

.


.
.
Vou, mecanizado e duro (como diz o poeta) na dirección de Monzon, para tomar um pequeno almoço habitualmente tardio. O Escondidinho é o café desde o qual se pode admirar longamente unha das praças mais bonitas “do mundo”. Apesar de xá ter padecido algo a modernidade, segue mantendo o seu espírito no lugar. Na cabeceira do lado esquerdo, há dous deuses pagans que non podem deixar de ser reverênciados, o pái Minho gozando a beleza eterna da sua xuventude, e unha árbore sagrada quase-eterna, rodeada de barreiras e cartéis informativos. Está doente, coitada! Mas penso que o remédio non é o certo. Pois o que ela necessita é o calor daquela multidon que se coloca ó abrigo da sua sombra nas festas do vrán, para evitar um sol inclemente e despiadado. E non estes ferros e cementos que a rodean por todas as partes, até matala. No lado da dereita, um sacristán de pau, pede eternamente limosna, para unhs pobres que nunca xamais findan, e há até quem tenha a suprema maldade de xulgá-los necesários. Xá várias veces pensei (teóricamente) rouba-lo, e leva-lo para Guilhade, onde estaria na glória. Quase dormidos, pela beatitude da raxeira, vamos de longada pola tarde fora, sem présas, sem destinos, sem presupostos. Um refresco, na antiga casa do “Velho de Moscoso”, tamém conhecida como “Breixoeira”. Pola velha estrada nacional, ainda cheia de fontes nas suas vermas, circulamos com demasiada lentitude, procurando apreixar a araxe e a paisaxe circundante, num percorrido de trinta kilómetros cara ós Arcos do Val do Rio Vez. Coa mesma pacífica intención seguimos para Ponte da Barca, um remanso de beleza e tranquilidade, dignos de Don Simon (o estaxirita). Albergábamos a larpeira esperanza de comer no restaurante “O Muinho”, mas non temos tido sorte com os “comes e bebes” últimamente (ou a qualidade baixou algo, ou nós nos tornamos demasiado esixentes). Estava pechado, em pleno més de Xunho, para reformas! Visto o panorama, que é lindo, Nota-se que, ou o home se cansou de dar de comer a mangantes, ou o seu forte non son os turistas. Paciência! Como dí graciosamente um filho dum amigo meu, imitando o pái. A Ponte de Lima, sítio que non recomendamos a Don Simon, porque aquí sí que há xentes, estava tudo abarrotado, pois era festa local, e para cúmulo de males, ainda porriba cantava a grande fadista Carminho. Despois dum agradável passeio, perguntamos, como é habitual em nós, “onde se pode comer aquí, como um príncipe?” As pessoas decentes, rian-se de tan disparatado propósito, isso era noutros tempos, agora todos comemos igual! (sorte que non estava com nós Don Ortega e Gasset, pois poderia alí mesmo confirmar a sua teoría sobre a “Rebelión das Massas”, e os efeitos perniciosos da mesma). Bom paciência!! Se unha táctica, non funciona, há que fabricar outra melhor. Entón, decidimos mudar a pergunta! Onde come aquí Fernando Mêndes? Pois, parece ser, non é seguro, que comia alí mesmo. Cozinha falsamente caseira, e certamente rexional. Caldo de Galinha, e um Cabrito que parecia marinado em zorza ou roxoes. Pois sinceramente, xá que franco non podo, non estava mal. Amén!!!
léria cultural

Publicado en Uncategorized