“EXISTE UNHA INDUSTRIA DO FOGO NA GALIZA” (V)
.
“Assí é. Há unha industria do fogo, mas non só do fogo, é unha industria florestal. Coloquialmente chamamo-la a máfia florestal. O fogo é unha ramificaçón mais do seu negócio.”
“Mas se o Partido Popular que goberna na Galiza, e também o PSOE, están, por decir duramente, contaminados por este tipo de empressas e deste círculo vicioso, ¿como os sacas de aí? Ademais, están organizados: tenhem o poder, o dinheiro, o DOG. Polo contrário, os pequenos agricultores, non tenhem absolutamente nada. É unha situaçón absolutamente perversa.”
“Sem ningunha dúvida, o primeiro que faria, sería tomar unha medida muito impopular que consistiria em que a vixilância e a extinçón do fogo a pagariam os proprietários. A xente non o sabe, mas quando os bombeiros venhem apagar um incêndio à tua casa, passam a factura, por isso todos temos que ter um seguro de lar. Pois isto que parece tan lóxico para todo o mundo, no campo funciona de maneira diferente. No campo podes ter um negócio privado, com um risco muito elevado, que é o de incêndio, mas quando arde o teu eucaliptal ou o teu pinheiral e venhem sofocar o fogo os bombeiros, paga a administraçón. Ó final, conto com um negócio que graças a que tenho externalizados todos os custos funciona muito bem.”
“Pois para começar, teriam que ter uns seguros altíssimos, e assumir eles o custo, algo que non poderiam fazer. E entón seguramente mudaria o negócio, e dedicariam-se a outras cousas. E ademais prohibiría ainda que poida soar autoritário, prantar nos próximos 50 anos nim um só pinheiro e eucalipto mais. Protexeria os espaços naturais, poria normas estrictas em quanto à distância entre casas e estradas com respeito ás zonas arboradas. E há dinheiro para isto, simplesmente há que mudar a orientaçón do Plan de Dessarrolho Rexional, que é com o que se accede ós fundos da UE. O escenário é xá como o da última película de “Blade Runner”, com o sol tapado polos incêndios.”
“Quando o que passou este ano suceda constantemente, algo terán que fazer. Mas agora mesmo há um “status quo” que benefícia a determinadas pessoas, e mentras se lhe siga beneficiando e non se faga unha leitura diferente, a situaçón seguirá da mesma maneira.”
xabier vázquez pumariño
Esta entrada foi publicada en
Uncategorized.
Ligazón permanente.