UM SONHO

IMG_5190

.

                  UM SONHO

         Bom dia.  Senhor Carbalhal.  Ésta noite sonhei consigo, mas non se alarme, porque foi um sonho erótico.  Um inexplicábel presentimento das vacacions que se adivinhan.  Andavamos os dous alegremente irmandados, passeando polas vielas da velha Lisboa.  Usted caminhava com a sua inxénuidade habitual, portando na man um inútil maletin de executivo xudicial.  Eu, estrafaláriamente vestido com unha chaqueta amarela, penteavame compulsivamente, com admirábel constância, em cada esquina que atopaba.  Ainda com a agravante, que de forma preocupante mes esquecia do pente na cabeza.   Traducido ó latin vulgar, isto significa que estou perdendo pelo, e que nós andavamos buscando chavalas cachondas.   Vinha-lhe falando do tempo, que apesar de estarmos xá a meados de xulho, e nesta época facer bastante calor, sentia non obstante um lixeiro repunto.  Éra eu, que na cama, estava destapado da parte derriba, polo qual notaba um frescor matinal.   Déstas interconexions, entre o sonho e a realidade, está o mundo cheo.  Disto se aproveitan os agudos adivinhos do futuro, pois todos saben que o sonho está feito de necessidades.   Menos mal que, o Ministro de Turismo de Portugal, ainda non se acordou, que espalhando um monton de boas moças pelos pontos estratéxicos da cidade, o negócio global, se veria fortemente incrementado.   Graças ás fantasias, que unha orda de bárbaros trotamundos, depositaria alegremente sobre estes obscuros obxectos do desexo.  A luxúriante recompensa dos paraísos de Ala, xuntamente com o prazer das Uries, com que Alí Baba, o velho da montanha, gratificava todos os seus ladrons.  Penso sinceramente, que as mulheres merecen um melhor destino.  Se lhes nega, o disfrute da libertinaxem.  Ó mesmo tempo, que se vé com boms olhos, o florescente negócio da xeral prostituicion humana.

          E como afirmava o meu parente Ramiro do Pazo, “Há que deixar-se de putas e botar-se a foder.”

 

VEREA VELHA      XULHO DO ANO 2010.

 

Deixar un comentario