
Sai-se do concelho de Loulé e entra-se no de Sao Brás de Alportel e também na zona do barrocal, deixando para trás a zona da serra, começam a aparecer os primeiros pinheiros. Alportel era um forte centro do negócio da cortiça, uma espécie de entreposto entre o Alentejo e o Algarve. A serra já ficou definitivamente para trás começam a encontrar-se a vinha, os pomares de citrinos e oliveiras, entrando em Sao Brás de Alportel. Depois de sair de Sao Brás continua-se por uma zona cada vez mais verdejante, na chegada a Faro grandes pomares de citrinos, nomeadamente limoeiros. A actualidade vê-se num supermercado, porque de resto, esta zona estará pouco mais ou menos como há 50 anos, terras de cultivo, pomares de limoeiros, laranjas e estufas. Á beira da estrada muros velhos escuros. Um final sem honra nem grandeza.
A. M. N.
Publicado en Uncategorized
Para apreciar o Barrocal o melhor é andar quilómetros para sul e parar no adro da igreja do Barranco do Velho. Dai terá uma ideia muito mais precisa do que é o Barrocal, afinal a transiçao de terrenos essencialmente xistosos para o calcário. O termo Barrocal deriva das formaçoes calcárias chamadas barrocos que raramente ultrapassam os 400 metros de altitude. Aqui o coberto vegetal é constituído por azinheiras, zambujeiros, e vao começando a aparecer árvores de fruto, cada vez em maior quantidade, á medida que se avança para sul, alfarrobeiras, figueiras e oliveiras. É para guardar a memória das gentes do Barrocal da Serra, e presenciar o passado de uma comunidade que sempre viveu fundamentalmente da cortiça.
A. M. N.
Publicado en Uncategorized