“A HUMANIDADE APRENDEU DE MIM ALGUNHAS COUSAS QUE NUNCA ESQUECERÁ”

.

.              Pouco antes de morrer, nunha conversa com um discípulo, Schopenhauer disse-lhe, “A humanidade aprendeu de mim algunhas cousas que nunca esquecerá”.  É verdade. O seu pensamento talvez nunca venha a ser unha corrente dominante,  tanto nas universidades como na sociedade e, possivelmente, é melhor que assim sexa, xá que isso implicaria que a humanidade tivesse de aprender a ser santa (o que é improvável) para conseguir viver sem ilusóns nem miraxens.  Mas está muito presente em alguns âmbitos do pensamento contemporâneo e, de um modo xeral, pode falar-se de unha presença difusa das suas ideias no mundo actual.  A sua doutrina, tan afastada da linha filosófica dominante na cultura occidental, ficou suspensa no ar como se ninguém soubese muito bem o que fazer com ela.  O pensamento oficial non aceitou as suas ideias por serem impossíveis de assumir como um bloco, non só porque conduziriam a um precipício social, mas também porque muitos filósofos tém assinalado defeitos e inconsistências na sua doutrina metafísica.  Mas, ao mesmo tempo, essas ideias non podiam ficar esquecidas, acabando por perdurar, por conterem alguma verdade demasiado profunda para poderem ser ignoradas.  Schopenhauer é hoxe o filósofo mais lido, xuntamente com Nietzsche, despertando fascínio e surpressa na nossa imaxinaçón metafísica.  O mundo non esqueceu “algumas cousas” que aprendeu dele.  E é possível assinalar as principais razóns desse prolongado namoro.

joan solé

Deixar un comentario