.
Esta elegante lombriga, que tem milhons de anos de antiguidade, bem merece unha receita francesa de categoria. É um ser peculiar, que conserva todas as caracteristicas xacentes no sangre das demais espécies surxidas da nossa Galiza. Ademais do seu aspecto exquisito, o seu comportamento tamém semelha bastante o nosso. Pois ás ganas loucas de correr mundo, que a levan até ó mar dos Argazos. Xunta a necessidade suprema de morrer na sua terra, ritual sagrado que pervive tamém no cerne de outras espécies. Qual emigrante, que retornára á terra na sua velhice. Uma Lampreia; o sangre da lampreia (recolhida aparte, para fazer o rustído); duas cebolas; um dente de alho; dous decelitros de azeite; um ramo de salsa; dez grans de pimenta; quatrocentos gramos de pan, cortado ás fatías e tostado; sal. Limpa-se a Lampreia de forma tradicional, corta-se em bocados, sem separá-los completamente, para despois colocá-la toda enroscada na tarteira de barro. Fazer um refogado, pouco puxado, com as cebolas cortadas ás rodelas picadas, o dente de alho picado e o azeite. Introduzir a Lampreia no refogado, xuntar a salsa, a pimenta em gran e o sal, deixando estufar. Quando estexa pronta, coloca-se nunha travessa, cuxo fundo foi coberto com o pan torrado. Regar com o molho e acompanha-la com arroz “Calasparra”.
léria cultural
Publicado en Uncategorized