Arquivos diarios: 11/09/2017

LAMPREIA Á BORDALESA

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               Esta elegante lombriga, que tem milhons de anos de antiguidade, bem merece unha receita francesa de categoria. É um ser peculiar, que conserva todas as caracteristicas  xacentes no sangre das demais espécies surxidas da nossa Galiza. Ademais do seu aspecto exquisito, o seu comportamento tamém semelha bastante o nosso. Pois ás ganas loucas de correr mundo, que a levan até ó mar dos Argazos.  Xunta a necessidade suprema de morrer na sua terra, ritual sagrado que pervive tamém no cerne de outras espécies.  Qual emigrante, que retornára á terra na sua velhice.  Uma Lampreia; o sangre da lampreia (recolhida aparte, para fazer o rustído); duas cebolas; um dente de alho; dous decelitros de azeite; um ramo de salsa; dez grans de pimenta; quatrocentos gramos de pan, cortado ás fatías e tostado; sal.  Limpa-se a Lampreia de forma tradicional, corta-se em bocados, sem separá-los completamente, para despois colocá-la toda enroscada na tarteira de barro.  Fazer um refogado, pouco puxado, com as cebolas cortadas ás rodelas picadas, o dente de alho picado e o azeite.  Introduzir a Lampreia no refogado, xuntar a salsa, a pimenta em gran e o sal, deixando estufar.  Quando estexa pronta, coloca-se nunha travessa, cuxo fundo foi coberto com o pan torrado.  Regar com o molho e acompanha-la com arroz “Calasparra”.

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