Categorías
Arquivo
- Agricultura Alimentación Anonymous Arquitectura Astronomía Blogs para curiosear Bos desexos Cerebro Cine Darío e Breixo Economía Educación Frutais Futuro Historia Humor Indignados Libros Lingua Literatura Medios de comunicación Monte Comunal Natureza Poesía Política Procomún Publicidade Sidra Socioloxía Software libre Tradicións Viaxes Xadrez
Os nosos blogs
Arquivos diarios: 19/10/2017
O GALITO
. O “Galito”, segue em frente, marcando o passo firme. Desta vez, xá son demasiados clientes, ruidosos, optimistas, doutores a quem a confusón desta vida, lhes acarrea prosperidade material. Menos mal, que o chefe me conheceu, e nos improvissou um lugarinho discreto, alí nunha esquina. Foi unha “Açorda de Bacalhau” de primeiro, seguida de “Febras de Porco Preto Alentejano no espeto, acompanhadas de patacas fritas, manga e “Pan de Rala”. Se todos puideram comer así, seria um adeus definitivo á fame no mundo.
léria cultural
Publicado en Uncategorized
O CHOQUE COM A SOCIEDADE
Era provavelmente considerado unha personagem um pouco excêntrica devido ás suas ideias radicais, e sem dúvida que era conhecida a autoria das suas obras pseudónimas, mas após o tumulto que a ruptura com Regine Olsen causara. Kierkegaard vivia tranquilamente em Copenhaga, onde dava passeios quotidianos e conversava com pessoas de todas as orixens que encontrava na rua. Esta vida pacata acabou em 1846, devido a um conflicto aparentemente absurdo. Um crítico literário publicou unha resenha de “Estádios no Caminho da Vida” na qual non deu mostras de ter entendido o livro e, em todo o caso, non o elogiou. Kierkegaard replicou com um artigo num xornal, em que relacionava o crítico com unha revista satírica do momento, “O Corsário”, publicaçon semanal que ridicularizava personagens públicas da sociedade dinamarquesa, mas que até enton non se metera com ele porque o seu director o respeitava. No artigo de réplica, Kierkegaard desafiou sarcasticamente a revista que o transformará no alvo dos seus. Non devia ter-se mostrado tan ofensivo. No início de 1846, começaram a aparecer em “O Corsário” caricaturas que o apresentavam como unha personagem disforme, corcunda (os anos tinham acentuado a deformaçon das suas costas). Com pernas de extensón desigual que lhe causavam um andar irregular, ou sexa, no conxunto, como unha figura desconcertante. Embora o semanário tenha deixado de ser publicado em outubro daquele mesmo ano, o prexuízo que causou a Kierkegaard foi enorme; transformou-o num motivo de chacota. Muitos reconheciam-no pelas caricaturas satíricas e riam-se dele quando o viam na rua. O autor, que provocara a sua própria ruína ao desafiar “O Corsário”, de repente perdia um dos seus grandes prazeres, que era passear pela sua cidade. Non tardou a transformar a amargura por esta situaçon desagradável nunha intensa consciência de martírio, á semelhança do que Cristo padedera. Reforçou a sua convicçon de ser um indivíduo isolado em confronto com as massas, sem mediaçon possível entre os dois termos. O patronímico Sorensen (“filho de Soren”) é um dos apelidos mais comuns na Dinamarca. No entanto, o nome Soren, que em tempos também foi dos mais vulgares do país, quase deixou de se usar depois da campanha difamadora de “O Corsário”. O incidente tornou-o um nome maldito.
joan solé
Publicado en Uncategorized



