ALFONSO I REI DOS XÍBAROS
.
Um xovem campesino galego da província de Ourense (Amiudal-Avión) nunha das zonas mais agrestes, montanhosas e pobres, por aquel enton, da Galiza profunda, que emigrou a fins do século XIX ó Brasil e posteriormente trasladou-se a Iquitos (Perú) nos principios do passado século, dando início a unha das mais incríveis aventuras que o home branco puido contar, entre os indómitos e temíveis indios Xíbaros, do Alto Maranhon, sobre os que reinou até á sua morte. Um vecinho de Avión, Emílio Rosendo que ainda vive, tendo noventa e cinco anos de idade, e era amigo dunha das pessoas que embarcara com Alfonso Graña. Como muitos outros desta terra, Alfonso Graña, emigrou para o Brasil recalando em Manaos. Trás um tempo nesta cidade, embarcou de novo, desta vez rumo a Iquitos (Perú) onde está documentado o seu paradeiro no ano 1910, sabemos que permaneceu por estes sitios durante dez anos. Depois da crísis do caucho (1922) A. Graña interna-se na selva xunto com um amigo e vecinho que com el tinha emigrado a essas latitudes, atopando-se com unha tribu de indios Xíbaros, os quais matan o seu acompanhante, mentras que a Alfonso Graña lhe respeitam a vida. Porque segundo parece a filha do rei dos Xíbaros, se encapricha por el. Quando morre o seu sogro, Alfonso Graña é o seu sucesor no trono. Reinando durante doze anos entre as tribus Xíbaras, Aquaruna e Huambisa, até que lhe sobreveio a morte por unha doença terminal, em 1934. E probavelmente tudo teria ficado no esquecimento se a casualidade e a fortuna non se tiveran dado a man com efeito de que em Iquitos rexentara unha concurrida libraría “Amigos del País”, outro célebre personaxem galego da Costeira (Ribadávia) cuxo nome era Cesáreo Mosquera, que procedia polo tanto, dunha zona próxima á da Graña na Galiza (18 Km). C. Mosquera convertiu a sua libraría num lugar de encontro da colonia espanhola e doutros países que trabalhavam na rexion peruana de Loreto. Mosquera ó ter conhecimento por um artigo de Victor de la Serna (1931) de que em Espanha o capitán Iglesias Brage preparava unha expedicion científica ó Amazonas, puxo-se em contacto com el e ofereceu o seu apoio e o do seu amigo, Alfonso Graña. “Depois de ler o que dí o amigo da Serna. Suponho que será unha broma, mas se por acaso non o é, aquí estamos Graña e eu. Pero em menuda se vai ustede meter (…). Escriba-me porque podemos ser-lhes de útilidade Graña e eu quando ustedes fagan a loucura de cair por aquí.”
MAXIMINO FERNANDEZ SENDÍN

Esta entrada foi publicada en
Uncategorized.
Ligazón permanente.