O CíRCULO SEM ALTERNÂNCIA É UNHA PORTA ABERTA Á DESIGUALDADE

.

                    Qualquer sistema de representacion simbólica do mundo é unha unidade dotada de sentido na qual influie o mais mínimo câmbio.   Com o advenimento da sociedade feudal, seguida da Ilustracion com o seu anhelo de progresso, acompanhados pela debida dose de represion, surxiron inevitávelmente modos de organizacion social e ideoloxias novas com as que a mentalidade primitiva dos povos vascos non soubo competir.   Como a continuacion veremos, nasceron puntual e localmente situacions de compromiso e de cohabitacion, mostras do processo de dexeneracion da esência comunalista.   Falaremos primeiramente de certas relacions sociais circulares nas que a falta de alternância levou á desigualdade entre os participantes nela, considerando o caso da rexion do Aubrac, no Macizo Central (França).   Esta zona montanhosa de mais de cinquenta mil hectáreas, basaltica e rodeada de ântigos vulcans, é um bosque de titularidade estatal e de propriedade comunal.   Tamém tem pastos de montanha, a novecentos metros de altitude média, utilizados por rebanhos bovinos.   No Aubrac, o sistema de trashumância e de exploracion da cabana de montanha atribuie (organizada de maneira circular) quatro funcions diferentes ós seus pastores.   O responsável das vacas e do equipo de pastores, encargado de ordenhar e de fabricar o queixo.   O pastor, que ordenha e toma parte na primeira fase da fabricacion do queixo.   O responsável dos terneiros, que ademais frega os utensilios do ordenho assim como os da cozinha.   E por fim, o “niño” ou “niña”, que é nada mais nem menos que unha “criada para tudo”.   Valendonos de um símil  xeométrico, diremos que a organizacion circular sem alternância volta-se simplesmente horizontal e o horizontal tende a tornar-se vertical.   Se a comparamos com a plenitude do “círculo das montanhas” que se dá em Santa Grazi, a circularidade de Aubrac perdeu toda a sua esência igualitária e solidária.   Ainda que non dispomos de informacion suficiente para referir-nos a um possíbel processo de decadência da dita organizacion, sabemos que a propriedade comunal, do Aubrac  conheceu agressions históricas.   Unha delas tivo lugar por volta do 1870: ” os proprietários do Macizo Central que se reservavan a exclusividade dos comunais venden quando do éxodo rural que fixo que todos os obreiros agrícolas se foran, é dicer, no momento em que estavan seguros de poder repartir-se as terras entre eles.   É que paradoxalmente, a propriedade comunal non é garantia de comunalismo nem de igualdade.   Se chega a escindir-se a comunidade que o sustenta, nasce unha sociedade constituida por classes de intereses antagónicos.   Mas parece que o principio da ruina da circularidade comunalista pode alcanzar um grau superior.   Se de unha organizacion circular sem alternância pode derivar unha horizontal e non igualitária, assimesmo pode ver a luz unha organizacion completamente pirâmidal.   Ese é o caso dos pastores de Huesca.   Existen innumeráveis vestixios para poder assegurar que as formas de vida, costumes, crenças, ritos, mitos, etc…  dos habitantes do Pirineo parten dunha raiz comum.   Como noutros lugares da Montanha pirenaica, os pastores da província de Huesca fabrican machados de pedra para protexer os rebanhos  do raio, realizan os ritos específicos do solestício de vrán contra as doenças que puideran afectar os seus animais, colocan ramas bendecidas nas portas, etc.   A importância da casa, a assâ mbleia como lugar de decision e eleiccion dos seus organismos administractivos, a organizacion dos vales, etc… son comparáveis aos que existem na Montanha Vasca.   Apesar do enorme peso do cristianismo, mantenhem-se infinidade de crenças, ritos e festas paganas, ó igual que nos povos vascos.   É á raiz da privatizacion das terras comunais, polas desamortizacions do Estado espanhol no século deçoito, quando os habitantes dos vales altos de Huesca ficaron sem terrenos de pastos para os seus rebanhos.   Encontrando-se obrigados a converter-se em pastores a soldo dos donos dos grandes rebanhos que se formaron  trás as usurpacions dos referidos comunais.   Em Pastores do Pirineo, Severino Pallaruelo acerca-nos á organizacion do pastoreo trashumante do alto Huesca.   Observamos unha division por tarefas parecida á do cayolar em Santa Grazi:  existe o pastor xefe chamado “mayoral”, o segundo xefe ou vice-mayoral, tamém chamado “rapatan” em alghuns lugares, e o “chulo” ou “zagal” que alimentava os cans, cuidava o gando enfermo e preparava a comida dos pastores.   Nembargantes, á grande diferença entre Santa Grazi onde primava a igualdade, entre os pastores oscenses resalta-se a xerarquia.   Primeiramente as diferenças salariais, que reflexavan os diferentes escalafons da pirâmide.   Mas estava sobre tudo a figura do mayoral, xefe supremo do rebanho assim como dos pastores.   Entre os pastores do alto Huesca, a autoridade do mayoral ritualizava-se em cada momento.   Tanto é assim que nas comidas, ningum pastor começava a comer do caldeiro até que o fixera o mayoral.   Ninguem debia beber se o pastor xefe non bebia.   Á vez, que ninguem comia mentras el bebia.   Infrinxir éstas prohibicions acarreava duras sancions.   “Se algum pastor come mentras o mayoral bebe, este golpealhe a culher, tirando-lhe a comida (Vale de Ansó)”.   “Se um pastor desobedecia ó mayoral era castigado e debia dar voltas correndo em torno do fogo (Gistain)”.   Observamos que o processo de destruccion dos modos de vida basados na comunidade e no indiviso, provistos de unha ideoloxia igualitária e por conseguinte alheios ó proveito pessoal, é progressivo.   A “ideoloxia do circulo” desaparece quando se vé colonizada pela ideoloxia da pirâmide, o deber de correspondência para com a comunidade é um freio á expansion e ascension privada.   Mas observamos que em um processo de desintegracion o círculo logra manter-se parcialmente, como nos montes de Aubrac ou em Huesca.   Podemos deducir com isto que para a sua sobrevivência, “a ideoloxia do círculo” necesitava de toda a sua forza no âmbito das crenças, assim como da organizacion social e política.   Unha vez debilitadas éstas, caíu a peculiaridade económica  de rechazo a qualquer tipo de propriedade.   Despois como unha sorte de efeito “dominó”, a sociedade do “círculo” da Montanha Vasca derrubou-se irremediávelmente.   Ficava a pirâmide com o seu séquito formado pela desigualdade, a propriedade privada, a centralizacion do poder, a exploracion humana e medioâmbiental, etc…

SALES SANTOS VERA

ITZIAR MADINA ELGUEZABAL

Deixar un comentario