú sim, non o discutirei, mas parece falso, pois  ¿Porque vás ser tú?  E daí que nada sabemos.  Porque se non chegamos a conhecelas, ¿ de que maneira as mostraremos?  De ningum.  Tú dirás, sem embargo, que a definiçón é a que mostra a natureza das cousas.  Dáme ó menos unha.  Non a compreendes.  Logo concluio.  Ademais; ¿como imporemos nomes ás cousas que non conhecemos?  Non o vexo.  “Mas haber hay-los”.  De aquí a perpéctua dúvida acerca dos nomes, assim como a grande confusíon e a falácia nas palabras, e incluso talvez em tudo o que eu acabo de dicer.  Saca tú mesmo a conclusón.  Dirás que defines a cousa que é o home, non a palabra.  Com esta definiçón: “animal racional mortal”.  Logo nego.  Pois eu duvido também da palabra “animal”, assim como de “racional” e também da outra.  Seguirás definindo estas mediante os xéneros superiores e diferênciais, como tú os chamas, até ao “Ente”.  Perguntarei o mesmo de cada um dos homes e, para terminar, do último “Ente”, pois tampouco sabes o que significa.  Dirás que non o vas definir porque non tem xénero superior.  Isto non o entendo.  Nim tú tampouco.  Non sabes o que é o “Ente”.  Eu menos.  Dirás, non obstante, que temos que deternos em algúm ponto da série de perguntas.  Isto non resolve a dúvida nim satisfaze a mente.  Á força teis que manifestar ignorância.  Alégro-me.  A mim passa-me outro tanto.

francisco sánchez