EXCURSION Ó ALTO MARANHON
A SERPE D’OURO DA MAN DE CIRO ALEGRIA
“Ande, Selva e Rio, son cousas duras senhor. É novo aquí, e tem que andar com muito cuidado, um home ha de ser precavido e baqueano, por estes lugares há que ter tento. Ví chegar por acá xovens como o senhor, com muita ilusion na alma, mas que voltaron a Lima ó pouco tempo, com as nalgas chagadas e o corpo cozinhado pola erisípela e o vento da puna, feitos ums desástres ambulantes meu senhor. Outros morreron. Os que foron mais alá, os que se arriscaron, morreron senhor. Fai anos passaron por aquí tres cientificos. Um era peruano, Alejandro Lezcano, e os outros polacos. Ian armados com Winchesters, revólveres, planos, mapas, brúxulas, conservas e todo um cargamento de bagatelas. O seu propósito era explorar as selvas do rio Huayabamba, que nasce nestes lados e vai desembocar no Huallaga. O xoven Lescano, representava grandes esperanzas, pois estudara em Estados Unidos. Estava em Cajabamba onde tinha ido visitar a família. Mas a sorte eslabona-se como unha cadeia de ferro a qual non se pode romper: enton chegaron os gringos. Primeiro fixeron-se amigos e ficou resolvido que os acompanharia. Conseguiran unha concesion na conca do Huayabamba, unha das mais ricas, e virxens da pranta do civilizado. Fai anos, habia um caminho, mas ó cesar o tráfico, a selva tapou-o enteiramente. Era dos tempos em que se comerciava com Pajatén, Pachiza, Uchiza, e todos esses povoados, e tamén com os índios Hibitos e Cholones. Mas os indios, começaron a matar xente, e ainda despois de acabar com esses lugares todos, inclúso fixeron incursions nésta provincia, arrasando Cantumarca e Collaí, matando os homes e levando as mulheres, cousa fera, meu senhor. Ainda porriba unha crescida levou a ponte dum afluente do Huayabamba, de maneira que só resta ir a pé até poder passar o rio. Ums parentes meus vinham com um cargamento de chapéus e toda classe de herbas de montanha, quando se encontraron que a ponte non estava mais. Tiveron que esperar que baixara o rio, mas passavan os dias e os víveres acabaron-se, enton os indios cargueiros escaparon todos, e alí quedou o meu parente, no meio da selva, baixo unha chuvia que non tinha visos de parar, graças que os indios non o mataron. Unha alforxa de milho crú tivo por todo comer, porque a chúvia non lhe deixava acender lume, pois todos os lenhos chorreavan água. Colheu a machada e puxo-se a cortar unha árbore enorme que lhe permitira cruzar o rio, era tan grande, que non se lhe via a punta, começando a talha-la por um lado. Pasou dias enteiros, dando-lhe á machada e comendo milho. Por fim começou a xemer e abateu-se com grande estrondo, o qual se prolongou perto de unha hora, parecendo que toda a selva se vinha a baixo. Um pau derrumba a outro na maranha e assim se prolongan as caidas, deixando um surco de kilometros na espessura. A cousa non para a non ser que unha clareira ou outra árbore demasiado grande e enrraizada, ou um rio logran parar a debácle. Ás veces colhe caserios e chozas de selvaxens, que son esmagados, morrendo tamén feras e animais, até os mesmos macacos son apanhados. O meu parente seguiu como puido por ésta senda, procurando non perder a trocha, e escalou as pendentes, entre raices, pedregulhos e matas, até que logrou as alturas com a roupa feita farrapos, o calzado feito pedazos, e as mans todas esfoladas. Non puido andar mais, e por alí quedou caido. Ums repunteiros recolheron-no e levaron-no para a sua choza, mas a comida dava-lhe náuseas. Quando passados muitos dias, logrou curar-se, retornou onde deixara o cargamento, encontrou tudo feito um desastre, as feras tinhan rasgado os bultos todos, e tudo estava em pedaços. Voltando ó assunto dos científicos, tinhan tomado guias do lugar, que conhecian bem estes paraxes. Entraron así na selva confiados, e animosos, porque era o tempo que non chovia, mas na selva chove com maior ou menor intensidade catorce meses ó ano. Pronto se viron, entre o fango, e unha espessura que non deixava ver o sol, nin permitia orientar-se e nin sequera andar. Os guias valian mais que as brúxulas e ivan por diante, machete em man abrindo caminho. A chuvia caia a torrentes, e de nada valian as árbores mais frondosas contra ela. unha cousa é imaxinala, e outra sentila nas costas. Estar entre feras, insectos, repties, baixo unha chuvia pertináz que aumenta a tortura dos dias passados. Mas nada é tan terríbel como a vexetacion em sí. Sempre diante dos olhos, troncos velhos, ramas, vertidos nunha confusion tormentosa em um entreverado inextricábel, detendo, enrredando o home, facendo-o cair, aprisionando-o. Así as cousas, um dia, chegaron ó borde de um rio que seria xá probabelmente o Huayabamba, alí encontraron unha casucha das que levantan os indios para acampar, com sinais frescos de fogo. Os guias espantaron-se, pois que os hibitos debian andar por alí. Pese a tudo, internaron-se, e outro dia em busca de paus para facer unha embarcacion, e chegado o momento pararon a almorçar as suas conservas. Um guia dixo, que perto corria um riacho, e que este era o lugar do antigo povoado de Pajarén. Nada quedava xá do tal povoado. As árbores e as lianas, formavan um conglomerado sombrio. Os expedicionários ficaron contentes, pois non quedavan mais de vinticinco léguas, até desembocar no Huallaga, que farian fácilmente em balsa, nisto escuitaron um rumor de folhas pisadas na espessura, era um hibito que cazaba com zarabatana. Tinha a cara tinxida de achote e vestia de azul. Son indios bravos e quem non os conhece que os compre. Eles e os cholones andan a matar-se, e quando encontran algum branco desprevenido, matan-no tamén, e ainda que non estexa desprevenido, se é que tem algo para roubar. Son occiosos de mal xénio, e gostan de emborrachar-se sempre com essa porcaria do massaro. No meio da natureza primitiva e selvaxem, o home volta-se coma ela, insensibelmente, e chega o momento em que até a carronha é boa para poder prolongar a vida. Unha luta que non admite regateos nem evasivas. Os guias non quixeron permanecer mais na selva, estavan cansados de ser carne de morcegos. Abundan tantos e son tan voráces que chegan a atacar os homes, especialmente nas noites sem lua, quando ésta sai dormen em sitios onde chegue a luz, e nessa noite, os vampiros non acuden. Mas a sombra é sua aliada, e a sombra nunca falta na selva. Ó despertar dessas noites lóbregas, tinhan que contar duas ou tres feridas no pescozo e nos pés. Estes bechos ensangrentan até os páxaros do monte e as galinhas dos indios. Eles cren que deus é a árbore mais grande, e o rio mais grande, e tenhem os seus ritos e os seus bruxos. Se se fan cristianos é por interés. Habia missioneiros que os obséquiavan com objectos, para os poder adoutrinar, mas non obtinhan grandes resultados, pois tinhan que útilizar ainda porriba intérpretes. Todos os mistérios se lhe facian um embrolho, da virxindade de Maria, da Trindade, e menos podian aceitar o deixar-se matar para salvar os outros. Recebian coitelos, espelhos e contas de vidro, para deixar bautizar os seus filhos, e no dia seguinte voltavan para que lho bautizaran outra vez. Os guias temerosos abandonaron o grupo no meio daquel inferno verde, deixando-os com as suas Wínchesters, os revólveres, os mapas, planos, brúxulas, as conservas e demáis bagatelas todas. E non se soubo deles nunca máis. É a selva, meu senhor. ¿Quem o salva de unha víbora, ou de um golpe certeiro de zarabatana? ¿Quem da selva laberintica, da correntada voráz, ou do abismo que se abre diante dos pés? Suba ó cerro Campana, amigo, que de alí poderá ver tudo isto. É bom polo menos ver, despois explore tudo o que queira, mas ande com muito tento. Se pensa ir a Bambamarca, diga non mais chegar, que se encontra mal de saúde. Esses indios bombamarquinos son muito quisquilhosos, e qualquer cousa a interpretan como menosprecio. Agasalharan-no e lhe daran pousada na casa do alcaide ou do gabernador, porque isso sí son hospitalários. Sirvem-lhe unha grande lapa de papas, e outra grande de cushal, ou sexa sopa, outra de ocas. Tem que terminar tudo, porque se non, non lhe darán de comer máis. Non conciben unha pessoa com outra fame que a deles, e pensan que se deixa algo de comida é para desaforalos. Mas se está doente, enton as relacions non se cortan. Mire: eu aconselharia-lhe o rio, o rio Maranhon. ¿Porque non lava ouro? Esse é um emporio de riqueza, de metal, tirado… Xa son velho, que do contrário estaria alí lavando, mas o clima e os mil bechos darian agora conta de mim. Com a picazon da selva dentro, partimos para as cumbres daquel cerro que dificilmente se distingue entre um retaceado esboço de nubes, com o fim de contemplar a rexion. ¿Aonde vá compadre? Al maranhon, a traer coca e plátanos. ¿Porque non falan os bombamarquinos? Asiés su ser. Taíta. Todos falan larga e entretidamente, mas non com os brancos. Apenas ven um rostro claro, ou unha indumentária diferente á sua, selan os lábios e nonos abrem, senon para contestar o necesário. A cima do cerro Campana, está pegada ó ceu. Deixamos a um lado o povoado de Bambamarca apinhado xunto a unha lagoa, com as casinhas de combas paredes de pedra e tectos filudos, e começamos a escalar unha senda difícil. A natureza muda tamén, os arbustos fan-se cada vez mais raros, as veigas mais escasas, e unha palha amarela se levanta a um lado e outro da vereda. Há gotas de água sobre as herbas, e fai frio xá, o vento arde nos lábios. Abaixo estan os barrancos, há vaquinhas entre as rocas ramoneando, e o chan resbala como xabon, caidas e resbalons e um deter-se para mirar recelosamente os abismos. O cerro começa a mostrar as suas laxes prependiculares, passo a passo, curva a curva, escalon a escalon. Non pense senon em passar trabalhos, quem queira que a puna lhe dé bems. Os homens movem-se como formigas, e a lagoa azul é somente pupila por onde mira a terra a vasta âmplitude da cordilheira. Unha densa névoa avanza progressivamente, envolvendo tudo, de manhan é así, despois xá aclarada mais tarde. De pronto ouve-se um canto triste e um balar de ovelhas, unha pastora e a sua manada, produce unha sensacion rara o feito de sentir vida alí naqueles contornos, e non ter dela mais que os sons. Unha raza sofrida e paciente, victima d’unha servidume, e da cordilheira abrupta e inmiserecorde. Cantos que son filhos da fame e do látigo, da rocha e da fera, da neve e da néboa, da solidon do mundo. As ojotas brandas son melhores que as botas duras, alí onde as rochas estenden grandes planos inclinados e picos que non ofertan firmeza. Na fragosa pendente, zumpan os ouvidos, e as mans estan tesas e xeladas, é difícil respirar ou talvés o ar non exista. “Más una nadita, y ya llegamos parriba.” A forte corrente ventosa da cordilheira, axíta e estende o poncho do guia, num intento de levalo polo aire. No meio dum escalofrio, que percorre os nervos do pescozo ós pés, um chorro de sangre brota da nariz “Sí és el soroche Taita… Masque coquita…” A folha finamente picada, é mascada presurosamente, com cal e tudo. Asomou o sol, esplendorosamente maxestuoso. Um enervamento calmo invade, e apenas sente os silencios humanos, no meio do grande silencio cósmico. Mirou ó occidente, e foi-se pondo de pé. Tomado por unha impresion sobrecolhedora. Alá, mal oculto polas nubes, há um mar negro, cuxo fim non se distingue. O Campana descende em estribacions abruptas, até perder-se nessa grande obscuridade ondulante, apretada e funda, silenciosa e basta, em cuxo seno se opacan os raios do sol. É um mar formado de noite. É a Selva. Sinte-se que aquela escuridade non acaba alí, que se prolonga até cubrir a face d’um mundo insuspeitado, de cuxos bordes o home xamais pode intuir o limite. A sua última célula vibra e o mais remoto rincon da sua alma treme, percibindo a paradoxa do deslumbramento negro. Quere articular a sua emocion e volta os olhos para o guia, mas este está mudo e impassibel, como as rochas. Ó norte, formando crestarias innumeráveis, nunha sucesion atropelada e maxestuosa. O Calhangate, e o brilhante nevado de Cajamarquilha, silenciosos e erguidos num sereno orgulho de colosos, dominan o encadeamento de cerros a cuxo final a vista non alcança. Entre as cordilheiras, entre os cerros de occidente, e estes de oriente, unha grande faixa branca no fundo, reptando como unha grande serpente de ouro, na sua atropelada marcha, o Maranhon, o rio grande como os Andes e como a Selva, desenvolvendo-se em âmplas curvas até perder-se detrás do Cajamarquilha, facendo afirmar, que non termina alí, senon que se prolongará, até que sexa a sua vontade o acabar-se. “Ande, Selva e Rio, son cosas duras, senhor.”
Esta entrada foi publicada en
Uncategorized.
Ligazón permanente.