Arquivos diarios: 16/11/2017

DERIVA HISTÓRICA (VI)

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         O XACIMENTO DAS CARBALHAS  (GA36O42O1O)

               O xacimento arqueolóxico do “Monte das Carbalhas”, sito no límite do Monte Comunal, abranxe tamém as cabadas particulares, e foi como outros, incompreensivelmente cortado à mitade pela construçón de unha pista florestal, o qual confirma a teoría xeral de que a xente anda bastante “despistada”, e non têm patavina ideia de nada.  Alberga um “límite de xacimento arqueolóxico”, que está cercado por outro maior de “área de proteçón de xacimento arqueolóxico”, este último entra xá Comunal adentro. O velho lugar, tinha antes um bonito e acolhedor caminho de terra e pedras, que dava pola metade do corpo e, era como se um caminhara abrigado polo vieiro. Vinha atravessando desde o “Campo da Bouça”, na direcçón de Uma “O Calvário”.  Recordo-o cálido, protector contra os ventos do crú inverno, aparecendo os raios de sol por entre a folhaxe das árbores.  A “Cabada da Capelana”, é outro dos topônimos do lugar, que parece ser da idade do “Bronce Atlántico”, pois, non fai muitos anos, um dos filhos do Francisco da Parracha, descobriu uns moldes de fundiçón de machados de bronce, que parece ser figuran no Museo da vila.  Nun fogo que houbo aquí, salvei unha saramela de morrer abrassada, pois um desalmado a atirou propositadamente nas chamas.  Este acto insignificante, que parece carente de qualquer valor, para mim sí que o tivo.  E prova disso é, que ainda o guardo na memória hoxe em dia.  Pois, serviu para alimentar grandemente a minha auto-estima e, transformou-se num talismán para as situaçóns difíceis da minha vida.  Há que ter muito cuidado com os caminhos novos, pois podem danar grandemente o filón arqueolóxico sobre o qual estamos assentados.

 

a irmandade circular

HAMBURGO (16)

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               O pai reorganizou o negócio com o sucesso que se esperava dele.  Teve de remar durante três anos, período em que a família viveu numa casa modesta, mas quando os ventos voltaram a estar de feiçón, os Schopenhauer mudaram-se para unha luxosa mansón que era quase um palácio, com divisons para os mais diferentes usos e quartos para hóspedes e para os criados.  Alí recebiam a mais selecta elite económica e cultural de Hamburgo, assim como distintos exilados de França, que se encontrava mergulhada na guerra revolucionária.  Nos seráns que organizou na sua casa e noutros a que assistiu em casas alheias, Johanna pôde satisfazer a sua necessidade de conviver com pessoas requintadas.  Esse gosto pela vida social, esquecido durante os cinco anos em Danzig, torná-la-ia, passados alguns anos, xá falecido o marido, na “saloniére” mais famosa da Alemanha, o que Arthur, naturalmente, non deixaria de reprovar.  Isto seria na Weimar de Goethe, a partir de 1806.  Para xá, em Hamburgo, parece bastante óbvio que Johanna estava muito mais atenta aos eventos sociais do que a cuidar do filho.

joan solé