Arquivos diarios: 31/10/2016

MORA

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                    A Guia de Portugal de Raúl Proença, ediçao da Biblioteca Nacional de 1927 (reeditada em fac-simile em 1988 pela Fundaçao Gulbenkian nao dedica mais do que meia dúzia de linhas a Mora e mesmo assim lá vem com parte de ditado popular “em Mora nem uma hora, omitindo a frase completa.”  “Em Mora nem uma hora, no Cabeçao nem um serao e em Pavia nem um dia”.   Com isto, ao que parece, se quis dizer que das trés vilas Pavia seria a menos pior”.   Pois talvez.   O nome tem ressonâncias italianas e também se diz que terá tido origem numa colónia de imigrantes lombardos, originários de Pavia, chefiada por um certo Roberto. a quem no final do século XIII terao sido dadas algumas benesses para se fixarem no que é  a mais antiga vila do actúal concelho de Mora.   Á medida que nos aproximamos de Mora as árvores começam a rarear e o montado da lugar a campos de cultivo onde crescem pastos, na primavera atapetados com umas plantas vermelhas que dao um colorido inacreditável á paisagem, com muitas ovelhas a pastar.   Mora é uma vila muito arrumadinha com uns arrabaldos muito simpáticos, com vivendas e quintais.   Uma típica vila alentejana com as casas caiadas de branco.   Também é verdade que se foi ao centro de Mora, qualquer rua lhe serve para voltar á estrada N2.

A. M. N.

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AVIS

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                    A Vila de Avis foi sede da ordem militar do mesmo nome e desempenhou um papel destacado na história de Portugal por ter dado nome á mais emblemática dinastia portuguesa, iniciada em 1383 por D. Joao I.   D. Adfonsus D’Anrique doou a cidade aos frades da ordem de Calatrava, que tinham a casa matriz em Castela.   Em Julho de 1211, Adfonsus II concede  a rexion que haveria de chamar-se Avis, e muda o nome da ordem para Sao Bento de Avis,  adotando um hábito diferente do da ordem de Calatrava, mantendo o manto branco de influência benedictina, mas com flor-de-lis  verde, ao contrário da ordem de Calatrava que era vermelha.   Em Avis fundaram um castelo com seis torres, das quais três chegaram aos nossos dias.   Deste período é a Porta do Arco, que acabou por se transformar no ex-libris da vila.   Se tiver tempo vale a pena dar lá um saltinho, porque a vila merece.   Alem do mais tem, também, o encanto de uma albufeira, no caso do Maranhao.

A. M. N.

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