A UNIDADE FUNDAMENTAL DE TUDO (25)

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               Nesse último meio ano em que viveu em Weimar, houve um acontecimento muito relevante para o pensamento de Schopenhauer.  O destacado orientalista Friedrich Majer, estudoso da relixión hindu, revelou-lhe as “Upanissades”, um conxunto de diálogos filosóficos escritos em sânscrito que comentam os “Vedas”, os textos sagrados do hinduísmo. Schopenhauer leu-os numa traduçón em latim, feita cinco anos antes, a partir do persa, pelo orientalista francês Hyacinthe Anquetil Duperron, que lhes deu o título “Oupnek’hat”.  Aqueles textos iniciáticos,  onde um mestre falava com os discípulos sobre o nível mais profundo da sabedoria oculta e do núcleo da realidade, foram unha revelaçón para o xovem doutor em filosofia.  Fascinaram-no non só pelas suas concepçóns intrínsecas, mas também porque se complementavam com as ideias de alguns dos grandes pensadores occidentais (Parménides, Platón, Espinosa) e até as completavan. A sabedoria hindu confirmou-lhe a sua visón em relaçón ao carácter ilusório da pluralidade e diversidade do mundo sensível e confirmou-lhe também a unidade fundamental de tudo o que existe.  Esta revelaçón seria decisiva para a consolidaçón do seu pensamento, xuntamente com Kant e Platón, admite que esta é a sua terceira grande influència.

joan solé

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