Arquivos diarios: 01/10/2011

A revolución enterrada

Paris, a Meca do bom gosto, a Alfa da Finesse, os seus xardins de terra, a sua obsesion geometrica, as manias da grandeza. Os seus magnificos restaurantes, as terrazas, os artistas, os espectáculos. Os largos paseos, as suas mulheres sonhadas (Fernando Pedrido, amigo meu e Bonapartista convicto, temerariamente afirmaba que as Francesas, eran as únicas mulheres que gostaban de homes). Ese doce deambular pola cidade, sem rumo, sem presa,    sem destino, perdido nunha indefinicion permanente.

Como um Prisciliano redivivo, o amigo Xavier Rodriguez, acolhedor , tocado pola gracia dos deuses, com um forte poder de atraccion sobre a alma das xentes, devolve á nai terra o orgulho perdido, com a sua aura espiritual, talmente um estigma de cain.

Como misantropo agradecido, non quero deixar de louvar a sana indiferencia de todos os Parisinos, detalhe subtil de educacion refinada, cousa verdadeiramente de xente fina, que ninguem se fixe em ti é um verdadeiro luxo.

Somente unha cousa maltrataron inxustamente os Franceses, clara e inxustamente foron vapuleando e denigrando paulatinamente a REVOLUCION. Enterraron-na nas catacumbas do Panteon, mans bárbaras borraron da nossa   memoria a Bastilha. Como se de unha vergonha se tratara o nome da sua praza foi transmutado por algum malabarista, em infame concordia.

¡¡ EGALITE !!        ¡¡ LIBERTE !!        ¡¡ FRATERNITE !!

Aforismoi

O estranho caso dum director com corazón

Certa tarde, deu redea solta à sua vida, e a cabeza, que é a parte do corpo que mais pesa, acabou levando-o para um Puti-Club.

Ali encontrou unha senhora, nai dum monton de filhos, cada qual de seu home. Esta miséria humana acabou por tocar a sua fibra sensibel, e num alarde de compaixon e infinita xustiza, deulhe unha Tarxeta-Visa a fundo perdido, que ainda hoxe em dia figura na conta de “Perdidas y Ganancias” dunha entidade financeira da praza.

Obra benemérita  por excelencia, que eu nunca deixaria de aplaudir, com toda a minha vehemente cumplicidade.

Dentro da sua vida monotona e servil, este ser humano encontrou forzas para a grandeza. Por primeira ves, abandonou a sua condicion de escravo, e repartiu como um Grande Senhor.

 Eira Comunal