Categorías
Arquivo
- Agricultura Alimentación Anonymous Arquitectura Astronomía Blogs para curiosear Bos desexos Cerebro Cine Darío e Breixo Economía Educación Frutais Futuro Historia Humor Indignados Libros Lingua Literatura Medios de comunicación Monte Comunal Natureza Poesía Política Procomún Publicidade Sidra Socioloxía Software libre Tradicións Viaxes Xadrez
Os nosos blogs
Arquivos diarios: 10/12/2017
DERIVA HISTÓRICA
XACIMENTO ARQUEOLÓXICO (A BOMBELA)
Este é um xacimento, que non figura nos rexistros oficiais, e que soubemos dele graças á memória acumulada das xentes. Eu pensava que ésta era a capela de Sta. Lianor, facendo derivado a Lianora de Marcos, mas resulta que a referida senhora, non era nativa de Mourigade, senón asturiana. Mas, como a minha prodixiosa memória, xá começa a falhar, sei que lin possivelmente no Catástro de Ensenada, onde figura a tal capela de Sta. Lianor, hoxe em dia desaparecida. Por outra parte, poderia ser a antiga igrexa de Uma, anterior á construcçón da actual, pois o terreno parece ser de Uma, no bairro do Carrascal, e tudo acaso provenha da cercania de ruínas romanas. O caso é, que pouco se sabe ó certo, somente que na Bombela há restos de unha capela antiga, que forma parte do nosso passado oculto, sepultada baixo a terra dos tempos.
Publicado en Uncategorized
PARERGA E PARALIPOMENA (35)
Em 1851, publicou-se “Parerga e Paralipomena” (título em grego que significa “fragmentos e omissóns”), um extenso conxunto de textos de temas muito variados: sobre tudo ética, mas também história da filosofía, críticas à universidade, valoraçóns literárias, reflexóns sobre a relixión e a imortalidade, o sexo e muitos outros assuntos. Son, como anunciava o subtítulo, escritos filosóficos menores, se é que están dentro do âmbito da filosofia; em suma, como dizia o seu autor, era a sua “filosofia para o mundo”. Son, antes de mais, reflexóns dispersas e sem ligaçón directa, escritas ao longo dos seis anos anteriores e compilados nesta ediçón. O opúsculo mais longo deste livro variado é “Aforismo sobre a Sabedoria da Vida” (ou “Sobre a Arte de saber viver”), um conxunto de reflexóns bastante pessimistas sobre o mundo e o modo de evoluir nele, unha “filosofia práctica” para sobreviver na sociedade moderna. Bastante pessimistas, mas non tanto como a filosofia séria de “O Mundo”. Em “Aforismos”, a negatividade aparece atenuada. Há, por assim dizer, um fundo duplo: demonstra-se que, apesar de tudo, é possível seguir em frente. É o texto mais conhecido do autor e também o mais citado. Em parte, este sucesso é lamentável na medida em que, non pertencendo ao corpo central da filosofia de Schopenhauer, os “Aforismos” eclipsaram a sua obra principal. Non son verdadeiramente filosofia porque non formam um sistema coherente e articulado, faltando-lhes unha base metafísica. Son unha série de comentários escritos por um autor intelixente e um observador atento, mas non por um pensador xenial. É como se Mozart fosse conhecido pela “Pequena Serenata Nocturna”, que é bastante bonita mas unha insignificância ao lado das suas várias peças mais importantes; é como se Beethoven fosse conhecido por “Para Elisa”. É precisamente devido ás suas debilidades que os “Aforismos” son mais fáceis de compreender e, por isso, son a sua obra mais popular. “Parerga e Paralipomena” foi um éxito de vendas dos finais do século XIX. Este sucesso de vendas arrastou-se aos livros anteriores, que foram reedictados a pedido de um público subitamente entusiásta. Depois de unha vida de ostracismo sombrio, o filósofo ficou bastante agradado com a repentina fama e a afluência de visitantes, alguns de bastante lonxe de Frankfurt; costumava dizer que “O Nilo chegou ao Cairo”. No meio século após a sua morte foi um dos escritores mais conhecidos da Europa.
joan solé
Publicado en Uncategorized
