UNHA FILOSOFIA PESSOAL EXISTENCIAL (8)
.
. Non só Hegel e os seus acólitos ultrarracionalistas, mas quase todos os grandes pensadores – desde Platon a Espinosa e outros – consideram que a filosofia é unha disciplina abstracta, da qual deve ser removido qualquer rastro subjectivo de paixón e despropósito; há consenso de que existe unha verdade objectiva, estável e acessível, e que a tarefa do pensador é preparar e polir bem o seu instrumento, a razón, para conhecê-la. Schopenhauer prescinde da proibiçón do obsceno e, ao invés disso, sublinha nas suas reflexóns aspectos como a dor física, pulsons irracionais, como a fame ou o desexo sexual, estados como a insatisfaçón e o aborrecimento, em suma, atreve-se a penetrar no lado menos elegante da natureza humana. É o primeiro filósofo que institui o irracional como algo substâncial da vida e non como algo que é preciso ignorar ou reprimir de forma a poder concentrar-se em questóns transcendentes fundamentais. Num dos seus magníficos aforismos, escreve que a boa filosofia procede da vida e que a má procede dos livros. É coerente com esta percepçón que dê a máxima importância e credibilidade á intuiçón, á percepçón directa de estados interiores, , em oposiçón ás demonstraçóns do saber discursivo dominante na tradiçón filosófica. Naturalmente, expón a sua filosofia no plano abstracto dos conceitos, mas limita o uso da razón ao que intuiu previamente, ao que ficou rexistrado na consciência através da vivência.
joan solé
Esta entrada foi publicada en
Uncategorized.
Ligazón permanente.