NO PRINCIPIO FOI CEQUELINHOS

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Foi o meu primo Manuel Argibay Bouzó, quem me nomeou Conde de Cequelinhos. Non por superlativos méritos meus, mas porque lhe saíu da sua real gana.
Porem, Cequelinhos estará sempre ligado á grata memória de Xosé Maria Novoa Montero, companheiro meu na “Santa Paciência”, para suportar os avatáres deste perro mundo.
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Recordo bem, quando chegou a Banco Galego, acabado de sair do seminário, com o livro de “Conselhos Espírituais” escondido no fundo da sua secretária.
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Alá pelos finais do ano, o banco costumava entregar ós directores um emvelope com dinheiro, destinado teóricamente a ser repartido pelos empregados da oficina seguindo unha meritória escala de valores.
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Mas, a moral oficial, recomendava que o maioral se quedara com tudo, e como recompensa, arengara aos subalternos com unha reconfortante apelacion ós sacrificios reclamados pela “Crísis Liberal”. .
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Igual que na obra de Sciaccia “Negro sobre Negro”, Don Sésé. Don Xosé Maria Novoa Montero, nom era um merdinhas qualquer. Ordenou que o dinheiro fora repartido entre os trabalhadores, que nom queriamos, pois sabiamos bem, que esse era o précio da sua sangre e da sua alma.
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Acabou, contra todo precedente, repartindo o dinheiro com nós, nunha demonstracion tamanha de irmandade, que xamais me esqueceu.
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Quando da morte do seu difunto pai, e devido á amizade que sentia por este rapaz, fun ó enterro (cousa rara em mim, que non me gusta nada ir ás cerimónias cristans).
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Apareceu enton, pola primeira vez ante os meus olhos Cequelinhos, num dia chuvento de inverno, como um retorno ó princípio dos tempos. Aquel lugar antergo, humilde de canastros pequenos de pedra, água e esquecimento.
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Agora, que retorno a Cequelinhos num dia soleado, xa nom parece o mesmo, a brilhante claridade mostra abertamente as suas feridas, e as pedras e os musgos mirraron, e parecen haber perdido a guerra definitivamente.
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A IRMANDADE CIRCULAR
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