PONHA UM TESOURO SEM ESCAVAR NA SUA VIDA

.

                    É como um amor.  Algo que permanece aí latente.  Estimula e acelera o andamento.  O ensonhamento galopa, e a imaxinaçao transborda, ditirâmbica e hiperbólica.  Afastando o tédio da nossa frente, e tendo o poder de banalizar tudo.  Um sempre pode sorrir secretamente, enigmáticamente (com verdadeira sorrisa Etrusca).  ¿Se souberas que eu, encontrei um tesouro?   Tudo aconteceu sem querer, como sempre, quando o destino se confabúla com os ástros, e as estrelas mais lonxanas, e as linhas, as tanxentes e as secantes, e a maxía de Prisciliano que advem do Multiverso quântico.  Estava eu, plantando um castanheiro no monte, quando inesperadamente algo gritou !!cráck!!  Pois, muito a meu pesar, tinha partido um cacharro de negro barro prehistórico, que dormia o seu sono eterno, rodeado de pedras d’algunha tumba perdida para sempre, da memória das xentes e das coordenadas quadridimensionais de Minkovski.  A partir d’enton, estabeleceu-se unha heroica rivalidade, entre o admirável povo Chinês (que ainda hoxe em dia, conserva invioladas várias tumbas de Imperadores, apesar dos tesouros arqueolóxicos que se adivinham no seu interior), e eu.   ¿A ver quém aguanta mais?   País meu, a tua riqueza é tanta e tamanha, que aparece por qualquer rua, até brota do chan em lugares recônditos, cheios de Fado e bem-aventurança.  “!!Meu país!!  !!Meu país!!   ¿Nao sei, se te cante ou chore?   ¿Nao sei, se te grite um dia?   Rasgo a alma, e digo em pranto.   !!Que eu por ti, ainda morria!!”

 

antónio argibay sebastián

 

Deixar un comentario