Categorías
Arquivo
- Agricultura Alimentación Anonymous Arquitectura Astronomía Blogs para curiosear Bos desexos Cerebro Cine Darío e Breixo Economía Educación Frutais Futuro Historia Humor Indignados Libros Lingua Literatura Medios de comunicación Monte Comunal Natureza Poesía Política Procomún Publicidade Sidra Socioloxía Software libre Tradicións Viaxes Xadrez
Os nosos blogs
Arquivos diarios: 26/11/2017
BERLIM (23)
Em 1811, um Schopenhauer xá seguro da sua vocaçón ingresou na Faculdade de Filosofía da Universidade de Berlim que, embora só tivesse iniciado a sua actividade académica um ano antes, xá beneficiava do inequívoco apoio do Estado prussiano, que queria transformá-la no seu centro intelectual. Alí ensinavam os pensadores mais prestixiados do momento. O mais célebre era Johann Gottlieb Fichte, o idealista que acabaria por ser alvo da troça e do desprezo de Schopenhauer, tal como o seria Hegel, sucessor de Fichte na cátedra berlinense. Non aceitou a filosofía conceptual dos idealistas, xá que toda a sua construçón intelectual lhe parecia um enorme disparate sem qualquer relaçón com a vida. O entusiasta e insatisfeito estudante escreveu nos seus apontamentos: “Fichte disse cousas que me despertaram a vontade de apontar-lhe unha pistola ao peito e dizer-lhe; vais morrer sem compaixón; mas antes diz-me, por amor da tua pobre alma, se no meio dessa confusón de ideias pensaste realmente alguma cousa ou, simplesmente, querias gozar connosco”. Desta forma, teve que se buscar a vida nos livros, onde conheceu a filosofia mística de Schelling, que foi caindo na sua consideraçón e, com muita mais constância e admiraçón, o pensamento naturalista e céptico de Montaigne, assim como os xá consolidados Platón e Kant. Non só lia e estudava, como começava xá a enunciar um pensamento próprio a partir tanto da assimilaçón de ideias alheias como da observaçón da realidade exterior e interior. Datam de 1813 as suas primeiras anotaçóns acerca de unha concepçón que podemos classificar como pessoal. “Sob a minha pena, e ainda mais no meu espírito, cresce unha obra, unha filosofia que é ética e metafísica nunha cousa só. Até agora, têm sido falsamente separadas, tal como se separou no ser humano o corpo e a mente”. Aproximam-se assim, o interesse metafísico pela essência da realidade e a reflexón moral.
joan solé
Publicado en Uncategorized

