Arquivo por etiquetas: Literatura

O POMELO TAMEN TEM O SEU KAIROS

O tempo do Pomelo xurde, quando toda fruta escasseia. Nesse preciso momento do ano, em que xá poucas Laranxas restan, e as Cereixas temperâs desaparecem como por arte de máxia, barridas por vandadas de pardais e merlos.
Esse é o Cronos da degustacion, quando um retorna esgotado e sedento, despois de segar as primeiras hervas do fim do Maio. Arrivo todo encarnado, com a língua de fora, e espremo com angustiosa urxencia um Pomelo amarelo sobre a agua fresca da caneca.

O Tromentelo

XENTE PORQUINHA

Um dos grandes progulematas, que se nos depara hoxe em dia, xunto com a medonha ameaza que representa o eucalipto, son as lixeiras. Um pode encontrarse com elas em qualquer sitio. Ainda que ha unha tendencia xeral para os cursos de agua, pois parece que prolongan a contaminacion, que a porcaria non fica em sito senon que se expande infindamente.
Ainda que afortunadamente os lixos particulares, na sua grande maioria xa estan bastante encauzados, e xa non conspurcan massivamente os nossos fermosos regueiros. Xa non é así com os pequenos empresários locais, que como era de esperar tamen nesta matéria, mostran categóricamente o seu talante, e o seu talento. Persisten teimosamente em derramar polo monte os seus detrictos professionais, amparados na ímpunidade que lhes brinda a cacicada local, xuntos mostran sempre que podem as suas dotes benéficas.
A pertinácia destes malandrinhos, que mantenhen unha relacion clientelar com o poder, vai semeando o monte Comunal de escombros da construcion, de rodas velhas dalgum incógnito talher, das limpezas agrícolas dos tractoristas locais, etc, etc, h.
Ha no nosso monte tres ou quatro lugares, algunhs escondidos, outros á beira mesma da estrada, e portanto non lonxe da nossa consciencia. Um deles haxase perto dos olheiros d’agua que abastece a Ponte de Xil, talves para darlhe mais substancia ó liquido elemento, sem que os vecinhos parezan preocuparse nada com o tema, para eles beber agua limpa ou porca, dalhes absolutamente igual. Este depósito é o mais antigo de todos, e apesar de haber sido taponado com enorme calhau, xa eles furaron por outro buraco, num esforzo desesperado por continuar merdando.
Outro está ó lado mesmo da estrada, foi feito por tractorista espertalhon, como quem non quer a cousa, um pequeno desterro para que sirva de paradigma da limpeza nacional, assim polo menos que se saiba que non andamos a enganar ninguem.
O da Encostada, este sim que é temível, pela sua capacidade, alí reinan os pequenos empresários, e os desperdicios das suas obras-mestras, cousas deploraveis âmbas.
Precisa neste assunto da nossa axuda solidaria a Natureza, ela só non pode lutar contra estas xentes, carentes da nocion do bem comun, pois doi no corazon, que debaixo desta selva esmeralda, debaixo das folhinhas novas dos castanhos,  se encontre de repente um mar de merdas velhas.

Eira Comunal   

UM CAMPO D’ESTELAS

Compostela subiu á cabeza da Cristandade Peninsular, quando a parte norte, xá liberada do dominio sarraceno, sentiu a nesessidade de instaurar unha nova sede apostólica independente de Toledo, que era a sede primada das Hispanias e permanecia em territorio baixo control rival.
Axudada pelos imperadores Europeios, colheu a puxanza requerida para liberarse da tutela Toledana, e assumir a primacía eclesiástica. Como todo combate pelo poder, esta epopeia tivo os seus propagandistas, os polemistas que se envolveron nunha disputa á morte, eles  foron por um lado Elipando, e polo outro representando os territorios liberados Beato da Liebana e Hetério, os quais impugnaron as doutrinas de Elipando como herécticas.
“Grande é a fraqueza do entendimento humano, e muito exposto está a caídas, o que mais seguro e emcumbrado se xulgaba. Tal aconteceu ó nosso Elipando, que com haberse mostrado adversário valente da ímpiedade, caíu no erro “adopcionista”, defendido por Félix, obispo de Urgel e chamada herexía Feliciana.” Que consistia,em que o Salvador, em quanto homen, era filho adoptivo e nominal de Deus.
A sede Apostólica de Toledo, entrou em fero combate, para intentar dominar este cisma, e conservar os seus previléxios, e o mando sobre toda a Igrexa Hispana. Á sua frente figurava Elipando, “Era a sazón metropolitano de Toledo, o famoso Elipando, nascido de estirpe Goda em vinticinco de Julho do ano 717, o qual inflamado pelo celo da fé, contestou os libros dos herexes, em largas cartas, nas quais, non escaseian por certo as invéctivas nem os sarcásmos”, e que nos dan tamen unha ídeia da delicadeza ética, e do talante destes príncipes da Igrexa.
“Vimos e nos burlamos da tua factua e ridícula loucura. Antes que chegara a nós o fétidissimo cheiro das tuas palabras… O teu desvario non deve ser curado com vinho e aceite, senon com o ferro”. Esta polémica conhecida como o “Adopcionismo”, aprofundou o velho cisma entre duas nacions Ibéricas, que xa se vinhan enfrentando através da história.
Perto das terras de Padron, xunto das tumbas de Prísciliano e dos santos mártires. Resurxia de novo a lenda deste santo baron, e a sua importancia capital na vida política das nossas xentes, a nova meca da cristandade buscava terras Galaicas, para medrar sobre um prestíxio arcaico.
Iria Flávia, que parece ser acomulava túmulos e relíquias múltiples, entre elas parece que algunhas vindas de Brácara Augusta, que por seguridade foran retiradas da capital do Sul da Galiza, ante a ameaza do avance Mouro. Segundo afirma Gibbon, podian encontrarse entre elas as relíquias de Santa Eulália de Mérida, que foran saqueadas pelos Suevos e traídas para Brácara.
Num “Campo d’Estelas”, ou sexa sobre um cemíterio antergo, levantouse a nova sede, que confirmava a victória da Cristandade sobre os negros Mouros do deserto. Logo se transformou num santuário de peregrinacions, pela que circulaban todas as Europas solidárias com a guerra ó infiel, participando nunha nova cruzada, multidons de beatos percorreron o caminho nunha autentica penitência, tanto para eles, como para nós que temos que os aturar.
Esta é, mais ou menos a história do orixe de Compostela, tudo o demais foi novela falsíficada, para consumo de xentes demasiado crédulas.

Léria Cultural

C’EST LA VIE

Este canto, tamen pertence á vasta imaxinacion de Adolfo Fernandez, e desarrolhase no comboio Alfa Pendular, que leva a muitos destinos, entre eles a unha convencion de lesbianas que acontecerá  na capital amada de Portugal.
Ha homes, com letra pequena, que quando ven um par de missiles á altura do peito apuntados, se renden completamente. Non apercibiu a nossa víctima, o defeito capital da Senhora com quem desesperadamente intentava estabelecer unha confraternizacion vanal.
Minha cara amiga, todo este mundanal ruído dos mitos eróticos, é totalmente falso e equívoco, pois essa mania de que os negros son tal e qual, carece de fundamentos reais, non son os negros os grandes dotados pela natureza dos super atríbutos necesários, non Senhora, senon os Marroquis, eses  sim que son os verdadeiros sementais.
Tamen, toda a parafernália dos Latin-lovers, dos Casanovas, esses galantes seductores, espertos nas artes amatórias como Don Ovidio, é tudo unha mariconada, pura lama rasteira de aduladores servís. Os verdadeiros grandes amadores, os exímios espertos do deboche, esses sim son os Portugueses.
O home disertou largamente ó seu belo prazer, regodeandose em todo requinte de detalhes, até que encaixou a pregunta fatal, por parte da exímia e talvés Dama.

¿¿ Perdon, e usted como se llama ??

¡¡ Mohamed Da Silva Morais !!

Léria Cultural

A LITERATURA BRASILEIRA

A Literatura Brasileira, é unha prolongacion no espaço, no tempo e nos autores, da Galaico-Portuguesa. O mesmo tempo conserva unha raiz arcaica, primitiva, como se retornara á prehistória da alma Galaica, as xentes que povoaron o Brasil, souberon conservar as verbas antergas, e as tradicions do noroeste peninsular no seu cerne mais profundo.
Por isto, non teremos grandes dificuldades na sua leitura, que debe ser em Fala vernácula, xamais em traduccions, pois seria unha monstruosidade imperdoavel que aníquilaria toda a grácia que encerra esta escritura fecunda.
Xa fai bastantes anos, que vocacionalmente decidin internarme a escuras por esta selva frondosa, cheia de prodíxios, de beleza e de prazeres. Ponho a minha experiencia neste campo á disposicion dos novos ventureiros, que tenhan a capacidade de disfrutar destes tesouros escondidos, destes luxos e refinamentos que son o sal da vida, e que nos marcaran eternamente.
Recordo que comecei esta andadura, com um médico rural chamado Joao Guimaraes Rosa, e do seu libro de contos “Sagarana”, e despois o “Grande Sertao Veredas”, escrito em linguaxem rexionalista, rica em pronuncias e arcaismos, semelhantes a Galego antigo. Despois apareceu Aluísio de Acevedo (que foi Vice-Consul de Brasil em Vigo) e as suas obras portentosas “O Mulato” e “O Cortiço”. Com José de Alencar, José Lins do Rego (A Pedra Bonita), Euclydes da Cunha (Os Sertoes), Marcio de Souza (Galvez Imperador do Acre), Dias Gomes (O Bem-Amado), e o nosso Jorge Amado com Gabriela cravo e canela, e etc., etc…
Nomes que ficaran grabados nas nossas mentes para sempre, pelos mundos que abriron diante dos nossos olhos, e que encerran todas as coloridas chamas do pau Brasil.

Léria Cultural

(DOCUMENTACION SEM GRABAR-REVISTA BREIXO XV)

A LITERATURA GALAICO-PORTUGUESA

Começamos a promocion da Literatura Galaico-Portuguesa, com o maior dos seus Poetas, esperemos que polo menos algum dos poemas atríbuidos a Luís de Camoes, sexa realmente seu, para que o engano non sexa total, ainda que eu penso que a maioria dos poemas desta obra son anónimos, dunha qualidade primorosa.
Sinto tamen, unha predileccion pola sua lírica, em detrimento da obra épica Camoniana, ainda que sexa posseedora dunha forte personalidade, e ésta sí, quase me atreveria a afirmar que é verdadeiramente sua.

Léria Cultural

(DOCUMENTACION SEM GRABAR-REVISTA BREIXO XV)

A FALA GALAICO-PORTUGUESA E A SUA LITERATURA

Identidade primeira deste País Atlantico, a Fala dos nossos antergos, atesourada na alma das Xentes, formou um dos patrimonios culturais mais valiosos da humanidade. Desperdigado pelos quatro cantos do mundo, e dono dunha poderosa personalidade própria, um aer de forte saudade que vai do Brasil á China, mais alá da Trapobana.
Nasce da vontade igualitária dos Homes de Guillade, como primeiro escrito em fala Galega de que há memória, alá polo ano novecentos e sessenta e tres (caso curioso, que apesar de citar os Homes de Guillade, ha duas mulheres na relacion, cousa que demostra a tradicional valia das Mulheres Galaicas), decidiron construir o Domus Santa Leocádia, na encosta do monte do Castromao, e cuxo testamento depositaron no convento de Melon.
A fertilidade da terra, unida a um reparto igualitário da mesma, xerou unha civilizacion de prosperidade, que fixo possibel o dessarrolho dunha âmplia cultura verdadeiramente popular, oriunda das raices da terra, fogosa e xenial, tanto nas letras como na música tradicional. Esta idade dourada, frútificou abundantemente, na riqueza ínigualavel da poesia lírica, na trova, no formigueiro creativo dos seráns d’aldeia, chegando a alcançar as cumes da cultura Galaica.
Despois continuou o seu caminho, principalmente em terras da Galiza do sul, liberada do dominio Castelan, que intentava asfixiar a nossa identidade, persecutoriamente como um fero enemigo buscaba, e busca borrar a Fala do nosso cerne. Em Portugal, a Fala e a Literatura seguiron o seu curso natural, o que garantiu a pervivencia, até alcançar  a dimension universal de que hoxe em dia goza.
Magnífica Fala e Literatura, que non começou como é habitual, com um poema épico, com estórias de guerras, saqueos e roubos de mulheres, senon com o manisfesto xenio igualitário dunhas xentes do comun.

Léria Cultural

(DOCUMENTACION SEM GRABAR-REVISTA BREIXO XV)

A LITERATURA CLASSICA GRAECA

Começa artificialmente com um poema épico, recopilado do “Ciclo Troiano”, e que para enganarnos a nós, e a outros tan ignorantes coma nós, foi atribuido a Homero, famoso rapsoda cego que cantava polas esquinas, histórias de reles soldadesca, guerrinhas e batalhinhas, como se em verdade a obra fora sua.

(DOCUMENTOS PENDENTES DE GRABAR-REVISTA BREIXO XV)

A LITERATURA CLASSICA GREGA

Principio da nossa cultura, e fonte de toda erudicion, este entramado tesouro que é a Literatura Graeca, um elavorado programa cultural, que nos vai soltando passo a passo, ás veces de forma subrepticia o conhecimento em todos os campos da vida.
Para adentrarse neste labirinto fai falta ter fame de saber, pois caso contrário non seria soportável pasar mais alá dos Tratados Hipocráticos. Necesário é tamen ser unha verdadeira máquina, no bom sentido da palabra, pois doutra maneira tudo caeria em terreno valdio, e a labor resultaria completamente estéril.
Todo este producto cultural está propositadamente elaborado para consumo e formacion das mentes ílustres, e ás veces non tan ílustres assim como xulgan, persigue modelar os cerebelos, ó mesmo tempo que vai aportando informacion sobre matérias várias, pelo que é sumamente necessário ter a suficiente liberdade de consciencia. Saber discernir, ler entre linhas, e gozar da beleza literária das obras, para permitir um harmonioso desarrolho da mente do iniciado, no seu largo caminhar através do Druídico mundo do saber eterno.
Tamen a maioria dos textos antigos, non se sabe com certeza de quem son, polo que foron agrupados baixo a nome de diferentes sábios famosos, sem que verdadeiramente tenhan muito que ver com o seu suposto autor, sendo estas atribuicions falsas, ás veces as obras dum autor resultan totalmente contradictórias.
Ha que temer sobremaneira a manípulacion ideoloxica, que vai classificando as obras dum modo clientelar, afastando da circulacion aquelas que non encaixan dentro do seu ídeario, neste campo son sobre todos perigosos os estamentos do poder.
Naveguemos libremente e com mente despegada, por este portentoso mar, este legado civilizacional a duras penas conservado, e ás veces resuscitado milagrosamente das entranhas da terra, tesouros xá perdidos que aparecen para nosso medro e deleite. Falaremos de xentes e de “Corpus”, procurando revivilos para todo aquel que ainda sexa capaz de sentir amor pela sabiduria.

Léria Cultural

FOMENTO DA LITERATURA GALAICO-PORTUGUESA

Após a decadencia e posterior ruiña do Imperio Romano, houvo unha intensa rebelion, unha vontade indómita de igualdade e irmandade, da qual xúrdiu a sociedade igualitária que comunalizou as terras, repartiu a riqueza de maneira austéra, e sobre todas as cousas foi capaz de trabalhar para o bem comun.
Talves apoderandose de antigas formas de vida, desarticuladas pelo Império, buscando borrar as guerras e as lexions de escravos, esmagando os burdos soldados de Leviatan
Desta nova civilizacion, floreceu unha verdadeira cultura popular, non vanal, non rastreira, senon tudo o contrário, foi a idade d’ouro do nosso país. Estudada hoxe em todo o mundo, a Lírica Medieval Galaico-Portuguesa, é um tesouro que pertence a todas as nossas xentes anónimas, que souberon forxar a alma sentimental desta maravilhosa Fala.

Léria Cultural

(textos pendentes de copiar revista Via Alteria nº 14)

O GRANDE E FUNDAMENTAL MAL DA CIDADE

O largo do texto foise pondo de manifesto as gráves íncompatibilidades entre a existencia das cidades e a recuperacion do meio âmbiente, assim como a formacion dunha agricultura emancipada dos agrotóxicos e do uso abusivo das máquinas, com a preservacion da fertilidade da terra. Em bastantes ocasions mostrouse em concreto como a cidade,  com a sua mera existencia, fai impossivel que os progulemas axiais da natureza e dos cultivos hoxe encontrem unha solucion razoabel, de tal maneira que ou se pon fim á cidade, ou a continuidade desta fará crítica e probabelmente irreverssiveis as crísis medio-âmbientais em desarrolho que padecemos.
Non é este o ponto de vista do ecoloxismo, que preconiza a criacion de “cidades sustentáveis”, no que é unha mesquinha e perversa operacion de lavado de cara daquelas, dotando de lexítimidade a sua existencia, mas sem mostrar consideracion para o futuro dos bosques, a terra e os factores hidroclimáticos. Entre as muitas formulas vacias acunhadas por um urbanismo que se refúxia no angelismo e na verbosidade para non assumir as responsabilidades do ecocídio resultante do existir das megalópolis, destaca a das cidades-xardin, que se por um lado reduce, nos feitos, ó ampliar algo os ruins espaços verdes das urbes, por outro, ó melhorar e fortalecer éstas, realiza unha contribuicion de importancia para convertir as áreas rurais em semi-desertos.
Aquilo que constituie a cidade na sua essencia, a sua fúncion de “capital”, isto é, como grande área edificada de concentracion dos quadros de mando, manípulacion das mentes, supervision, coercion e represion do estado. Hall, em ves das retóricas sandeces em que se ocupa, podria ter descrito os diversos ministérios proprios da cidade cabeza do estado, que em Madrid som hoxe nada menos que dezasete, com o ministério de defesa ocupando o lugar principal, o que indica que a essencia do estado é a instituicion militar, como expon Otto Hintze, cada um com as suas muitas seccions, secretarías xerais, direccions xerais e outras, até formar unha agobiante trama de aparatos de poder e forza xustapostos que extraen as materias primas, alimentos, enerxia e man de obra imprescindiveis de áreas rurais cada ves mais alonxadas.
O urbanismo mais ou menos esquerdista reducese a um desolado receitário de promesas mendaces sobre o que faran polo bem estar dos habitantes das urbes os partidos da esquerda desde os concelhos, donde resulta o aperfeiçoamento constante das funcions liberticidas, dominadoras e de devastacion medio-âmbiental da cidade. Desde um enfoque diferente, pondo o énfasís no “totalitarismo da cidade”, expresion mais axustada á realidade, o asunto tratase em “Con la comida no se juega” D. Lopez e J. A. Lopez. Ensina bastante sobre as características do nosso tempo, em que o novo tipo de urbe, a cidade difusa, sexa ainda mais desastroso em todos os sentidos que a velha cidade compacta, dado que consume mais espaço, mais enerxia, mais agua e mais materiais, á ves que reforza o servilismo e a dócilidade, a insocíabilidade e o solipsismo, as pulsions Fedonistas, destructivas e autodestructivas, e, sobre tudo, a deshumanizacion do suxeito-médio.
No fim de contas, podese dicer que a cidade hoxe, como grande mito do progressismo e o radicalismo burgues; como paradigma dunha modernidade cada dia mais refutada pelos seus proprios logros, e como ilúsion, promesa e esperanza de unha vida melhor, está acabada salvo para a patéctica inmigracion do terceiro mundo ós países opulentos, cuxo único propósito é integrarse na sociedade de consumo, de maneira que a realidade terminou por dar a razon a Antonio de Guevara, no seu magnífico “Menosprecio de corte e alabanza de aldeia”, publicado em mil quinhentos trinta e nove.

Félix Rodrigo Mora

PARKINGSON

Ao basto arsenal de Adolfo Fernandez, pertence esta crua obra, que como toda vida humana tivo a seu tráxico final.
¿ Para que te meteches pequeno empresário Adolfo ?, foi para condenacion da tua alma. Tu es merecedor dum destino melhor, a diosa Fortuna, non andou xenerosa no seu reparto.
¿ Quantas humillacions terá que sofrer um home, antes de morrer sem mais ?
Pois a tua tia, coitada, xa non logrou passar a “Inspeccion Tecnica”, polo que foi raudo encaminhada para os desguaces do “Meixoeiro”, sem esperanza de retorno ó mundo dos vivos.
? Pero que hace esta senhora com medicacion de “Parkingson”,  si esta mujer no tiene Parkingson ?
¡¡ Alabado sea dios, mais vale tarde que nunca !!, por fim chegamos a um diagnóstico correcto.
Pois segundo parece, unha médica de cabeceira, receitoulhe unhas pastilhas para a ante citada doença á senhora Tia, e apartir daquela desgraçada data e das malditas pílulas, ela íniciou  um duradeiro tremeliqueo.
Adquiriu sem sabelo unha nova enfermidade, confirmando com os efeitos da cura a veracidade do mal, as doses foron aumentando e os efeitos secundários tamen, no sentido directamente  proporcional das massas do remédio. Confundindo, baralhando, a sagrada lei da causa-efeito, supomos que a senhora Tia non tinha a relapsa e dolorosa intencion de burlarse do prestíxio médico, mas é que ás veces tamen non pomos nada da nossa parte salvaguardar a infalíbilidade da ciencia.

Léria Cultural

QUE SOLINHA QUEDACHE, MARIA SOLINHA

QUE SOLINHA QUEDACHE, MARIA SOLINHA

Contráriamente ó que vulgarmente se pensa, o tristíssimo martírio de Maria Solinha, non foi cousa de curas, ainda que estes tamen tiveron parte no assunto, nim de túrbios negócios da cobiza, senon que a orixen da traxédia foi militar.
Aqueles que non tiveron repáros em desatar, toda a sua máquina de morte contra unha pobre mulher, que cegamente os enfrentou, levada pola fame de Xustiza, sem ter em conta os enemigos com que lidava, nem a abismal desproporcion de forzas entre âmbos.
Toda esta burda calamidade começou com unha batalha naval, durante a qual determinado xeneral, pasou olímpicamente de socorrer os náufragos, provocando unha catastrófica mortandade entre os marinheiros do lugar, que tamen participaran no confronto. A povoacion ficou doída com esta canalhada, e aumentou o mau estar xeral, sobre tudo entre as viúvas e os familiares dos mortos, que reclamaban xustiza. A revolta foi fermentando contra as autoridades, as xentes femeninas reunianse ás tardinhas na praia, acendian fogueiras, rezavan, choraban, gritaban, dando testemunho do descontento popular.
Parece ser que unha tal Maria da Solinha, foi identificada como cabecilha que aglutinava a revolta em torno seu, destacandose como cabeza de prestixio. Sobre a sua pessoa cairon os cans de presa, movendo toda a infâmia, e toda a violencia brutal sobre unha mulher indefesa, púnindoa salvaxemente, tocoulhe a ela purgar o pecado de todos nós, a insubmission.
As mulheres desta terra, levaron muitas veces o peso da guerra e do trabalho sobre as suas costas, para evitar males maiores. Maria da Solinha, foi acusada dunha sarta de inmundicias e falsidades, habituais neste tipo de processos, que no fundo son sempre os mesmos, máquinas de tortura e morte. Acusada de bruxaria, conciliábulos nocturnos, herexia, de manter relacions sexuais com o diabo, por diante e pos trás, e unha larga lista de cousas infâmes e repugnantes, capaces somente de ser escritas por xente demente.
Xudiaron com ela largamente, para que servira de escarmento. Maria da Solinha, cargou sobre as suas carnes ensanguentadas, com toda a ignóminia e com o peso amargo da lei. Heis aquí a memoria desta mulher heroica, tan escondida, tan desterrada da nossa memoria, que nem mesmo xente com certas luces tem nocion do sucedido.

Léria Cultural

Prisciliano

PRISCILIANO

(BAIXO A OPTICA HOMICIDA DOS SEUS DELACTORES)

(Tendo indagado com solicitude e descoberto por confesion de muitos maniqueos que foron presos as suas obscenidades e torpezas, fixemos chegar a pública noticia para que em ningum caso parecera dudoso, o que no nosso tribunal, diante de muitos sacerdotes e varons ilustres, de grande parte do senado e do povo, foi descoberto por boca dos mesmos que tinhan perpetrado toda maldade… As actas do proceso o demostran.)
Algo mais que faladurias vulgares houvo, pois, sobre a depravacion dos Maniqueos e Priscilianistas.
O segredo das suas reunions, a máxima de iura, periura, secretum proderi noli, a importancia que na seita tinhan as mulheres, mil circunstancias, em fim, debian facer suspeitar do que San Leon chama execraveis mistérios e incestissima consuetudo dos discípulos de Prisciliano, semelhante nisto ós de Carpócrates, ós Cainitas e a todos os vástagos dexenerados do tronco gnóstico.
Dos seus ritos pouco ou nada sabemos. Xexuavan fora de tempo e razon, sobre tudo nos dias de xúbilo para o povo Cristian. Xuraban polo nome de Prisciliano. Facian simulada e sacrilexicamente as comunhons, reservando a hostia para supesticions que ignoramos. No ponto da xerarquia eclesiástica, levaron até ó extremo o principio de igualdade revolucionária. Nim legos nem mulheres estaban excluidos do ministerio do altar, segundo Prisciliano. A consagracion faciase nom com vinho, senon com uvas e até com leite, supesticion que duraba em 675, data do terceiro concílio Bracarense, quem no seu canon primeiro o condena.
Non ha que encarecer a importancia da astroloxia, da maxía e dos procedimentos teúrxicos neste sistema. Todos os testemunhos estan conformes em atribuir  a Prisciliano grande pericia nas artes goéticas, mas non determinan quais. No único fragmento seu que conhecemos, denota o muito que estimaba a observacion astrolóxica, que para el debia de substituir q qualquer outra ciencia, posto que daba a clave de todo fenómeno antropolóxico.
Tal é a lixeira notícia que podemos dar das opinions prescilianistas reunindo e cotexando os dados que a elas se referen, senon bastan a satisfacer a curiosidade, dan ó menos comprida idea do caracter e fundamentos de tal especulacion heréctica. Restanos apreciar a seu inflúxo em posteriores extravios do pensamento ibérico. Mas antes conviria averiguar porque arraigou tan fundamente em terra Galega e se sostivo, mais ou menos paladina e descobertamente, por perto de tres séculos o priscilianismo.
Unha opinion recente, defendida por D. Manuel Murguia, na sua Historia de Galicia, parece dar algunha solúcion a este progulema. O Panteísmo Céltico non estaba borrado das rexions occidentais da Península ainda despois da conversion dos Galaicos. Por isso a Gnosis Egipcia, sistema panteista tamen, topou ánimos dispostos a recebela. Mas ha unha dificuldade; o panteísmo  dos Celtas era materialista, inspirado por um vivo e enérxico sentimento da natureza; em quanto ó espírito humano, non sabemos nem é creibel que o identificasem com deus. O contrário, o panteísmo que ensinou Prisciliano é idealista, desprecia ou ódia a matéria, que supon criada ou gobernada polos espíritos infernais.
Mas semelhanzas ha noutras circunstancias. Os Celtas admitian a transmigracion, e de igual maneira os priscilianistas. Unhs e outros cultivaban a necromancia ou  evocacion das almas dos mortos. As supesticions astrolóxicas, mais desarrolhada no priscilianismo que em ningunha das seitas irmans, seria favorecida polos restos do culto sidérico, fondamente encarnado nos rituais Célticos. O sacerdócio da mulher non parecia novidade aos que habian venerado as druidesas. ¿e os rituais nocturnos, celebrados in latebris, em bosques e em montanhas, a que parece aludir o concílio de Zaragoza, e que eran ignorados polos demais Gnósticos? claro parece a sua orixem se a interpretacion do canon non é errada.
Deixadas aparte estas coincidencias, sempre parece singular que num fim de mundo latino nascese e se desarrolhase tanto unha das formas da teosofia greco-oriental. Sabido é  que os occidentais repudiaron como por instinto todas as herexias de carácter especulativo e abstracto, abrindo tan só  a porta a subtilezas dialécticas como as de Arrio; e non é menos certo que,  se algunha concepcion heréctica enxemdraron, foi de tudo práctica e enderezada a resolver os temas da grácia e do libre albedrío; a de Pelaxio por exemplo.
O Naturalismo, quando se funda nunha concepcion âmplia e poderosa da natureza como entidade, tem certa grandeza, ainda que falsa, e non carece de rigor científico, que pode deslumbrar a entendimentos apartados da verdadeira luz.
Que valor tem o Priscilianismo ós olhos da ciencia? Escasso ou ningum, porque carece de orixinalidade. E o resíduo, o substractum dos delírios Gnósticos. Se por alguma qualidade se diferença, é polo rigor lóxico que lhe leva a aceitar todas as consequencias, até as mais absurdas; o fatalismo, vervigrácia, ensinado com a crueza maior com que pode ensinalo seita alguma; o pessimismo mais acre e desconsolador que o de qualquer discípulo de Schopenhauer.
Que significa ós olhos  da história? A última transformacion da Gnósis e do Maniqueismo decadentes em dogmas e em moral. Baixo este aspecto, o Priscilianismo é importante,  como única herexia Gnóstica que dominou um tanto nas rexions do Occidente. E ainda poidera dicerse que os miasmas que ela deixou na atmósfera contribuiron a enxendrar nos séculos doze e trece á peste dos Cátaros e Albigenses. O qual a ninguem parecerá incrível ( sem que por isso o afirmemos), posto que Prisciliano tivo discípulos em Itália e na Gália Aquitánia, e só deus sabe por que ínvisibel trama se perpectuaron e uniron nas névoas da Idade Média os restos boms e maus da civilizacion antiga. Non bastaban os Maniqueos vindos da Trácia e da Bulgária para producir aquel fogo que ameaçou devorar o Meio Dia da Europa.

D. Marcelino Menendez Pelayo

AS MALAS HORAS

AS MALAS HORAS

Habia um home de teatro Galego, que eu conhecin meramente por acaso da fortuna, nunha noite de bohémia Viguesa. Este rapsóda, como tantos outros muitos lastimosamente abandonados e finalmente perdidos para todos nós, tinha unha aureola de xenealidade deslumbrante. Voltei a velo um par de veces mais, unha na TV Galega e outra na Televisao Portuguesa, onde participou como assesor num programa merdento do tipo asalto á fama. Apesar da mediocridade do espectáculo, sobresaía a sua grande xenerosidade e talento verdadeiro sobre este mundo rasteiro.
Contando contos era maxistral, criou um personaxe que se chamava o “Vidinhas” para as suas aventuras literárias, unha das falcatruas que mais me gostou  era mais ou menos así:

A fermosa e louzana Balbina, a roupa seca á flor do crepúsculo recolheu, e como um sol dourado desapareceu na penumbra da noite cálida, deixando mortalmente estendida a corda sobre o caminho. O Vidinhas que vinha de bicicleta, non se sabe donde, as tantas da manhan, quedou levitando enganchado polo pescozo. E a bicicleta fantasmal continuou sola o seu percurso, indo assustar de forma bestial o Xosé das Tundas, home de escasa tempranza, que retornava ós seus aposentos, após larga xornada de boa vida, dissípada em tabernas e tubúrios de mala fortuna. O ver aquela assombracion andar sola, montada por seres doutro mundo, apanhou semelhante cagazo que quase morre dum infarto, quedando ali tremelicando fora de sí.
Em mala hora apareceu o Vidinhas, que resmungaba e maldecia a sua burra mecânica, posseedora de todos os calamitosos defeitos da raza asnar. O Xosé das Tundas, xa non puido aguantarse mais, foise a el e malhou até que xa non tivo mais folgos, praguexando de contínuo contra estes graciosos, que se dedican a assustar a xente de bem ás altas horas da noite.

Léria Cultural