SANTA XENOVEVA DE LUGO-TÉCIA.
.
ORIXENS DA ESFERA PÚBLICA (OS SALÓNS PARISINOS DO SÉCULO XVIII)

Os salóns constituem um dos aspectos característicos do Iluminismo. Som o espaço de encontro das principais figuras francesas – Montesquieu, Fontanelle, Voltaire, D’Alambert, Diderot… -, mas também de outras personáxes relevantes – Hume, Rousseau, Walpole… -, que frequentabam o Paris setecentista. A filosofia deslocou-se: o debate xá non está nas universidades, depositárias de todo um saber determinado pola tradiçón e pola autoridade, mas tem lugar em qualquer sitio, no café, na rua, nos salóns… Os filósofos non pretendem criar grandes sistemas, mas discutir e polemizar, tendo a razón como instrumento, sobre qualquer tema. Também querem disfrutar. O salón ou o teatro som os lugares onde se reúnem. A maioria dos salóns, literários ou mundanos, eram xerídos por mulheres. Neste ambiente refinado cabiam a galanteria, a leitura, a frivolidade e a reflexón intelixente. Os “habitués” dos salóns circulavam entre eles. Das seis às oito da tarde com Julie Lespinasse, xantar com Madame du Deffand; às segundas com Madame Geoffrin, às terças com Madame Tencin… A conversa entre os assíduos, os filósofos e os letrados do Iluminismo, era constante. Criava-se, assim, unha indagaçón e um aprofundamento comuns. As mulheres cultas, aristocratas ou burguesas, oficiavam como anfitriáns. Qualquer dama que se prezasse fundava um salón. O seu papel era criar um clima de bem-estar mental e estimular o questionamento intelectual. A “salonière” era unha autoridade mediadora. Promove a tolerância e a ausência de preconceitos. No salón afirma-se a individualidade de cada um como contributo para o debate público e para a comunicaçón, face à rixidez protocolar da sociedade cortesán. Benedetta Craveri explica-o: “(…) o salón non é um lugar mundano de representaçón – por oposiçón à casa principesca em que os hóspedes distraem aos donos – mas de comunicaçón. O prestíxio de quem o preside non assenta em dominar os convidados, mas em garantir-lhes igualdade de direitos e liberdade de expressón. Os homes de letras non som xá utilizados em funçón da vida mundana, como um entretenimento subalterno; é antes a vida mundana a proporcionar-lhes o tecido conxuntivo necessário para confrontar e difundir as suas ideias” (Craveri, Siruela Madame du Deffand et son monde). Os salóns literários serán a referência concreta do nascimento da esfera pública. Esta zona crítica reclama para sí um público que empregue o “raciocínio” e que da tribuna, esixa ao poder a lexitimaçón das suas medidas perante a incipiente opinión pública. A emerxente imprensa será o vehículo desta novidade radical que desafiava os monarcas absoluctos.
MARÍA JOSÉ GUERRA PALMERO
.
.
.
.
.
.
.
.
..
.
ÁS XENTES GALAS.
(VIVE LA SANSCULOTERIE)
O atranco que puxo o povo Francés, no louco galopar das manadas “Neo Liberais” europeias, que qual bisontes desmadrados corrian cara ó abismo, foi dificilmente contornavel pelas hordas gobernamentais, que tiveron que asumir eles proprios a responsabilidade, en ves de descargala sobre as espaldas populares como pasou na Espanha. Cegos na sua fúria de aplicar as reformas programadas, non podian estacar diante desta negativa, e tiveron que resvalar um pouco na sua lexitimidade.
Ameazaban xa abertamente com bombardear, ainda que para isso tiveran que ficar sem vinho Francés. Esta história, faime recordar Policarpo Ribeiro, um Portugues que se consideraba Norte Americano, ainda que eu sempre lhe decia, que preferia os Portugueses. Este home quedou escandalizado, com unha discusion habida na embaixada, com um funcionário que non o consideraba autentico. O pobre argumentaba erradamente que Americano era todo aquel que tinha lido a Shaquespeare, ao que o funcionário lhe retrucou, que el non tinha tempo para ler essas porcarias.
Apesar de todos os Celtibericos, seren visceralmente anti Galos, ha que reconhecer certa categoria intelectual nestas xentes anónimas, que tenhen unha madures e unha cultura propria que lhes permite resistir a propaganda gobernamental.
Non sei se foi a minha instintiva simpatia polo amigo Xavi, que ultimamente estou caíndo no imperdoabel pecado de Afrancesamento, talvés sexa tamen a influencia do vinho Francés, cada veś os vexo com melhores olhos. Pois verdadeiramente, a maioria da nossa xente son Galicianos, e os nossos vecinhos son Portugaleses, e estas lindas raparigas, non son mais que unhas Galinhas.
Certifico, que ás veces os povos superan os seus gobernantes, mantendo viva no seu cerne a chispa da verdadeira Xustiza.
Léria Cultural
.
.
.
.
.
–
.
A REVOLUCION ENTERRADA.
Paris, a Meca do bom gosto, a Alfa da Finesse, os seus xardins de terra, a sua obsesion geometrica, as manias da grandeza. Os seus magnificos restaurantes, as terrazas, os artistas, os espectáculos. Os largos paseos, as suas mulheres sonhadas (Fernando Pedrido, amigo meu e Bonapartista convicto, temerariamente afirmaba que as Francesas, eran as únicas mulheres que gostaban de homes). Ese doce deambular pola cidade, sem rumo, sem presa, sem destino, perdido nunha indefinicion permanente.
Como um Prisciliano redivivo, o amigo Xavier Rodriguez, acolhedor , tocado pola gracia dos deuses, com um forte poder de atraccion sobre a alma das xentes, devolve á nai terra o orgulho perdido, com a sua aura espiritual, talmente um estigma de cain.
Como misantropo agradecido, non quero deixar de louvar a sana indiferencia de todos os Parisinos, detalhe subtil de educacion refinada, cousa verdadeiramente de xente fina, que ninguem se fixe em ti é um verdadeiro luxo.
Somente unha cousa maltrataron inxustamente os Franceses, clara e inxustamente foron vapuleando e denigrando paulatinamente a REVOLUCION. Enterraron-na nas catacumbas do Panteon, mans bárbaras borraron da nossa memoria a Bastilha. Como se de unha vergonha se tratara o nome da sua praza foi transmutado por algum malabarista, em infame concordia.
¡¡ EGALITE !! ¡¡ LIBERTE !! ¡¡ FRATERNITE !!
Aforismoi
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
..
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
–
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
–
–
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.




















































































































