A rainha dos Valhascos, é a couve. Considerada como a melhor do mundo, tendo em conta que estamos em Portugal, e que sempre há necessidade de afirmar-se. Aquí mantenhem-se vivos algunhs usos e costumes ântergos, nomeadamente da cozinha, bastante interesantes. A matéria-prima é a do costume por estas bandas, azeite, pan, vinho, e as fermosas couves dos Valhascos. Costuma-se cozinha-las em migas, fervidas com bacalhau, entrecosto e feixons. Mas este lugar, tamém é famoso por ser um fortíssimo bastion da República, e pelo seu fervor anticlérical. O deçoito de agosto do ano 1912, o vigário de Sardoal, é expulso dos Valhascos apesar da sua tenáz resistencia. O padre Silva Martins, foi intimado a non mais alí voltar para dizer missa. Alí estava um verdadeiro baluarte, com que a República podia contar para a sua defensa e consolidacion. Ainda quando da última incursion paivante, que foi necessário fazer ronda nas estradas, lá estava o povo dos Valhascos sempre, embora só em parte lhe coubesse o serviço, apareceron trinta homes armados. Foi o povo que comprou e ofereceu o mobiliário para unha escola (que infelizmente até hoxe ainda non abriu). Dizendo-se, “ser Valhascos um canto do inferno, xente de má raça, e incitando ás mais fanáticas que mandassem os filhos aprender doutrina, em prexuizo da escola”. Xá o amigo vê, que nos Valhascos há unha firme opinion consciente para defender a nossa Rex-Pública, sempre que preciso sexa.
A. M. N.
Publicado en Uncategorized