Arquivos diarios: 10/09/2017

“DERIVA” HISTÓRICA (I)

.

                                    O MAESTRILLO

               A sua vida, como a de muitos outros, que viveron aquelas matanzas franquistas que seguiron ó fim da Guerra, daria, deu, e dará no futuro, para muitos romances literários. Oriundo de Santiago de Oliveira, o filho da “Pajuela”, casou em Guillade D’Arriba com Flora Costa Candeira.  Home de grande sangre fria, e tamém favorecido pola sorte, foi posto em liberdade por engano em Lugo, onde xá se encontrava preso por adoutrinar os seus alumnos na escola.  A xente afirmava que era comunista, e que gritando-lhe desde o alto do monte, insultava as sobrinhas do abade Montero, que era natural de Guillade.  Parece ser, que era bastante ciumento, e um mal dia, marcou a sua mulher na cara com um coitelo (gritando-lhe ¡¡Soy rojo Flora!!  ¡¡Soy rojo!!), quedando a partir desse dia as relacions entre ambos definitivamente rotas.  Andou muito tempo escapado polo monte, e decia “dejaron escapar el pajarito de la jaula, y no lo van a pillar jamas”.  Nos montes próximos da Portela, tinha as suas guaridas, dormia metendo-se polo “sifón” da estrada nas Amieiras, tamém se enfiava polas valeiras de vinha brava, que faziam unha maranha infernal (os guardas pisavam porriba para intentar encontrá-lo), costumava meter-se debaixo das penas do monte, e sentia os guardas passar de unhas para outras.  Mas a sua base principal, era um escondite debaixo da “Casa das Carbalhas”, sendo elas muito amigas da sua nái.  Certa altura, a raíz dunha denúncia, as xentes avisaron que vinha a Guardia Civil caminho do lugar, As mulheres assustáron-se e rogáron-lhe que marchara, pois podian matá-los a todos, se o encontravam alí.  El, esperou tranquilamente a que os guardas chegaram, e entón saíu pola xanela de trás, cara ó monte, onde assistiu observando de pé a toda a operazón de cerco.  Os guardas, lograron dar com o escondite cheio de puntas de cigarro, xerando-se um momento de grande perigo, que as mulheres lograron resolver, Generosa das Carbalhas conseguiu dissimular deitando-lhe as culpas ó Generoso das Carbalhas, fora o pequeno que andava a fumar ás escondidas.  Tan pronto marchou a tropa, ele baixou tranquilamente do monte, non demostrando qualquer tipo de medo.  A “Grila”, mandava-lhe a comida atada ó pescozo de unha cadelinha, que iva ter com eles, alá onde se encontraram escondidos, pois non era o único que se atopava a monte.  Acabou por ser tan perseguido, que houvo que preparar a sua fuga.  O “contácto”, era o Cura Don Manolo, dos Bouças de Meder, o qual salvou muitos de unha morte certa, e que chegou inclúso a ir ó lazareto de Redondela buscar xente. Vinha o Padre Cura, muitas vezes buscar água á Costa, porque parecia ser que a devandita era muito boa para curar a vista.  Claro que aproveitava a ocasión para entrar em contacto com os foraxidos, fornecendo-lhe ao nosso “Maestrillo” vestimentas de eclessiástico, e algo de dinheiro, para passar a Portugal, e desde alí embarcar para Chile.  Lugar onde parece ser, que a vida lhe foi bem, estabelecendo-se com unha loxa de facendas.  Muitos anos despois, fala-se que a filha Maruxa o foi visitar alá.

a irmandade circular