OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
A PORTELA OU VIGAIRA
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
O MARCO DA PORTELA, FRONTEIRA ENTRE GUILLADE-CUMIAR-OLIVEIRA
É um dos marcos históricos principais, que delimita a fronteira entre Bigotes e o Coto do Santo Tomé, e está referênciado no Catástro de Ensenada.
oooooooooooooooooooooooooooooo
AS CARBALHAS
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
CASA DAS CARBALHAS
(O DONO DESTA CASA SUICIDOUSE, PORQUE NON ACABABA DE RECIBIR UNHS DINHEIROS QUE TINHA NO BRASIL. POUCOS MESES APÓS A SUA MORTE, CHEGARON POR FIM OS MALFADADOS CARTOS.
AQUI NESTA CASA PRESTADA VIVEU A CATALINA.
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
carta dos vecinhos da portela
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OUTRA CASA DO LUGAR DAS CARBALHAS.
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
SANTA LOCAIA
oooooooooooooooooooooooooooooo
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
.
DON MANUEL DA CANLE
Este home tiña todas as mañas do mundo. Era curandeiro, ferralleiro e escribano. Tiña soños moi profundos, cos santos, cos demonios, mais cos curas. Era moi enfermizo. Fixo de escolante en Mouriscados. Ofrecia moitas misas, unhas pagadas outras ouvidas. En canto ó artiluxio mais importante que fixo foi unha bicicleta toda de pau; os tubulares das rodas eran unha corda gorda. Na compaña do Lampanas decialle o dia da proba:¡¡frena Manuel!! e Manuel decialle: ¡¡freno co carallo!! Para que vostedes vexan a valia deste home, presento no meu libro unhs fragmentos da sua biografia manuscrita polo seu puño e letra plasmada en 200 paxinas.
J. G. Sebastian
(Xose da Casquilla)
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
as memórias de manuel da canle
Meus queridos e amados leitores: Por tradiçón vou-vos contar o seguinte: -Nascim o once de Outubro de 1884, na hora once do día, no lugar da Portela, Parroquia de Guillade districto consistorial de Ponte. Quedei sem nái por esta ir de ama de cría para Ponte. onde fun, enxendrado, ficando eu com unha avó que segundo decian eu a titulava de nái (Manuela Anta), que em paz descanse). Faltando-me o amor materno, dabam-me leite de cabra, dos dous meses do meu nascimento até ós catorce meses em que regressou a minha nái de Ponte. Tendo que voltar a partir dalí a alguns meses. Me puxem afinhado, por falta do que a natureza permite ós recém nascidos, por meio do amor maternal, etc… Desde que tinha sete anos levou-me unha tía minha para o monte a guardar um rebanho de ovelhas, levavam-me ó colo por veces, dando-me côdeas de pan afumado. Naqueles tempos a minha querida nái conservava o milho ó fumo da cozinha, non tendo um cabaceiro de seu; andava descalço e com a roupa rota, etc. Despois dalgum tempo, quedei xá de pastor até ós once anos, quando ingressei no coléxio particular de Guillade (do Professor Sr. Avelino). Ós poucos meses fun de criado para Santiago de Oliveira (Sr. Andres), assistindo oito dias, acto seguido fun para a casa do Casal da dita Oliveira, entrou comigo força de superstiçón e efeitos sobrenaturais que era impossível estar tranquilo; non facia senon chorar, unha tristeza irressistível e fortes lamentos do corazón, e logo atacoume unha capa daquilo que um home busca e non quixera encontrar. Em 1897 continuava na dita escola particular de Guillade, regressando voluntário á escola pública de Mouriscados dous dias, onde o professor non me quixo aceitar por non ir recomendado da minha nái, pelo que me tratava de má vontade e mala fé: A minha nái foi falar com o Mestre de Uma e entón alí me apliquei com entusiasmo, assistindo dous meses; eu pola intelixência concedida por Deus estudava na casa sem axuda de Mestre, pois quando fun a Uma xá levava a “tabla” sabida de cabeza e lia no manuscrito algo recto; Como tinha fama, que aprendia muito e rápido, a minha sorte foi barrida pola feitiçaria ou pessoas de mala fé. Entrei no Coléxio de Uma a catorce de Novembro de 1900, baixo a direcçón de D. Enrique Barbosa. O doze de Septembro de 1901 fún falar á escola de Guillade do Sr. Avelino que nesta época se atopaba de Interino na escola pública assistindo de discípulo, como o Mestre andava moribundo, a pé, mandava-me tomar leçón, etc… No caso que o seu corpo non puidera deixar o leito; pois a catorce de Novembro de 1901 hora das dez, faleceu o tan amado e digno Sr. Professor; Depois houbo convulsóns e desconxunturas no pobo, uns com os outros acerca da escola, uns decian que continuase, outros que non podia ser, etc. Continuei alguns meses, mas por fim deixei-a em seis de Xunho de 1902, porque o pobo me incomodava. Em dezaseis de Septembro de 1902, corrin ao serán nocturno de Mouriscados onde eu apredin as primeiras noçóns de baile. A consequência de um empenho voltei a rexentar a escola, logo vinheron trampas e atropelos; e negaron-me o último trimestre, e deixei-a por segunda vez no dezanove de Xulho de 1903, até hoxe.
manuel calviño souto
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
Lira O dia vinte de Septembro de 1903 tinha-me chamado o Sr. José Rey Fernandes para decir o que eu visse por unha questón que traía unha pessoa de Lira, chamada Ana Maria, da qual saímos nós com victória, terminando o xuízo o cinco de Novembro do dito… Fixen um viaxe a Ponte, dalí a Leirado, para consultar unha “Sybilla” (Vª,.). Regresando por Vilacoba e sentín tocar as campanas de Guillade, mais adiante giaron-me até á igrexa de Vilacoba, cheguei ó rio diante do qual estivem titubeando trinta e cinco minutos para conseguir passa-lo. Logo de passar o rio, e por-me a salvo em caminho conhecido, larguei dous pistoletazos.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Sucesso em Pías. O once de Xulho de 1903 fun a Ponte, e encontrei-me com Fernandes, logo fomos a San Benito de Pías, chegamos alá ás dez, estando eu e o meu companheiro comendo e bebendo, pegou-me unha cousa aturdita pola cabeza e, unha afliçón correndo-me formigas por todo o corpo e, faltando-me a vista e como que iba arrebatado polos aires. Saín de xunto do meu compaheiro sem decir-lhe nada, e fun caír na porta da Igrexa, dando um golpe na sen, e xa non me levantei até que unhas pessoas caritativas me puxeron de pé. Despois o meu companheiro puxo-me debaixo dunha vinha, onde quedei dormido até que me despertei. Logo, malamente puidem vir polo meu próprio pé. O día dezanove de Novembro de 1903, polas três da tarde, deu-me por todo o corpo um temblor e um frío abdominável com dor de ossos e de cabeza e, unha tosse espantosa, assaltando-me logo um catarro pulmonar, mas non podia tosser que mo impedia a dor de cabeza, parecia obra de maxía, pois pola omnipotência e graça do Senhor, se me aliviou polas doze do día seguinte.
oooooooooooooooooooooooooooooo
Eu estava enxuíçado porque tinha que ir ó tribunal de sesións, por via do “Sorteo militar” que se verificava o dia vinticuatro de Xaneiro de 1904 e estava na mais pura desgrácia e pobreza infinita, e o dia 18 apurei a minha nái (Febreiro) que me afiança-se pra Buenos Aires ó que ela se negou, e ós poucos dias, eu puxem-me mais doente, com o mesmo catarro, etc… O vintisete de Abril de 1904 caíu a minha nái doente, aumentando-lhe a enfermedade de forma perigosa e permaneceu enferma cinquenta e sete días, sem ter recursos ninguns. Despois de passar oito días, trouleava, decindo cousas surpreendentes, quando eu estaba entretido, e quando eu escuitava, ela calaba, no meio da enfermedade quedou sem fala completamente por uns oito dias. Eu non fixem sacrifícios ninguns, senon colher unha vela, logo ó redor dela lin-lhe unha oraçón misteriosa. Levantou-se pola primeira vez o trinta de Março de 1904, quedando impossibilitada para o trabalho leve por alguns meses. O dia vintisete de Março de 1904 assistín na Igrexa de Guillade com o meu primeiro ramo, cheguei ás doze á casa e encontrei a minha nái queixando-se com o mal que traía, despois eu fun para Matamá e fixem unha vinha, despois retornei prá casa e fun escribir unha carta á Carmela da Furuda, sendo causa de eu perder o rosário aquel día. O vintioito de Março de 1904, tinha ido por unha arada (cabar) até ás doze, acto seguido entrei na casa e como demorei vinte minutos, começou a minha nái, a que fosse botar a toura, e a botar pragas que era um barbarismo, pois pra facela calar foi preciso bater-lhe, parecia que estava endemoniáda, quedei tan inxuriado que quixem ir ó Serviço Militar voluntáriamente…
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
O MARCO DO COBERTO DO MOTRETA
Este marco, antes estava situado mais arriba no meio dunha veiga de Manuel da Canle, sendo posteriormente trasladado aquí, e parece ser que respeitaron a direcçón do marco anterior.
oooooooooooooooooooooooooooooo
Aproximandose o três de Abril Páscua de Ressurreiçón, polas três da tarde, chegou o nosso amantíssimo Jesus em máns de “supercheros”, dando as misteriosas visitas, estava a minha nái convalescente e tinha unha peseta, e eu tinha outra, mas como nos facia falta, e também non chegaba non lhe puxo dinheiro á Crúz, eu sain para detrás da casa e non biquei a Crúz, mas puxem-me a escuitar a conversa, como non viron dinheiro saíron furiosos pola porta fora, entón foron ó Cotinho, e ó vir de volta com rosto carrancudo. “Bem, sabes unha cousa; pois há que confessar-se e administrar-se, entendes, quanto mais antes-; Arre Corno! Dixo o Cura, Vilar, pagou trinta mil”. Questóns embrigueiras. O vintiseis de Abril de 1904, eu ainda andava descalzo, tinha uns zapatos velhos e dixo-me o zapateiro Xavéco que mos gobernava e que aguardaria polo dinheiro, tan pronto gobernados, fixo-me pagalos no acto. pedindo-me unha galinha a por ovos. Eu roguei a Deus e ó demónio. Pola alta noite, vem unha cousa p’orriba da casa dando pios como a rapinha e ó mesmo tempo imitando unha voz chorosa, aguda e rápida, e ás duas da noite continuava. O dia doze de Maio de 1904 (Ascensón) levantei-me sem novidade, mas pensando na minha sorte; a camisa que vestia era unha arruga; fretin duas sardinhas e depois de almorzar fun na direcçón de Fontan, encontrando vários pequenos e pequenas no caminho com os quais me divertin um pouco. Profecia Realizada. Nunha noite sonhei que andava dançando com unha rapariga chamada Maria Rosa do Irra, mais tarde fun a unha festa em Guillade; chamei unha a dançar e non quixo vir, chamei outra sem saber quem era, só despois vim que era a que fora sonhada, noutras tivem mais sonhos que quedaron esquecidos; sentia unha desconsolaçón imensa, unha pena interna; a minha nái queixava-se que lhe tinham inchado os pés, e tivem medo que morrera, ós poucos dias puxo-se pior, levantou-se polas dez da manhan e todo o dia estivo ó arredor do lume, acto seguido, voltan os seus lábios a dedicar-se ás pragas.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
A CASA DO MOTRETA, FOI UNHA POUSADA ANTIGA NO CAMINHO REAL QUE VINHA DE BAIONA.
oooooooooooooooooooooooooooooo
Blasfémia. O dia vinte de Maio de 1904 a minha nái foi á Cañiza, ainda que non andava bem, o vintidous eu fun ós ninhos e á tarde fun á festa a Cumiar, de noite a minha nái berregou comigo porque non fun botar a toura, polo que me fun deitar sem ceia, e por vinte minutos estivem chorando amargamente, tendo ó mesmo tempo pensamentos mortuários, nobres e amorosos. Nesse dia a minha nái tinha unha veiga sem cabar, e como andava disgustado non quixem fazer a comida e dixem blasfémias contra Dios oito vezes, e outras tantas contra o demónio, etc… O dous de Março 1904 fun a Trancoso pedir trabalho e dixerom-me que era cedo, o segundo dia fun ós montes de Cumiar e encontrei várias raparigas que me enrredaron até ás dez e meia. Sonho – O primeiro de Xunho de 1904, sonhei com um Abade que estava no meio d’unha Igrexa de maneira entreposta; o cinco de Xunho atopava-me com unha desconsolaçón, sentia no corazón unha pesadume unha tristeza e afliçón enorme que me parecia que as entranhas se me derretian como que destilaban agua fervendo que non podia parar; neste dia fun á festa do Corpus a Oliveira, ningunha rapariga quixo bailar comigo, excepto unha de Celeiros que vem de mala gana e ainda pra mais era velha. Recordo de Peinador. O sete de Xunho pola manhan fun a Trancoso pedir trabalho, e mandaron-me desfazer caixas para aproveitar as tábuas que serviram, non tendo quedado contente com este trabalho e despois de acabar o monton de caixas, passei (…) como non encontraba pousada vinha dormir a casa muitas vezes, ó chegar á casa encontraba água no pote, cinza nas cuncas, barro no forno e a artesa livre; mas nestes tempos como habia um cabrito e tinha cabras habia no louceiro unha cunca que parecia ter 40 dl e um xarro velho com leite e unha colher velha; saia d’alá ás oito da noite, e chegaba ás once; tinha que sair ás três para estar ás cinco da manhán, mas tomei pousada permanecendo nela vinte dias, despois vinha á casa, mas faltava dias. No dia doze de Xunho vinhem á casa, estava unha escuridade horrenda, eu vinha moribundo cheio de fame. Despedida de Peinador. O sete de Septembro de 1904 saín de Peinador por minha vontade, tinha dormido várias vezes sobre a caldeira de Peinador, e unha vez dormin no meio daqueles vales e milhos. O dezoito (…) fun cobrar o resto e se queria admitiam-me, cheguei a casa, a minha nái tinha feito um cabazo de sidra, comim unhas sopas e ó momento assaltou-me unha dor de cabeza, catarro, voz ronquenha e fun-me deitar. Ah… Ah… como que queria imitar palabras mas non era capaz de falar, dunha maneira que dava medo, e era el demónio que falava por ela, fun xunto dela com unha luz acesa e logo começou a falar, e non vim nada, logo que apaguei a luz, deixou-se sentir unha cousa á que eu puxem interxeiçón – Cháááááá! chá?, chá, chá, repetida tantas vezes como as tenha a dita interxeiçón, isto cantaba xunto de nós, outras vezes cantaba mesmo ó ouvido, tendo o ouvido deitado sobre a almofada, fora da casa deixou-se sentir por duas ou três vezes unha voz assombrosa algo grossa como a voz dum papagaio pronunciando algunhas frases, mas só pola metade da palabra así Que hac, en dé, que hacs. – eu restreguei-me com um alho, logo o dito Spírito vem xunto de mim; eu queria-me levantar e o Spírito non me deixava que me tronzava a forza, eu enseguida enchendo-me de alento, e fazendo um esforzo, e largando um suspiro xunto com um hag!, dixem – ¡Xesus! e o Spírito deixou-me mas de forma que non puidem ir trabalhar no dia seguinte; ás três da manhan peguei nun sono profundo, dormindo até ás dez, despertei non Católico, senon desfigurado, assustado, fraco de forças, sem ganas de falar, etc… e así esquecin Peinador, etc…
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
CASA DOS FuRUDOS NA VIGAIRA.
oooooooooooooooooooooooooooooo
O día 16 de Xulho fun a Trancoso cobrar a primeira quincena do dito mes, total o que ganhei, um traxe barato, unhas botinas, unha camisa, e trinta reais em dinheiro, um relóxio barato e nada mais. O vinte de Septembro de 1904 fun pisar unha tinalha de uvas para a Senhora Benita da Sorda. Luz desconocida. Primeiras relacions com Avelino. O primeiro de Outubro de 1904 tinha-lhe inchado um olho á minha nái, mas eu fun ó serán nocturno, o dia dous estivem eu doente da cabeza, dos membros, e principalmente da barriga, e tinha um pesar comigo, unha tristeza enorme, e non sabia por que; nestes dias, via sempre debaixo da minha xanela unha lucinha no chan, como a dum bicho que lhe relumbra o cú, chamado “Luce-cú”, mas era mais grande e mais viva, facendo nascer sentimentos pois um pouco punha-se grande, pequena, alta, baixa, etc… e quando unha pessoa se fixava, extinxia-se de todo. O seis de Outubro fun escribir unha carta à Rosa do Roque, e vim o fermoso día de Outono todo claro, os raios do Sol abrasavan os membros do corpo humano. Polas doze e meia deitei-me, e levantei-me muito pesado, e xunto da porta, deu-me unha dor de cabeza, o dia catorze fun a Ponte, e ó vir, vinhem com Avelino Carraceda e a sua nái (pepa) tomamos pan, peixe, vinho, etc… e despois eu e Avelino fomos xuntos a um pote de aguardente, até que me emborrachei, ó passar o Pinheiral de Oliveira, vem unha cousa detrás de mim dando píos como um paxáro chamado “escribidor” ou “linhaceira”, etc… seguiu-me até perto das casas, acompanhava-me a tristeza, penas, angustias, etc… mas non sabia porque motivo, por uns poucos días, sonhei mil cousas, unhas malas e outras menos malas.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Os de Uma. Agresón. Unha triste noite do mes de Outubro de 1904 em que a Providencia divina nos daba sentimentos, a noite escura, o vento soprava assombrossamente por vezes, eu polo día tinha ido á festa a San Lourenzo, na que rifavan unha toura, e houvo unha zaragata com Avelino, xá nombrado, e por culpa del tamém me metin eu, tinha vários a meu favor. Despois fun a Guillade d’arriba ó seran, onde estaban os de Uma, dixeron que os acompanhase-mos ao serán d’abaixo, e de repente os de Uma a pelear… esta mesma noite ó dormir implicou comigo o Spírito inmundo, eu sentia-me com as penas arriba ditas, e ademais levantei-me sentido unha dor no brazo dereito, mas o que me causou mais afliçón foi tirar polos pelos do brazo e arrincá-los pola raiz sem sentir nada, e um sonho aterrador. Adivinha, primeira vez. No mesmo día vintinove saín a um viaxe polas nove e vinticinco, com a intençón de consultar… Fún polo Pedroso até Fontán seguindo a Queimadelos, todo o dia botei arredor da casa, até que ela me viu casualmente, eran as quatro da tarde quando me dixo o seguinte: Sai um cargo de almas que há que cumprir e parece que é um home que che aparece em sonhos, teis o corazón aberto, fai-che falta uns evanxélios e tomar medicinas feitas na casa ou manda-las facer, um primeiro día pola cabeza, etc… “son estas as palabras mais importantes que me dixo; no outro día xá estaba melhor. O dous de Novembro de 1904 atopaba-me inchado, despois de me levantar encontrei-me com um cansaço, floxo de forzas, nervos, e todo estéril, polas duas da tarde, comim algo, assaltando-me logo unha diarreia e um sono espantoso; O día sete de Novembro de 1904 pola manhan levantei-me da cama com unha pequena dor nas costelas, polas once e vintitrês do dia tinha-me passado, tiven mil sonhos malos, o oito assaltou-me unha grande dor de dentes, acto seguido atacou-me a cabeza, e fun-me deitar, alá pola alta noite vem o Spírito malo inquietar-me, ainda que non foi tanto como outras vezes, mas toda a noite estiven sonhando cousas malas, sonhos malos, de todos eles só me acorda o seguinte: estava sonhando que a minha nái estava dentro do eido (xunto dos loureiros) chorando com unha tremenda dor de cabeza, sentada encima do mato, movendo-se e balanceando-se, e falava cousas que non me acordan, despertei e era muito cedo, voltei a dormir, e levantei-me polas oito da manhan, logo a minha nái dixo que non se podia levantar, mas por fim levantou-se polas 11,30 e alá foi cabar para o sítio onde eu sonhara com ela.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
CAMINHO QUE LEVA Ó CASTRO MAO.
oooooooooooooooooooooooooooooo
Serán de Lira. O día 13 de Novembro de 1904 fún a Oliveira a unha festa de pandeiros que facia a família do Sr. Pintos (que neste tempo era Cura de Oliveira) eu e Avelino passamos um rato alegre, despois fomos ó Madrileno pedir para cortar pinheiros, onde o Spírito malo me veio inquietar, no día a seguir fomos roubar mazáns e despois alá nos fomos ó Serán de Lira; o 23 polas nove fomos tronzar pinheiros e logo fomos ó devandito Serán; o 24 fomos ó Serán de Celeiros, ó vir pola casa arriba da Capela, vin sair dum pinheiro tantos corvos que parecia que todo o pinheiro se desfacia em corvos, croando e desaparecendo a unha distância de 3 ou 4 metros, o ruido que facian era idéntico. Música Academia. O 25 DE Novembro de 1904 comecei a estudar música em Celeiros; o día 3 de Decembro, fixem inxuriar a minha tía, e despois em companhia de Carracedo fún ó Serán de Celeiros, a minha tía tinha-me botado pragas, chegando ó Serán, um filho da puta de Arcos revolucionou-se conmigo, despois levantando-se todos em revoluçión, eu escapei sem novidade. Chegando á casa xá estaban as raparigas tocando a pandeireta, serian as dez ou once da noite. Mama em Vigo. O día quatro de Decembro de 1094 polas seis e trinta e cinco da manhán levantou-se a minha nái e a minha tía (Maria) e se foron assanhadas a Vigo. O día 8 choveu assombrossamente, nessa noite passei-a toda na cozinha, até ás 3,40 quando quedei dormido sobre um banco, e entón vem o Spírito malo inquietarme, o oito fún á Procesión a Cumiar com unha roupa velha; e o dez recibim do Senhor Carraceda vinte reais polos pinheiros cortados e alá vem o Spírito malo inquietarme. As duas festas. Dor de cabeza. O día oito de Xaneiro de 1905 habia festa em Oliveira, Capela, pola ter gobernado, em Guillade de arriba gaiteiro, em Guillade de baixo música. Nesse polas 2,50 assaltou-me unha grande dor de muelas, e non fún a ningunha festa, e toda a noite desse día estiben na cama dando voltas, com áis e suspiros, de maneira que o dia seguinte atacába-me o sono, o día nove fún ó Cirurjáno (rula) para arrancar a dita moela, pois á maneira que me íba aproximando á casa, a dor iba passando, ó bater a primeira pancada no portal, desapareceu a dor por completo, parecia cousa diabólica; pois ó arrancá-la, partiu polo meio e quedou a metade dentro da boca e a úlcera tamém.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
NUCLEO CENTRAL DO POVOADO.
oooooooooooooooooooooooooooooo
Eu Salvaxe em Vigo. O dia 27 de Março de 1905, saín de Guillade ás duas da tarde (estaba a Teixucha a berregar com a minha nái) dormin em Ponte e pola manhán fún dereito a Porrinho, cheguei ás duas da tarde a Vigo, ás 5.15 da tarde, partin para Cangas, o outro dia pola manhán regressei para Vigo, e no outro partín de Vigo para Guillade, gastei 40 reais. Pelexa. Os de Cumiar. O dia 30 de Abril de 1905 ó vir da festa das Angustias, eran as dez da noite, e os de Cumiar, pois as raparigas no serán, tinham-lhe posto alcunhas a todos, e por isto implicaron comigo, botando-me as culpas a mim. O 12 de Maio de 1905 eu fún ás vispras de Vila Coba na companhia do Inocêncio do Fadista, e ó vir de volta destruimos a ponte de madeira, cheguei á casa ás duas da noite, e encontrei Avelino Carraceda a dormir no meu quinteiro, e assustei-me quando vin um home tirado alí no chan, e por pouco non lhe dei com um pau na cabeça, dormiu comigo e pola manhán levou-me enganado a Trancoso e dalí a Ponte, por via d’unha máquina de solfatar que tinha alí a gobernar. Desde Ponte fún a Vilacoba com dous rapazes de San Lourenzo, ó chegar á festa vin que tinha os pantalóns descosidos no cú, porque estaban muito apertados (traxe branco) feito pola mulher de José Rey Fernandes (lavativa), eu cheguei á festa e marchei acto seguido…
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
UNHA SENHORA DA FAMILIA DO LAMPANAS.
oooooooooooooooooooooooooooooo
Recordaçón de Ponte. Carpinteiro. O dia nove de Agosto de 1905 (quarta feira) principiei a trabalhar de carpinteiro em Ponte co meu mestre D. Ricardo, meu padrinho, que me tinha sacado algunha ferramenta a fiado na Casa de Romero, sendo as primeiras nocións de carpintaría, ganhando 5,10 reais. O día vinte e vintium de Agosto de 1905, neste dia celebrou-se a festa de San Roque no bairro da Ponte (Ponte) eu assistín a ela e os meus companheiros, tendo um convite ad conxugalema. Spírito malo, por los días 18, 20, 23, 26 de Agosto de 1905, vem-me inquietar. O dia 27 andei no trabalho doente, parecia que todo o corpo me estremecia, e até os mesmos ossos, ó deitar-me aliviou-se-me algo, de noite vem o Spírito inmundo inquietarme, nos momentos que me deixaba chamei duas veces em alta voz, mama, mama! E ó momento me recordou que estava solinho e em terra extranha, e logo caín no sono, acabei perdendo um quarto de día, e para mais, tivo que chamar a pousadeira por mim. Pelexa. Acometeu-a comigo um companheiro meu e chegamos a andar a zocos até que o mestre começou a berregar. Á noite de incomodado rasguei um libro de Cirurxía e demais obxectos. Ó outro día, ó vir pola casa encontrei minha nái com unha bróa, unhas poucas peras, e unha camisa que vestín no meio daqueles montes. Houvo um grande eclípse de Sol, e trabalhei meio día. O día 24 de Agosto de 1905, polas doze da noite, fún molestado polo Spírito malo.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
CAMINHO QUE VAI Ó CONVENTO.
oooooooooooooooooooooooooooooo
Cousas invisíveis. Conmunitaten. A minha nái foi à Cañiza, e toda a manhán a passei na cozinha, ás cinco da manhán assomei-me à xanela, para ver as fermosas estrelas correndo de unha parte para a outra; e vexo enseguida unha luz na Ferreira, como parecendo ser xente com unha fachuqueira, até sentín ruído, como a queimar cascas de pinheiro, despois como a cortar milho, etc… A luz sempre no mesmo sítio, despois de quinze minutos começan a separar-se unhas lucinhas muito pequenas da grande; unhas brancas, outras azuis, cardenas, roxas; unhas dirixiam-se ó norte outras ó poênte, oeste, leste, outras ó céu e outras parecia que se metian nas profundidades da terra, separabam-se vagarosamente e à distancia de três a quatro quartas da luz grande desaparecian, até que desapareceu tudo. Consulta. O día 25 de Agosto de 1905 fún a queimadelos (Adivinha), o 15 de Septembro de 1905, restregei-me com um alho ó deitarme, toda a noite andiven em convulsóns e sonhos malos, pois tivera que me levantar polas 10,20. O 18 de Septembro de 1905 ó deitarme restregara-me com um alho e o Spírito inmundo inquietando-me com sonhos malos, mas non me molestou muito a consequência do alho, mas faciame vários inconvenientes, tais eran, quedar dormido até ás dez ou doze, levantar-me espantado, sem forças, impedido da minha sorte, etc… Mala Sorte. O dia 24 de Septembro, regressei a Guillade, escribín unha carta e pissei unha tinálha de uvas – P, comim figos e bebim vinho, e estaba inchado, mas non me fixeron mal, só que pola noite, vem o Spírito inquietarme, e logo, puxo-se sobre o telhado na figura de um cachorro que partiu unha telha, minha nái levantou-se e começou a rifar com el, pola manhán ainda que tarde partín para Ponte.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Ponte despedida molestado. O 27 de Septembro de 1905, estando eu em Ponte vem o Spírito inquietarme, e pola manhán quedei dormido, tendo a pousadeira que despertar-me xa passavam dez minutos da hora, de maneira que o Mestre berregou comigo e tomando-me de mala fé, achacava que non tinha ferramenta, etc… No día 29 de Septembro de 1905 quedaba destituido, entón vinhem prá casa, e o dia 3 de Outubro de 1905 (terça feira) estando eu assomado á xanela, puxem-me a pensar fixando os meus pensamentos, notei que estava atolondrado da cabeza, dor, catarro pulmonar e latidos no peito, nervios; a minha ideia era ir buscar trabalho a Salvaterra, Vigo, etc… (ou así um sítio lonxano). O 4 de Outubro de 1905 pensava ir para Portugal, e acto seguido fún a Matamá xunto da minha nái, decir-lhe que iva a Ponte, e nesse mesmo instante começou a vomitar e a decir que morria, e o viaxe quedou em nada, despois assaltou-me a mim cólicos de barriga, e ningunha vontade de comer, com dor de cabeza, etc…
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
INOCENCIO DA MARICAS
Este mozo foi nado no lugar da Vigaira alá polo ano trinta e cinco, quedando sin a sua nai en curta idade, neste caso tuvo que arrimarse a quem lle fose mais axeitado pra sobreviver, daquela foi a familia dos “Furudos” que se fixeron cargo da sua tutela, foi sempre fiel aos seus amos e moi obediente, presumia de unha ética moi afanada ao seu comportamento.
O traballo facia o que podia era lento pero seguro. A sua especialidade era de maquieiro no muiño do Roupeiro no decorrer de muitos anos.
Cando fallaron os muiños e ao mesmo tempo acadou a maioria de idade amañaronlle unha casiña para vivir a sua vontade; entón era un mozo mais das festas, tiña unha morea de mozas, pero nunca acadaba a que fose axeitada para ser a sua dona. Era o punto idóneo para as argalladas dos seus compañeiros pola sua presuncion de home de talento e ao mesmo tempo a sua inxenuidade, facia que a mais sinxela paródia lle fixera alterar os nervos.
Ala polo ano noventa e dous Inocencio foi víctima por parte dun veciño que practicaba o consumo das bebidas, de un acoso á sua intimidade cousa que foi denunciada por parte de Inocencio, o fallo foi a favor da víctima resultando o desterro do presunto agresor durante varios anos para outro lugar.
J. G. Sebastián
(Xosé da Casquilla)
oooooooooooooooooooooooooooooo
PORTAL PRINCIPAL DE ENTRADA Ó CONVENTO DE SANTA LEOCADIA DE GUILLADE.
oooooooooooooooooooooooooooooo
Calamidades. Sufráxio. O día 16 de Decembro de 1905, assistiron todas as pessoas devotas á Santa Misa que se celebrou em sufráxio do meu tío (que em paz descanse), a minha nái assistíu, chegando de Matamá onde eu andava com a toura, e despois foi a Oliveira, chegando polas 6 da tarde chorando de tal maneira que tivem que ir por ela, perguntei-lhe que passava, e dixo que a sua irmán se tinha metido nela, despois de passados 15 minutos deixou de chorar, xa só se queixava da cabeza, eu tamém todo o día tinha andado aturdido da cabeza como se me quixera dar um síncope e queixas do corazón, etc… Ofertórium. O día 14 de Decembro de 1905 Domingo, a minha nái foi ó ofertório do meu tío (q. e. p. d.), eu tinha quedado na casa, acto continuado chegou Avelino Carraceda, xogamos um partido e despois marchamos. O día 18 de Decembro de 1905, sentín unha forte dor no xoelho da perna esquerda por via dum carbunclo, que reventou derramando aproximadamente meio quartilho de sangre, eu xamáis tinha visto carbunclo semelhante. A minha nái e o adivinho. O día 20 de Decembro a minha nái foi a Ponte pagar o consumo e de passo foi xunto ó adivinho. De noite, vem o Spírito inquietarme, o meu corpo xa estava muito tomado pola bruxaría, que muitas vezes quando despertava moviase-me o corpo, quedando a cabeza quieta sem sentido e sem movimento, e non conseguia senon a forza de sacudir o corpo; nestes días passei muita fame. Paporrubio. O día 23 de Decembro de 1905 a minha nái fora a Ponte, e eu fún a dentro do eido cortar unhas polas de maceira e colhim unha postura mala ó respirar, e pareceu-me que se me introducíu aire num bacío, resultando unha grande dor por alguns días no referido sítio, e quando tossía a dor era insufríveĺ. Nesse día tivem unha surpresa porque, facía mais de trinta días, que todos os días entrava um paporrubio pola ventana até ó meio da casa e várias vezes saía pola porta; hoxe neste dia, o estou vendo sobre a porta e despois poussar no chan da casa.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
PORTA LATERAL DE ENTRADA Á “DOMUS SANTA LEOCÁDIA DE GUILLADE”.
oooooooooooooooooooooooooooooo
Luz das luces. O dia 24 de Decembro de 1905 polas sete da tarde, presentou-se-me unha pessoa para que lhe fixera unha carta, acabei-a de escribir, e ainda non tinha saído a luz das luces, rosa resplandecente que alegra os viventes deste Universo mundo, saca-nos das trevas, consola os aflixidos, quenta os fríos. Despois, tocaron as campanas anunciando a Santa Misa do dia 24 de Decembro, mas para mim tán despavorido e tán tríste que nin a noite mais horrorosa e escura. Confusion de temor; pois segundo o Horoscopo ou signo, dí que son da natureza de Xúpiter, e sendo Xúpiter um Deus muito bom para todo vivente e cousas inanimadas, inflúie nos da sua natureza, homes, relixiosos, etc… Non sei o motivo, mas o meu corpo moveu-se a practicar actos de impureza. Um atentado revolver. O día 26 de Decembro de 1905 vem Carracedo xunto de mim, e levou-me por Celeiros para cobrar algum dinheiro que tinhamos ganhado a cortar pinheiros. Vinhemos por Oliveira e enrredá-mos, eran as seis da tarde, quando saímos eu e el da casa de Ramón; e vinhem só para Guillade, mas ó chegar é sítio que chamam As Bandeiras, sentín um individuo atrás de mim facendo tropel, eu com força de fuxir, introduzim-me nunhas poucas silvas onde el passou de largo, e non me viu, começou entón a disparar tiros, quase diante donde eu estava, eu recuei para trás, dei a volta pola Capela e deparo com o suxeito, mas el non me via, eu escondido, roguei à virxem e a Deus, e a Santo António que me axudasen a librar disto. Sonho malo. O día seis de Xaneiro de 1906, estivem na casa por non ter roupa, o oito de Xaneiro de 1906 tinha tido um sonho malo, e levantei-me polas nove. O día 11 de Xaneiro de 1906 levantei-me pola manhán, e á tarde fún a Matamá, ó vir de volta partiu-se-me unha tamanca polo meio. Á noite presentou-se-me Miguel das Carbalhas, que fosse com el ó Serán, pois tanto como porfiou, mas foi para mim impossíbel por via de non ter calzado; xelase-me o sangue nas veias se vou contar os acontecimentos fatais que para mim corren a cada passo.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
NESTE LUGAR SURXIU O PRIMEIRO DOCUMENTO EM FALA GALEGA DE QUE HÁ MEMORIA.
oooooooooooooooooooooooooooooo
Mala Sorte as Tamancas. O día 15 de Xaneiro de 1906 (Segunda feira) um día todo nevoado e frío, tivem sonhos malos, que esquecin. Despois a minha nái fora ó monte vender uns pinheiros e eu puxem-me a descravar unhas tamancas e embrochá-las noutros paus novos. Despois chegou um suxeito e tanto fixo que me levou á festa, tendo que ir com as referidas tamancas. O día 18 de de Xaneiro de 1906 fixen unha cadeira. O 20 principiou a doer-me a cabeza, os dentes, a barriga e os sonhos malos seguem anunciando, pérdidas, desgraças, etc… O muinho, pragas. O día 26 de Xaneiro de 1906, a minha nái fora ó muinho e chegou decindo que a minha madrinha estava falando que eu batia nela; seguido começa a votar pragas por vía do aro de um caldeiro, que levara eu unhas semanas antes, e para que calara, foi preciso ir xunto dela e meter-lhe medo, calou, mas na cara parecia unha calavera. O día 14 de Agosto de 1906, todo o día estivem deitado na cama, e estava tan pessado que non podia mover-me, polas 12,30 da noite fún molestado polo Spírito infernal, sucedeu da maneira seguinte: estando eu deitado na cama com a barriga para o céu, e chegando o Spírito, deitou-se sobre mim, tanto me zambulhiu nas partes ocultas, votando-me man ó que é escusado decir, facendo-me correr o leite dos amores, despois descansei em Paz até de manhán. Mas levantei-me pesado e apaixonado (por mulheres) que non podia deter o vício. Sería pola astúcia do demónio, que pola noite do día 12, tinha dor de cabeza, o 21 de Agosto de 1906 ás dez.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
HABITÁCULOS DO INTERIOR.
oooooooooooooooooooooooooooooo
Galinhas de Deus Negras. O día 23 de Agosto de 1906, levarom-me para cortar pinheiros, cheguei á Vigaira e unha galinha de Deus preta deu-me um forte repotazo no peito e continuou unhas quantas veces, eu andava malo, o dia 29 de Agosto de 1906, ás 8,40 da manhán traía um costipado mortal, tán pronto acabamos de cortar os pinheiros, cesou o costipado como por encanto, estivem todo o día pensando na minha mala sorte e na vida desconsolada. O dia 12 de Septembro de 1906 tivem que berregar com o Fernandez por culpa dos pinheiros, e parece que se negava a pagar, tinha-me chamado por mandado do (Pucho). Mais Calamidades, a trencha. O día 15 de Septembro de 1906 troquéi unha trencha polas pezas de unhas tamancas, o día 20 quedei de ir trabalhar para Celeiros, e por ser molestado polo Spírito inmundo, non fún. O día 21 deu-lhe mal à minha nái, e non tinha farinha nem nada que comer e passei fáme… O día 23 vem o Spírito inquietar-me, vía em sonhos pessoas conhecidas vestidas de preto, estivem todo o día deitado doente, muito aflixido, com dor de cabeza. Molestado. Esconxuraçón. O día 25 de Septembro de 1906, lín unha oración (que titulan de San Cipriano) e continuei com ela por alguns días pola noite, entón o Spírito tratou de me molestar de día, ó tomar a sexta polas 12; unha vez que iba lendo polo meio da esconxuraçón, quedei surdo, e como que me levava a cabeza polo aire e o corpo tremendo, o Spírito porfiou polos días 26,27,30, despois unha vez lida a oraçón polas 4,20 da manhán, quedei dormido mais um tempo, tivem o sonho seguinte: sonhei que estava nunha Igrexa virado pro altar, habia pouca xente, entón presentou-se um Abade no altar, facendo reverências coas mans na minha direcçón; despois saíu outro da sacristia e foi xunto del, vinha de comer toucinho ou cousa semelhante, pelo que saíu limpando as babas engraxadas, se explicara todas as voltas deste sonho, haberia leitura para muito, acto seguido desperto, quedando pensativo desta visón arriba dita. Fantasma. O día 13 de Outubro de 1906, fún molestado polo Spírito… mas de unha maneira que se tivo em mim, se non estava xá; e vin ó meu redor um home muito baixinho (um metro de altura), xá quase era día.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
SALAS CONTIGUAS, DUM CORREDOR CENTRAL.
oooooooooooooooooooooooooooooo
Segundo Recordo de Mondariz. O día 12 de Septembro de 1906, fún de criado para a casa de Avelino de Trancoso, e o día 18 de Março voltei prá minha casa. O día 26 de Septembro de 1906 fún trabalhar para xunto de um Mestre Carpinteiro (Manuel de Canedo) Nestes días tivem mil sonhos malos, trabalhei com o dito Canedo oito días, e ó fim deu-me unha forte puntada no quadríl dereito, tan pronto cheguei á casa, a referida dor, deu um forte estálo, mudando-se rapidamente para o outro lado, e aliviou algo. A minha nái, dixo que a noite anterior tivera um sonho comigo e unha voz que lhe decia: “Ah, o teu filho saca unha alma de penas. Ah, mas agora partíu um brazo”. Eu tinha tido também um sonho que fora unha grande multitude de xente ó Axuntamento de Ponte, entre a qual estava eu; e fún o primeiro que dixo: Viva a República! e todos me axudaron. Despois reventou unha grande luta na praça de Ponte. Serrar em Mourigade. O día três de Febreiro de 1907 fún á festa de San Brás (Meirol), logo vinhem com os rapazes de Mouriscados para o Serán de Guillade. O día quatro de Xunho fún trabalhar de serrador para xunto do filho de Xambenito de Uma, que estava desposado em Mourigade. Sorpressa. Segunda feira ó irme deitar, dalí a dez minutos deron-me uns fortes empurrons na cama, ós poucos momentos caíu o xergón no chán, eu tinha guardados vinte centávos metidos nunha ucha pequena, despois figurouse-me que tinham atirado com ela e mesmo sentín tanhir os centávos, como quem os zapatea contra unha pedra, e acto seguido ouvin rir unha pessoa, maxía (Sr. cura Val). Eu me levantei a ver, cuidando ser certo, mas tudo estava como o tinha deixado; logo despois tivem que ir ó Breviário romano ler o exorcismo até ó fím, despois toda a noite descansei em paz. O segundo día fún ó trabalho, e como estava frío, retiramo-nos prá casa, fomos guiar unhas vinhas, etc… Eu tinha visto alí unhas nenas xá grandes e logo sentín no corazón, unha pena desconhecida, que facía dirixir o meu amor e o meu peito para elas, só que a minha persona non circulava com tán alta senhoría.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
RESTOS DE COLUMNAS E CANTEIRIA.
oooooooooooooooooooooooooooooo
Minha nái, no Serán nocturno. O día nove de Febreiro de 1907 fún ó serán de Uma, estava um escuro tremendo, e caían alguns chuvascos. O día once a minha mái fora ó Serán da Lomba, eu quedei na cama, polas quatro da manhán fartei-me de vomitar, com malos sonhos, era o penúltimo día de Serán. O 27, todo o día andivem a decotar pinheiros para o Sr. Miguel das Carbalhas (q.e.p.d.), em Matamá. O Três de Marzo de 1907 (Domingo) pola manhán despertei com unha tremenda dor de barriga, saltei fora da cama queixando-me, tomei um copo de água fría, e com a dita dor fún a Guillade de baixo, e polas 8,10 passou-me. Consulta adivinha. O 23 de Março de 1907 fún a Ponte xunto á Sybila (C.) e dixo-me tudo mal. O 24 fún á misa a Guillade com o Ramo, e polo sacristán decir que me puxe-se fora da igrexa, dei-lhe um forte empurrazo á porta que bateu com forza contra o apoio. O 27 de Março fún molestado polo Spírito malo, levantei-me polas 10, a minha nái andava a cavar em Matamá, e todo o dia estiven na casa, daban as 3 da tarde e as ovelhas ainda estavan em xexúm. O 29 acometeu-me um sonho muito malo polas 12 da noite, e polas duas da tarde do día 30… A festa e o sonho. O día 7 de Abril de 1907 fún á festa das Angustias e o segundo día tamém. O 17 mudou a minha sorte, tivem um sonho malo, sonhei que estava dentro de unha Igrexa eu e um Crego a facer-me unhas senhas, pantominadas. Pola manhán vem a minha madrinha para Matamá que a tinha arrendado aquel ano pola minha nái estar algo enferma, eu levantei-me de mala gana e fún com as ovelhas, mas non estava Católico. O día 20 a minha nái, foi á Cañiza doente, e pola tarde deste mesmo día 20, pelexei com o meu vecinho (Xabeco) debaixo da minha xanela. Pensaba ir o día 3 de Maio á Picaraña e non fún, pois perdin a Misa por me ter molestado o Spírito inmundo.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
O día 23 de Abril de 1907 comecei a serrar com um suxeito (M. da Val). O día 5, 8, de Maio fún molestado polo Spírito. O día 9 fún á festa a Mouriscados, as minhas carnes saltaban, facendo um prunido entre a carne e a pel dando saltos, nestes días o Spírito, tanto me mollestou que quase me facía vomitar. Houbera ido trabalhar para celeiros de carpinteiro, facer um louceiro, mas o Spírito inmundo tanto me molestou que me puxo tonto e xá non dei guía com o louceiro. O 13 de Maio fún buscar a ferramenta e polo caminho a escaralhei, excepto a machada e o serrón. O 20 de Maio fún á Franqueira… O 21 ás 12,30 despois de transcurrida unha hora, levantou-se-me unha dor de cabeza, sendo molestado polo Spírito até que é alba do día, a dor de cabeza aumentou pola manhán. Levantei-me com a devandita dor e atáques, como que queria vomitar. O día 24 de Maio edifiquei um altar a Xeová, duas quartas de largo por duas de alto. O día 25, 26, 27 de Xunho de 1907. O 23 tinha andado todo o día a fazer as entradas do San Xoán no Crasto. Mistério do Cura. O día 5 de Agosto de 1907, pola hora das 7.35 da manhán saín da casa, e fún dereito á Igrexa de Guillade, passei polo meio do adro caminho de Mourigade, encontrando o Cura D. Juan Vilar Val, e tivemos unha conversa algo larga, polas 10 da noite quando vinhem de volta, passei outra vez polo adro, dando-lhe 100 centâvos de peseta ó dito Cura pra que me sana-se, etc… Cheguei á casa, com a noite horrível e escura, caíndo algunhas chuviscas. A minha tía estava dormida e a minha nái fora á Cañiza. Ó chegar perto da casa, apurei para non me molhar polas sacudidas do vento. O 11 de Agosto de 1907 habia festa em Guillade, e pegou-me unha rábia iníqua contra um suxeito (Fernandes) e ós poucos momentos, por me ameazar com unha navalha, atirei-lhe unha pedra, que lhe deu gravemente na testa, eu xa lhe tinha algunha mania dántes. O 13 pola manhán, a minha nái berregou comigo, eu estava indignado com ela, e deu-me duas pesetas para que fosse a Ponte, para traer pán e peixe, eu fún a Ponte, sim me fixar nas ditas pesetas, e quando vou pagar, repugnan-mas por falsas. Estaba alí unha nena xá com um pouco de conversa, ela e a padeira, e comezarón a falar de mais em mais, até que me dixo, que non voltara mais á casa e fora c’o ela, eu non quixem, por vía da minha nái, e prestou-me as duas pesetas, com a condiçón de se queria… pois non lhe quixem as duas pesetas, e vinhem p’ra Guillade sem as compras. Quedamos de falar para os Remédios em Ponte a 8 de Septembro de 1907, e non a vím mais até hoxe. Mais tarde, sentín unha voz na consciência que me decía – Ah! Son Maluco!
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
UM LAGAR DE PEDRA, COM DOUS ESTANQUES.
oooooooooooooooooooooooooooooo
Descripçón da nena. Era nova, corpo algo mais pequeno que o meu, branca de rostro algo redondo, fermosa e de bom parecer, e segundo me dixo era de Angoares, e nunca a tinha visto antes. O 11 de Septembro de 1907, andava eu a botar o chan à casa da Maneta e pola noite tivem malos sonhos, que ó despertar esqueciam-se-me; um deles foi sonhar com unha nena de Oliveira a Cândida, e despois de um pouco de conversa fixemos o coito, e tinha-se vindo por mim o leite dos amores. O día 7 de Novembro de 1907, estando eu a trabalhar com José Outón, ouvin decir que se casaba unha rapariga, e à noite fún ó Serán a Guillade de baixo, e quadrou estarmos xuntos dentro do Serán por um pouco, no outro día, acometeu-me unha pena que me tirou as ganas de comer, dando-me um sonho apoquentador, estaba lendo um libro, e fún quedando a dormir, por uns vinte minutos. A dita rapariga vin-na diante de mím em sonhos, polas 11 do día debaixo da minha cereixeira, dixo-me unhas palabras que me esqueceron de seguida; a paixón tivo orixem desde que ouvin decir que casaba (vexa-se arriba) sem eu xamais falar com ela, e quase non a conhecer, e continuou até que cesou à forza de ler oraçóns e evanxelhos, pois que aquela pena non era natural. Eu tinha unha cruz sobre a cama e unha buxía, e todas as noites vinha unha cousa, tirava a cruz e desaparecia a buxía. Visón. O dez de Febreiro de 1908 despois de ir a Ponte, sentía um sono mortal, pois esta noite tivera um sonho com unha rapariga que me estaba a dar bicos e abrazos, nun sítio que eu non conhecia, e despertando vín que tudo era um sonho (Angustias da Pressa). Gozos! O día 20 de Febreiro de 1908, tentou-me o sono estando a ler um libro, quedába-me dormido. Polas horas da tarde do día, vem unha pessoa para que lhe fosse gobernar o corral das galinhas, e que me daba um ósculo….. pois antes de gobernar dito corral…… é escusado decir….. (Tª). Serrar, escravidón. O día 21 de Febreiro de 1908 comecei a serrar com um suxeito chamado Reis, passando unha escravitude com o dito fulano. E eu tinha mil sonhos mas esquecia-me ó despertar. Entre todas as penas e sentimentos de amor, o meu corazón non permitia que tivesse pena senón por nenas bonitas e novas. Burla da Cruz. O día 17 de Abril de 1908 (quinta feira Santa, fún à Igrexa em companhia de uns rapaces, encarguei uns zapatos. Estaban andando as Cruces e eu mofava-me decindo que estavam a adorar a unha pedra, etc… Eu parecia estar fanático, despois, outro día vem um suxeito que lhe escrebe-se unha carta em Castelhano (baixinho), entón começou a dar-me pan e vinho, até que me emborrachei, chegando à casa bebin dez ovos crúos, mas o sono era irresistível.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Amor, Igrexa, acompanhado. O día 11 de Maio de 1908, andava eu a serrar nos Aguieiros, e pegou-me unha dor insufrível polo quadril dereito. O día 12 fún á Misa de Guillade, e fún acompanhado d’unha nena até á porta da Igrexa, e continuou así até à terceira vez com um amor sincero (era Maria Rosa da Irra), despois fún trabalhar para a Franqueira e andiven bem. O 1º, 2º, e 3º día, o último sentin debaixo da minha cabeza a interxeiçón (pagª 11), eu estava inchado, sobre as 4 da manhan, deu-me unha aflicçón que houvem de vomitar, e do meu corpo desistía ar. O día 12 de Xunho de 1908, andava a serrar p’ra Namora, passei uns poucos de días nas mais duras penas, sonhava sonhos malos, e logo esqueciam-me, por último sonhei com homes negros e unha culebra, eu queria-a matar, mas non puiden; e polo día saíndo para dentro do Eido, hora das 10, encontrei unha filha da……….acto annis habetur, muti, nec loquatur bene neque male, ego alteratum ibat ex fornicactione et aliis cogitationibus inmitantibus: ego abrazabit an canque furore pavunper, atque ne intravito internum, sed cucurrit pro me lacte amoris. Adivinho, Fornelos. O día 29 de Xulho de 1908, eu e a minha nái fomos a Fornelos xunto do adivinho. O día 12 de Agosto de 1908 comecei a serrar com Avelino Carracedo, andando dez meses com el. Tendo muitos sonhos com unha nena, vexa-se arriba Igrexa, despois deu-lhe mal ó meu companheiro, e eu mais quedei muito estéril dos nervos, sendo gravemente molestado pelo Spírito infernal. O día 18 de Maio, polas 10 horas da manhán, andavan unhas poucas de galinhas fora, dentro do meu Eido, incomodando-me, eu atirei-lhes com unha pedra, quedando unha esterricada… ex seraphinam erat, todos estes días seguidos había sido molestado polo Spírito… à noite tivem unha grande visón num sonho. Visón Grandíssima. Fún a Guillade de baixo, eu estava no meio dunha veiga, onde había um mato e vários regos, e a dita amada se me representou virada p’ra mim, muito triste, parecia um pouco escura; eu estava virado para ela, non podendo decir-lhe palabra ningunha; polo medio de nós passava um grande regato, e ó par do rego um mato que me separava dela, e ademais había várias lagoas, eu estava na parte norte, ela na parte do sul, o regato vinha desde oriente para poênte, mas era muito comprido, polo rego arriba vinha unha grán Serpe saindo da água e introducia-se no mato, facía outra grande volta, tocava a água e introducia-se polo meio do mato até à outra parte, parecia ter três cabezas, e dando outra grande volta polo dito mato, tocava a água e saía outra vez polo mato. Também parecía ter três rabos; oito horas durou a visón; tan grande era que todavía non acabara de saír, com a dita amada estaba vária xente que eu non conhecia; eu queria matar a Serpe, mas rebeláva-se contra mim e non puidem matá-la, eu non podia ir para xunto do ente querido, nin ela podia vir para xunto de mím, por causa da serpente e do regato, ainda que este sí com custo, nin eu podía facer mal à serpente, nin esta se metia comigo, se queria passar para xunto da amada, a Serpe non me deixava, despois despertei. Antes desta visón, tinha sonhado várias veces que estava a minha amada falando xunto da minha nái dentro da casa, eu estava um pouco retirado mirando para elas, mas esta visón da Serpe, foi a última vez que sonhei com ela. San Mateo. O día 17 de Xulho de 1909 (Sabado) eu e Avelino Gonzalez fomos a Ponte e de alí às vésperas a San Mateo. O 1º de Agosto fomos ás vésperas a Uma.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (24)
.
Lisboa. O sete de Xaneiro de 1910, saín para Lisboa, nesta tarde e nos dous días anteriores chorei amargamente, eu punha resistência para non chorar, mas saíam-me uns suspiros e choros que me descontrolavan. Cheguei a Lisboa á unha da noite do día oito, andei 14 días sem trabalho, e despois entrei para unha taberna, o 22 de Xaneiro de 1910, na rua do Bemformoso nº 280. O 25 de Xaneiro de 1910, xá a minha sorte foi tan boa que toda a noite andiven de diarreia, e quedava sem forzas, o sono era irressistível. O 28 de Xaneiro, começou o patrón a embirrar comigo e despois, tomou por vício que berregava sempre, tanto quando tinha razón como quando non, o día 28 pola tarde, estando eu a barrer a cozinha, atacaron-me uns suspiros até que quedei em pranto. O 3 de Febreiro fún notificado para sacar a matrícula, e polo día 22 de Maio fún a Belem à casa do patrón, que tinha alá a mulher. Pois estando eu desconsolado e despavorido, dirixín o cântico seguinte ás flores. Cântico: Oh querida Galicia./ Oh Bosques e Vales,/ Montes floridos que derramais as mais deliciosas flores./ É impossível que cese a dor que me acompanha por tí./ Pátria querida, a todos os momentos por tí estou dando suspiros,/ introducindo-se na minha alma o pavor angustioso que move no meu corazón, / as mais doloridas penas. Despedida do Patrón, o día 21 de Maio de 1910 axustei contas com o meu patrón, tan canalha foi, que me impuxo uns gastos enormes, até de um copo que partiu o cozinheiro, e non recebim senón 15 reis em cinco meses. Eu neste mesmo día fún trabalhar prá rua de Santa Xusta, no Hotel Frane-Fort, onde trabalhei oito días, e deu-me tan forte enfermedade, que tivem que abandonar o dito Hotel até hoxe. Ós poucos días entrei no Hospital de San Xosé, o día 28 de Maio de 1910 e alí estivem oito días, onde vinha xunto de mim o Spírito malo, entón suspeitei que a enfermedade non era natural, e lisquei do Socorro. Eu tinha mil variados sonhos, que andava xunto da minha casa, por aqueles caminhos. Polas duas da tarde do mesmo día fún até ó Alto de San Xoán. O día três de Xunho de 1910, fún visitar as Serras de Monsanto, e despois de recorrer estas, fún ter á estaçón de Campolide e dalí vinhem até Lisboa. O día 6 de Xunho dirixim-me ó Consul Espanhol……… partín de Lisboa ás 9,30 da noite e cheguei a Tui ás 4,30 da tarde, logo colhin a pé desde Tui para Guillade, chegando a casa ás 11 horas da noite, deitei-me, e non me levantei da cama até transcurridos dous meses. Sentia a interxeiçón “Chaca”, etc… muito a meudo. O día 20 de Xunho, andando eu a fazer um trabalho lixeiro, caín aturdido e pensei que morria, sentindo unha dor nas partes, que me tiveron que levar a casa amparado, ivase-me a vista, de noite sonhei que via a caixa mortuária e variada xente passando por mim, eu passei sem decir nada, o outro día estava de cama.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
.
Carpinteiro. O 4 de Agosto comecei a trabalhar de carpinteiro com Gomez ganhando cinco reais a seco. O día 7 fún ó rosário e encontrei o Senhor Cura Val, falei com el e dei-lhe três pesetas. O 20 de Outubro de 1910, fún trabalhar prá Encostada (Tafula) e como andava com a lagareta emborrachei-me, e á noite encontrando unhas poucas de putas criticando, dem um sopapo sem querer, e ó fim sái que era da Pucha, e, á noite o Spírito inquietou-me, e escangalhei um relóxio. Visón. O 22 de Novembro de 1910, vim o inferno, eran unhas chispas que saían pola terra e dirixiam-se muito alto ó mesmo tempo andavan polo chan a toda présa, mo meio estava o Senhor Val e variada xente com el, ouvin unha voz que dixo – Ah! O inferno -, despois sem saber como nim por onde, aparecín na cidade de Lisboa, avistando um altar e uns poucos de Santos e flores. Tremor de terra, O 24 de Novembro, pola hora das 11,20, estando eu a coser uns pantalons, sentín estalar as rípas da casa e cair barro das paredes, e sentindo um zumbido que se introducia vagarosamente nos ouvidos dos mortais, sem saber donde vinha, aflixiu-me ver a parede da casa movendo-se e saín á xanela, e entón souben que era um tremor de terra. O meu ente querido. O día 1 de Xaneiro levantei-me muito cedo e fún a Fornelos (Adivinho), eu havia días e semanas que tinha falado com Preciosa do Pachugo, sei que nesse día, me dirixía eu para Ponte e fún polo Garamil e mais abaixo andava o meu ente querido colhendo toxo com outras mais, eu neste tempo ia mil vezes xunto do adivinho (Caraxera) que me daba unhas purgas pra tomar. O día 20 de Xaneiro fún ó Serán e dancei duas veces com ela, ó momento unhas nenas, non sei que lhe dixeron, que ela xa non queria falar comigo, e quando saímos do Serán ela fuxiu prá casa. Noutra noite, mostrou-se-me muito indiferente, e fuxidia, e quando estava dentro do Serán escondia-se detrás das outras xá mencionadas, e cubrindo o rosto. O día 17 de Febreiro de 1911 tinha mil sonhos, mas esqueciam-se-me ó despertar, polas 12 da noite deu-me uns calores amorosos que era impossíbel resistir.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
.
Segunda Concubina. O once de Febreiro de 1911 fún a Ponte e encontrei unha rapariga (Manuela) e den-lhe de comer e despois vem comigo até ás aforas de Ponte, ali…….. despois sonhei com unha nena (Mar) que estava com ela a….. o Spírito malo, non cesaba de me molestar. O ano de 1911 fún à festa das Angustias e bailei com Generosa da Portela, e dixem-lhe se queritur despossara mécum, dixo que sí, despois marchou, e non se fixo mais polo dito. Eu enseguida me encontrei com unha mulher coxa, e alá sonhei o seguinte. Visón. Estava num sítio extranho, falando com algunha xente que non conhecia, e non sabia se alí darian pousada, vin um home vestido de preto, pronunciando unhas frases que se me esqueceron, e facendo xestos indecentes. Eu levantando a vista ó Céu vin o Sol que iba com asas, ás seis da tarde, parecendo estar algo encoberto. Dixen eu com vivo pranto, vou consultar (C.), mas pareceu-me tarde, e seguin, mas non se me representou mais nada. Enfermedade. Desde o día 23 de Abril que me começei a sentir de mala maneira, até à data do três de Maio de 1911, que me sentin com fríos, tremor de queixos, fraco de forzas, cansado, sonhos temíveis, sem vontade nenhuma de comer, sem memória, aturdido da cabeza, inchado, com revoluçón de aire na barriga, etc… Visón. O meu ente querido… Estando eu xunto duns regatos, que facian partes rectas, curvas, e quebradas, falei com unha nena, acto seguido virei-me para o outro lado, agarrei um ferro parecido a um coitelo, decindo eu, “mira que pica”, acto seguido, vexo que o ferro estava nas mans da que fora meu ente querido (Prª da Pa), e por espaço de cinco minutos estivem com os meus olhos fixos no rosto dela, e ela em mim, dixem-lhe mais palabras, que me esqueceron e ela non respondia nada, despertei e levantei-me com unha pena desgarradora. Todo o día andei despavorido. Sybila. O 21 de Maio de 1911, sentindo-me com unha dor na cabeza fai alguns dias, pola manhán fún a Mondariz, e vinhem por Queimadelos (Srª Tsa) e encontrei-a doente… de noite tivem outra visón.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
.
Unha Visón. Sonhei que vinha dunha festa com outro individuo que non conhecia, baixei por unha costa abaixo, e encontrei-me num pozo sem saída, e nel estaban dous individuos, que non conhecin. Ó sair deste, encontrei-me com o Sr. Cura Val, que ó momento iba facer-me unhas bendiçóns, onde eu cheguei a porme de xoelhos, mas de repente chegou pola porta do quarto unha individua (Pepa de Viñó) vinha vestida de branco e sem pedir permiso, puxo-se com nós, e ó momento eu exclamei: Oh! Isto non está bem! E esqueceron-me algunhas partes da Visón, sei que terminou a paus nestes, e em dous mais que estaban por alí. Todos fuxiron para outro quarto que estaba cheio de xente, na porta unha mulher feia muito gorda, como que facía hachas, a qual me impediu a entrada, eu dava-lhe paus e, ela quieta como se non lhe doera, por fim entrei, dando unha ráfaga de paus, que cheguei a ver o sangre dalguns. Eu desfixem toda aquela comitiva na que andava o Sr. Cura Val. O segundo día levantei-me polas quatro da manhán, e a dor de cabeza aliviou-se-me, o corpo mais agosto e mais lixeiro. Outra Visón. Despois de transcurridas algunhas horas, acendín o lume, almorcei, acto seguido tentou-me um sono assombroso, e deitei-me na cama vestido: sonhei que eu iba a um sítio casa do Rei, e ó Rei tinha-no corrido e querian-me por a mim de Rei, e eu choraba porque non queria. Cheguei a um coto muito alto, eu mirei para um lado que estaba muitíssimo deladeiro, muitos trabalhadores que num instante devoraban o trabalho; acto seguido vem o meu amo o Fadista e, fún trabalhar um pouco; despois vem unha mulher, alta, branca, corpo delgado, vestida de senhorita, e non era fea – dixo o meu amo, sabes a quem lhe vou falar?- Mira prá lí, dixeron os trabalhadores, ¡É a irmán do Rei! O meu amo começou a decir-lhe algunhas palabras, eu estaba com medo de me sentar xunto dela, e logo, decia-se que era a irmán do Rei, entón por fim dixem-lhe algunhas palabras, que logo me esqueceron, pois iba xá distante uns seis ou sete metros. Quando por ela passou Rosa de Viñó e a sua filha, esta começou a sinalar com o dedo prá sua nái decindo unhas frases, que non me recordan, e ambas se sentaron xunto de mim, e transcurridos alguns minutos de charla, entrei eu e sua nái, e encontrei que me iba deitar, entón, vin que estaba unha mulher comigo (despida) que non conhecin, polas sinais arriba descritas, parecia ser a que se dixo irmán do Rei, decindo-me unhas frases e mirando-me prás costas, e non cheguei a tocala; despertei, mirei pró relóxio e eran as sete e quarenta da manhán.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
.
Vésperas a Fornelos. Salvaxe. O día 27 de Maio de 1911, levantei-me polas oito da manhán, bastante despavorido, e acto seguido, experimentei que non estaba natural, cargando-me a forza do sono, que nem tinha vontade de comer, nem apetito. Nessa noite tivera um sonho com o Furudo, que por se me ter esquecido várias partes importantes, non apontarei ningunha. O 28 tivem unha dor de cabeza, e non podía respirar polo naríz, e logo deitei-me. Polas três da manhán vem o Spírito inmundo inquietar-me, facendo-me gritar muito alto e chamar pola minha nái em alta voz, toda a noite estivo causando-me sonhos malos e inquietos, e non me deixou dormir nem descansar, e non puidem dormir senón sobre a manhán, isto durou dez días. O día 10 de Xunho eu e Avelino da Flora, fomos ás vésperas a Fornelos, ó sair da festa, ós cinco minutos, eu tan cheio estaba de bruxaría, que até as raparigas escapaban de xunto de mim, sem decir nada, nem lhe tocar na flor do vestimento, tan sequera cheguei a por o pé no baile. O 12 de Xunho de 1911, tiven unha visón que me esqueceu, despois de me ter molestado o tal Spírito, e as desgarradoras penas eran inumeráveis, mas non sabia porque. O día 13 e 14 de Xunho, fún acometido por sonhos malos, polo día saín à xanela com o pensamento no meu ente querido (Pra…), da qual xa non tinha esperanza… tinha pensado ir outra vez a Lisboa, e dalí embarcar. O 13 de Xunho, sonhei que estava nunha casa, sonho: andava com unha rapariga, que non conhecia, seguido chegaron outras raparigas das quais só conhecia unha (Piancha), estas, foi por os olhos em mim, e eu nelas, dixem à que eu traía – vamos -, ó chegar à carbalheira, dei-me conta que chovía, e torna-mos a onde estávamos, e puxemo-nos a beber vinho, do qual eu lhes oferecin, e depois de momentos vín unha estrela, que se ouxo desta forma: com a ponta mais fina dirixia-se à terra com grande velocidade, e logo desdobrou-se em três, nesta forma (. o O). De seguida começou um terramoto, a terra andava ó redor, como se se fosse virar, a xente escapaba e caía, eu quedei agarrado ás tábuas dunha casa, entre as tábuas había rexas que permitiam ver o que passava fora. Logo comezaron as estrelas a cair por terra, desde unha altura de oito metros até ós Astros, non se vian senón estrelas em revoluçón e em grande quantidade, eu larguei a fuxir e logo se me figurou que iba parar no meio do caminho. Entón minha nái puxo-se diante de mim e bailou três puntos, e eu mofei-me dela e parou, indo diante de mim, momentos despois cesou a Visón. Aparecin eu dentro do Eido, e vexo vir unha mulher coxa, dixen-lhe unhas palabras, e despois despertei, encontrando-me envolto nas velhas mantas da minha casa.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
O día 20, tiven um sonho muito malo, e o Spírito fixo-me gritar alto, e non decia senón: Ah! Xesus; parecia que me obrigaba a gritar así, sem eu querer. O 21, tiven mil sonhos malos, pola manhán colhin a escopeta e fún à caza, ó chegar à casa, polas 8,30 unha visón. Sonhei que estaba na xanela e era de noite, via tudo escuro e estaba blasfemando contra Deus, e contra Cristo. Ó despertar, molestou-me o Spírito malo. Pola unha da noite, voltou a molestar-me fortemente, impedindo-me o sono, pelo que me levantei ás 6,20 da manhán, todo despavorido e molestado. O día 21 de Xulho de 1911, hora das 12 do meio día, tiven outra Visón. Sonhei que estaba eu num sucalco e estaban dous rapazes labrando nel (Motre e o seu cunhado), despois foron-se, eu também, e ós poucos momentos encontrei-me nunha casa: decia eu, é a casa da minha amada, porque eu estava com desexos de a ver, falaba unha mulher comigo que non conhecín, a mulher marchou chamando por mim, avistamos ó lonxe unha casa caleada, alta, e a ela nos diriximos, ó sair pola porta, entón, conhecín unha mulher (a do Manuel da Renga), e fomos por vários carreiros e regatos até à dita morada, ó entrar, no quinteiro, avistei variada xente, e vendo o ente querido dixen – Ah… é a casa da minha amada…ó momento desperto, e estaba sobre mim o Spírito. Outro día sonhei que andaba por vários montes e ó chegar à casa, vin a minha querida avó com unha gravíssima enfermedade (q.e.p.d.), sentindo eu as queixas e os lamentos dela em chorosa voz, o sonho levou muitas voltas que xa non recordo. O meu ente querido, o 16 de Xulho de 1911, tinha ido à festa de Uma, e sem saber quem era, pois xulgava ser outra, chamei-a a bailar, e logo vexo que era o meu ente querido (Pra), ó vir prá casa, por acaso, vem comigo e com outras raparigas, mas votou-me a mim um cântico, que me esqueceu, mas queria decir que fún o primeiro que aspirei ó seu amor, demorei um pouco no seu portal, dando-me palabra para o Domingo seguinte no rosário, e xa non a vin, porque non foi.
manuel calviño souto
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
Visón os Hoteis. O día 18 de Xulho de 1911, fún-me deitar polas 11, e tiven a seguinte visón: sonhei que andava com uns rapazes, que me levaron a um povoado onde había Hoteis e andavan a construir um, de tal forma que cada pedra que facian enchia um lado em pleno do Hotel, pedimos trabalho e non o conseguimos, entón marchamos, e ó passar por certo sítio, eu subin a unha árbore na qual había enxames de abelhas em pequenos buracos, dos quais saíron unhas poucas, e unha delas cravou-me o aguilhón na língua. Estas son as principais voltas do sonho, mas levou muitas mais voltas que non logro recordar. Grande Suceso. Preito. O día 20 de Xulho de 1911 polas 7,50 da tarde, tiven unha grande zaragata com a Visconda, e transcorridos 8 días deu-lhe unha enfermedade. O día 23, fún a Mondariz, cheguei à casa com algunha fame, eu andava Salvaxe. O 26 fún outra vez a Mondariz (ó responsórium). Saín com victória sobre a questón, sái um home que volve por tí, sai-che unha rapariga que teis no peito (era Pra.) Sais bem ir xunto d’um home…(era o Sr. Val). Antes de te casar, primeiro tem que morrer a apressada (por impostura), mas desta vez non morre, tem de andar a pé algum tempo. O día 27 de Xulho de 1911 à noite, tiven… Outra Visón: sonhei que iba num tren para Lisboa, em companhia da Xaroupa, eu estava com medo decindo com o pensamento. Ah! Non fún xunto do Cura de Guillade (Senhor Val) e vou voltar enfermo como da outra vez; chegamos a um povoado parecido a Ponte e alí saímos, e fomos cada um ó seu destino para nos xuntar despois e seguir caminho. O 28 de noite, tivem a seguinte Visón. Sonhei que estaba eu debaixo da minha xanela na companhia doutro, e estabamos conversando com outro home, que me parecia o Senhor Val; despois tivem unha pequena conversa com Maria Rosa da Coladera e seguidamente se presentou Inocêncio de Viñó atropelando, o sonho levou muitas voltas, entre as quais eu fún molestado polo Spírito malo.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
O meu Mestre, Prisón. O día 29 de Xulho dixeron-me que o meu Mestre (Fadista) tinha batido no Calvete, e o 3 de Agosto foi preso o dito suxeito. O día 14 de Agosto polas 11 ou 12 da noite, cantava a interxeiçón da páxina 11, e assaltou-me um sono mortal, vem o Gomez chamar por mim ás seis da manhán, para trabalhar na Encostada e polas 11 do meio día ensordecín, encontrando-me indiferente e sendo molestado polo Spírito… tendo sonhos que non me acordaban ó despertar, vários eran com o Cura Val. Manuel Guillade, sem medo. O 20 de Agosto de 1911, polas sete, fún à novena a Oliveira (capela) e vinhem polas Chans de Oliveira caminho de Mourigade, a ver se encontrava o Senhor Val, non o encontrei, pois naquel carreiro que vai prá Igrexa, e que está xunto das veigas, quedei alí até ás 11 da noite, iba unha escuridade medonha, e despois vinhem polo meio do Ádro, demorando um pouco nel e cheguei à casa ás 12,35, sem o menor temor. Calviño em Xuízo. O día 28 de Agosto de 1911 (Segunda Feira), celebrou-se o xuízo de faltas contra mím e mater mea (impostor)… testemunhas falsas: 1ª Maria Rey, e a sua filha Aurora. 2ª Serafina Argüellez. 3ª José Rey. 4ª José Dominguez Rivero. Estes son os réus: 1º Maria Rodriguez Penabella. 2º Manuel Calviño. 3º Isabel Calviño. Confisón, a primeira testemunha dixo: quando cheguei, vin esta mulher estendida no chan gritando, e el e a sua nái com um pau gordo e comprido batendo quanto mais podian, polas costas, mans e pés, quadrís, etc…, ó chegar eu, dixo a nái pro filho, deixa-a, deixa-a, que pra sí xa leva. ¿Tinha sangre? – Non Senhor. ¿Por onde eran as pancadas? – Por todos os lados, mas principalmente polo brazo esquerdo, polas costelas, e polas partes, que estava toda unha calamidade – ¿E a sua filha? – A minha filha non puido vir que está mala, pois o que digo eu, é o que dí ela – Está V. despachada. 2ª Testemunha: Eu cheguei das Carballas de ganhar o meu xornal, e sentindo gritar, vin a Penabella caída no chan e o Senhor Calviño dando-lhe com um pau, logo ouvin decir que a sua nái tamém lhe tinha batido, e nom vín mais nada. Está despachada. 3ª Testemunha: Eu tán pronto a Penabella gritou, vin-na estar sentada ela só gritando, despois, sí que vinheron unhas duas mulheres e a levaron, mais nada. Está despachada. 4ª Testemunha: Eu só sentin do meu balcon estar a nái do Calviño a decir da xanela, vaite com todos os demónios, que senon levas unha carga de pedras, logo sentín o Calviño da xanela decindo, espere ahí, que xá a fodo, e nada mais. Está despachada. Agredida (por impostura), está Vostede conforme com 15 pesetas de indeminizaçón, e as costas do xuízo, de que acusa o Senhor Fiscal – Sí Senhor! Réu – Non Senhor! Non tenho por que pagar, pois eu non batín a ninguém, todas as testemunhas son falsas, para facerme pagar unha cousa inxusta. Xustiza ás testemunhas: están Vostedes despachados! E Vostede venha dentro de dous días, para ver a sentênça que lhe sái, e se desexar pode apelar. – Sí Senhor, que se faga Xustiza nos Xulgados e arriba. O día 30 fún ver a sentença, que era a mesma xá referida, o Secretário (Manuel Alonso), prometeu vir embargar, e ainda non chegou até hoxe.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (32)
Ad Responsorium. O día 20 de Septembro de 1911, fún a Mondariz, dixo-me: sás com unha rapariga de perto da tua casa, e a esta outra foron-lhe com mil contos e mentiras (era Pra.), mas hade vir-che ás mans, só que tu non queiras. Se xogas à lotaria ganhas. A tal que deu parte de tí, non te metas mais com ela, nem lhe deas confianza. Ela tem unha vecinha que a invita polo malo, e tem cuidado que andan com ideia de colher-che unha prenda pra facer-che mal. Neste mesmo día 20 descansei em Paz, tendo a seguinte visón: sonhei que iba passeando polos montes de Lisboa, com a escopeta e uns poucos de coelhos, e seguim dereito à cidade, perto dum sítio chamado A Estrela, e desde lonxe avistava o convento deste sítio, e empós de mim vexo vir Redosinda das Carbalhas, chegamos perto da ante dita Igrexa, e eu estava-lhe indicando o nome das ruas, e como avistava unha multidón de xente, non seguimos adiante, dei volta outra vez pro monte e puxem-me a brincar com ela, e como era de pequeno corpo, puxem-na porriba de mim – decindo-lhe – em vez de te por, por baixo, ponho-te por arriba; ela deu um xeito ás pernas como medio abrindo-as, e eu com unha man dei-lhe debagar nas vaxinas… estando com esta luta, despertei e quedei muito quieto e sereno e fixando os meus pensamentos percebim que estaba o Spírito… sobre mim abrazado, que pouco se percebia, e non me molestou, nem em sonhos, nem em vixília, e mirando o relóxio, eran as duas da noite. O día 22 de Septembro de 1911, tiven unha visón que tan pronto desperto, se me borrou, mas por intuiçón, parece que ouvin unha voz, que me falóu no Sr. Cura Val. Polo día, andando ás mozas, encontrei-me com a que tinha tido o sonho com ela (Redosinda), mostrando-me malo sembrante, e como que enoxada comigo.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Paseo malo. O día 24 de Septembro de 1911, habia festa em Guillade de baixo, fún a ela e duas vezes chamei unha nena, quando xa estaba chamada, fún para o torreiro pensando que vinha para mim, e sái que vinha para outro, o meu rostro desfigurou-se. Passados uns momentos, vexo vir o Sr. Cura Val, eu aproximei-me del e fomos para xunto do Cemitério, unhas nenas dixeron esta aspiraçón ¡Chis! ¡Chis! ¡Chis! Eu, non mirei pra ningum lado, seguin xunto com el até ó Cemitério. Contei-lhe tudo o que passaba de malo, e el dixo que as minhas visitas eran raras, e em vários casos firmes, el negaba, entón den-lhe 20 reais e despois retirei-me. O día primeiro de Outubro de 1911, meteu-se-me unha cousa num olho, que cuidei de quedar cego, nem alhos, nem exorcismos facian nada, e naquel olho non tinha nada material, e non podia ver a luz do día, andei dez días de cama, parecia que me queria dar unha febre, e o olho estava inchado e tamém parte da cara. O día 18 de Outubro o Fadista, negou-me o dinheiro, e o 21, estando a rachar um canhoto, cravei o gabilán da machada pequena no xoelho do pé dereito, estando de cama dous meses, quase moribundo. Sonhei que estaba falando com o Sr. Val, outro día sonhei com um quadro e um gato, e debaixo da minha almofada cantaba a interxeiçón da páxina 11, tinha-se-me reventado o golpe, e ó momento, formou-se-me unha dor horríbel, que me facia gritar alto até de manhán, em que decia que era o começo da minha morte, com unha forte dor de cabeza, Os sonhos pola noite, eran tán numerosos, como estranhos; exemplo: das vinte ou trinta voltas que levou este sonho, unha das principais, foi sonhar que tinha um furón, e me fuxira para dentro do Eido, e alí habia uns tobais, polo que se meteu num deles, eu corria detrás xulgando que iba sair o coelho, e ouvin unha voz humana dentro, e a voz foi-se facendo mais aterradora, até que quedei com um medo inmenso, polo que despertei com o susto; a minha barriga parecia um depósito de aire. O 17 de Novembro de 1911, ás 12,40 da noite vem o Spírito… inquietarme. O 18, polas 12 da noite, e polas cinco da manhán. O 21 polas 5,40 da manhán. Todos estes días, vem o Spírito… molestarme.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
.
Spírito. O día 5 de Decembro de 1911, polas 2,50 da manhán, vem o Spírito inquietarme, facendo-me gritar em alta voz; tivem a seguinte visón: sonhei que vin o Sol no Oriente e a Lua a Norte, com os cornos puntiagudos, despois corria despido e encontrei com unha cabra branca. O día 6 de Decembro de 1911, e o 10, 11, e 14, pola hora da meia noite, fún atentado de todos os demónios, pois non facía senón cometer desatinos, etc… Um pensamento, Isolina. O día 19 de Decembro de 1911, estando eu na casa, Isolina do Caetano, chamou por mim, e falou-me unhas quantas palabras, e retirou-se decindo-me Adeus, desde aquí, comezarón as inspiraçóns com esta nena. (a inspiraçón parecia ser natural). Á noite, despois de sonhar um fim de cousas, por último sonhei que o Sr. Cura Val, me estaba decindo éstas palabras: A maxía do diábrigo é verdadeira e a melhor. Esta sí que é a propriedade (vexa-se o Libro de San Cypriano) ademais, tudo se me olvidou, e ó mesmo tempo o Spírito… molestou-me facendo-me gritar alto, voltou a repetir que a maxía do diábrigo era a principal, quando estaba sonhando isto, eu tinha unha camisa, e acto seguido desperto e, votou-se sobre mim o Spírito… com um peso que parecia unha persona viva, e fixo-me gritar muito alto. Despois, continuei sonhando, mas cousas que me esqueceron. O meu pé. O 28 de Decembro de 1911, ainda sentía o pé (rodilha) cortado, fún ó serán a Mourigade e, tiven a notícia que o Sr. Cura Val, estaba doente, e vin os meus antigos amores (Pra.), e começei a falar… mas logo marchou, as pequenas tinham falado com ela, e ela, como tendo-lhe respeito, non vem, dando-me unha desculpa. Á noite sonhei que lhe estaba a dar abrazos e bicos ó meu ente querido, e ela achegou-se a mim chorando.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (35)
Campanas de Difunto. O día 17 de Febreiro de 1912 (Sábado) polas 5,48 da tarde, tocaron a duelo polo Ilústre Spiritísta D. Juan Vilar Val (q. e. p. d.) por quem tenho o mais vivo pesar da alma. O día 12 de Março de 1912, começei a Serrar com Maxueiro Chapina, que nos armou unha calúmnia, que eu e Avelino Gonzalez, lhe tinha-mos furtado a casa, e estivemos para ir presos, mas descubriu-se que fora o seu sobrinho. Isolina do Caetano. O día 3 de Abril de 1912, deitei-me e tiven uns sonhos que me esqueceron. O día 4 (Quinta feira Santa) fún ás escuras, e ó vir, vinhem com Isolina do Caetano, pola que mostrava algunha afeiçón, fosse ou non natural. Despois, deitei-me e sonhei que estaba eu num trabalho, e sonhei com dous mortos, falando algo. Sonhei tamém, que dera paus num indivíduo de Uma, casado em Guillade (do Brasileiro), e ó fim vin, que era na minha nái. O 7 de Abril de 1912, estando eu num assunto, vinha a Cruz ás casas, e por unhas palabras estúpidas que dixeron, berreguei com eles e o arriba sonhado (Brasileiro) vinha tamém. O día 9, a minha nái queixaba-se dum punto, e nestes días eu andava a trabalhar com o Fadista prá Malaguena. Á noite sonhei que estava eu com (Pra), o meu ente querido deitou-se comigo, estando perto o seu pái, despois falando unhas palabras tocantes a desposados, nas que quadrou a decir, que o meu pái tinha marchado, dixem-lhe eu, entón vamos, e ela agostou-se, e eu meneando-o… momentos despois, vexo que se tinha derramado por mim o leite dos amores. O 22 de Maio de 1912, na subscripçón do Tea, vem o Spírito… molestar-me, fazendo-me gritar muito alto. Todos os días, os sonhos eran tantos, que non podo numerá-los. Sentía a interxeiçón da páxina 11, e estaba tonto da cabeza. Tivem um sonho com (Sra. Tsa.), a de Qeimadelos. Berregar com o Adivinho. O día 19 de Xulho de 1912, fún a Ponte pagar o Consumo, e berreguei com o adivinho, por cousas adversas, días despois acometeron-me vários desequilíbrios, fún trabalhar e houven de cair dunha casa alta, fún as truitas e quase caio no río, etc…, etc…, etc…
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Grande Desgraça. O día 19 de Xulho de 1912, ás dez da manhán, a minha nái berregou comigo, até que eu perdín a paciência, e lhe dei dous punhetazos na cabeza. O día 20 á tarde fún ó río, e meteu-se o Sol, e vinhem lentamente, e como era crescente da Lúa, logo se meteu; cheguei á Igrexa todo despavorido, mas sem medo, e todo pensativo. As pequenas cantaban as súas Victórias Xuvenis e triumfantes alegrias de prazer e contentamento, com cânticos de melodía e amor. Eu estando pensativo e triste da minha vida privada (polo discorrido neste libro) entrei dentro do Ádro, onde os mortais humanos descansan nos seus túmulos, com um sono de paz, os seres queridos deixaron de existir, cuxa vida se apagou. Pois, com esforzo, fún ó Cemitério, onde repousan os restos mortais do xénero humano e rezei P. N. Avª. unanque crâneam mecum. Unha Cadelinha branca, que eu comprara fái duas semanas estaba comigo, vinhem prá minha casa com pavor e angústia, E o día 21 a minha nái fora a Sta. Baya e trouxo notícias muito malas acerca de enfermedades, feitizos, invexas, bruxarías, etc… O 22, houbo unha rixa, por cerrar o Socalco do Grillo; O 25 fún á festa de Guillade, e despois de bailar 1ª e 2ª vez; à noite dançei com o meu ente querido, e falando com ela dixen-lhe se queria conjunctionen mecum, e ela dixo-me que ainda era nova. Mas sobre a manhán, tivem um sonho com a Sra. Tsa. de Queimadelos, sonhara que me estava a dar unha taza de caldo, intercalando unha conversa que só aprendín o seguinte: Non fún capaz de facer-lho á filha, como a tí……. replicou unha mulher; Nón, non, non busques outro demónio, senón aquí, etc… Eu via a Sra. Tsa. e mais duas mulheres, e pratos, tazas, colheres, etc…, mas parecia ser no meio de um monte, ou sitio así parecido. O día 11 de Agosto de 1912, desapareceu a minha cadela (chamada Ronda).
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Susto, Sprito. O día 12 de Agosto de 1912 (Segunda feira), fún trabalhar prá Erra com o Gomes, ó deixar o trabalho, fún polo Moscaído para que me emprestáran um libro (Orixem do Cristianísmo), demorando até ás 2,30, quando cheguei á encrucilhada do santo, tivem remorsos, e seguín pola Cavadinha, e ó chegar ó monte de Novás, arrepiáron-se-me os cabelos, e o corpo estremeceu-me todo, quería falar ou rezar e nón podía. Logo, mudei de fala, e nón me iba o pensamento para fazer a sinal da cruz, senón para pensar no demónio. Por último quedei sem fala, e sem xuício, e nón ouvía nada, só decía Xesús, Xesús! Apenas me ouvía a mim mesmo, non obstânte, ouviron-me os vecinhos do Cotiño. Estaba completamente sem forzas, como que me postrava, e das poucas forzas restantes, em vez de ir dereito polo caminho, iba para trás, á dereita, á esquerda, etc… e nón andava pra diante, senón com um inmenso esforzo, de maneira que me levou unha hora pra saír do monte. Estiven alí 15 minutos, e despois fixem outro esforzo, armei unha carreira e vinhem parar no meio do monte, alí estivem outros quince, despois fixem outro esforzo e, logo outro mais, etc… De modo que, ó fim de unha hora, vín saír ó socalco, mas a cousa mala, non me deixou até á porta da casa. Sacaron-se-me as ganas de comer, despois quixem ler uns exorcísmos, mas em vez de ler, tataleaba e farfalhaba, e tardava-me a fala, decía unha palabra e xa nón podia seguir, sentía um arrepiamento parecido ó de Novás, despois comim unha sardinha e fún-me deitar, tendo um sonho que me esqueceu, mas pola alta noite, ven-me inquietar tal como fixera no monte de Novás.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
O 13 de Agosto, ó deixar o trabalho 6,38 da tarde, quase aínda de día, vinhem polo regueiro das Varxas, alí acometeu-me da mesma maneira, só que um pouco menos de tempo. O 15 de Agosto de 1912, ó vir das vísperas de Mouriscados, a cousa mala acometeu-me uns poucos passos ó passar a mina, desde este día, quedei com medo todas as noites em xeral. O día 20 de Agosto de 1912, ó chegar á casa encontrei a minha querida cadela, cheia de choros e suspíros, e tamém de lodo, mas ó mesmo tempo contenta com a sua victória. O día 6 de Septembro de 1912, fún a Ponte, e neste mesmo día voltou a desaparecer, a dita cadela até hoxe… A cousa mala, tratou de me molestar de noite na cama ó dormir e tamém desperto. Despois tratou de me molestar, em todas as esquinas, onde eu estivéra, aínda que fora com companhía, quedando exânime no meio dos companheiros. Sentía um calor inmenso, mas um calor extranho, que me punha tonto da cabeza, se exorcisaba vinha aquel vaho, que parecía que estaba num forno ardendo, e era obrigado a parar, até que cheguei a chorar. Dormía com a luz acendida para que abracásse um pouco, mas mesmo así tinha impulsos que me mataban, unha noite gritéi em alta voz: ¡¡Adidios!! ¡¡Mimadrinha!! Até que, a minha nái me vém acudir, e até os vecinhos ouviron. Tivem que recorrer ó “Corpo Aberto”, Sybilas, etc… Das quais, ninguém me daba remédio, e os remédios que me daban, nón surtían efeito, a cousa chegou a molestar-me até de día, eu xá contaba com unha morte certíssima. Dormía com a luz acêndida toda a noite, e com tudo, me fixo passar a influência para o sexo femenino, o beber vinho, interrompía-me o sono, etc… Asaltában-me sonhos malígnos a ponto de morrer de um letárgo ou catalépsia. Despois, fún serrar para San Pedro, eu e um antigo companheiro Carracedo, días despois, comecei a cair doente.
manuel calviño souto
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
Enfermo. O día 6 de Xaneiro de 1913, aconteceu-me um rouquém que non falava nada, nem alto nem baixo, nim pouco nim muito, e c’os demais só me entendía por xestos; dor de cabeza e de ossos, metín-me na cama, e permanecín néla 20 días. Tinha sonhos idénticos com Rª da Teixúcha, nunha noite, sonhei que a estaba vendo desde um ponto lonxáno, e ouvín unha voz que me dixo – casa com ela – xá outras vezes, me vinhéra este pensamento em sonhos. Tal soába, tal procedía, outra noite, falei com ela no seu portal, e de noite tiven o sonho seguinte; eu tinha-lhe falado in conjugâle. Sonhei que estaba na casa, e vêm a dita moza correndo, abríu a artesa e nada topou, vinha coxa d’unha perna, aproximando-se a mim, tomei-a no meu leito, e vim que tinha um pé fracturado, e o outro estaba gráve, deu um repelón, e puxo-se no chán e marchou como por encânto. Entón saín ó quintal, e vín-na ir para a sua casa, acto seguido ouvín unha voz que dixo – Ah! agora non se casa com el, porque partíu unha perna. Despois, foi-me o pensamento para D. Riscos, porque o outro día estaba ela falando com o dito suxeito, etc… etc… Rinha. Equívoco. O día 5 de Maio de 1913, enganei-me ó medir unha madeira para D. Riscos, tivemos que ir medir duas vezes, estando na taberna, resultaron palabras inxuriosas do taberneiro (Nube), até que tiven de bater-me com el. Promesa. O día 13 de Xunho de 1913 (Sexta), día de Santo António de Pádua, fún á misa a Guillade, mandei botar 5 recorderos, executados polo Senhor Cura da Carrasqueira, assistênte nesta dita Parróquia, cantadas no altar das Angústias dichos “ad intenction meam”, vexa-se “grán disgrácia” pag. 54, Susto 55, etc…
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Carpinteiro em Vilacoba. O día 16 de Xunho fún trabalhar de carpinteiro para Vilacoba com Vidal. Á noite tiven um sonho que polo que me acorda, sonhéi que estaba com Aldemira da Sorda, despois colhín-na pola cintura, derramando-se por mím o leite dos amores. O 18 tiven um sonho que me esqueceu. Pola manhán do día 28 de Agosto de 1913, o 31, á tarde. Sobre a manhán o Spírito… molestou-me de maneira forte, até que eu perdín as forzas, acometendo-me um sonho aterrador. O día 4 de Septembro de 1913, polas 11,30 da noite, estaba o Adivinho (Carujera) sobre mim com o Spírito… facendo-me a punheta… a malvadez que esta xente maxía fái com as almas, facendo-me correr por mim o leite dos amores. Concubina. O día 9 de Septembro de 1913, polas oito da noite fún á (vexa-se gozo 1º páxina 32. O 17 de Outubro de 1913, vinha de trabalhar da casa da Namora com Vidal, el sexo masculino no Cotinho, estaban gostando as duçuras do amor, eu, por disgrácia, faltando-me essa sorte, vinheron-me malos pensamentos, atribuíndo tudo á forza das bruxarías, pois o meu corpo estaba feito um depósito de aire, etc… os meus pensamentos estaban, desnorteados. Pola noite ven o Spírito malo inquietar-me de unha maneira horrorossíssima.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Sonho desertor de Preciosa. O día 17 de Outubro de 1913, sonhei que estaba nunha fésta descalzo, eu e Preciosa…, ó fím resultou que atopamos unha moeda falsa, eu faláva-lhe com amor. Estávamos em marcha para casa, e apareceu outro rapaz com nós, ós poucos momentos, apareceron dous mais, estes últimos, queriam uvas, entón eu desenhei-lhe unha vinha muito florida, que parecía ser de D. Ignácio. Acto seguído, vexo passar Pra. de frente, a uns oitenta metros, caminhando para a vinha, eu seguín-na, tán pronto cheguei alá, estaba ela colhendo unhas castanhas, debaixo d’um castanheiro. Ó seguir viáxe, passamos por diante d’unhas casas, intentando eu que non me visen, dixem-lhe que non corre-se, mas ela mais corría. Despois, ouvín unha voz que dixo – donde é essa rapariga, e nada respondemos; entramos núm caminho que parecía ser unha carretera, alí parou-se um pouco, e passou por xunto de nós unha mulher feia, e dous rapazes feíssimos, um deles dixo: Pra… non vale nada, non sái de quêm é. Despois entramos nunha carretera, ela marchou diante correndo demasiado, e eu detrás dela, até que cheguei a um sítio, onde partía um carreiro p’rá dereita, e sumíu-se-me da vista. Andei um pouco á sua procura, e non a encontrei. Despois, seguím a estrada e encontrei-me nunha frága de carbalhos, e unhas velhas, duas mulheres trabalhando, eu dei volta á dereita, e introducín-me nunhas veigas deliciossíssimas, provistas de herba, horta, frutáis, água. Entón, vêm-me um morto ó pensamento, por serêm as veigas del, e sêm saber como, aparecín com a escopeta nas máns, e á dereita dous guardas, estes despois de unha disputa, vinham para me prender, mas eu disparei um tiro, e a escopeta disparou outro, e a luta seguíu. Apareceron logo, duas mulheres contra mím, ofendín unha, e escapei, e despois parece que fún arrebatado polos aires. Desperto, e eran as cinco da manhán, deixei-me estár, tiven outro sonho, mas pequeno…
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Visón. Sonhei que eu iba por uns caminhos, e vía um grande “miting” á minha dereita, parecía ser num caminho, os oradores eran guardas-civiles, eu seguín de frente e entréi num átrio e a igrexa estaba caleáda, á ezquerda mirei unha cousa que parecía ser um palácio e de alí levantou-se unha figura de home, só que o corpo nón se vergaba, andava polo ar teso, com naríz de duas quartas de comprido, non tinha olhos, nem buracos deles e apenas tinha figura humana, entón começou a falar para o miting, mas frases que se nón entendían, senón que parecía grunhir como um cán, algo parecido a unha donosinha. Aproximou-se de mím (mas entón tendo outra figura, mais idêntica ao diábo), e estábamos por brigar os dous, e como temía del, e el temía de mím, e eu non facía por dar-lhe, el iba-se marchando, entón vên-me a idéia de perguntar-lhe, que me déra unha receita para colher unha mulher, ó que se negou. Eu, abrazei-me a él, para que ma dixéra, que o deixava dare fornicationen, entón meteu pola minha natureza a súa, servindo eu para el de mulher. Dixo-me que había que meter-lhe a ilusíon na cabeza, para que me acompanhá-se a lonxe, onde nón andara xente, a um monte deserto, e terminou com palabras confusas, das que nón aproveitei mais nada. ¡Pois, se burro estaba, burro quedei! Despertei, e tinha sobre mím o Spírito malo! Antes e despois deste sonho, voltou a molestar-me muitas vezes. Hoxe, 3 de Febreiro de 1914, á noite, estando a aquecernos ó lume da lareira, eu dormitaba algo e mamá velába, ó calor morno. Vindo-me o Spírito molestar polas 11 da noite, polas duas da manhán. De manhán, levantei-me despavorido, e pola unha da tarde preparei algo de comer, e despois ó redor do lume fixem um exorcismo.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Vidal demanda. O día 8 de Febreiro de 1914, fún xunto com Vidal, que me mandara ir, pois facía dous meses que andava correndo para ésta casa; pois este día apurei-nos, fixéron contas, mas nada recebím, que outro día próximo me pagaba a dívida 134 reais. Logo, começou a tendeira (Lisa) berregando que senón o demandaba non colhería um centávo. Meteu-se o Fernandez, que me ilusionou todo o xuíço. Outros á sua vez parece que vinham metidos pela namora, porque lhe tinham rábias ó Vidal… Eu fún xunto do Procurador, e como foram falar com el os anteditos, dixo-me que a demanda iba tal día para o Xulgado. Nisto, quedei sobrecolhido, e dixem com aspécto carrancudo, “nón Senhor, nada de Xulgados”! “Mande-lhe aviso, e pagará-se-lhe o valor da carta, e o que demais se fará, xa lho indicarei.” Pois, recebím a cantidade devída, sendo o gasto do Procurador por minha conta, tendo que pagar á tendeira onde el era fiador. Pecado. O día 17 de Março de 1914, unha filha da Generosa Iglesias (vexa-se pag. 33, final mesmo, onde eu tinha tido um sonho com a sua nái sobre o mesmo assunto. O 20 de Abril, fún á fésta, conhecía-se-me bem que eu estaba embruxádo, nón dancei nada absolutamente, e despois ó vir, vinhem na companhía de Isolina e Carmela, e tivem notícias dias despois, que tinham vindo por minha culpa. Enfermedade de Carmela e de Isolina. O terceiro día souben, que lhe tinha dado mal a éstas duas amigas, e que chegou a ser gráve. De noite, tivem a seguinte visón, sonhei que estaba na casa a ler num libro, na cozinha, e no meio da casa vexo estar Isolina, muito tríste, e ó seu lado estaba Maria da Ganeca, com a qual eu estaba falando e vestía de branco. Algunhas noites antes disto, eu tinha tído um sonho com Isolina, e que me dixéra ésta expresón “Adeus”.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Ideia de Embarcar. O día 24 de Maio de 1914, eu pensaba embarcar, e xa tinha um fiador e os papeis correntes do Serviço Militar. Acto seguido, deu-me unha dor de cabeza enormíssima, que com grande trabalho fixem passar á forza de exorcísmos. Conselho do adivinho. Nestes días fún a Fornélos, e dixo-me o seguinte: “a embarcar, non te aconselho, mas que te vaias.” Perguntei-lhe, se morrería, e dixo que non… mas que, muita xente, tería gosto de me ver mal, e empáta-me a viaxe. As ideias de noite, quando pensas nunha cousa, e quanto mais firme é, á manhán quebran-se as ideias, as forzas e a fé, xá nada fás do dito e do pensado. Sonho com a Sibylla. O 26 de Maio de 1914, pola noite, tivem um sonho y algo se me esqueceu, tivem unha aspiraçón de sentido com a Sibylla de Ponte (C.), é decir, non a vín, só me foi o pensamento para alí, pensei no barulho que tivém com ela (vexa-se, pag. 53 berregar). Sonhei com Vidal de Vilacoba, que me quería pagar e, com este medo non lhe entréi no Portal, ó marchar ouvín a sua voz que decía: “non almorzamos, Manuel non almorzamos”. E isto tudo sonhado com o pensamento, pois non cheguei a vê-lo em imaxém, e nésta noite, o Spírito molestou-me algo. O 28 de Maio de 1914, era o día desenhado para me afianzar, e a minha nái endemoniou-se, e eu com dor de cabeza.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Recordo de Lisboa, segunda vez. O día 9 de Xulho de 1914, polas três e vinte da manhán, tivem um sonho muito extranho, que tán pronto despertei se me esquecéu repentíssimamente. Partín ás 4,15 da manhán para Lisboa, onde cheguéi o día dez Terça Feira, polas 7,20 da manhán. Á noite do día 23, fún ó Campo-Pequeno, encontrando um rapáz que me enganou, decindo que iba trabalhar com el na descarga, que lhe pedía ó patrón, e tinha de estár alá ás 3 da manhán, e que o melhor sería andar de vixília, e comer algo xuntos. Despois, peguei no sono, e roubou-me 60 escudos, um relóxio, e unha cadena, o Spírito inmundo tinha-me molestádo fortemente. O día 26 de Xulho, fún para Xabrégas, trabalhar pró armazém de vinhos do Senhor Martins, botei 45 días, o Spírito… molestou-me, toda a noite, non sonhei nada e sobre a manhán, sonhei que estaba na Fraga e vía Isolina e a sua irmán escondendo-se de mím, mas de brincadeira e despois sorríron-me, mas Isolina estába desnuda completamente, avistei-lhe as pernas, os muslos, a natura (com pelos negros), logo fún xunto déla e abrazei-na amorosamente, mas sem fazer-lhe mal, conversámos unhas quantas palábras, e enseguída aparecerón uns poucos rapázes arredor de nós, e um puxo-se diante de mím e déla a mirar (facendo pártes finxídas), deitado no chán el solo. Eu quería retirar-me, mas tinha pena de Isolina, que quedába com mala xente, logo foise-me representando um sítio extranho, despois apareceu vestida, e quedou alí, eu retirei-me com suma pena déla. Despois, outra noite seguída sonhei com Guillermina do Bértolo, que ibamos por um caminho, eu á moda de brincadeira botei-lhe a mán porriba, e ela deixou-se cair no chán, como berregando e ó mesmo tempo como que quería chorar, a sua nái como que voltou para trás a cara, entón eu dixén que fora ela que se atirára para o chán. Este sonho, repetiu-se segunda vez. Outra noite, ven-me um pensamento sobre Buenos-Aires, que passára para lá o mar a nado. Mas estes sonhos, quase que se me esquecían, despois sonhei com o Coxo, a Teixucha, a Ganeca, Carmela, a Isolina que me dixéra adeus. Mas de unha maneira mais agradável, e non tríste como da outra vez. Sonhei com meu pai, três vezes sonhei com a Coruxeira, e sonhei com os meus companheiros de trabalho.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Profecías em Lisboa. De día a día sonhaba que andava por caminhos conhecidos da minha terra, sonhei com minha nái, que eu estaba nas veigas de Matamá em Abril e ela andáva leirando, eu alí escondido sem naide saber de mím, sonhei que vinha Pura do Pachugo montada num cabalo, cara á minha casa. Ouvín a voz da Ganeca decindo, que se iba prá casa sería malo pra mím. Sonhei estár no Cotinho a cantar as palabras Réquien… o Spírito… molestoume e fixo derramar o leite dos amores, e isto repetiu-se amiúdo durante os dous primeiros meses. O 23 de Sptembro, tive um sonho na Calzada de Stª. Ana, que logo se me esqueceron, eu xá pensaba voltar a Galiza. Tiven mais alguns sonhos, mas quedaron na fonte do olvido. O primeiro de Outubro de 1914, de noite sonhei que estába na minha terra, e vexo vir Isolina do Caetano, eu mirando para ela sem afecto ningúm, entón ela dixo-me com voz alegre como parecendo de risa. ¡Adios Manuel! Eu respondin-lhe, mas non sei que foi. Despois de momentos eu aparecín na casa do meu pái á mesa, dando-me pán… Despois, sem saber como nem por donde aparecín com Vidal de Vilacoba, non sei que facendo, mas me parece que estabamos comendo, eu quería pagar unha conta e estaba titubeando com o dinheiro, logo foi Vidal e deu-me unha moeda de vinte reais e parece que algunhas pesetas soltas, tudo em prata. Perguntei-lhe, para que era aquílo, e dixem que non lhas quería. El dixo que logo as ganhaba, que eran para trabalhar alí com el, e logo despertei e atópo-me em Lisboa, día de todos os fieles-difuntos. O día 3 de Novembro de 1914, sonhei que estaba em um sítio que non conhecín, vexo a Isolina do Caetano a quatro patas, como que se quería levantar, e eu me abrazei sobre ela com mal pensamento, e nésta disposiçón falamos, logo fomo-nos pondo em pé na dita disposiçón, e ela com as costas dando-me empurróns, non lhe fixem mal, nem se derramou o leite dos amores.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Sonhei que estava núm caminho fundo e vía saír água pola ranhura d’unha pedra, e estivém mirando tempo longo. Despois vêm-me um pensamento, que o Patrón berregava comigo, e marchéi a toda présa, entréi na casa e vexo um Monte minado e no meio había grandes pedras, – dixem-lhe eu ó Patrón – isto é melhor desfacêlas, e dixo: non que as déi a fulano, dixo-me um nome que se me esqueceu. Marchando por um caminho, tivém remorso no corpo; sentín ganír um cán, e dixém eu, vai haber morte, e marchei com este pensamento. Eu tenho que quedar na rúa, para dar paz, tenho que passar castigos por outros, e non sei que outras cousas mais dixém. Despois, pensei nunhas poucas de raparigas (Rsa. da Teixucha, Isolina do Caetano), estava pensando que non tinha dinheiro, e para levar unha vida mais tranquila, o melhor era voltar ós meus antigos Amores (pareceu-me, era Pra.), quedei entregado a unha calma enorme. Sonho, O Abismo. O día 6 de Novembro de 1914, sonhei que iba por um caminho, e á dereita vexo uns buracos muito fundos (o Abismo), mais tarde sonhei que correran por mím o leite dos amores, esquecin-me das outras voltas. Desde o 6 até ó 11 do mesmo mês, tivém muitos sonhos, mas non eran idênticos ó obxecto com quém sonhava, e ademais esquecerom-se-me muitas voltas. O día 9 sonhei que estava na Terra e sonhei con Carmela da Costa; o 11 con Leonor de Marcos, e tivém unha intuiçón da Piancha; entre tudo isto eu fún muito molestado pelo Spírito… Sonhei que estava debaixo da minha figueira con outro, e que eramos soldados, e mirá-mos vir por xunto da minha casa, um reximento de Soldados Alemáns. Logo sonhei que estava em casa, e dêm uns oito paus na minha nái. mas de fortes, que ela caíu em terra. Logo, aparecín dentro de unha casa velha, que tinha um grande Canhón de Guerra virado para o mar. Despois de um momento, saín dalí, e avistava na direcçón de Tui e Portugal, os mesmos montes e Côtos, etc… e estava pensando isto – ¿Ah. Por onde os Alemáns haberían de entrar, etc…?
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Casa Roubada. O día 29 de Novembro de 1914, polas três da manhán, sonhei que aparecín nunhas casas velhas arruinadas, cheias de silvas, onde estaba um indivíduo vestido de preto, e eu mandei-lhe fazer um tráxe, pondo el o pano. Entón, vinhem cara á minha casa depréssa, até que voáva polos aires (unha quarta porriba do chán), ó chegar a debaixo da minha xanéla, vinha o caminho cheio de água, e eu submerxíndo-me na água, vinhem a nadar até á porta da casa, alí estaba a minha nái, a chorar decíndo que lhe tinham roubado a casa, que deixára quedar a chave na porta. Eu aparecín no Cotinho, entréi na casa da …, vín-na deitar na cama, e fún prá xunto déla, mas non entrei néla, nem se derramou por mím o leite dos amores (a atmosféra tinha aspecto de ser noite) Despois subín áquel alto e vexo vir Guilhermina com o rostro encendido, e perguntei-lhe que caralho quería, e ela correndo sem perder tempo marchou até á Ferreira, e dixo-me que o caralho xa o levára, a mím, vêm-me a ideia de casar com ela, mas duvidába porque andaba prenhada, ou non sei qué; ouvín unha voz que dixo: -con ela têm que casar, quêm a… etc…, despois eu estaba entre unhas poucas de pedras, balados, sucalcos, etc…, ou cousa semelhante, vindo-me ó pensamento de que alí andavam serpes, e estába axuxándo quando saíam, para as matar. Eu estaba com medo, había duas pessoas conmigo que non conhecím, um pouco mais, e apoderou-se de mím um medo que marchéi, nunca as cobras saíron, nem eu as vín.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Hospital de San Xosé. O día 29 de Sptembro de 1914 á noite sonhei que estava na minha terra natural, e estaba a ver que hora era. logo aparecín com um escrito na mán, chorando diante de um individuo. O 1º de Decembro de 1914 fún ó hospital de Lisboa tomar unha consulta: os médicos me examinaron a 1ª vez, quando os demais, logo apartaron-me para um sítio, e por fím examinaron-me 2ª vez e non deron com a enfermedade, por último atribuíron o caso a falta de limpeza ou sarna, derom-me um baño e mandaron-me. De noite tivem um sonho, que tantas voltas levou que é impossíbel enumerálas; eu sonhei com consultas, carros, figueiras, caminhos, ouvín unha voz que me díxo… Generosa…xa está casada, por último vín-na nunha encrucilhada, acompanhada de unhas poucas pequenas. O día 2 de Decembro voltei ó hospital, e como fún em xexúm, voltei prá casa, e ó chegar iba apuntar éstas linhas, vindo-me ó momento unha cousa pola cabeza que quedei sem sentido por um minuto, porque se dura-se mais tempo, eu deixava de existir (vexa-se páxina 54… Susto páxina 55) Dor forte nos quadrís. O día 10 de Decembro de 1914 á noite tivem o sonho seguinte: Sonhei com minha nái, e despois voltei a sonhar e ó mesmo tempo o Spírito… estaba sobre mím inquietándome. Polas 4.50 da manhán despertei algo despavorido, estonteado, insensíbel com unha dor pontiaguda nos quadrís. O 17 fún ó Consulado… De noite notei que estaba num sítio que non conhecín, e estaba vendo um corvo negro, chamei por el e levantou voo para mím. Caput. Despois subín uns montes altos, que me pareceron os montes de Lisboa, vín uns cotos muito altos que eu imaxinéi ser os da Galiza (minha terra), despois sonhei que iba polo monte do Cotiño arriba, e vên-me em cima um forte pensamento de que eu som um malandro, e esqueceron-se-me muitas voltas, despertei, e encontro-me em Lisboa, com trinta reis e quinze centávos.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
O Largo das Gralhas. O 22 de Decembro de 1914, fún trabalhar pró Largo das Gralhas (padaría), para andar nunha venda, no lugar do António do… uns días, enquanto el non se punha bem de unha perna; tivem alá mil sonhos, ó princípio muito discretos, logo pró final algo confusos. O Spírito… xamais me tinha molestado tanto como no Largo das Gralhas, eu chegára á decadência completa, as paixóns, a miséria física, a desgráça e a mala sorte, tinha tirado conmigo ás sombras da morte, quase á terra do esquecimento, e poucos días despois ouvín criticarme, sobre aquílo que um home busca e non quixéra encontrar. O día 24 de Decembro de 1914, sonhei que estaba na terra (dentro do eido), vía xente, alí vín o meu corpo vestido com unhas calzas de ganga, com um vivo pensamento que non tinha dinheiro, que estaba na puta miséria. O 7 de Xaneiro de 1915, sobre a manhan, me chamában para o serviço militar, e eu protestába porque motivo me tinham chamado a mím, diante de mím iba Isolina do Caetano, parecendo como que fuxía, mas presentou-se-me mais pequena do que na realidade era, despois encontrei unha garíta, que pensei ser a minha, as demais voltas esqueceron-se-me.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Sonho terríbel. O día 15 de Xaneiro de 1915, no Largo das Gralhas hora das 5,20 da manhán, toda a noite andei em convulsóns com sonhos, mas acabaron por esquecer-me todos. Vín a Rosa da Teixucha de luto e triste. O 18 de Xaneiro de 1915, fún-me deitar e puxen-me a pensar na vida, com viva ideia e firme nos meus actos passados, e no Spírito… ante passados mortos, “ad calaveran”, etc… e sempre dando voltas na cama e a pensar em “muliéribus”… despois de largo tempo, logrei pegar no sono. Sonhei que andava xunto de unha igrexa de Lisboa (de Santo Cristovao), eu entrei de rodacú, porque tivem um pensamento de que era bô así. E vín a Fco. da Furuda ír por um caminho, despois vín unha sacristía e um home com unha luz que entrou também nunha igrexa, logo fún e entrei tamém, e neste momento, como que me quería afectar o medo, e acto seguido desperto e vêm o Spírito… inquietar-me de tal modo e com tanta força, que eu bramaba com grandes gritos e alaridos, que os padeiros que estabam velando quedarón surpreendidos; ó despertar ouvín decir ós companheiros éstas fráses, etc… “Está endemoniádo, grunhía como um cán”. O día 19 de Xaneiro de 1915, sonhei que estaba na terra, proximo de mím estaba Maria da Ganeca, a atmosfera estaba escura como de noite, e eu andava facendo cabriolas. O día 20 de Xaneiro de 1915, sonhei que estaba no sítio da Fraga, onde andaban uns poucos de rapazes, um deles fixo-me unha partida, e eu andaba detrás del para bater-lhe. Logo, vexo aparecer Guilhermina do Bértolo com o rostro resplandecente que parecía fogo.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
O meu Espírito. O día 25 de Novembro de 1915, sonhei que estaba eu dentro do eido, e vín o meu corpo com a roupa velha que tinha antes de ir a Lisboa, mas esqueceron-me as voltas do sonho, e outras vou deixá-las por non terem sentido, nem seguimento, tal como a de eu fazer unha casa debaixo da terra, e ter alá unha rapariga escondida para que mamá non a vira, etc… Tivem unha intuiçón com o Patrón (António Calviño) que dixéra, dous tistonscinhos sím, está bem, mas a mím também me fán falta os dous tistóns. Era o que eu ganhaba com el e com o pan. Foron tan variádos os sonhos e innumeráveis, pois sonhaba e tenho sonhado com tudo o que há no mundo, e até fora del, que sería molesto para mím e para os meus leitores enumerar sonhos tan complicados, pois non chega a paciência. Calzada do Sacramento. O día 5 de Marzo de 1915, entréi para o trabalho na Calzada do Sacramento nº 12 com Manuel da Rosária, o día 10 de Marzo de 1915, deu-me um tremor polo corpo, escalofríos, dor de ossos e cabeza, os sonhos mais agoureiros. Mas o día 4 de Abril de 1915, despertei todo despavorido, mas com a firme ideía em Isolina do Caetano, unha ideía firme e craváda nela, que parecía que malucaba, cheio de pena e aflicçón. Sonhei com um Spírito que me decía, que el prohibía que Isolina se case e non sei que mais me dixo, etc… Este sonho foi quase por intuiçón.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Caída do cabelo. O 20 de Abril, sentím-me da dor de quadrís (pag. 71) quando me baixaba a colher algo, quase non me podía levantar, da devandita doença, combulsións, Spíritos, Sybilas, etc… resultou tudo na caída de cabelo, e hoxe día da data segue caíndo. Ferída Venérea. O día 2 de Maio de 1915, dei-me conta que tinha unha ferída no membro viríl… e logo parecía um changlo, fixem-lhe várias curas que me indicaron, mas a dor era insufríbel. Também me asaltaron os nervos, unha tosse no peito e dor de cabeza d’arriba. O día 11 de Maio de 1915, fún ó Hospital do Desterro, facer curativos, que continuei por unhas semanas. O día 12, saíu tropa para organizar-se em Combate, 2ª Proclamaçón da República, polas oito e cinquenta da manhán, estaba eu no Hospital. Ouvia-se desde o mar grandes pezas, e chegaron vários polícias fuxidos e xente a montóns. Revoluçón, intuiçón. Compadecéos; Compadecéos queridos amigos. Rosas olorosas dos bosques floridos; Só vós me podeis contentar, reparade a minha desgraça e a minha sorte, porque o deserto é a minha casa…
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Viáxe: Saída de Lisboa. O día 22 de Maio de 1915, fún á Rua do Xardím do Tabáco, comprar o bilhete, e seguín viáxe para o Porto, onde cheguei ás oito da manhán do día 24 no vapor Cysne, tivemos um temporal no mar, que atrasou um día e meio. O 25 de Maio de 1915, saín do Porto caminho de Valênça do Minho, com 13.000 réis no bolso. O día seguinte para Porriño a pé, alí saquei bilhete para Pontevedra, e ó chegar a Redondela, mudei de comboio e fún ter a Vigo. No meio do caminho, sentín um grande arrependimento e um vahído (vexa-se pág. 55 e 56, Susto). Desde Vigo, vinhem a pé cara a Pontareas, onde descansei, e á noite a minha pousada foi a campo. Logo, de pola manhán seguín viaxe para Mondariz, e dalí para Guillade. Encontrei mamá fartando-se de bater na sua cabeza, por chegar eu com os zapatos velhos rotos, roupa velha, camisa rota, e empenhado em dez duros. Da viaxe, excepto a enfermedade, etc. etc. etc… Ó passar por Pontareas, dixerón-me que facía um mês, que morre-ra a Sybilla (Carrujera). Claudio Souto Rodriguez (19 de Maio de 1915).
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Realidade. Desde que cheguei á Galiza foi admirábel a grande diferença que notei nos sonhos, pois em Portugal, sonhaba de unha maneira alucinante, que parecía que eu estaba realmente desperto, compenetrádo corpo e alma com a cousa sonhada, até tal ponto que a vida se retiraba do corpo e se concentraba na alma, que xamais tinha tido sonhos tan reais. Como quando morreu o ilustríssimo espiritísta Don Juan Vilar Val, cura que foi de ésta parróquia de Guillade y a notábel Sybilla de Ponte Dª Juana…, por alcurnia a (Corujera). O 6 de Xúlio de 1915, eu andaba dolente, da dor aguda nos quadrís (pag. 71), que todavía era insufríbel. Sonhos realizados. Tristeza. O día 15 de Xúlio de 1915, fún escreber unha carta e envitaron-me a comer, que acto seguido me recorda o sonho da (pag. 67) de Isolina e o seu pai. O 25 de Xúlio de 1915, non fún á fésta, por non ter roupa, nem saúde, etc… Neste día, tivem unha tristeza imensa, e á noite tivem a seguinte Visón, sonhei que estaba num sítio donde vía a porta da Igrexa de Guillade de léxos, e comigo estaba Isolina do Caetano e Carmela da Costa, que estaba com a cabeza no chán, como se fora mergulhar, mas Isolina estaba mais próxima, de pé, séria, corpo pequeno como na realidade. Tivem sobre ela uns pensamentos, que era pequena, e que era nova, e non lhe liguei afecçón ningunha, etc… e non se falou nada. Outra noite, sonhei que estaba brincando com ela no Portocelo. Os sonhos dos días um ó quinze de Agosto de 1915, uns por outros, todos se me esqueceron, ou pouco me recordaban. O mesmo día 15, apareceu-me um changlo na boca, lábio superior esquerdo.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Socorro. Socorro. O día 19 de Agosto de 1915, fún escreber unha carta a Caetano, mostrando-se muito dolorido ó despedir-me, com voz grave e ton de tristeza. Á noite sonhei com el e a súa filha Isolina; sei que eran eles por unha aspiraçón do sentido, e algo percebín-no também em imaxem, mas alí se me mostrou muito fea, que me non parecía cristiana. E o seu pai, tamén muito feíssimo, o qual a agarrou por um brazo, e non sei que fixo, mas parece lhe bateu, mandando-a non sei onde… Despois, encontrei-me debaixo de unha figueira e estaba vendo figos maduros entre as folhas verdes. Sonhei que ía por uns caminhos, e de vez em quando dába-me a tosse, e vinha-me um pensamento de que estaba enfermo, quando tossía botaba fora o exputo, e ó mesmo tempo golfaradas de sangue entremisturadas e sentía-as brotar do peito, como se estivera desperto. Ó mesmo tempo ven-me a idéia, de que xa non tinha cura. Desperto, e encontro-me doente, o cabelo caíndo com determinaçón, e a puntada aguda nos quadrís, a dor inmensa da páxina 71… E, o 21 de Agosto de 1915, pola hora das 3,30, vín a minha cabeza calva, só con dous peleiros espetados na frente.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Sonho, Visón. O día 25 de Agosto de 1915, fún á Missión que houbo em Mouriscados. Pola noite sonhei que estaba eu núm sítio que non conhecín, e vexo vír Isolina e a sua nái. Logo vên-me um pensamento que estaba a servír (como estaba na Furuda), e a sua nái dixo-me; Bom, trái-a, eu quería traê-la, e logo puxo-se diante de mím, e como que abandonando-nos corría até que desapareceu; a sua nái dixo que tinha discutido com o Patrón ou non sei com quem. Decindo-nos, Ilustres Canalhas, que tenho eu com a família desse rapaz. Ah! Grandes canalhas? – Dixen eu é por mím, foron-lhe contar mentiras de mím. Logo, cambeando-se-me os pensamentos, vín que eu iba vestido de loito, com zapatos e em cabelo, e a gorra na mán, subíndo por um caminho costa arriba. Sonho Realizado. O día 21 de Outubro de 1915, veio Isolina á Portela e falei um pouco com ela, e quedamos de ir o proximo Domingo, pro Côto do Santo com o gando. Aproximando-se o dito día, eu fún como de caza, e encontrei Isolina y Carmela, brincando até ás 12, por último dei-lhe um abrazo quase deitado no chán. Polo qual, quase se realizou o sonho da pag. 67 de três de Novembro, e outros mais análogos, neste día “le loquavi vervas conjugâlis quâ respondetur, Qua seis â te?”
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
.
Sonho Lisboa. Sonhei que estaba eu em Lisboa, e passeando por unhas ruas, tivem unha discusón com rapazes que non conhecía, e dêm uns paus num deles. Despois, vím para baixo e fún ter a um sítio que me pareceu por intuiçón a Praça da Figueira, onde encontréi minha nái vendendo peixe ou cousa parecida, e non sei que mais… Estaba lamentando-se de ter ído para-lá, e eu non tinha dinheiro para mandála de volta, mas tinha a intuiçón de que ela quería vir. Perguntei-lhe se lhe chegava o dinheiro, e orientei-a para como había de fazer o viáxe, mas vín-na tán fraca, marchita e desfigurada, como se estivéra morta de oito días, mais que pessoa viva, e entre todas estas voltas, apareceu-me unha intuiçón de Isolina.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Sibylla nova em Pontareas. Desde que cheguei de Lisboa, até á presente data, tivem muitos contratempos, enfermedades, e misérias físicas – Ah! Sabe Deus quando cesarán. Mas o 15 de Abril de 1916, fún a Pontareas, tendo notícias que había nova sibylla (Barajera), saíndo picardías, doenças, etc… E, que para as desfazer, tinha que traer-lhe terra de um Cemitério (de um ádro onde enterrasen mortos), um lenço, ou terra do pé dereito da rapariga, um ovo de galinha negra e um pano de mán meu. Entregar-lhe tudo isto á Sibylla, que requería tamém, que tinha que o por três días ós pés da cama, onde dormira e tomar cuidado que non se rompera, que o ovo había de romper de seu, e tán pronto rompe-se, desfacía-se o encanto… E a rapariga aparecía a buscarme na minha casa, etc… Mas, que non podía casar mentras estive-se así… E aínda que deixa-se a rapariga e busca-se outra, por forza que fixé-se todos os esforzos serían nulos, etc… Á noite sonhei que iba eu com o seu pái e Isolina diante, mas non se me representou igual. Minha nái enferma. O 27 de Abril de 1916, deu-lhe mal a mama, e a doença foi a pior, até que se puxo fraca, seca, lábios morados, denegrídos, cor de negro-encarnado, encendida, vista lânguida esgaceada, quedqndo quase sem movimento. Se estas sinais duran mais três dias, ela deixaba de existir. E a mím, vêm-me um aímpo de chorar imenso, movido por impulso da alma, que non podía deixar de chorar.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Mesa Adivinhatória. Dixo-me que tudo era obra de bruxaría, tanta e tamanha, como para nunca mais levantar cabeza. E aínda porriba, que ma tinham dado a comer. A mim só ma tinham dado a comer, mas por culpa de amores, para que me tronzara as ideias e a sorte, para que xamais passara daquel sítio. Remédio: recomendou-me purga de contra-malefício, exorcismos contra malefícios, evanxelhos e bendicións (pag. 82). Sonho: o 10 de Maio de 1916, de noite sonhei (despois de rezar um exorcismo), que andaba passeando por um caminho e entrei nunha casa onde estaban unhas poucas de mulheres e um home para facerme os Evanxélhos, e ven-me a ideia dos acontecimentos da pag. 54 – 55 (crannêan), que estaba para non participar neles. O home colocado nunha mesa lendo, despois deixou-me quedar solo na cozinha com um pucheiro de carne, eu quentei a carne, e quando el chegou, xa tinha quase a carne toda comida. Entón, dixo. Xá a comeches? Debías ter esperado! Ouvín unha voz por intuiçón, que me dixo: ¡Era preciso que trouxeras um par de pesinhos, xá que así sem nada! Ambo-los sítios non os conhecín, mas por intuiçón, pareceu-me ser… Trancoso (pag. 83)… Adivinhatória. Obispo na Franqueira: o 22 de Maio sonhei que estaba no monte de Matamá, sentado com Preciosa do Pachugo falando amorosamente e abrazado, e ela me dixo, mas tú non casas comigo, e eu decindo que sí… non se derramou por mim o leite dos… Sonhei, que minha nái estaba doente e que tinha a criada velha (Ganeca), polo día 12 de Xunho de 1916, fún á Franqueira, onde estaba o Obispo, e tivem por notícia certa que Pra. andaba prenhada, xa o tinha sabído um tempo antes. O 24 de Xunho de 1916, fún ás vispras ó Crasto e comecei a falar com Rª de Uma (criada da Perixa)…
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Sibylla: o día 3 de Xúlio de 1936, fún a Trancoso e vinhem por Queimadelos (Sra. Trsa.). De noite, tivem o seguinte sonho: sonhei que estaba na xanela, e estaba vendo o Senhor Caetano debaixo das fruiteiras de dentro do eido, parecia que algo percebín, Perfeuta sua filha, e ó momento o pensamento inclinou-se-me vivamente para Rsa. de Uma… Pois, sería sonho suxerído porque a Sibylla, me tinha profectizado que saía um home casado. E por que non me casaba? Pois aparecían unha rapariga ou duas comigo: tenho que indagar bem esta leçón. Accidentes, o 25 de Xúlio de 1916: neste día fún à festa de Guillade (mal vestido), chamei a Isolina do Caetano a bailar, e xuntamente com ela saíu outra equivocadamente, e despois houbo porfía e Isolina cedeu (sinal de bruxedo), indagar bem este libro, que a segunda parte non me ocuparéi de sonhos, tais sarilhos tenhem bruxaría, tal o miraba eu así esse día. Sonho Fantástico: o 17 de Agosto de 1916, comecei a serrar com Francisco Iglesias, e dixo-me que de noite tinha sonhado que estaba com unha pouca de xente, e que pelexára com um home que lhe parecera ser eu. Eu, aquela noite sonhára, mas, esquecera-se-me lentamente, e sei que non sonhei com o motrete, nem em pelexeiras. Mas, no mesmo día pola tarde, pelexamos os dous, habendo golpes mortais, porque el era de mala índole. Insolina Ultimas Definicçóns: non assistín ningúm día á Santa Missón, que se celebrou em Sto. Lourenzo. somente o último día 6 de Septembro de 1916, pensando vir con … (vexa-se arriba pág. 85). E a Divina Providencia, mudando as cousas e pondo a prova os mortais. Vinhem só até ó Pinheiral de Guillade, e desde alí com a dita Isolina, até à sua casa, com um diálogo de amor puro, e en este intervalo falei-lhe tudo o que o meu corazón sentía. Ò chegar ó seu portal, saíu o pai e voltou prá casa, estando eu e ela um pouco mais (Loquaví ectiam Vellem mecum conjunctionen, atque respondetur dicitur ne itá necne, vel haud), eu como me mostrei porfiado, impertinente, aproveitando-me das palabras, dando-lhe unha certa coherência, do xesto e do sembrante, tudo o que puiden aproveitar, e que significa o tudo na oraçón “ez necne haud.”
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Filosofía Spiritista: J. M. R., estudando a filosofía espiritista em 1916, por meio do qual vinhem a resolver um par de problemas que sería impossíbel que os resolvera. Como ciências, riquezas, almas, maxía, etc. Pérdida de amor: o 27 de Septembro de 1916, andaba eu para José Fernandez a fazer um coberto. À noite vêm Isolina chamar por mim para fazer unha carta, e berreguei com ela (por entender que non lograba os meus plans), despedín-me dos seus pais, com malo sembrante, e dixem que non iba mais alá. De noite tivem um sonho: que estaba eu em Matamá, e vín passar a Isolina de lonxe, alá por Ponte, e vên-me um pensamento vivíssimo, decindo: é muito nova; e non se me representou idêntica, corpo mais pequeno, e mais feia. Definiçóns: o biográfico que subscribe, dá fé da 1ª infancia toda cheia de conturbaçóns e de misérias físicas, de pensamento moderado para a razón, tendo no seu corpo unha máquina agressiba que destruía nas entranhas as penas, aplacando a ira, pela sua natureza xovial. Sostivem unha grande luta contra as inclinaçóns, desvíos, e contra seus enemigos vissíbeis, tivo um grandíssimo combate contra as potestades infernais e, defendendo a sua vida privada com exorcismos, oraçóns, ma mais perfeita léi do Divino Criador. Sendo a sua vida de amor privada, por mala fé de xentes supersticiosas, e tendo medo ás consequências dos efeitos máxicos. Sostivem, unha grande luta contra a maxía, valendo-me de exorcismos, oraçóns e xexúns rigorosos, na mais perfeita fé de Dios Nuestro Senhor Jesucristo, e com dúvida chegou ó dia presente, que subscribe e dá fé do dito neste libro, como verdade sagrada. (Manuel Rodriguez)
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
História da Maxía (copia abreviada)
A maxía, que também pode ser considerada a seleçón das superstiçóns populares, variando de racionalidade, e por decir así como a fonte das relixións, e da história dos povos. Quanto menos culto é um povo, tanto maior influênça exerce sobre el, o maravilhoso, o misticismo, as superstiçóns e o sobre-natural. Entre povos selvaxens, que todavía hoxe abundam na América, África, Oceanía, o feiticeiro da tribu é o sacerdote do seu culto e o médico. Pode-se observar a influênça que estes exercen; influênça tan poderosa e importante, que estes chefes das tribus tenhem que respeitá-la (disimuladamente), para non perxudicar a sua popularidade… para se manteren no poder Supremo. Entre muitos destes povos, o chefe efectivo é o Sacerdote ou Feiticeiro, mas se o chefe pretendera oporse ás determinaçóns tradicionais, podería ser inmediatamente deposto, para non atrair sobre a tribu, a malquerência dos espíritos maléficos, que obedecíam ao feiticeiro. A feitiçaría ou maxía, estaba de tal maneira inoculada nos usos e costumes dos povos antigos, que por exemplo na história dos Xudeos, encontramos rexistados factos de maxía plural, tal como a conversón da vara em serpente, realizada por Moisés na presença do Faraón, para instar a liberdade dos filhos de Israel. E de outros prodíxios realizados por essa ocasión, Quer por el, que estaba protexido por Deus, quer por outros Sacerdotes inspirados polos malos Espíritos, segundo os textos Biblicos. E a causa disto, sempre quedaba o povo vencido.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
A maxía tivo tan longo desenvolvimento em certas épocas, que o spírito relixioso atribuíu-lhe logo foros de Sciência e poder maléfico, e propuxo-se perseguila tenazmente, condenando ó suplício do fogo, aqueles convíctos de fazerem sortiléxios, e de tal maneira se acendeu esta luta entre os sacerdotes, de unha relixión que debería ser culta, contra os fantásticos enemigos de Dios e confidentes de Satanás. Que, chegou a encher muitas páxinas da história e episódios dos povos mais ilustrados, como son Inglaterra e Frânça. Tal foi a célebre “puccelle de Orleans” (Joanna D’Arc), a pobre fanática do amor e da glória, recentemente beatificada e consagrada polo Papa. Bem conhecida é, a famosa história da doncella de Orleans, unha pobre pastora que se xulgou inspirada por Deus para expulsar os Ingleses de França, restituíndo o trono ó xovem rei Carlos. A sinceridade da sua crênça, o seu santo entusiasmo por unha causa xusta, fanatizaron os xefes e alentaron os soldados desmoralizados, nunca deixou de influír a meiga heroína. Abandonando o seu verxel e o seu rebanho, para cinxir o saial e o arnéz, e engrossar o exército de Frânça, na senda da glória e do triumfo. Nón tardou em divulgar-se a notícia por toda a Frânça, e o povo entusiasmado polo exemplo da heroína, creu que o Spírito divino a inspiraba e seres sobrenaturais a acompanhavam, por isso o exército medrou e os guerreiros lutabam com a convicçón de que non podíam ser vencidos, e os Ingleses seríam expulsos de território francês. Mas, estes, levarom consigo prisioneira a doncella, à qual acusaron de feiticeira, e a queimaron viva nunha praza pública. Quedando notábel a malvadéz com que a abandonaron, aqueles cuxo trono ela salvara polo seu prestíxio.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (69)
Pois, remontando-nos mais lonxe todavía, atopamos a maxía nos seus princípios constituindo apenas o conhecimento de alguns segredos da natureza, que despois de vulgarizados se tornaron Sciencias de suprema utilidade, como a medicina, a astronomía e outras. Entre povos antigos, como o xudáico, a história conservou as profecias, como verdadeiros documentos de certos homes… com os Spíritos superiores, e entes invissíveis, com quem falabam na intimidade. Os mesmos lexisladores non recusaron recorrer a este processo, para estabelecer as léis polas que os homes habíam de rexir-se. Como por exemplo Moisés, que para dar ó povo hebreu o decálogo, os convenceu de que as tábuas onde estaba escrito, habiam sido enviadas polo Deus dos exércitos entre raios e trevoadas no monte Sinaí. Nessas remotas épocas, o auxílio do maravilhoso e do prodíxio eram indispensábeis para dominar e fazer aceitar ós povos, tudo quanto o estudo demostraba ser indispensábel ou necessário. Por isso, os que se dedicam ó tratamento das enfermedades se cercabam de mistérios, para elaborar os seus feitiços. Por isso a maxía foi a primeira forma que revestíu o Spírito Scientífico da humanidade, e magos se chamarom os sacerdotes das várias relixións, cuxas doutrinas e mistérios, hoxe están quase totalmente desaparecidos da face da terra. A confiança na Sciência, e o simples saber do home, cresce e avança.
manuel calviño souto
oooooooooooooooooooooooooooooo
Ó afirmar o que deixamos dito, existen por exemplo os métodos de cura consignados no Thalámud, envoltos com as teorías da Anxeoloxía, e da Demonoloxía, etc… Na antiga Grécia onde a Sciênça e a Ilustraçón do Spírito humano se elevou a asombrosas proporçóns, os magos e os feiticeiros atinxirón tán elevada consideraçón e tán nefásta importância. Heráclito um dos sábios da antiguidade, que se ocupou do Sibylismo, a maxía professada por mulheres chamadas Sibylas, sacerdotisas, Pytonisas dos Deuses do Paganismo, refere-se ás suas adivinhaçóns, filtros e encantamentos. Assím como Augures, Sacerdotes de outras divindades, que fornecíam a peso de ouro, filtros, ungüentos, polvos e breváxes, ás damas athenienses, com propriedades de fazer amor, ou de aborrecê-lo, e até de as tornar fecundas, ou impedir os homes de enxendrar e as mulheres de conceber. Em Roma todavía tivo maior desenvolvimento a maxía ou feitiçaría, sendo unha das profisóns de maior renda naqueles tempos. O grande Chronista do Império Romano, Tácito, considera as feiticeiras, bruxos e adivinhos um verdadeiro flaxêlo. E até os próprios Imperadores, o famoso César, que asombrou a posteridade, uns com a grandeza do seu ánimo, outros com a monstruosidade dos seus vícios e dos seus crímes. Esses mesmos que como Nerón, intentaba incendiar unha cidade, para gozar do maxestuoso espectáculo. Aqueles que tremíam de medo, diante das ameazas dos seus feiticeiros e adivinhos, e pagabam alto tributo ás mulheres que professabam as artes máxicas. Despois de Roma, passa-se ó poder dos Papas, e non esmoreceu a confiança nos segredos da maxía, e no poder dos Sortiléxios, apesar da guerra que moveron os Sacerdotes Cristáns, que também se serviriam dela como instrumento político, a ponto de os Pontífices Silvestre II e Benedicto IX, seren acusados de exercer a feitiçaría e manter íntimas relaçóns com as potestades infernais. Que a maxía entretinha as atençóns no Mundo Cristán, da mesma forma que fora muito considerada durante o Paganismo, o confirma um Breve do Papa Inocêncio VIII, que acusa os magos da época de impedirem os homes de enxendrar e as mulheres de conceber.
manuel calviño souto
ooooooooooooooooooooooooooooo
Nas Chrônicas de España vêm a narrativa dos Sortiléxios, ordenados pola célebre concubina de Pedro o Crú, María Padilha, para impedir que a rainha desse á luz, estando com as dores de parto. A História de todas as naçóns, rexistra outros factos de idêntica natureza, quer dicer, que afirma o poder da maxía. Foi na Grécia, onde as mulheres, segundo a história, se dedicaron ás artes maxícas. Notábeis forom as célebres “Pitonisas”, conhecidas polos nomes das terras ou das rexións onde se labrabam os seus mistérios, sendo citadas por Heráclito e outros escritores gregos. A Sibyla de Cumas, unha das mais notábeis, a de Delphos, a da Ilha de Samos, a de Eritrea. etc… Da forma como os escritores as reférem, podê-se supor que todas estas sacerdotisas, non passavam de unha figura arcáica, xá que para que o que contam as Chrônicas, fosse verdade, a famosa Pytia, necessáriamente tería que ter vivído durante séculos. O que se debe ter por mais certo, é que, em cada unha daquelas cidades, había unha sacerdotisa notábel polos seus sortiléxios e, por feitos atribuídos à maxía. Na História da maxía, figuram outros singulares, que ela non refutou, nos seus rexistros. Entre eles, um dos mais notábeis foi o sábio Mérlin, filho de unha sacerdotisa Gaulesa, que logrou salvar a vida, atribuíndo a sua fecundaçón ós Deuses ( porque a pérda da virxindade entre os Druídas, era sempre punída com a morte das Druidêssas profanadas). O filho dos Deuses, representou um papel importante na invasón da Caledônia polos Saxóns, chamando o povo ó combate com os seus cânticos exaltados, que lhe déron unha celebridade e um prestíxio, invocando a protecçón dos Spíritos Celestes.
manuel calviño souto
ooooooooooooooooooooooooooooo
É até certo ponto um equívoco ou faltar á verdade, dizer que a confiança nas artes máxicas é incompatíbel com a instrucçón, e que só aos feiticeiros convêm os tempos de ignorância e obscurantismo. A corte e o século de Luis XIV foron dos mais brilhantes e luminosos, as artes e as ciências atinxiron um gráu de prestíxio elevadíssimo, e os gloriosos nomes de Bossuet, Fenelón, Raccine, Corneille, Pascal e outros, passaron à posteridade, e ainda hoxe non foron eclipsados. Todavía, à par deles, brilhou em Versailles o cérebre Conde de San Germano, enígma vivo, também denominado o feiticeiro da corte, e que realmente era personaxem doctado de numerosos e profundos conhecimentos científicos, pois conseguíu facer-se acreditar, num meio considerado o mais ilustre e o mais sábio do século XVII. Mais tarde, e doutra ordem, aparece o personáxe histórico José Balsamo, Conde de Cagliostro, que representou um papel notabilíssimo na Côrte de Luís XVI, e que se decía inmortal, polo poder do célebre “elixir da vida”. Pois como se mira, a maxía, a feitiçaría e as ciências ocultas, entre as quais: predecir o futuro, fazer horóscopos, vaticínios, preparar filtros, deitar as sôrtes, as boas ventúras, inspirar amores e acabar com eles. É unha ciência, ou unha arte, tán velha como o mundo, ou polo menos, como a humanidade, desde que há notícia escrita déla. As maravilhas que todavía hoxe opéra, podêm considerar-se, frutos de unha arte que aínda non está divulgada, mas, que alcançou noutros tempos quase toda a ciência humana. Derivando da antiga maxía: a medicina moderna, a astronomía, as matemáticas, a química, e grande número de noçóns de física. Non há razón plaussíbel para negar que éssa ciência, hoxe menos influênte e preponderante, possua segredos de valor, que todavía non lhe foron arrincados e por isso repousam no mistério.
manuel calviño souto
ooooooooooooooooooooooooooooo
Orixem do Cristianismo. A Humanidade non sempre foi como actualmente a vêmos, xá se sabe com certidûme científica, que o home levou unha existência semelhante à dos animais. A miséria física dos homes primitivos que vivian nas cavernas, despidos e errantes, sem mais abrigo que as covas feitas à mán, sem mais ferramentas que as pedras arrincadas do chán. Arrastou durante muitos séculos unha vida miserábel, até que à custa de lutas e esforzos infinitos a conseguiu modificar. Os primeiros homes passabam a vida ó ar libre, recebendo as impresóns directas da Natureza: chúvia, vento, tempestades, furacóns, trevoádas, neve, relâmpagos, etc… A apariçón e desapariçón regular do Sol, com a sua alternativa de luz e sombras, inspiraba sentimentos de alegría ou terror. Vendo-o marchar sobre as suas cabezas, sem poder alcanzá-lo nem dominá-lo, críam-no animado como eles, e dotado de condiçóns superiores, pelo que lhe implorabam para pedir a sua luz e o seu lume: chamabam-lhe o “brilhante” (em Sânscrito Dewa), do qual derivou Deus. Como traía com a sua luz a vida, classificarom-no de Bom, por oposiçón às tébras que eram malas. Razoamênto, que volta a encontrar-se no Xúpiter Boníssimo dos gregos, e a Bona Dêa dos latinos, e o bom Deus dos modernos.
manuel calviño souto
ooooooooooooooooooooooooooooo
O primeiro culto dos humanos foi o do Sol. Este culto natural e racional, posto que se corresponde com a realidade das cousas, formou a base de quase todas as relixións. Até entón, os homes comíam os alimentos tal como os daba a natureza. Muitos séculos mais tarde, foi inventado o fogo, com o frote de dous pedazos de madeira em forma de crúz, invento tán maravilhoso e sinxélo. Que foi a orixém da industria e das artes, e da civilizaçón. Com el, prepara a cocçón dos alimentos, durante a noite espanta as féras, os fríos, e fabrica as ferramentas e as louzas, as armas para conquistar o mundo; a este descubrimento, pode asegurar-se que debe a sua salvaçón. Para a humanidade, houbo um invento, de tamanha importância, que, profunda e permanentemente a impresionou durante séculos, e que venerou como um mistério, o sinal da “Crúz”. Durante muitos séculos se fixo o lume désta forma, que naqueles tempos se chamaba “Suwastika”, e que representarón baixo muitas formas, segundo as diferentes naçóns:
.
Logo, surxiron as guerras e as lutas, e por último inventaron a figura do Sol com a Suwastika no centro. Três mil anos antes da nossa era, había homes que ó mesmo tempo, eram Philósofos, Sacerdotes, e Sábios, os quais presentíron por assím dizer, o fenómeno da acumulaçón do calor solar nas prantas (ó cabo de um tempo, a ciência habería de por de manifesto este fenómeno), estabelecendo que o fogo non era mais que o desprendimento a certa temperatura, e baixo o efeito do ar, do calor solar, acumulado nas prantas em estado potêncial. O Sol, sustenta a vida dos animais, directamente através dos seus raios, e indirectamente polos alimentos que absorbem, cuxa combustón se efectua pelo aire que respiram. Segue-se disto que o Sol, é a “Pedra de Fogo”. Que o fogo é consubstâncial a el, e que é enxendrado polo sopro do aire. Por último, o fogo provém do “Pai Eterno” (Sol). Savistri, volta ó Céu, em forma de fumo (invissíbel). Tal é a explicaçón do carácter da acçón de cada um destes elementos. O Sol, Fogo, Aire. Personificados, baixo os nomes imaxinários de Sawistri, Vayu, Agní.
manuel calviño souto
ooooooooooooooooooooooooooooo
Os libros dos Vedas, presentam baixo unha alegoría, Agní (o fogo) é o filho encarnado de Sawistri. O Sol (Sawistri) padre eterno, o filho foi concebido e dado à luz pola Virxem Maya, e têm como pai terrestre a Tewasti, o carpinteiro que fabrica a Suwastika, na cavidade do madeiro chamado madre, onde reside a Divina Maya, personificaçón da potência. Foi concebido pola operaçón de Vayu (o aire), o sopro do Spírito Santo, sem o qual o fogo non pode acender-se. É interesante a comparaçón deste mito, com o credo adoptado polas Igrexas Romanas: Creo em Deus Pai todo poderoso (Sawistri) criador do Céu e da Terra; e em Xesus Cristo seu único filho; luz de luz (Agní), que non foi criado senón enxendrado consubstancial ó Pai, que baixou do Céu; sendo concebido, e nasceu no seio da Virxem María (Maya), por obra do Spírito Santo, e que despois da sua morte subíu ó Céu. Creo no Spírito Santo (Vayu) que reanima a vida e que procede do Pai e do Filho, que é adorado e glorificado com o Pai e o Filho. A identidade é admirábel, somente mudam os nomes, e aínda que os nomes sexan diferentes non por isso deixan de expressar exactamente o mesmo. Pouco importa que a palabra Deus que substituíu a Sawistri, tenha um sentido abstracto, senón que non significa outra cousa que o expressado no seu sentido orixinal, a raíz de Dewa (o brilhante). O fogo nasce entón sobre unha colina, polo frote da Suwastika, afirma um himno védico. “¡Oh Agní! Fogo sagrado, fogo purificador, tu que dormes no bosque, que te elevas na chama brilhante; tu és a chispa divina, oculta em toda cousa e na alma gloriosa do Sol… Quando brota a primeira chispa da cavidade em que vive a divina Maya, cumpre-se a Natividade; essa chispa vivente chama-se o Filho. O Veda celebra em himnos de poesía deliciosa o nascimento da terna e divina criatura acabada de aparecer. Os antigos adorabam ós Corpos Celestes e todas as suas relixións están fundadas nesta base. Plutarco escribíu: No meio de todos os Astros roda o Sol, dominando pelo seu poder e grandeza, gobernando non somente a nossas estaçóns e os nossos climas, senón também ós Astros e ós mesmos Céus; el é a vida, ou melhor a alma do mundo enteiro, o princípio regulador, a principal divindade da Natureza. O César Juliano, discípulo dos noeplatónicos, expressaba o desexo de voltar despois da sua morte o seio do Deus Sol. Decía el: “Poida o Sol, quando a hora fatal me sexa chegada, conceder-me um fácil accéso a perto de sí, e a ser possíbel unha estância eterna com el”. Escribíu: “Eu creo pola fé dos sábios, que o Pai comum dos homes é o Sol”. Tal era a crença ordinária das postrimerías do Paganismo.
manuel calviño souto
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
HIMNOS QUE TRIBUTABAM
As invocaçóns eram diferentes, unhas ó Sol Levante e outras ó Sol Poênte. Nos hipoxeos reais (tumbas) de Tébas, vê-se o Deus Solar ó amanhecer, no momento em que surxe de Oriente e é saudado pelos outros Deuses, nestes termos: “Tu, que nasces de teu próprio nascimento, e que és o ser perfeito dono do Céu, que o firmamento sexa a tua alma, e a terra o teu corpo. Tu, és o dono da perfeiçón, que navegas no horizonte” Nas cerimónias fúnebres, dirixía-se-lhe ésta pregária em nome dos mortos: “¡Oh Sol! Dono de todas as cousas, e vós todos os outros Deuses que dais a vida ós homes, recibide-me e fazei que sexa admitido na sociedade dos Deuses Eternos” Em Nova Caledónia, para esconxurar o mal tempo orabam: “¡Oh Sol! O que fago é para que sexas tán ardente, que consumas as nubes que están no Céu”. Num himno ó Sol, atopado nas inscripçóns Caldeias de mais de dous mil anos lê-se: “¡Oh tu, que disipas as mentiras, tu que desfás as malas influênças dos prodíxios, dos prognósticos sinistros, dos sonhos, e das malas apariçóns; tu, que desconcertas o complot dos malos, que levas à perdiçón os homes e os povos, que se entregam ós sortiléxios e ós malefícios. Sostêm a minha mán, sostêm a luz do universo, Sol!” “Sol, tu brilhas no mais profundo dos Céus, tu descorres as trancas que pecham os altos Céus; tu abres a porta do Céu; – Sol, que voltas a tua face cara à superfície da terra; – Sol, tu estendes sobre a Terra, a maneira de coberta os Céus infinitos”. Nos Psalmos, o Sol dispersa as tébras por ordem da Luz, personificada em Jeová: “¡Oh fogo, supremo senhor que te elevas sobre a Terra; pola tua chama chispeânte alumías a mansón das tébras, e fixas um destino a todos os que levam um nome – Tu, és aquel que mistura o cobre com o estanho e o que enche de terror o peito do malvado durante a noite.”
manuel calviño souto
ooooooooooooooooooooooooooooo
Os ademáns e ceremónias que acompanham às oraçóns, forom tomadas do paganismo e do budismo. O Pater: “Eu vos rogo e glorifico a vossa grandeza, Senhor dos Senhores, rei elevado sobre todos os réis; Criador que dais às criaturas o sustento necessário de cada día. Deus grande e forte, que sois desde o princípio; Deus misericordioso, liberal, cheio de caridade, que nutrídes, manténdes e conservais; que o vosso reino permaneza sem câmbio. Arrependo-me dos meus pecados; renuncío a todo mal pensamento, a toda mala palabra, a toda mala acçón”. Confessón: “Arrependo-me dos meus pecados, renuncío a eles; renuncío a todo mal pensamento, palabra mala, e mala acçón. Fago ésta confessón diante de vós, que sois puros. ¡Oh Deus, tende piedade do meu corpo, da minha alma, neste mundo e no outro.” Credo: “¡Oh Deus, Xuíz grande, excelente, arrependo-me dos meus pecados; Acredito em Deus e na sua lei; Acredito que a minha alma subirá ó Céu; que o inferno se colmará à resurreiçón; que os demónios de Ahrimam serán aniquilados.” Foron tomadas do mazdeísmo, e éstas à sua véz das doutrinas Védicas. Continuando vivo o Olimpo pagán, non quedou mais remédio que reconhecer a existência de Deuses e Deusas, e de introducí-los no panteón Cristán. Non obstânte, foron recibidos segundo os seus atributos, e a sua natureza, e também o seu carácter e destino diferente. Uns, como Xúpiter, Marte, Xano, Diana, Neptuno, Minerva e Mercurio, foron qualificados de demónios, e mandados ó inferno. Outros, considerados como benfeitores forom chamados Santos, e albergados no Céu. No Século VII Santo Eloy, nunha instrucçón pastoral, anatematiza a invocaçón ós demónios como: Neptuno, Diana, Minerva e ós Xénios. Prohibe às mulheres, levar ó pescozo saquinhos, e invocar a Minerva e outros Spíritos malos. No Século VI, Santo Cray converssaba com o xénio das montanhas, e também com o das áugas, a quêm exorcizaba como a demónios. Gregório de Tours, fai que Clotilde pergunte a Clóvis, a quêm ela quer convertir ¿Que poidéron fazer Marte e Mercúrio?, pois o seu poder era mais unha arte máxica que um poder Divino.
manuel calviño souto
ooooooooooooooooooooooooooooooooo
CULTO MEDICINAL
Os deuses curandeiros, proporcionaron um notábel continxente ó novo panteón. Os antigos acreditabam na realidade dos sonhos: a funçón do sonho, a sombra adaptada a todo corpo, suxeríu-lhe a ideia dos Spíritos, e da alma, e deu nascimento assimesmo à metafísica. O sonho provocado, foi um dos mais importantes descubrimentos da medicina antiga, era practicado nos templos de Esculápio, dos mais famosos e numerosos de toda a Grécia. Os templos de Esculápio, à par dos consagrados a Serápis, Minerva médica, a Chalcaz, a Podalgro filho de Esculápio, e a outras divindades médicas, teríam por anexo um hospital. No que, os que visitabam o lugar, eram consultados e submetidos a um rexíme especial – os doentes eram preparados para a curaçón, com um ritual determinado e unha dieta severa de quinze días; banhos simples ou termais, fricçóns, uncidos e fumigados. Como complemento estaba a suxestón, provocada polo anúncio repetido de curas milagrosas; a música, os cheiros de flores e de perfumes. Despois, quando os doentes estabam preparados, o sacerdote ordenaba o sonho com ademáns solemnes, e a imposiçón de mans, abrindo a porta do mundo suxestivo. Afirmaba Galenno: “Neste momento, o sacerdote mandaba como um xeneral ós seus soldados, e as curas eram frequêntes. É certo, que os médicos axudabam a divindade, para que se non enganara nas consultas suxeridas durante o sonho dos clientes, e que estas non tinham de sobrenatural mais que as aparências. Os antigos asignabam a certas divindades o poder de curar doênças específicas. Invocando a Apolo contra a peste; e a Hércules contra a epilépsia; a Igrexa Romana invocaba a Santo Roque contra a peste, e a Santo Valentín contra a epilépsia; Diana deusa da caza, curaba a ráiba dos cáns. A costume de dormir nos templos, para provocar sonhos susceptíveis de ser interpretados era xeral na antiguidade.
manuel calviño souto
ooooooooooooooooooooooooooooooooo
AS PEDRAS
O mesmo método foi aplicado ó culto das pedras. Os gregos comezárom pola litolatría. Antes de se dedicar à veneraçón das estátuas, que representábam os seus deuses, adorárom as pedras, cuxas formas misteriosas e xeométricas, oferecía a natureza; outras caídas do Céu, eram enviadas pelos Deuses. Despois de tentarem em ván, destruir éstas superstiçóns, tomarom o partido de incorporálas òs novos cultos. Apesar das variádas transformaçóns, as crênças antigas subsistírom baixo a forma de novas palabras, assím as virtudes terapêuticas atribuídas a pedras furadas, aínda non desapareceu do todo. Em Kerongalet (Finisterre) introducem-se os membros doentes nunha pedra-furada. No Jonne e em Drache (Jndre et Loire) um menhir ou pedra-furada, fái este ofício, etc… Por Santo Xoán e no Natal, som alumiádas por velas. No páramo do Santo Simeón (Orne) há um dolmém com pedras-furadas, por onde passam os enfermos para que curem. Existem pedras semelhantes no Morbiham, por cuxas aberturas se fán passar homes e animais doentes, a fím de obter a sua curaçón. É, este um pequeno resume histórico sacado do libro (Orixém do Cristianismo) por R. Calviño, baixo a direcçón das escolas laicas, polo Ilústre Ferrer Guardia. Barcelona, rua de Bailen nº 56, 1906.
manuel calviño Souto
ooooooooooooooooooooooooooooooooo
ALMAS DO OUTRO MUNDO
Santo Lactâncio, Santo Basílio e Santo Ambrósio, eram da opinión de que a alma, a mais sublíme criaçón de Deus, non pode vagar neste mundo, senón dentro de um corpo vivo; morto o corpo, a alma como fluído invissíbel, baixa òs confins do inferno, ou eleva-se às rexións celestes, sempre segundo um merecimento. Santo Agostinho, escrebéu “Nec tamen in us fierii menten bestialen sed ractionalen humana, etc…” Mas, cré-se, que as almas pecadoras andan errantes e se metem noutros corpos vivos, até obterem o perdón de Deus, como afirmabam Plinio e outros sábios gregos. No tempo em que había fé e temor de Deus, estes feitos, eram muito frequêntes, e aparecíam às vezes pessoas doentes, que practicabam actos contra a sua vontade, tendo desmaios, atáques de nervos, rasgábam-se e practicabam mil disparates. Estes padecentes, que o povo afirmaba terem ò demónio no corpo, eram víctimas dos pecados alheios; pois dentro do seu corpo tinham outra alma ademais da sua, e esa alma que había de ser dum pecador conhecido, lhe causaba os maiores incómodos, mentras non conseguira a benevolência de Deus, para poder entrar no purgatório ou no paraíso. Nesses bons tempos había Conventus, e neles había frailes sábios, que com os seus exorcismos, faciam sair o Spírito errante do corpo onde tinha tomado abrigo, quedando a pessoa libre de tán cruel companhía. Hoxe, non se acredita sequera na existência da alma, e nos poucos conventos que quedam, está prohibído curar éstas enfermidades sobrenaturais. Por isso tanta xente sofre e morre, podendo ter-se salvado. Santo Athanásio afirma que as almas dos simples pecadores, non fán nem bem nem mal; mas as almas dos grandes criminais e dos malvados, son uns Spíritus malígnos, fán os seus sábados, e atacam com preferência as … non… deixando descansar, e atacan as bodegas estragando o vinho, molestando a xente e a todo animal vivo.
manuel calviño souto
ooooooooooooooooooooooooooooooooo
ESPÍRITOS APOUQUENTADORES
A alma é um fluido que evolucciona no espaço, e entra nos corpos extranhos quase imperceptibelmente, confundindo-se com a outra alma alí existente, e obriga a pessoa que a recebe no seu corpo a um sofrimento horribel, e a practicar disparates e desatinos. Esta é a opinión do finado philósopho Rosalino Cándido e do notábel espiritista Conselheiro Accacio. Conforme é a pretensón do espírito extraviado despois do túmulo, assím serán os seus efeitos. As pessoas que tenham recibido a alma de um pecador impenitente, vivirám na tristeza, desexarám a morte, terám enfermedades e achaques, solidón, ansiedades, tonturas, ganas de chorar e por vezes cairám no chán com accidentes e dores de cabeza. As almas dos indivíduos menos pecadores, produzirám outros efeitos; a pessoa que as reciba no seu corpo, rí-se sem saber por qué, têm sonhos axitados e desexos deshonestos, tintilaçóns no corpo, vertíxens, mirada esgazeada, perturbaçóns nervosas, caíndo na postraçón despois dos ataques violentos. A pessoa pode morrer, se non se curar a tempo. Son precisos os exorcismos em latím, sete cruzes feitas no corpo com água bendita da pía de baptismo; fumigaçóns polas costas com ortigas verdes e perfumadas com incenso, rezando o Credo sete vezes. Pois, non querendo a alma saír e deixar o corpo do enfermo, aplica-se-lhe unha excomunhón feita com arrogância e fustíga-se o corpo com unha correia de couro de touro negro, e ainda que pareça mentira, terminará-se o sufrimento.
manuel calviño souto
ooooooooooooooooooooooooooooo
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (82)

MÁXIMAS MORAIS
Discurridas por Rodriguez o 27 de Maio de 1915, quando da fatal chegada de Lisboa, enfermo por segunda vez:
A desgraça, pón sempre os homes na sombra da morte; ó passo que a sorte e a opulência os fái brilhar como estrelas.
A paixón, enfraquece o corpo e fái desleir o corazón, conturbando os sentidos da alma; ó passo que a satisfaçón fái-os fermosos, orgulhosos, e às vezes encheos de caprichos.
A alegría, fái concorrer os homes, a reunións, sociedades, pândigas, bailes, etc… ; ó passo que a tristeza os humilha, voltando-os exanimes; estes son cultivados, como as herbas do campo, para eles a vida está sempre no estado infantil, pensando e esperando, que mais tarde virá a liberaçón das suas vidas.
A fraqueza, tornanos ternos e amábeis; ó passo que a forza, nos torna imprudentes e pendencieiros.
O sono torna-os torpes, disipando-lhe os pensamentos e estorbando o corpo…, non tremem nas garras da morte; ó passo que a axilidade e a vixía, os capacitam para todos os progressos da vida.
A doênça, cultiva o corpo e a alma, fái sucumbir às vicissitudes da vida; ó passo que a saúde arranca da sua alma, toda a intelixência para avançar nas fontes do progresso.
A riqueza, fái o home non esperimentar dificuldades, para estes non há consideraçón nem convençón; ó passo que os pobres tenhém que experimentar toda sarta de penúrias, estes muitas vezes se maldicem, desexando a morte. Trabalhando suan para viver, xá em vida a terra é a esência do seu sangue.
O magnetísmo máxico nigromântico, conserva os homes em perfeita paz dentro da lei natural, e léva-os a beber nas fontes da intelixência e da consciência; ó passo que o sobrenatural, com actos de desagrávio, fái nascer de aí unha fonte de consequências para derrogar os refléxos da alma.
¿Porque se dí lei natural? Por variádas cousas que passa o home, e que non se podém evitar, que están determinadas por sentença suprema, antes do nascimento do mesmo home. Os Spíritos puros podém modificálas, resignando-se à paciência, acabam por parecer-lhe menos duras, mas nem por isso deixam de sofré-las.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
ooooooooooooooooooooooooooooo
CREDO DO TRABALHADOR (83)

Acredito no trabalho todopoderoso, transformador da Terra. E na Ciência, que foi concebida polo estudo e o sonho dos homes, e também pola intelixência. Padeceu baixo o poder tiránico, sendo escarnecida e maltratada, e baixou ó fundo das minas, resuscitando de entre os escombros do rexíme Capitalista. E desde alí, desde o sistema Socialista, onde terá um trono. Xulgará a História desde os seus inícios, até aos nossos tempos. Acredito, no Socialismo Científico e Revolucionário, na Santa Unión, que dá a força à Sociedade, para resistir com a colaboraçón e a Solidariedade Humanas.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (84)

SALVE
Deus Capital te salve Burguesía. Rainha e nái de amargura. Oh Deus e morte, tormento nosso, que el te salve. Contra tí clamamos, os desherdados filhos do Planeta, contra tí suspiramos, e por tua culpa xemêmos e sofrémos, neste vale de lágrimas. Ea, pois Burguesía, madrásta nossa, devolve-nos a nós e à sociedade as terras, minas, fábricas. E tudo o que nos teis roubado, e despois de tán fermosa acçón verás resplandecer as “bem aventuranzas” do novo rexíme Social. Oh pérfida! Oh malígna! Oh infâme Burguesía! Rogamos por tí Burguesía acaparadora e dona hoxe de tudo, para que sexamos dignos de alcanzar os benefícios da Revoluçón Social.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (85)

PAI NOSSO
Pai nosso, que xemes na Terra, santificado sexa o teu nome, venha a nós o vosso reino, faga-se a tua vontade assim no mar como no chán. O pán nosso de cada día dá-no-lo hoxe, e perdoa-nos a mala defesa que até ó momento fixémos dele. Assím como nós temos perdoado ós capitalistas nossos deudores, o muito que nos tenhem comido. E non caigamos nunha maior exploraçón, pola torpeza na defesa da nossa causa. Libranos, deste mal, Amén!
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (86)

CRÊNÇAS POPULARES
1ª- Quando vexas um neno(a) muito fermoso, e o digas sem completar com “Deus te bendiga”, quedará este com o “mal de olho”.
2ª- Unha criatura que non fala, non debe bicar outra que xá fale, porque perderá esta a fala, até que a outra saiba falar.
3ª- Se non queres sonhar com um difunto, beixa-lhe a sola dos zapatos.
4ª- Os pesadelos evitan-se pondo unha navalha, um coitelo, ou um garfo, debaixo do travesseiro.
5ª- Quêm orinar com unha luz na mán, terá agonía antes de morrer.
6ª- A mulher prenhada que atravessar o surco das rodas de um carro, terá parto difícil.
7ª- É de mal-agouro, estar deitado quando passa um difunto.
8ª- É mala sinal, ter unha vela acesa ós pés da cama.
9ª- À criatura que agoar, da-lhe a comer unha bica amassada com azeite, detrás dunha porta, e as sobras da-lhas a comer ó can.
10ª- O neno que comer a crista de um galo negro, perderá o medo.
11ª- A mulher grávida que for tomar conta de um afilhado, dificultará o seu parto. Esta mesma, se a catarem na cabeza duas pessoas ó mesmo tempo, non poderá parir.
12ª- Mentras non se baptize um neno, non é bó dar lume para fora da casa, e el só debe sair da casa nos brazos do pai.
13ª- A arruda dá unha flor de grandes virtudes, no día de San Xoán, mas o Demónio vêm-na buscar logo que desabrocha.
14ª- O que tenha “tiricós”, debe ir ó campo antes de sair o Sol, e tapando o olho doente com a mán contrária dirá três vezes: “Sol leva o tiricó”, e logo desaparecerá.
15ª- É agouro de morte proxima, coser a roupa sobre o corpo de algunha pessoa.
16ª- Beber àgua ou vinho, com a luz na mán, provoca mil desgraças.
17ª- É de mal agoiro, colocar a cama com os pés para a porta da rua.
18ª- Quando à noite as galinhas derem pios doloridos, é sinal de catástrofes, pérdidas ou enfermedade.
19ª- As galinhas de Deus negras, que resbalan por diante de nós com xesto repentino, é mala sinal, doença ou desgraça.
21ª- Derramar azeite, sal, tinta de escreber, vidros que partem sêm ninguém lhes tocar, estornudar com alguém, ouvir um ruído extranho, encontrar unha lebre, lobo, raposa, cadela prenhada, corza, coelho, perdiz, é sinal de mala sorte.
22ª- Non é bô, quando se passa por outro dar as boas noites, sobre tudo, se o fulano estiver parado.
23ª- Non é bô, mirar para trás de noite, e nisto tendes de tomar o máximo cuidado, porque pode haber consequências gravíssimas.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (87)

Unha Sibila dixo-me a mim, que elas non podem fazer nada, è dicer, obrar mistérios para elas, assim como para os demais familiares (casar unha filha, um filho, sobrinho, primo, etc…). Quanto mais lhes pertencem menos podem fazê-lo (vexa-se a páxina 82, Sibila nova). Afirman, que tomando um baño a noite de San Xoán, às doze da noite em ponto, que é sagrado e vale por nove. Afirman, que non é bô contar os sonhos a ninguém (páxina 64, sonhos Sibila). Afirman, que para fazer ou desfazer unha picardía, que nos dias próximos ao San Xoán, son os melhores de desfazer (páxina 82, dixo-mo a Curuxeira). Afirman, que qualquer cousa que se faga com respeito à maxía, na noite de San Xoán, que dura todo o ano (di-o muita xente que non é Sibila). A Philosofía Spiritísta dí, que as Sibilas non tenhem todas o mesmo poder, porque sendo este poder um don innacto, ainda que as causas sexam as mesmas, os efeitos son diferêntes. Algunha xente afirma que na noite de San Xoán, é quando as Sibilas fán os preparados, para administrar durante todo o ano. Também dín, que se unha Sibila morre, deixando algo feito a unha criatura, que esta non têm cura, ou muito dificilmente, com muito trabalho, e por meio dos Santos Evanxelhos. Dín, que non é bô, separar um cán, quando estiver enrrabado pola cópula. Um Spiritísta e Exorcísta, xenro dunha Sibila, dixo-me que as Sibilas fán um pacto com os Spíritos, os quais nunca tiverom corpo, nunca foron incorporados; e com os quais acometem a xente, e fán outras cousas que os supersticiosos contan (páxina 126, mesa Soutulho). Afirman, que quando o galo canta poucos minutos despois de ir pró poleiro, augura que unha pessoa se apartará de nós, por culpa de unha rinha, e non sei que mais, “Sede Deus super omnia”. A Sibila (Sra. Tomaza, de Queimadelos), deu-me um remédio muito fácil de fazer, mas muito affeuta me dixo, que, mentras me facía esse remédio, non podía bendecir (páxina 187 deste libro).
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (88)

Enxo-o com Isolina e com Rosa de Uma. Eu tinha tido vários sonhos com Isolina, ocurridos durante os meses de Septembro e Outubro, mas que non eram tán reais, nem idênticos como no princípio, que cheguei a… Todos ibam decaindo e desfalecendo, pareciame que era muito nova, outras vezes que era mais pequena que na realidade, etc… Um dia, estando eu no meio do monte chamado a Fraga de Matamá, por perto das duas e cinquenta do meio dia, estaba um Sol ardente e caím no sono com um quebranto que todavía estaba doente. Sonhei o seguinte: que Isolina estaba falando comigo, mas sem vê-la, parecía como se falára desde a mais lonxana expansón dos Mundos infinitos, a sua voz baixa, muito marchita, rouca e lânguida; parecía que falára a infinitos milhóns de léguas desviada, parecía que a sua voz brotára da infinita Eternidade dos Mundos desconhecidos. Minha alma conservaba um bago recordo das penas Terrestres “ad illa divigâtur”, e sumia-se na mais pura admiraçón de terror, como extasiada. Eu sabía por intuiçón concedida pola Divina Providência “mater ejuz, nollo illame conjugâlem”, mas ela continuou fazendo caricias, nos intervalos que solíam vir ó caso, até ó mes de Novembro de 1916, “Consiliis mater ejus ad illam datur, mecum vidicufi sunt.” Voz desde a Expansón, esta voz de Isolina anotada na páxina 119, parece ser a última Prophecía por ser a que me recorda mais algo, mas pode por-se na antepenúltima, as demais, non tenhem ningunha identidade com a cousa sonhada, só basta decir que non tenhem mérito nem valor nas columnas deste libro.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (89)

Segunda conversa de Isolina (páxina 85), falaba com Rosa da Perixa de Uma (páxina 84), o 24 de Xunho. O día 31 de Decembro de 1916, fún ó serán, e falei com a dita Rosa, ó vir por casa, Isolina abrazou-se a ela perto do portal, quando estabam a dezassete passos de distância, entregaron-se à fuga, escondendo-se e pechando o portal. Despois, a dita Rosa escorreu-se pola casa de Isolina, cara à eira e escapou pola cancela, mentras esta abríu o portal despois de um intervalo de 10 a 15 minutos, onde me enoxéi com ela fortemente. E por último, em tempos próximos também com a Rosa, mas dunha maneira mais moral, como ressentido, etc… O día 7, mandou-me recado que fora, ó serán a Raimonde, porque por vezes alá iba, que entón por estes días tinha deixado o patrón… Isolina, última definiçón, despedida. O día 20 de Xaneiro de 1917, fún ó serán, e por um acaso encontrei-me ó lado dela, decindo-me que estaba esperando o seu ente querido, dixo unhas frases que expressabam pena e disfarramento, ou satisfaçón; como se expressaba clara e leal, e em palabras rectas, non puidem aproveitar mais nada, mas ponho isto como definiçón e despedida. Porque o párrafo gramatical expressaba esta frase ó fim. Día do Santo Xuício à tarde (unha cruz). Continuando com o discurso, digo que mais tarde me había de fazer unha pergunta, que se a soubéra responder, habíamos de quedar amores para sempre… sí… nón… Dixem-lhe que ma dixéra, contestou que aínda a tinha que estudar. Melhor, para manhám na festa de Santa Baia, que aínda que o mozo se enoxá-se com ela, decindo a dita palabra, había de falar por forza, e dixo que lhe perguntáse a Carmela da Costa que estaba “ad sinistram meam”, eu como non tinha ánimo para perguntar-lhe, acabou falando ela “tú non és para nada, sácate de aquí… Tú non vales para nada!”, e como que deixando sítio para o outro, entre eu e ela, por fím se levantou, decindo ¡¡ Adios !! (e unha cruz), páxina 67, quedei entón falando com Carmela da Costa. O segundo día, apresentou-se no serán com o seu novo amor, ó sair do serán, non os vín, non sei que destino levarón ( o novo amor era Ramón do Benigno).
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (90)

Azeite derramado, o 21 de Xaneiro de 1917, às 5,30 da tarde, partín unha botelha cheia de azeite, caíndo todo polo chan. Eu andaba com um custipado peitoral (vexa-se pag. 57), que me tinha comezado alá polos princípios do mes, debaixo do peito, com grandes esputos muito espessos, quedando-me unha dor de peito, como que me faltaba o aire e facendo-me grande presón. Só quería respirar aire fresco. Hoxe, 11 de Abril de 1917 cesaron os esputos, quedando unha dor de peito, de estômago e de pulmóns. Dor muito suave fina, como parecida a àgua fervendo, parecida a unha ferida, quando levas um rascazo de algunha cousa como por exemplo dunha carqueixa. Mater mea testicum, o día 6 de Septembro de 1917, foron as testemunhas a Pontareas polo pleito do Nube e do Vinagre, e mater mea foi unha delas, a Pelitrona foi outra por parte do Nube, em que os contrários se afirmabam de falsos. A pior de todas, era mi Senhora Madre (…), de parte do referido Vinagre. Todos se acomodaron, e resulta que non houbo xuízo. Eu ainda me doía do peito, e tinha todo o corpo dolorido, agravando-se-me a dor dos quadrís, que todavía era bastante forte (pag…) O dia 5 à noite, vespera do 6, tivem o seguinte sonho: sonhei que estaba num sítio desconhecido, que logo passou a ser Mondariz, e andaba à busca de non sei quê, que me tinham roubado, despois pulei por um sítio arriba……………………. etc, etc… É decir, este sonho levou mil voltas, que non logro divulgar, mas por fim aparecím na minha ventana, mirando cara ó sul, onde diviso unhas mulheres que non conhecím, ningunha me parecia, e eran novas, grandes, pequenas e até casadas. Logo, vexo Caetano montado num grande cabalo com aparelhos pintorescos que corría a galope, (como que com orgulho) até à Ferreira, logo voltaba para xunto das mulheres, e sem parar nem dicer nada continuou as suas correrias. Entón, saím eu na direçón das mulheres, que me perguntarom ¿Beberom muito vinho? ¿Tu non bebeches vinho? ¡Non! Bem, aquí findou a visón.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (91)

Leonora de Marcos, habendo sido minha querida polos anos de 1903 a 1907, sem ter sido inspirado pola maxía, finalizou até à presente fecha, na que este dia de San Miguel (festa em Guillade d’abaixo). Eu fún a Oliveira xunto de Guenaro…….. e pondo-me alegre, desde alí marchei cara à festa (Sábado 29), que fora trasladada para o Domingo dia 30 de Septembro de 1917. Despois de bailar com unha axilidade assombrosa, alá pola noite encontrei-me xunto das pequenas (algunhas xá casadas), que noutros tempos entretinham as minhas ideias, e entre as quais estaba Leonora, que este dia começou a falar de novo comigo, Por esta altura tinha deixado Rosa da Costa, por vía dunha malquerência que nos armarom almas movidas pola bruxaría, xá que na nigromância saía non como nobreza, senón como prostituta. Com esta comezára a falar em Maio e desfixéra-se a conversaçón em Septembro. Com Leonor começei em Septembro, e desfixo-se em Novembro do mesmo ano. Mesa Adivinhatória, Soutullo, o dia 20 de Novembro de 1917, fún xunto de Soutullo por primeira vez, sobre a enfermedade, dixo-me que non era causa sobrenatural, a doença era natural e que requería medicina. Neste mesmo dia fún a Pontareas desde alí e comprei medicina, que me tinha receitado Don Pepe de Mondariz fai dezoito meses (Glicerofosfáto de Cal granulado em frasco). Na noite desse dia tivem o seguinte sonho: sonhei que estaba no portelo de Souto-Brabo (debaixo da minha xanela), e vexo Benito das Carballas de Oliveira nunha guerra de pedras com o Nube, este atacaba da parte de nascente e o outro de poênte. Mas, que por fim, terminei eu dando de paus e sopapos firmemente nos dous; encontrando-me eu suspeitoso polo movimento da minha enfermedade, e dos síntomas, aínda que só aparentes, voltei a ir xunto de Soutullo, que me pareceu algo indiferente. Ateimou, que a enfermedade era natural, só que eu lhe manifestei o desgraçado atrevimento (Gran disgrácia! Paxinas 54 e 55). Ó momento vem um neno decir que estabam alí uns homes para… se quería vender vinho? E como se parou um pouco ó ouvir a notícia, acto seguido a messa comeza a dar pancadas, mas com mais rapidez que da primeira vez, unhas quatro ou cinco, só que mudando de pé. Primeiro o pé que estaba ó meu lado dereito, despois levantou o que estaba frente a mim. O home entón perguntou com afán, ¿Que é? e despois tornou a perguntar se a enfermedade era algo de Spírito, feitiço, envídia, dado a comer, etc… e respondendo que non, dixo-me! A enfermidade ganhou-a ustede, non tem nada de sobrenatural, e enseguida levantou-se com orgullho e indiferência.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (92)

Orixem de unha nova enfermidade. No mes de Decembro de 1917, fun à casa da María Rosa da Costa. A qual me tinha chamado para lhe escreber unha carta, a troco da qual me deu pan e vinho. Mas, ó chegar à casa, puxem-me a ler unha oraçón… sentím um meio rumor na cabeza, como um bahído, ainda que non muito. Transcurridos algúns dias, andei no azeite máxico (das uvas), molhando um dedo. Ós poucos momentos sentím um remorso muito grande, por todo o corpo, como se me entrára no corpo unha bofa quente, acompanhada de um zumbido que me assustaba. Repetindo-me por várias vezes durante um par de horas. Por fím cesou, e non lhe fixem caso até ao seis de Xaneiro de 1918, poucos dias antes ou despois, ensinárom-me um libro do Abade que morreu em Oliveira, e ó folheá-lo molhei o dedo na língua, que despois de transcurridos quinze minutos, sentím por todo o meu corpo um calor enormíssimo, quedando tonto dos sentidos e exánime, que só logrei cesar desinfectándo-me e masticando um alho. Eu, crendo ser ilusón ou defeito habido no corpo, non fixem caso, até que me atentou algúm Spírito malo a comprar-lhe um libro Parvum Codex, hasta entón, non sentía dor no peito. Quando tinha o libro na mán e lía algo, sentía um calor por aí arriba, que era obrigado a deixá-lo. Unha noite, pousei-o sobre a mesa, e sacudín-lhe o polvo com um pau, largou unha poeira extranha, que ó tomar contácto com o alento, introduciu-se-me no peito. Acto seguido, assaltou-me unha repentina calor que ao passar me deixou dor de peito, muito forte e activa, que me fixo chorar lágrimas e andar noites em vela. Por fím, tomei duas gotas de Palmachvizti e abracou-me algo, e despois acabei tomando-o todo. O seguinte dia fun buscar mais. O dia 21 acabei-o, e fun a Trancoso a unha Mesa Adivinhatória, que me dixo que fora bocado dado a comer. Logo tomei a purga, e atacou-me o remorso de calor por aí arriba, mas bastante forte, e a dor quase me passou. O 23 de Xaneiro de 1918, fun a xunto de D. Domingos Soutulho, que me fixo um esconxuro, exorcismos e desempactos. E non sentín remorso, como quando tomei a purga. O dia 23 à noite fun ó ádro de Oliveira, para colher as herbas do Campo Santo, etc… (que D. Domingos me tinha mandado levar). Xá non sentín o calor arriba dito, somente sentía um rumor de consciência (com pouco calor), mas, com um temor que me inclinaba o sentido baixo os meus pecados (vexa-se pagª 54). Désta andaba trabalhando de serrador com Motrete, e deixei-me andar uns dias, mas, a dor foi-se pondo mais activa. Eu tinha o libro na casa, e ó colhé-lo sentía unha friáxe nas máns, que ficavam pasmadas. Non me quedou mais remédio que espandilhar o maldito libro.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (93)

Desgrácia Segunda: o día 31 de Xaneiro de 1918 (quinta feira), vinha eu de serrar com Motrete para o Senhor Francisco da Blanca. Quando nós chegamos, sentimos a Ganeca a berregar com a Pelitrona, e eu parei-me debaixo da minha ventana falando com Maria Rosa da Costa. Xá o Motrete estaba batendo na Ganeca. E eu había uns días que non tinha sonhado nada, e ésta noite facía três dias que me tinha afumado com as herbas do campo santo. Ó deitarme sonhei o seguinte: sonhei que estaba num sítio que non conhecía, e vexo à minha esquerda a Senhora Lisa de Oliveira e à minha dereita o Senhor Cura Val, que foi um Spiritísta notábel de Guillade (Q. E. P. D.), muito bem vestido e fermoso, falando comigo e eu com el, algo falaba também a Senhora Lisa, mas a conversa fundamental era entre el e eu. Eu queixába-me de algunha maleita, tendo à mán unha medicina sem encertar, que estaba num frásco rectangular, e por fora em letras decía, Nitrix ou Niglix, ou cousa semelhante. Despois, despertei e encontrei-me na cama o día um de Febreiro às 3 da manhán. Voltando a cair no sono: sonhei que tinha saltado para um cemitério, eu e mais outro; despois que subím para cima dunha casa, e a estaba alagando; que estaba com a ideia de copular carnalmente com a Senhora Flora de Oliveira, eu estaba cauteloso com o filho, e andába à espera que ela vinhé-se para um sítio apropriádo; despois que vinha eu pola estrada de San Martinho abaixo, acompanhado de Benito Candeira, etc… Hoxe, 10 de Febreiro de 1918, Domingo de Carnaval, había um gaiteiro na casa de Caetano García, eu estaba na minha casa, queixando-me com fortes dores de peito. Uns días na porta, outros na ventana, ou repousando na cabeceira da cama, andaba um páxaro chamado paporrúbio. Zapatos, visita à Virxem: Neste mesmo día 10, xá referido, tomei unha purga de ricíno, que non me fixo nada, e saím da casa polas 2,20 da tarde, caminho da de Juanito do Coterel em Oliveira, para buscar uns zapatos que lhe tinha mandado fazer. O vír de volta, passei pola capela da Virxem do Socorro, e desde a cruz onde dá volta a procissón vinhem chorando, as bágoas caíam a chorros, e o pensamento era que, quando fora a fésta, eu xá non existiría. A minha vida daba término aos 34 anos, aínda non cumpridos, chorei até ó sair das cabadas, meus queridos leitores, eu penso que a minha vida finda, rogai por mim a Deus.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (94)

Promesa. O día 22 de Febreiro de 1918, sentindo por vezes fortes dores de peito, e por outras algo mais fracas, mas estaba muito baixo de forzas. Tinha unha afliçón de peito, que parecía estár ferido e com falta de aire, e estaba com unha cor pálida e cara fraca. Com o pensamento fixo, percebìm que perdía o sentido por momentos, ficando às vezes louco. Língua fraca e vista lânguida, as máns secas, mirando-se unha à outra, xuntas, vendo extinguir-se o meu corpo. Caím de xoelhos mo meio do quarto em oraçón, e roguei ós santos da minha devoçón, a Deus e à virxem da Franqueira, que eu quería ir visitá-la no día da sua festividade, no seu santuário da Franqueira. E também à virxem do Socorro… ouvir misa, todo vestido do luto dos pés à cabeza, até as máns cobertas de luvas negras. As lágrimas corríam-me pola cara numerossas, por fím, terminei cantando um Te Deum Laudamus. O 23 de Febreiro fún a Ponte, despois de comprar algúm peixe vinhem de noite com José da Rosária e a sua nái, bebendo algo de vinho (esse día tinha estádo com Manoela de Meder, em Ponte, e vím que tinha terminado para sempre xamais), o vinho fixo-me mal, e o día 24 Domingo de Quaresma, sentím-me muito malíssimo, vislumbrando sinais de morte, uk supra. A tísis. O día 26 de Marzo de 1918, Martes, saím da minha casa com unha grandíssima angûstia e pavor, pola hora das 10,30 da manhán caminho de Meder, para ir xunto da Sybilla (Chiva), e depois de consultá-la, tomei tudo pola carretera caminho de Ponte, onde arribei polas 3 da tarde, sumido na mais dolorosa afliçón pola minha enfermidade (vexa-se libro, páxina 66, 124 e seguintes. Eu quería ir xunto de Don Domingos (Soutullo), mas acabaram-se os recursos, levába comigo 25 centávos, um grandíssimo pesar me acompanhaba por non poder saber várias cousas. Comprei um cento de mariscos, foi o único peixe que encontrei em Pontareas. Cheguei à casa às 5 da tarde, sem saber notícias da minha enfermedade, nem de ningunha clásse. À noite, deitei-me às 11.30, tendo o seguinte sono: foi algo confuso, sonhei que estaba dentro de unha igrexa, onde había muita xente arrodilhada (só eu, que estaba deitado), había um crégo de altura regular e rostro gordo e redondo, moreno. Lendo num libro, e facendo perguntas. Éstas perguntas e respostas, entre as quais as que me acordan mais son estas: ¿Estás na Crúz? – Estou! ¿Quêm te puxo? – Dous ladróns! ¿Quêm te ofendeu? – Foi o Franco! É meu primo, pois eu falarei com el… parece que falába com Xesucristo, pois as perguntas eram sobre a Crucifixón, mas chegou a unha pergunta, que a xente se ríu, e eu também me rín em seguida, sem saber como, encontrei-me num buraco subterrâneo debaixo de unha grande pedra. Quixem sair por um lado, e non cabía, dei volta (eu estaba aflixído) e polo outro custou-me a caber. Xá fora, encontrei-me com unha rapariga, ela iba diante e eu atrás, pensando em casar com ela, mas me perguntaba se encontraría outra melhor? Logo, desapareceu tudo. Cheguei a um monte, onde había um rapaz. El fuxía com unha corda de carro enroscada, eu seguia-o falando com el, e chegamos a um sítio do monte que era unha ribanceira enorme, eu desataba a corda, e esta converteu-se em baráus atados uns ós outros, eu desataba e escorregaba, até cair no fundo, onde encontrei um caminho, e por el retornei a casa.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (95)

Pola manhán, levantei-me às 8,20, com poucas ou ningunhas ganas de comer, Com grande fastío, miraba para as minhas mans, que pareciam as de um esqueleto. O peito dorido, o rostro magro e a vista esgaçeada. Ó mesmo tempo que choraba, considerába-me atrapado nas garras da morte, e dirixín-me o sítio de orar: despois de rezar o Evanxélio, com os três Exorcísmos de Paulus 5º (em latím), saquei a crúz derriba da mesa redonda (que fixéra há dias). Seguidamente, coloquei-a no peito e puxém as máns sobre a mesa, por espaço de cinco minutos, ou algo mais talves. Ó fim do referido tempo, começou a mesa a andar dando três pancadas, eu quedei assustado, mas num esforzo de ânimo perguntei ataramuzado o seguinte:
Se a minha enfermedade tinha cura? Sí!
Se procedia do libro? Sí!
Se era veneno traído da botica, ou de bruxas? De bruxas!
Se ainda tinha o bocado no corpo? Sí!
Se conseguía eu mesmo botá-lo fora? Non!
Se tinha que ir ós evanxélhos? Sí!
Se tinham que ser feitos por um sacerdote, ou por outra pessoa? Por outra pessoa!
Se facía bem ir xunto de Soutullo? Sí!
Se era bó ir à bruxa? Non deu duas pancadas para decir que sí, nem três para decir que non, senón que deu mais de sete ou dez, o que para meu entender era que non fora!
Se vaia ó médico? Algo que sí, pero que non!
Se tinha algunha enfermedade? Algo que sí!
Se estaba em pena? Algo que sí!
Se isto chegaría a cesar e verme libre com o tempo? Non deu resposta!
Se faría bem dar-lhe algunha misa? Non deu resposta!
Se faría bem tomar as pildoras? Sí!
Se estaba sano por dentro de outra enfermedade natural? Sí!
Se me causará dano grave, demorar com este bocado no corpo? Sí!
Se estou ápto para casarme? Sí!
Se fago bem casarme? Que sí, pero non muito!
A quantos gráus estás de elevaçón? Quantos gráus, quantas pancadas? Começou por grandes e, de cada vez mais pequenas, deu mais de sete ou dez!
Se lhe dou moléstia estar a perguntar tanto? Sí!
Pola moléstia, quere padres nossos, ou outra classe de oraçóns? Padres nossos!
Quantos, quantas pancadas? Cinco!
Se éstas minhas desgráças, tiverom orixém por culpa do Nube? Non houbo resposta!
Se me quere bem ou mal? Mal!
Aconteceu este mistérioso caso, polas 11,30 da manhám.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (96)

Como eu andava muito malíssimo, doênte, e com estas aventuras, acabei muito acelerado, nervoso, etc… E, fún consultar mais unhas quantas vezes, mas como faltou a pureza e o temor de Deus, o Spírito dixo palabras contradictórias, unhas vezes decía que sí e outras decía que non. Por todas as partes onde passava iba pensativo. Adios sítios para sempre, de hoxe a um ano xá o meu corpo estará no sepulcro, etc… A qualquer lugar que miraba, parecía-me que a minha vista xa estaba eneboáda, e tudo cheio de tristeza, e como desfigurado, aturdido, e o cansaço era imenso, na cara unha palidez mortal. Metíam-se-me na cabeza ideias que non eram naturais. O día 31 de Maio, meteu-se-me na cabeza ir a Oliveira (conjunctionem com a peixeira Flora), tán pronto cheguei alá, o membro perdeu toda a influência, completamente, que foi impossíbel! De regresso a casa, sem fazer nada, despois recapacitei e pensei que non passaba de unha velha. Passando por muitas e variádas aventuras, o día 4 de Xunho de 1918, todo despavorido, com as poucas forzas que tinha fún a Ponte; ó vir de volta encontrei dous trabalhadores, e parei um pouco para falar com eles, como eu iba sem barbear, roupa velha, dorido. Isto foi em Fontenla, perto da última casa, na encruzilhada, onde mirando á dereita está outra encruzilhada que tem um cruceiro; pois até alí vinherom os cáns detrás de mim ladrando, pois eram da referida casa, que estaba um pouco atrás. Um deles quedou mirando para mím desviado uns vinte passos, com a cabeza algo inclinada ó céu e gritando a duelo. Eu, mirando para trás pensei “bem me venta de morte”, e seguím caminhando com grande pavor e angústia, a riqueza que levava conmigo eram duas pescadilhas e vinte centávos.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (97)

Xardana. O día 27 de Xunho de 1918, fún caminho de Ponte, e despois de passar por vários atropelos, tivem que consultar a Sibylla, que me dixo que non falecería, e que tampouco saía cama (esta foi a primeira vez que a consultei). E também me dixo mais cousas, e bastante variádas, etc… Cheguei à casa muito fatigado. Ó segundo día, purguei-me com as píldoras de Brundht, receitadas por Alasmartín. Mas, a fatíga de peito continuaba, e nesse mesmo instânte consultei o Oráculo (vexa-se páxina 131). O Spírito chegou, e respondeu-me que fixéra bem em tomar as píldoras, logo marchou e non respondeu mais ó que lhe perguntei. O día de San Pedro pola tarde, voltei xunto da referida Sibylla. Domingo, 30 de Xunho fún à missa a Mouriscados, e falei com Constante da Caseira, ó qual comprei um relóxio, que arranxei. Pola noite, áquela Disgraciada hora, fún à taberna comprar média libra de pán, e ó chegar à casa, sobre as 9,20, o primeiro bocado que tomei, quedou-me atrancado no peito, fazendo unha pressón enorme e um peso que parecía que tinha sete arrobas pesando no peito. Non acabei de comer o maldito pan, quedou quase todo enteiro, e aí foi onde desconfiei que tinha bocado.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (98)

Xulho dia um, segunda feira. Neste dia fún a Pontareas e empenhei o meu fio dobre, na casa da Castelhana, com a mediaçón de um polícia, que me dixo “vai ó reloxeiro e pergunta-lhe quanto vale, que cho abono, e quando tenhas o dinheiro podes vir recuperá-la”. Así foi, recibím duas pesetas. O dia dous (mala fecha) meteu-se-me na cabeza ir ó Hospital de Pontevedra a pé, por Mondariz, e passei pola Sybilla (responsório), logo dei meia volta e fún xunto da Senhora Tomaza, mas andaba tonto e parecia-me que me arrebatábam. Cheguei à casa xá de noite, e si se consideram as voltas que dei hoxe, andei p’arriba de três léguas e meia. Ir a Mondariz, regressar, despois ir a Queimadelos, baixar a San Martinho, colher a estrada até Fontán, meter pola Devesa, dem a volta até Mouriscados, por unha libra de pán, outras voltas mais, etc… A quarta-feira, voltei xunto à Sybilla (responsorum), pois, tinha-a mandado trabalhar no sentido de que me xuntara com Leonor; mas fún-lhe dar volta para que se esquecera, e se centrára só na enfermedade. Quedámos, em que trabalhara só pola doênça, nada mais, e também me deu um remédio. Xá na terça-feira dia 2 (mala fecha), tinha ido xunto do Senhor Alasmartín, mas, non me consultou a mesa, entón eu consultei a minha, e non se moveu nem muito, nem pouco. O quatro de Xulho de 1918 (quinta-feira) tomei unhas píldoras, pouco obrárom, tán pronto as tomei, sentín que saía de mím o Spírito Malo.
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (99)

Pola hora das once do dia, fún fazer unha visita ao Senhor Juan Rodríguez Dominguez (o Coxo). Ainda estaba em xexum, e deu-me de comer. Despois vinhem pola casa e comprei cinco centávos de azeite para alumiar, com o qual untei a língua de maneira que se me introducíu perto de um dedal, acto seguido, assaltou-me unha dor muito extranha por todo o corpo. Como que caím exánime, aflixido e sem sentido, quedei lutando com as agonias da morte, consultei a minha mesa, perguntando se sanaba, se tinha victória, e várias cousas mais, mas também a isto non respondeu (como acostumaba fazer com a enfermidade). Entón, amonestei à minha Santa Madre, como había de fazer o meu enterro, e que non me deixa-se passar fame na cama, etc. etc… Queridos leitores, heis aquí o meu término! Vos pido, às pessoas que lerem este libro, e às demais tamém, o fagam passar aos Seminários, onde será arquivado para recordo dos tempos vindouros, como xóia da vida monástica misteriosa. Sem mais demora, queridos irmáns, acordádevos de mím, rogai por mím ó Deus dos Altos Céus. Rogai por mim sepultado debaixo das negras lousas! Recordai, que eu fún o que vós sois, e vós sereis o que eu som. Dado em Guillade, a cinco de Xulho de 1918 (lugar da Portela).
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (100)

Xulho, 25 de 1918. Tendo passado sete meses com a minha alma sumída na mais desgarradora afliçón, sem sair da minha casa, conturbado com a enfermidade e as paixóns. Neste dia 25, fún à Santa Misa do Santo Cristo de Guillade, de tarde fún à festa todo despavorido, cor amarelenta, a sangre toda descomposta, fraco de forzas, dorido do peito, com tendência a quedar sem alento, a quedar-me exânime e como que aletargado, somente iba movido polo esforzo e pola paixón. Dancei unha única vez, à noite, só para probar se a fatíga do peito (como os demais síntomas) se acelerabam e eu resistía. À noite, fún com Leonora… e escamei-me com ela… cheguei à casa de noite. Polas oito da manham levantei-me, e os síntomas arriba detalhados, tornárom-se muito activos e perigosos, atisbando sinais de morte (como parecidos ós da páxina 129). Quando fún xunto da Sibila (La Peseta) de Mondariz, tinha-lhe prometido sessenta reais, se me puxera bom de todo como antes. Deu-me, remédio de vinho branco fervido com romeo e um pouco de canela, e despois ir tomando-o a copas (mas para o meu entender, era-me nocivo), em três ou quatro dias non cheguei a tomar unha copa. O vinte de Xulho, iba eu para Pontareas, e polo caminho encontrei a Vareira a conversar com unha mulher a respeito de curativos, onde eu deducím que era Sibila. Pedíu-me, e dem-lhe duas pesetas, para me curar e dar medicinas; facía unhas cerimónias acompanhadas de palabras e, unha cruz e unha estola, etc… Polos dias 19, 20, 21, 22, passei unha fame terríbel, a enfermidade aumentou, e a cor foi-se pondo mais pálida. O 21, fún xunto da Sibila (Vareira), durante o dia nada comim, de noite, tanto me atacou a fame, que fún xunto do Senhor Juan (Coxo), para que me desse um anáco de pán, e parece que me estalou o estômago com unha dor desconhecida, falta de ar, etc… O dia 22, por vía de ir xunto da Vareira, non fún xunto do Senhor Juan, como me mandara, e despois tocou-lhe a àgua e xá non o encontrei na casa. Neste dia, tanta fame me atacou, que me obrigou a necessidade a ir xunto do Senhor Pepe do Crato pedir-lhe um pedazo de pán, e non fún servido, por non tê-lo, pois chegara ó tempo do moinho. Entón fún xunto da Tesa e non a encontrei na casa. Cheguei à casa, e devorei um pito, do qual comim parte sem pán, se bem tinha mama na casa unha libra de pán comprada, que era do Nube, mas eu intentaba non querela por vía do caso (final da páxina 134), ainda que mais tarde tivem que comê-la rabiando com o resto do pito, sem mi madre sabê-lo. Ó momento chorei amarguras, lágrimas, acompanhadas com pranto e suspiros.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (101)

Sonho realizado! Como o Senhor Dom Alamartin (de Trancoso), foi o primeiro que me receitou as pildoras de Brandreth. Dixo-me como as tinha que tomar, etc… e acabou polas bendecir na minha presença, levando-me depois ó quarto de bendiçóns… e como foi el também que me fixo os desenhos todos e instrucçóns referentes ó dito asunto. Despois, receitou que me fixeram uns evanxélhos (Soutullo), vexa-se páxina 125 ó final e 126. Parece haber-se realizado aquí o sonho da páxina 83 ó final e 84. Outubro de 1918. O dia 13 de Outubro de 1918, ainda que doente, fún à festa do Pilar, onde fai três anos tomei alí unha afeiçón de amor (Rosalina do Sacristán de Cumiar) e desde entón vim-na poucas vezes, e hoxe alí a deixei. O 14, fún xunto do Bautista do Piño, buscar meio quartilho de azeite, um ramo de romeo e ademais dez centávos de aguardente. Ó chegar à casa, probei meio dedal de aguardente, despois colhím o romeo, saquei duas flores e mastiguei-nas, engolindo apenas a saliba e deitei fora as flores (Aquí foi a minha disgrácia, e a minha morte), quedei arrepiado, o sangre subíu-se-me à cabeza, e rebentou polos olhos, pola língua, polo naríz… era cada talhada do tamanho da cabeza de um dedo. Sacarom-se-me as ganas de comer, estaba seco e pálido, na cara e nas máns, como se fora um difunto talmente. Completamente louco, ouvindo voces desconhecidas, perdendo o tino de todo e de tudo. Fún reformar o testamento, porque temía a morte por puntos. Assím, conforme puidem, marchei a Trancoso (Alamartin) consultar a mesa, perguntou se o romeo me fixéra mal, por ter aire malo, dixo que sí, etc… e non quixo perguntar mais. Dixem-lhe que perguntáse, se tinha cura, e negou-se, gritando comigo, que tinha cura e que fora fazer uns evanxélhos, senón que me fodese… Fún para xunto da “Peseta” (páxina 137), que dixo que me perdoaba tudo, que non fixéra nada que lhe desse mal e parara. E, estando ela sacramentada, afirmou que sanaba. Entón, dei-lhe a despedida com 100 centávos. Logo, abrazou-se a mim, decindo: “Adios, Dios queira, que se nón nos vemos mais, que nos vexámos xuntos alá no Céu.” Logo, voltei por Queimadelos, e encontrei a Senhora Tomaza, que me pedíu que vinhera outro dia, pois andaba com duas xornaleiras. Cheguei a casa por volta das cinco da tarde, e fún-me deitar. Frétas e mais frétas, e eu cada vez para pior, ademais de perdidas as faculdades intelectuais.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (102)

Outubro dia 20, do ano1917. Trouxem uns polvos máxicos da Galinheira, que deitei à porta da Eclesiam Generosse, segundo me mandarom para conseguir o seu amor. Mas, todavia, o amor ainda non chegou hoxe…
Novembro dia 20, do ano 1917. Fun xunto do Soutulho, pola primeira vez.
Decembro dia 3, de 1917. Visitei o Soutulho, pola segunda vez (páxina 124).
Maio, 10 de 1918. Marchei a xunto do Soutulho, para fazer uns Santos Evanxélhos, pola segunda vez (vexa-se páxina 126, deste libro).
Xunho, dia 8, de 1918. Idem… Idem… Idem… Consultei a mesa e dixo que sanaba.
Xulho, 16 de 1918. Abalei para xunto do referido Soutulho, procurar unha garrafa de vinho branco, que este me mandára buscar (vexa-se a páxina 137 e 135)
Xaneiro, 23 de 1918. (vexa-se a páxina 126, nesse dia à noite…), ó de Guillade foi a 2ª noite “In flumine fundit”. Martins ( Viéri in Ponte, às duas da tarde non completas).
Septembro, de 1918. fún a Sán Medriani (Senhora Inocência), e deu-me mil remédios externos, entre todos estaba o de romeo que era interno. Este puxo-me em grandíssimo extremo (vexa-se páxina 139).
Outubro, 14 de 1918. De noite, tomei a flôr de romeo, idem… idem… idem… Polo que fún à Peseta a Mondariz.
Novembro, 3. Idem… Iba à missa a Mouriscados, e ò chegar às cháns, deu-me como um síncope. E com grandíssimo esforço conseguim arrivar ò Senhor Francisco Guardador, que me meteu duas copas, que me despegarom algo, e voltei logo para casa, sem missa, tumbamdo-me na cama de seguida. Quedei exanime e insenssíbel a tudo… (vexa-se páxina 139). Por vários dias non me levantei, somente o dia 8 o logrei com grande esforço, para assistir ò enterro de José do Nube, e à altura do San Gregório dei volta, porque me repetiu o maldito síncope.
Xaneiro, 24 de 1919. Polas três da manhám, estando eu só e deitado na cama gravemente dorido, vêm o Spíritu Inmundo inquietar-me, de tal maneira… que a minha salvaçón foi ter deixado a luz acessa. O dia 25, às nove da noite, chorarom. O 26, derom-me a notícia do falecimento do meu padrinho (R. D. G.)
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (103)

Outro caso chocante. O dia 30 de Xaneiro de 1919, pola hora das oito da noite estaba eu a envolver um pouco de incenso num papel, e por curiosidade, toquei com o papel nos lábios, introducindo-se-me uns poucos de átomos de incenso na boca. O qual me foi fazendo mal, até que me fún deitar. Levantei-me três veces com grande falta de aire, dor de peito e de cabeza, atontado, etc… Fixo-me expulsar escrementos e, aire hediondo, que algo me aliviou. E tivem muito suor, durando-me a dor de peito e de cabeza vários dias (consultei a minha mesa), parecia ser unha imitaçón de romeo. O primeiro de Marzo de 1919, a minha nái foi dormir com a sua sobrinha Consuela, e eu fún-me deitar sobre as duas da manhán. Polas quatro da manhán, despertei, e sentín triscar, acto seguido caíu o lado dereito do telhado, que daba a nascente (um terço, xunto da xanela). Sorte, que eu estaba do outro lado, mas os escombros quase me apanham debaixo. Neste dia cumprím anos (vexa-se páxina 141 Xaneiro, 23…). O dia dous de Marzo de 1919, polas sete quarenta e cinco da noite, estando eu, minha nái, Consuela e Francisco do Motrete, aquecendo-nos ao lume, mama quixo andar com o bolo, e ó levantar-me eu, pulou um sapo cara a onde tinha os pés, e uns decian que o queimá-se, outros que non, e ó final acabarom por indultá-lo.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (104)

Como se obrou o mistério seguinte: O Domingo 15 de Xunho de 1919, fún a Pontareas, e vinhem por Celeiros, acompanhado polo Senhor Traquinas, através do qual soubem que a proxima quinta feira habería ali fésta. O referido dia chegou, e eu estaba resolvido a non ir, mas polas 5,25 da tarde, apareceu o Senhor Jenaro convidando-me a que fora com el. Partimos pola Cabadinha até Guillade de Baixo, caminho de Celeiros, onde encontramos o Vidal, e ofereceu-me trabalho (como em 1913, vexa-se a páxina 58 e 62), consultei o oráculo e dixo que non fora, e assím o fixem. Galinha. O 23 de Junho de 1919, à noite, entrou unha galinha da Consuela pola minha casa. Eu, a escondim logo, e pola manham fún-a agouchar a Matamá, até às oito horas dentro dunha cesta. Logo, vinhem preparar-me à casa, e despois seguim para Trancoso, onde a vendim por 22 reais no Hotel do Françês (à Senhora Adelaira e à Senhora Flora). O Santo Cristo de Celeiros. O dia 28 de Xunho de 1919, vesperas do Santo Cristo da Victória, eu estivem na fésta, ó voltar, mesmo no pinheiral de Guillade, onde se cruzam os dous caminhos de carro, o que vai de Celeiros para Portela e o que vem de Oliveira cara a Guillade de Baixo, alí me fún meter na boca da Guardia Civil, e temendo um cacheo, quase à vista deles, atirei com o revolver para perto (vexa-se, que houbo algo sobrenatural, polo da galinha anteriormente referida, e que xá a Sibylla me avisára que ia suscitar contenda). Demanda, contra Calviño. O dia 28 de Xunho, apareceu a Guardia Civil com unha demanda contra Manuel Calviño, motivada por tê-lo apanhado com um revolver às quatro da manham, asegurando que vinha de unha fésta, e confesa e reconhece que a arma é sua, e que a tinha encontrado um mês antes a esta data. O que non aceita, è a multa aplicada por este xulgado e polo Senhor Xuíz Fiscal, com o qual non queda conforme a 7 de Xulho de mil novecentos e dezanove. Esta é unha emitaçón das palabras que quedarom escritas em Pontareas, segundo me recordam, pouco mais ou menos. Ainda um feito: o dia 24 de Outubro, sexta-feira de 1919, pola hora das três da tarde, apuntei unha escopeta à cara do Senhor Pedro Rey e Manuel Rey, por culpa da minha Santa Nái, que armou unha zaragata entre nós…
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (105)

DA ENTRADA DO SOL NOS SIGNOS DO ZODÍACO CADA MES
Xaneiro 21, entra o Sol no signo de Aquário. O mal das canas das pernas é perigoso durante todo este mês, que é quando o signo domina e a purga resulta indiferênte, mas a sangria é benificiosa. Febreiro 19, o Sol entra em Piscis. Portanto este mês é perigoso para o mal dos pés, a purga é boa e a sangria indiferênte. Marzo 21, o Sol entra em Áries. Este mês enxendra maus humores e dolência na cabeza perigosa, a purga é mala e a sangria boa. Abril 20, o Sol entra em Tauro. É muito saudábel purgar-se neste mês, qualquer mal da garganta é perigoso, purgas e sangrias están desaconselhadas baixo este signo. Maio 21, o Sol entra em Xéminis. Neste mês, qualquer dano nos brazos resulta perigoso, e muito mais se é produzido por ferro, a purga é indiferênte e a sangria é mala. Xunho 23, o Sol entra em Carangexo. Em este mês, som perigosas as doênças nos peitos, estómago e figado, as purgas som boas e as sangrias indiferêntes. Xulho 23, o Sol entra em Leo. As ânsias e dolênças do corazón durante este mês som perigosas. Também as purgas, sangrias, banhos, e o dormir ao meio dia, por todo este mês som perigosos. Agosto 24, o Sol entra em Virgo. Neste mês acostûma-se a fazer as passas de figos. Também resulta danosinha, a companhia de mulheres, o sonho de meio dia e o banho non é aconselhábel. As purgas e as sangrias, tanto neste mês, como quando este a Lua, non se debem tomar salvo grande necessidade. Septembro 22, o Sol entra em Libra. Durante todo este mès, é boa a sangria. Qualquer mal nos rins e nalgas resulta perigoso. Na Lua minguante deste mês podem-se colher uvas para colgar (há que colhê-las na forza do Sol). As purgas durante este signo som indiferêntes, mas as sangrias som beneficiosas. Outubro 24, entra o Sol em Scorpio. Neste mês colhem-se as castanhas e as noces, etc… Toda ferída neste mês é dificultosa de curar, e muito mais as das partes ocultas. As purgas som boas e as sangrias malas. Novembro 23, entra o Sol em Saxitário. Este mês é bom para banhos e sangrias, e para curar qualquer dolência, pois o mal nas pernas é perigoso, e nesta terra ainda mais por ser húmida. Decembro 22, o Sol entra em Capricornio. As dolências das rodilhas som perigosas. As purgas e as sangrias neste signo som malas. Advirta-se, que esta é a entrada do Sol nos Signos do Zodíaco, que duran um mês enteiro, por exemplo: Abril 20 Tauro, quere dicer, que a 20 de Abril entra o Sol no signo de Tauro, e anda até ao 21 de Maio quando entra em Xéminis que é um mês enteiro, mas a Lua como recorre todos os signos do ano num espaço de 28 dias, non demora mais que dous dias, dous dias e meio, e poucas vezes três dias, em cada signo. Ó fim de cada mês, afirmamos se a purga e a sangria é mala ou boa, mas entende-se que se em qualquer dia que queiramos tomar a purga ou efectuar unha sangria, estivéra a Lua em signos ígneos sería malo. E se estivéra em signos aqüeos, sería óptimo. Os meses que som bons para purgas e sangrias, se marcam a seguir ao signo, ademais á que ter em conta que a Lua esté em signos de àuga. Vexa-se a tábua das régras seguintes, dos dias em que a Lua anda em cada signo, e das partes do corpo que dominam.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (106)

SOBRE AS PURGAS
É regra muito observada polos médicos, prohibir as medicinas laxativas durante os maiores fríos do Inverno, e também nos maiores excéssos do Estío. Isto parece confirmar Hippocrates no quinto afforismo, partícula quarta, onde afirma: “Sub cane ante canen molesta sunt pharmaca, medicamentorum ussus difficilis”. Quere dizer que em dias Caniculares, e em dias de grandes fríos, non se debem tomar purgas. O melhor tempo do ano para purgar-se é a Primavera, para os que non tenhem extrema necessidade. É muito perigosa a Purga e a Sangría, quando a Lua está em conxunçón ou oposiçón com o Sol, e isto por um dia antes e outro despois. Non se debem tomar Purgas estando a Lua em Signos Cálidos, como som: Aries, Tauro, Capricornio, porque non se podem reter no estómago, antes serám vomitadas (conforme a experiência o demóstra). Se queremos purgar por vómito, basta que estexa Leo em ascendente, que assím mesmo se vomita. Sempre que a Lua estiver em Signos Aqueos, a Purga fará bom efeito. Pois, advirta-se, que se a Purga for bebida combém que a Lua este em Scorpio; se fora “bocado”, ou “lectuário”, a Lua debe estar em Cáncer; se fora “píldoras” debe estar em Piscis, e desta maneira os efeitos seram muito bons e saudábeis. Afirma Hippocrates no libro sobre os aires e lugares, que se non debem dar medicinas, nem cautérios, nem se fagam incisóns nos membros, durante as grandes mudanças de tempo. Estas mesmas regras debem guardar-se nos Solestícios e Equinócios. Consideraçóns astrolóxicas, que som de tamanha importância para a Medicina que, segundo o próprio Hippocrates, no libro das Epidemias, non deberia haber médico que non fora astrólogo, e afirma mais: “Hujus modi Medicus est qui Astrologiam ignorat, nemo”.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (107)

DA SANGRÍA
Quatro cousas há que observar (segundo Avicena) a respeito da sangría. A saber: o tempo, a idade, a costûme, a fortaleza do suxeito paciente. Mais adiante afirma o próprio Avicena, que se terám em conta duas horas para a sangría: A hora da eleiçón e a hora da necessidade. A hora da eleiçón, conveniente para sangrar, tem de ser unha hora quente, que vem a ser despois de bem saído o sol, xá com a dixestón feita e acabada e despois de expedidas as superfluidades. Para esta hora electiva, som boas e necesárias as advertências dos doutores e sábios astrólogos. Em quanto à hora da necessidade, vem dictada pola urxência, e pode ser: por unha fêbre muito aguda; unha esquinência; um frenesí; unha apoplexía; ou outras doênças semelhantes, as quais non admitem prórrogas nem consideraçóns astronómicas, porque estas enfermedades podem acabar com a vida dos homes num instânte. Tendo em conta a hora da eleiçón, e de acordo com as regras dos peritos médicos no tocante à idade e tempo, afirmamos com Ptolomeu (in conviloquio, verbo 20), que é cousa perigosa e temerária sangrar estando a Lua no signo predominante. Para os coléricos é de muito proveito a sangría que se faga estando a Lua em signos àqueos como som: Carangexo, Piscis, e Scorpio durante os últimos quince gráus. Para os flemáticos, será de grande utilidade a sangría feita estando a Lua em signos cálidos (excepto Leo) como som Aries e Saxitário. Aos melancólicos combém sangrar quando a Lua estiver baixo signos àqueos (excepto Xéminis) como som Libra e Aquário. E finalmente os sanguíneos, que se podem sangrar em qualquer signo em que estexa a Lua, guardadas as regras da medicina e advertências astronómicas. As ventosas, podem ser aplicadas baixo qualquer signo no que estexa a Lua (excepto em Tauro) a causa disto vem a ser, por passar parte deste signo por certas estrelas que som da natureza da morte.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (108)

OS BANHOS
Resultará de algunha importância esta pequena lecçón sobre os banhos. Pois toman-se por dous respeitos: ou para limpeza, ou por motivos de saúde. Se os tomá-mos só por limpeza, bastará que a Lua estexa nos signos de Libra ou de Piscis, e a pessoa quedará totalmente limpa. Se som tomados para alcançar saúde, temos de considerar se a enfermedade requere humidade ou secura. Se necessita humidade, como os que están tolhidos, ou os que tenhem encolhidos os nervos, e outros semelhantes. Combém esperar que a Lua estê em Cancer, Scorpio ou Piscis. Porque som signos Áqueos e a sua natureza é a humidade. Se a doênça requere secar-se, como a dos paralíticos, combém que a Lua estexa baixo signos ígneos, como som Aries, Leo e Sagitário. Cuxa natureza é desecar, e assim os banhos serám de grandes proveitos.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (109)

O MISTÉRIO DA LUA
Note-se que os efeitos em Crescente som muito diferentes que os de Minguante. Afirma Plinio (libro 18 capítulo 32) que tudo o que se cortar, tusquear, colher fruta para conservar, debe-se facê-lo em Minguante. Os animais que se castram em Crescente, correm o perigo de morrer. Fructas, madeiras, veigas de milho, que se cortam em Crescente (segundo Paladio) estrágam-se mais de présa, que as cortadas em Minguante. Outro efeito é, para que se enxendrem machos, debem deitar-se os pais com as mulheres em Crescente. Quando se deitem as galinhas, se se quere tirar machos, ponham-nas encima dos ovos no Crescente. Se querem ao contrário esperem ao Minguante. Xirante da Lua. Afirma Jacobo de Palermo (italiano), que quem queira saber o ponto da conxunçón da Lua, tome unha copa de prata, ponha-lhe unha pouca de àgua do mar e cinza de oliveira, e naquel instânte em que se dê a conxunçón, revolverá-se a cinza e a àgua torna-se turba. O mesmo A. A. dá a causa do tal efeito, afirmando que, como a Lua tem domínio directamente sobre a prata, a oliveira e a àgua de mar, ao ponto da conxunçón dan sentimento, dando mostra da natureza que dela recebeu. Tem domínio no fluxo e refluxo do mar. E o A. A. Pedro Aponiense, afirmou que todo animal que morra de morte natural, non morre nunca em Crescente senón em Minguante. O primeiro Equinócio é o dia 21 de Março, entra o Sol baixo o Signo de Aries, e som os dias iguais com as noites. O segundo Equinócio é a 22 de Septembro, entra o Sol baixo o Signo de Libra, e aqui som outra vez os dias iguais às noites. O Solstício de Vrán é a 22 de Xunho, entrando o Sol no Signo de Cancer, e som os dias mais grandes de todo o ano. O Solstício de Inverno é a 22 de Decembro, entra o Sol no Signo de Capricornio, e som os dias mais pequenos de todo o ano.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (11O)

Opinións sobre os sonhos. Há quatro clásses de sonhos: o claro, o confuso, o suxerído, e o natural. Os antigos distinguíam cinco clásses de sonhos: sonho, visón, dráculo, ensonhaçón e apariçón. Ainda que o corpo durma o espírito vela (Hipocrates). O cérebro é o ponto onde están assentes as faculdades intelectuais, e por isso é a fonte dos sonhos. Este orgań quando goza de perfeita saúde enxêndra (se é lícito valer-se désta expresón) as ensonhaçóns, que dán marxém às imáxes e às sensaçóns recebidas durante a noite, ván afectar os nervos, o carácter e o temperamento. Por exemplo: Os Sanguíneos, costuman sonhar com féstas, diversóns, amoríos, ou xardíns. Os Biliosos, com zaragatas, combates, desgrácias etc… Os Flemáticos, com o mar, rios, navegaçóns, naufráxios, etc… Os Melancôlicos, com têbras, passeos nocturnos, fantásmas, mortes, etc… Os Temperamentos Mixtos como: Sanguíneo-Melancôlico, Sanguíneo-Flemâtico, Bilioso-Melancôlico, etc… Misturam nos seus sonhos o próprio de âmbos os temperamentos. Apreçabam muito os antigos a interpretaçón dos sonhos, e os sábios do Exípto valiam-se de tablilhas sagradas para descifrar os mesmos, ainda que non tiveram dados suficiêntes para adivinhar o futuro. Pois, unha das funçóns dos Magos, era precisamente a de explicar os sonhos. No Exípto, a casta sacerdotal estaba dividida em duas partes: Jannés e Membrés, isto é “Esplicador” e “Permutador” (o que efectuaba os prodíxios). Eles anotabam as suas interpretaçóns, descubrimentos e milágres, e unha inemterompida série de memórias, que formabam um “Corpus” de Ciência e de Doutrina, no qual os sacerdotes exípcios basabam os seus conhecimentos phísicos e morais; observando também baixo estes princípios o curso dos ástros, as inundaçóns do Nilo, ademais de outros fenómenos. A história ensína-nos, que o Faraó mandou reunir os Magos do Exípto, com o obxectivo de interpretar um sonho, cuxa glória foi obtída polo patriarca Jossé. Chama-se Sonho: quando baixo certa indirecta imáxem se manifésta a verdade. Visón: se retornado à vixília, lhe reaparece o mesmo que durante o sonho. Oráculo: à rebelaçón ou advertência recebida pola noite. Ensonhaçón: se o sonhado durante a noite, parece que se nos reproduze durante o dia. Apariçón: o que os gregos chamabam “Phantasma”, é ésta unha visón nocturna e quimérica, que costumam experimentar os infântes e os anciâns. Déstas cinco clásses de sonhos, as quatro primeiras tenhem algo de verídico, mas a última resulta enganosa.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (111)

Xeralmente falando, a fim de que um sonho poida ser interpretado com toda exactitude, preciso se fai que tenha sido ó amanhecer, ou naquel período da noite em que dissipadas as emanaçóns dixestivas estas non poidam obrar sobre o cérebro. Que non tenha sido promovido por qualquer exceso ou emoçóns e que se recorde perfeita e minuciosamente ao despertar. Isto segundo os antígos, está recopilado no tempo em que florecerom estes mistérios, por aqueles pobos nascidos na obscuridade, em que estas ideias estabam ainda em estado latente. Deus nosso Senhor J. C., quixo que reapareceram mais tarde no meio do xénero humano, que a concebeu a forza de lutas, probando ao mundo com guerras infinitas, facendo constar a sua existência espiritual por meio dos Santos Prophetas, na lei antiga, e por J. C. na lei da graça, e polo Progresso e a Civilizaçón em que funcionaram novas leis. Nasceram as artes e as ciências, por meio da intelixência suprema, concedida a algúns mortais, que andam polo mundo (Philósofos), por missón de Deus para axudar o xénero humano a purificar-se e conseguir escapar dos erros e enganos das almas pouco elevadas. No meio de todos os estudos resplandéce a Philosofia Spiritualista, como alto estudo, que vem a resolver muitos problemas da vida, os quais sem ela quedaríam na inacçón. Onde se sabe que, o mundo invissíbel é superior e sobrevive a tudo. Som muitas as vias ou instrumentos dos que Deus se serve para ensinar aos mortais. mudándo-os com os tempos; agora pois que os tempos mudárom, também esta ciência sofreu detrimento, e será o bastante para que o home non vexa em esta toda a claridade desexada, etc… Algúns afirmam que ao nascimento de Cristo enmudecerom todos os oráculos do Mundo, aínda que non fora tán repentino o seu silêncio, que continuarom com algunha reputaçón até finais do século IV, mas, por último, vem a sua decadência e cesárom de fazer ruído.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (112)

Agora, nos nossos tempos a experiência parece confirmar, que todo sonho é suxerido, porque ainda que falte a animosidade pessoal, contudo, sabe-se que há Spíritos que os suxérem, pola sua própria vontade expontânea. De todas maneiras, os sonhos podem sub-dividir-se em quatro categorías: Claros, Confusos, Suxerídos e Naturais. O Sonho Claro (é suxerído polos Spíritos bons que habitam as rexións etéreas e celestiais). O Sonho Confuso (suxerído polos Spíritos pouco elevados, supercheros, falsos, e algunhas vezes malígnos). O Sonho Suxerído (todos os sonhos som suxerídos), quando afecta imáxes, em virtude de algunha cousa, ou de algúm exceso desconhecido (ou conhecido), e às vezes perigoso, sem a pessoa saber, ou em virtude de algúm obxecto animado, acabam suxerindo o sonho com conhecimento de causa, de maneira que a pessoa dorminte, mira, pensa, passeia, fala, goza, disfruta, e parece-lhe realmente estar desperto. Neste caso, a vida parece retirar-se, abandonar o corpo e reconcentrar-se toda ela na alma, refuxiar-se na atmosfera, divagar polo mundo, sentir os obxectos sonhados como cargados de realidade. O Sonho Natural (este é o sonho natural da nossa alma), non afecta imáxens nem pensamentos, tem-se como um leve recordo, este sonho non sendo afectado por imáxes nem excesos, non molesta o corpo, e a pessoa acorda, sem lembrar-se del, somente com unha leve intuiçón. A pessoa non sonha, senón em virtude de um estado apropriado à natureza dos mundos, que voam no espaço infinito, e desde alí poderá vir um Spírito misturar-se no nosso sonho natural, activándo-o ou neutralizándo-o, bom ou malo, etc… Segundo os nossos pecados, assím será a natureza do Spírito, mas neste mundo nosso tán atrasado, está mais cheio de Spíritos malos que bons. Dos quais nos libre Deus. Amén!
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (113)

O nosso corpo em estado de sono, deixa-se seducir facilmente polas cousas invissíbeis. Absorbe facilmente o ar, sendo assí que os Spíritos, se reencarnam facilmente em nós, orixinando moléstias, como sonhos fantásticos (bons ou malos, segundo os Spíritos que às vezes se pressentam). Por estes médios os Spíritos transformam ideias, através do que se chama suxestón. O sonho suxerído, vale para inspirar unha cousa que estaba esquecida, ou ignorada no meio da expansón dos Mundos. Cuxo recordo ou notícia, xamais se tinha tído; estes recordos duram muito, porque som recordos inspirados por seres incorpóreos, através do sonho, e se Deus o permite, podem ser previsóns do que acontecerá no futuro, ou acontecidos do passado. Estou falando dos sonhos “claros”, porque nestes casos axita-se a alma, e está muito activa, e o corpo despois também sente as fadígas, como se non tivéra dormido, e com a continuaçón acaba por adoecer. E, quanto mais doente estiver o corpo, mais sonhará a alma, pois se sentirá como mais liberada. Chegando a entrar em estado de éxtase. Requerem tratamento especial, igualmente, os que dormem mais de sete horas, e os que adormecem fora das horas do costûme. Os que lhe dêm quebrantos a qualquer hora do dia, ou tonturas, tristeza, os que se encham de ar respirando, ou abram muito a boca. Os que tenham mareos, olhar perturbado ou vista esgaceada. Os que, tenham manías, reutos, ou pensem muito nunha cousa. Tudo isto, indica, que, nestas pessoas se reencarnou Spírito, ou ar malo, ou cousa extranha, qualquer que sexa. Segundo a minha opinión ou experiência, parece que o motivo de haber certos sonhos, ainda que sexam claros e non se realizem, e muitas vezes ser inclúso contradictórios. E, acontecer às vezes com unhas pessoas o que se sonhou com outras, a isto chamam sonho “confussivo”. Há certos Spíritos, que se comunicam com vós, xá sexa por intermédio de um ser animado, ou por unha vontade expontânea, ou por unha simpatía entre vos e eles. É durante o vosso estado de sonho, quando a sua influênça é mais activa sobre vós, e a sua comunicaçón resulta mais energúmena…
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (114)
Eles transmitem a sua influênça ao nosso Spírito, e este incorporândo-se no nosso Cérebro, deposita ali as ideias recibidas. O home, desperta recordando-se de unha cousa que para el estaba oculta na noite dos tempos. Por meio do sonho, estes Spíritos manifestam-vos a ideia do benefício que vos querem fazer (influir-vos nunha cousa, ou retirar-vos). Quando vem que vós seguís ao contrário, entón eles suxestionam com ideias ou visóns, para que volteis, porque os seus desígnios se están frustrando. E como um Spírito non pode fazer duas cousas ao mesmo tempo, senón unha de cada vez, terá que haber por cada cousa um Spírito. E como há Spíritos “antipáticos”, que repélem aos contrários, é quando estes Spíritos, lamentando-se vos suxérem as ideias do benefício (ou malefício, se é um Spírito malo), que intentaram fazer-vos e, se non o fán, será porque non podem. Suxérem pensamentos, porque querem, tanto os Spíritos bpns como os malos, que sigais as ideias por eles suxerídas. Casos porque non se realizam os sonhos: 1º- Por descuido natural ou sobre-natural da pessoa que sonha. 2º- Por influênça de outros Spíritos, que neutralizam a acçón. 3º- Por obsessón ou posessón do mesmo corpo que sonha. 4º- Por mentiras dictas sobre o obxecto sonhado. 5º- Por enganos e desenganos das pessoas com quem tratamos. 6º- Por misérias físicas. 7º- Polo posto e caracter da pessoa que sonha. 8º- Por abatimento da alma (terrores, pânicos), da pessoa que sonha. 9º- Pola inconsciência ou fé perdida. 10º- Pola amabilidade e bondade da pessoa. 11º- Por efeito da alma pura e desinteresada.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (115)
Pola força da experiência, no referênte ao sonho suxerído, parece confirmar-se o seguinte: quando unha pessoa sonha com sitios, lugares ou casas, sexam animados ou inanimados, tocantes a ex-queridos, e algunhas vezes a pessoas non conhecidas, sem xamais habelas visto; sendo pessoas do sexo femenino, a estas parece acontecer-lhes logo que sonhais com elas o seguinte: o corpo conserva algunha pena ou paixón, ainda que non sexa senón um vago recordo, carnalmente (em estado de vixília). E, em estado de sonho queda em fermentaçón, de maneira que transmite a sua influênça ao Spírito. Entón o nosso espírito divaga polo mundo, e por virtude de outros espíritos que também tomam parte na acçón, acaba reencarnando-se nunha terceira pessoa (isto é, a que tem comunicaçón com o obxecto sonhado), entón neste caso sonhado, vé, passea, goza, etc… Non podendo realizar-se, polos motivos anteriores. Há, unha consciência e razón em afirmar, que estes sonhos som provocados por meio da maxía negra. Parece ser, que esta classe de sonhos, com aquelas pessoas que vós habeis mantído algunha relaçón com elas (ainda que somente fora aparente) e que se encontram encantadas ou apouquentadas, por algúm seductor, cuxa vontade (da pessoa seducida) non está no seu estado natural e tem pensamentos contrários aos do seductor, e que logo som dominados polo referído seductor ou polas pessoas com quem este mantém comunicaçón. E, o que vós sonhais, pode realizar-se nalgúm dos casos seguintes:
1º Pola saúde, abundância da pessoa, inclinaçón natural da mesma. 2º Pola fé na supestiçón, riqueza rústica, egoismo. 3º Polo lugar que a pessoa ocupa, Lacer. 4º Polo vício, orgulho. 5º Por mancomunidade com prostitutas, que sirvem como alcahuetas. 6º Por unión de Spíritos protectores, semelhantes à sua condiçón. 7º Pola intervençón da Maxía. 8º Pola maldade, fé, impertinência (entenda-se o mesmo seductor).
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (116)
Alguns Spíritos pouco elevados, non tenhem mais conhecimento que os homes, porque están em castigo e non tenhem consciência de Deus. Sentem a sua soberanía, mas non o miram. Estes Spíritos, suxerêm sonhos com cousas inanimadas: como carbalhos, rios, campos, côtos, pedras; e algunhas vezes também com homes. Entón, haberá que interpretá-los com o “Dicionário dos Sonhos”. Este por exemplo, afirma que sonhar com um cemitério, é signo de prosperidade. Mas, a philosofia espiritista afirma que isto é falso. O sonho debería realizar-se, tal como se sonha. E, que de non realizar-se sería um castigo contra a pessoa que sonha, mas non por isso, deixa de ter pensamentos, bons ou malos; polos quais pode ser castigada se nón os rechaza (os malos). Nisto tudo, vexo muitas contradiçóns e grandes irregularidades, uns som realizados idénticos, outros quedam pola metade, outros non concordam com o “Dicionário”, etc… Enfím, que só o leitor pode discernir, pensar, discorrer, axudado polo estudo continuado, e só assi poderá apreender algo sobre está Sciência, se a sua natureza o permite. Volvendo ao meu propósito, penso que a estes Spíritos lhes falta unha fervúra… E, querem expressar as suas ideias por meio de signos, assim como nós falámos òs outros por sinais. Quando unha pessoa está segura que vai vir unha cousa boa ou mala (segundo o sonho), o leitor poderá apreciar algo, se acáso tem unha consciência para interpretar. E, quando non se sonha nada, e a divina providência nos oculta algum bem ou algúm mal, pois Deus nosso senhor assim o quere, para bem das Almas.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (117)
Aquí vou referir-vos um sonho que tivem com a minha defunta nai, o dia dez de Abril de 1938. Fún à Encostada, redactar duas cartas, para a Checa e para a Guicha, ao vir de volta, Xosé do Manteigueiro dixo-me que o do Crasto iva chamar-me a mim e ao Vareiro a Pontareas diante dos falangistas; él e a Perica andabam danados por culpa das veigas, e para que lhe pagase três pesetas diárias durante o tempo que me tivo em casa trabalhando (tanto trabalhos domésticos como artísticos), passando unha escravitude, ademais do milho que me usurpou, etc… De noite fun dar-lhe notícias ao Vareiro, que xá estaba na cama, fixem-no levantar a el e à sua nai, e cheguei à minha casa às onze e meia. Logo me fún deitar, e sonhei o seguinte: Era um lugar que parecia San Martinho (mas melhor será decir que era desconhecido), xunto dum caminho, unhas casas velhas. Entrei dentro dunha (e vêm-me unha aspiraçón do pensamento, que era minha, mas logo forom correr-me dalí, e fuxim. A poucos passos avistei outra, aproximei.me, uns homes vinham correr comigo, non tivem demasiádo medo, mas por fim tratei de vir saltando através dos sucalcos, e fún ter a um caminho (carreiro) encontrando-me com a minha querida nái. Estaba perfeita, como nos últimos anos da sua existência, antes de lhe dar mal. Depois de estar alí um pouco de conversa, recordo que lhe perguntei ¿Onde está? Parece que falamos sobre xente conhecida de Guillade. O que si me recordo é que me dixo: “Xunto daquela rapariga non vaias, non vaias mais.” -¿Qual rapariga? -“A Generosa, à Generosa.” Aquí lhe referím, a minha vida na casa dela (ut supra), entón vêm-me unha aspiraçón que estaba morta, e continuaba sempre a conversa, amonestândo-me.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (118)
UM SONHO
Afirmando: ¡¡Cuidado, que non se saiba nada!! ¡¡Non digas nada!! ¡¡Disto non se dí nada!! Perguntei-lhe, se queria que rezá-se por ela? -Non dixo que sí, nem que non! Ao parecer, fixo um ademán com o rostro e com o corpo, logo despertei, eram as quatro e trinta e cinco da manhám do dia onze. Voltei a dormir até às oito da manhám, que me veio despertar o peixeiro de Mouriscados (Castanheira). Despois de tanto tempo sem sonhar com a minha difunta tia Maria, o dia sete de Xulho de 1942, sonhei que estaba eu em Matamá, colhendo ramos de cereixas, que estabam cargadinhas, encarnadas e belindas, que era unha maravilha. Acto seguido, vexo vir pola carretera unha mulher, com um saco às costas, eu non a conhecia, mas, ao chegar à Verea Velha, apartou cara a Matamá e vexo que entra dentro do monte (foi entón quando a conhecí). Ah! É a minha tia que foi à casa e non me encontrou. Despois, vinha pola Verea Velha abaixo e eu saín-lhe na Porteira, deu-me um anáco de pán, quase meia bróa. Adiante um pouco, caminho de Oliveira, vexo estar a Sra. María da Tesa sentada. -Eu dixem-lhe: vou buscar unhas poucas de cereixas. Fún com o pán na mán, pensando dá-lo a guardar, até que passei uns caminhos, que se me forom representando cada vez mais desconhecidos, onde vexo vir unha luz muito forte e, ouvia falar xente, que de primeira semelhabam conhecidas, dei meia volta para trás e fuxím! Logo, despertei, tinha muitas aspiraçóns de sentido, tal como pensar que as veigas xá non eram minhas. ¡¡Como non?? A cerdeira xá non existía!! Se fora escreber todos os pensamentos e visóns, que me deu este sonho, habería material para toda a noite, e para encher um libro enteiro. O dia oito, polas cinco da tarde, montou-se um barulho por culpa de unha galinha, entre a Guicha e a Pelitrona.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (119)
CARTA
Ilustríssima Senhora Andrea: Saberá que, habendo-a visto unha vez, fai xá muito tempo e ignorando a sua morada, ante a impossibilidade de borrar da minha memória a sua personalidade, me dediquei a perguntar até que me deron os seus subscríptores a sua estimada direcçón. E como, a falta de recursos, me impéde deslocar-me, lhe pido, que me responda a ésta, avisando-me do dia que lhe quadre vir a Pontareas. Pois, desexaba, falar unha cousa, vocalmente com ustede. Com temor, que esta carta, non vaia dirixída as suas máns, non me dedico a escreber mais nada. Seu afectíssimo servidor. (Calviño, direcçón: Pontareas, Guillade – Lugar da Portela, Pontevedra). Ponha a direcçón sem nome, somente a firma e duas letras iniciais, isto é, a A e a G. Para dado o caso que, vexam a carta, non poidam identificar de onde vêm. Esta carta foi escríta o 27 de Xunho de 1917, e enviada para o Rosal, também lhe chamabam por dependência ou conhecimento, referênte a assuntos…vexa-se páxina 82 (Sibilla nova de Pontareas).
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (120)
Hoxe, quince de Xulho de 1917, pelo tempo destas datas, as seguintes máximas forom o princípio das íntimas relaçóns com Maria R. da Costa. Agora, que a natureza quebrou esta rama da amizade (mas, amizade pura e casta). A continuaçón apresento unha carta de Don Quixote de la Mancha, que parece unha reminiscência do que me aconteceu a mim, e que o leitor discréto poderá xulgar, das diferêntes páxinas desta obra: “A tua falsa promesa e a minha certa desventura, me levarom para estes asuntos. As minhas queixas, chegarom aos teus ouvidos, com notícias da minha possíbel futura morte. Deshecháste-me! Oh ingrata! Por quem tem mais, non por quem vale mais que eu; mas, se a virtude fora riqueza que se estimára, non invexaría eu fortunas alheias, nem choraría desditas próprias. O que a tua fermosura levantou, foi derrubado polas tuas obras. Por elas entendím cada fracasso; e por elas reconheço que és mulher. Queda-te em paz, causadora da minha guerra! E, queira o Céu, que os enganos do teu esposo, estexam sempre encubertos, para que non quedes arrependida do que fixéches, e que eu non tome vinganza. É o que mais desexo.”
POEMAS
Como a flor no monte,
estou solinho no mundo.
Desde que morreu no teu peito,
aquel carinho profundo.
.
Ao pensar que as penas,
ninguém comparte conmigo.
Tán angustiádo me vexo,
que xá me pésa ter nascído.
.
Carta, vai onde te mando,
non digas quem te escribíu.
Unha florinha fermosa,
que do meu peito saíu.
MÁXIMAS
Vale mais quem quer, que quem pode.
Acordate, que o querer é poder.
O poder está unido à “Vontade”; mas, a “Vontade”, non está unida ao poder.
Pode um poder, e non querer.
Resulta, como se nón pudéra.
Para el, só há unha satisfaçón de orgulho e egoismo.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (121)

Este é o lugar ¡¡oh Céus!! Que busco, para chorar a desventura, em que vós mesmo me habeis posto. Este, é o sitio, em que o humor dos meus olhos, acrescentará as àguas deste pequeno riacho, e os meus continuados e profundos suspiros, moveram as folhas destas montaráces árbores, em testemunha e sinal da pena, que o meu acelerado corazón padece. ¡¡Oh vós!! Quem queira que sexais, rústicos deuses, que nestes inabitábeis lugares tendes a vossa morada. Ouvide a queixa deste desafortunado amante, a quem unha ausência e uns inimaxinábeis ciúmes, trouxérom a lamentar-se a estas asperezas. Queixas, da dura condiçón em que me puxo aquela bella ingrata. Têrmo e fím da humana fermosura! Náspeas e Dríades, que tendes por costûme habitar nas espessuras dos montes, assim como os lixeiros e lascivos sátiros de antiga raíz. Ainda que em ván amadas, nada perturbe xamais o vosso feliz sossego. Axudáde-me a lamentar a minha desventura. ¡¡Oh Dulcinea del Toboso!! Dia da minha noite, glória da minha pena, norte dos meus caminhos, estrela da minha ventura! O Céu te axude, a pedir-lhe, que considere o lugar e estado, ó qual a sua ausência me conducíu, e que com bom têrmo corresponda à minha fé. Árbores, que desde hoxe em diante, habeis de acompanhar a minha solidón, dai-me indícios com o brando movimento das vossas folhas, que non vos desagráda a minha presença. Tomáde bem nota na vossa memória, destes prósperos e adversos negócios, para que os conteis e reciteis à causante de tudo isto.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (122)

CARTA DE DON QUIXOTE A DULCINEA DEL TOBOSO
Soberana e alta Senhora: O ferído de punta da vossa ausência. e o chagado do coraçón. Dulcíssima Dulcinea do Toboso, enviache toda a saúde que el non tem. Se a tua fermosura me despreça, se o teu valor non é a meu favor, se os teus desdêns som em mim afincamento, magister que eu sexa assaz de sufrído, e mal poderei soster-me nésta cuita, que adornas pois de ser longa e duradeira. O meu bom escudeiro Sancho, che fará completa relaçón do meu penar. ¡¡Oh bela ingrata!! ¡Amada enemiga minha! Da maneira, como por tua causa quedo. E, se gostáres de ocorrer-me mal, teu som, e se nón, fai o que che venha em gana. Com acabar a minha vida, terei satisfeito a tua crueldade e o meu desexo. Teu, até à morte, o Cabaleiro da Tríste figura.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (123)

Árbores,herbas e prantas, que em aquesto sitio estais. Tán altos, verdes e tantas, do meu mal non vos folgais.
Escuitáde as minhas santas queixas:
A minha dor non é alboroto, ainda que mais terríbel sexa. Pois, por pagáros escote, aquí chorou Don Quixote!
Ausencias de Dulcinea:
¿Quem menoscaba meus bens?
Os desdéns!
¿Quem aumenta meus dolos?
Os ciúmes!
¿Quem proba a minha paciência?
A ausência!
Deste modo, na minha dolência, ningum remédio se afiança. Pois, me mantém a esperanza: ¡¡Desdéns, Ciúmes e Ausências!!
MANUEL CALVIÑO SOUTO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
.
MARCO DE SANTA LEOCADIA, FRONTEIRA ENTRE GUILLADE E OLIVEIRA.
Este é um marco secundário, o do Convento de Santa Leocádia, que debería estár en linha com Bigotes e Portela, e que parece que lhe deron a volta, pois a 0 está virada pra Guillade e a G está cara a Oliveira.
oooooooooooooooooooooooooooooo
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (124)
Publicado o08/01/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

¿¿E OS MEUS MALES, QUEM OS CURA??
Quem me causa esta dor?
O Amor!
Quem a minha glória despreza?
A Fortuna!
Quem a minha pena consente?
O Céu!
.
Desta maneira recêlo,
morrer deste meu mal extranho.
Amor, Fortuna e Céu!
.
Quem melhorará a minha sorte?
A Morte!
Ao bem de amor, quem alcanza?
A Mudança!
E os meus males, quem os cura?
A Loucura!
.
Desta maneira será cordura,
querer curar a paixón?
Quando os remédios som,
a Morte, a Mudança e a Loucura!
.
Santa amizade, que com lixeiras asas,
aparentas arrastarte polo chán,
entre as benditas almas do céu,
subirás alegre às celestes salas!
MANUEL CALVIÑO SOUTO
MANUEL CALVIÑO SOUTO
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (125)
Publicado o14/03/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

¡¡OH AMIZADE!!
Desde alá, quando queres nos sinálas,
ó xusta paz, coberta com um véu.
Por quem às vezes, se trasluce o céu,
de boas obras, que no fundo forom malas.
.
Deixa o Céu. ¡¡Oh Amizade!! Non o permitas,
que o engano se vista com a sua librea,
com que destruia a intençón sincera.
Que se as tuas aparências non lhe gustan,
presto há de verse o mundo na pelea,
da discorde confusón primeira.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
…
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (126)
Publicado o17/05/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

¡¡Ái Dios!!
É possíbel, que tenha xá falado, no lugar que poida servir de escondida sepultura à pesada carga deste corpo.
Que tán contra a minha vontade sostenho.
Se a solidón, que prometem estas serras, non me mente.
¡¡Ái desditádas!! Quán mais agradábel companhia forom estes riscos e malezas à minha tençón.
Pois me darám lugar, para que com queixas, comunique a minha desgraça ao Céu.
Que a ningúm ser humano!
Pois, non há ninguém nésta terra, de quem se poida esperar conselho!
Na dúvida, busco alívio nas queixas, e remédio para os meus males.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
…
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (127)
Publicado o18/07/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

O mal de quem a causa non se sabe, milágre é acertar na medicina. Don Quixote, dixo isto. Concebido da pena de amor, etc… Os seus amores forom: Dorotea, Lucinda, Anxélica, Dulcinea del Toboso. Xunto à porta, o dia quatro de Xulho de 1920. Domingo, em que estívem com María Rosa da Costa, na sua casa, xá algo diferente. E, polas expressóns que me deu, o amor estaba totalmente disminuído. Quase se pode dizer, que agora só existía um recordo. E, era ou non, unha aparente inclinaçón de bondade. Lembro-me, que antes do dia quatro, no lugar da Minada da Portela, falei com ela, e na sua maneira de quadrar dixo, que me había de botar dalí a baixo (entenda-se do átrio). Isto parece que foi o trinta de Xunho de 1920, no tempo das cereixas maduras.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
.
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (128)
Publicado o15/09/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

No tempo das cereixas maduras, fixem um pouco de vinho delas, e como o puxem nunha garrafa pechada durante um mês, resultou num cúmulo de calamidades. O dia oito de Xulho, antes de comer, sobre as duas e meia da tarde, probei apenas meio dedal. E, acto seguído, começou-me a fazer efeito, com tal condiçón que se me subíu à cabeça dunha maneira semelhante ao romeo da páxina 139, mas muito mais perigosa. Afectou-me o organismo interno de tal modo, que me faltaba o aire quase de todo, e quedando-me várias maleitas que puidérom chegar a ser mortais de necessidade. Hoxe, treze de Agosto, ainda padeço os síntomas, dos quais darei detalhes mais adiante. Sucesso do dez de Xulho de 1920 (Sábado). Fún-me deitar, mas, acto seguído, inesperadamente, unha ideia “cogitacionem carnalem que copulan quam e Coladera”, unha ideia fixa e firme, que me resultaba impossíbel destituir. Dei voltas e revoltas, e non puidem dormir “. “Usque facit” P. O caso é que, me convinha levantar cedo para ir à misa, mas acabei dormindo todo o dia, até bem entrado o Domingo. Depois, fún a Pontareas, onde tivem a notícia da morte do Sr. Caetano (Q.D.E.P.). O dia trinta e um de Xulho de 1920 (Sábado), vinha Antonio da Caldereta de Ponte, e falou-me que fora por unhas peras a Uma. Calhou-me vir de volta com Maria Rosa da Costa, e quedei com ela de ir ao Senhor de Guillade, mas tivem unha zaragata com Pintos. Á noite sonhei com a sua nái o seguinte: “Tu non vaias à Costa, porque andam enrriba dela para a deshonrar”. O dia dez, festa em S. Lourenzo de Oliveira, vinhem com Manuel da Sorda que estaba nunha tenda comprando unha libra de azúcar e deu-ma, e eu dei-lhe um peso de prata. O doze de Agosto de 1920, meteu-se-me na cabeça ir a Mondariz, cheguei ainda de noite, e tán pronto arribei, o galo saltou da capoeira e cantou!
MANUEL CALVIÑO SOUTO
.
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (129)
Publicado o17/11/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

Voz estranha, o primeiro de Dezembro de 1919. Encontrando-me eu doente a causa de um grande mal. Pouco mais ou menos, sobre as duas da madrugada, depois de ter despertado duas vezes. Tán pronto como acordei, ouvim perto de mim, unha voz que me dixo: ¡Olá Manuel! A referída voz, non me era conhecída. E a terceira noite, voltou a aparecer-me e a repetir por terceira vez, mas desta non tán clara xá. Eu quedei com o pensamento sobresaltado, e o meu corpo estaba exânime. Passando escravidón e terríbeis disgrácias, que com a axuda da bendita misericordia de Deus, logrei superar. O dia vinte e oito de Agosto, fún ao Socorro de Oliveira, e o dia trinta a Vigo, para tomar os banhos. A primeira noite, vem o “Spírito malo”, para molestar-me. Pagaba eu daquéla seis pesetas por noite pola cama. A segunda noite, díxo-me unha mulher de Filgueira, que marcha-se sem pagar, a causa de unha zaragata que tivéra com a pousadeira, por culpa de uns cartos que faltarom. Mas, ao fim, os cartos acabarom por aparecer. De todas as maneiras eu marchei sem pagar. Cheguei ao Porrinho no tranvía, e aproveitei para visitar o “Spiritísta” do Porrinho (Mos), chamado Senhor Juan do Roxo (impostor). O dia dez de Septembro cheguei a Pontareas, e non houbo um cristiano, que me dera pousada pagando. Partín entón a pé, cara a Santiago de Oliveira, onde arrivei perto das dez e meia, pernoitando num coberto que tinha a Flora. Como poderám ver os meus leitores, nem as disgrácias, a falta de fortuna ou o azar, conseguírom acabar conmigo. A pousada de Vigo, era no 37, penso que rua de Santo Tomé, e a taberna onde comía José Guil, rua alta nº 9. O dia dezasseis de Septembro de 1920, fún a Matamá, e encontrei as ovelhas no milho, chegou depois a velha para as botar fora, e atirei-me a ela no meio do milho. Mas, marchou como veio, poque a potência cesou. Logo, chegou o neto e mordeu-me unha mán, polo qual tivem que dar-lhe dous lapotes. Entón, para rematar a faena, voltou a senhora e saltou a alarma xeral.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
.
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (130)
Publicado o20/01/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

Relaçón de Leonor. O dia vintiseis de Março de 1921, Sábado, encontreime com Leonor, depois que chegarom aos meus ouvidos faladorias, de que andaría amigada com o da Presa. E, logo mais tarde com o Fadista. Díxo-me, que agora falaba com um individuo chamado Silva. Estivémos alí xuntos durante um tempo os dous, parecía estar posseída por unha pena passional, non de um amor, mas de unha vontade céga. Depois do acontecído com estes fulanos, busquei um motivo para voltar a encontrarme com ela, algo assím como um estudo filosófico sobre os cataclismos da condiçón humana, e aprender mais algo sobre a natureza do sexo feminal. O Domingo de Ressureiçón, vintisete de Março de 1921, pola hora das duas da tarde, saím a passear por Matamá, Matamao ou Castro Mao, e na Verea Velha dei um tiro ó aire. Mais adiante encontrei-me com unha cobra, que logrou esquivar o penedo que gratuitamente lhe atirei. A verdade é que essa noite non passei muito bem, e estivem bastânte inquiéto. No dia seguinte, dei unha volta por Guillade, Vilacoba e Taboexa. Este día, passei unha fame-negra. O três de Abril, fun às visperas das Angustias à noite, e estivem com a Vareira. O Domingo dia dez, fun xunto de Leonor, com a qual estivem até as doze da noite! Os olhares caíam, e tivémos unha luta de amor, quedando eu afeito “ex natura ejus”, e como ela non paraba quiéta, acabou por me derrotar completamente.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
.
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (131)

A Segunda à noite tivem malos sonhos. Era um home que eu correra à pedrada, e logo de ir xá lonxe, se me representou como cabalgado. Dias antes destas lutas, xá sonhára que Leonora passára por mim e non falou nada, e eu tampouco díxem nada, como se nos despreçáramos. Había também muita xente, que profería palabras que non logro recordar, mas que me parecía que era o nome do Silva. O dia doze sonhei com Leonor, da mesma maneira que fixéra o dia dez, tudo igual, só que ó nosso lado estaba muita xente que non conhecía e xunto com nós Aldemira da Sorda. Eu levantando-me, atirei com Aldemira de costas, avistando-lhe a natura, ergo! Estes sonhos, non traíam nada de bom! O dia treze, fún xunto dela, e fíxo-me as carícias que sonhára. Ao vir, cheguei à Cruz-do-Balado, e vexo um Spírito xunto de mim. Escafedim-me e non parei até arriba do Roupeiro, onde me vem um pensamento tán vivo, que parecía estár a meu lado Pepe da Graña (que em paz descanse), e alá fun seguindo, escapando de um ruído cada vez mais forte, como me passára no monte de Novás. Botei a fuxir, para meter-me no carreiro que vai para casa. De noite, na cama. voltou a atormentar-me um home. O dia quatorze e quinze, ela andívo para o “Furudo”, e eu fun xunto dela e a esperei na sua casa até às onze da noite, encontrei-a indiferente. Tomou-me da mán, e combinámos ir a San Benito de Palermo em Angoares, o próximo Domingo dia dezassete, a que tivem a honra de assistir por vía dela, e vinhem com ela, mas non me fixo as carícias como antes. O dia vintium de Abril, Xoves, tinha estádo com Abelino da Flora e recomendou-me que lhe matára unha cobra gorda, que também a sua nái tinha intençón de pedir-mo. Dabam-me duas pesetas se lha colhía, decíndo que era para fazer um caldo para remédio, o qual a mim se me figurou asunto de bruxaría. À noite fún xunto de Leonor e a encontrei muito esmorecída, dixo que estivéra todo o dia na cama. O Domingo, 24 de Abril, estivem com Leonor, afirmando esta, que xa estaba algo melhor, mas as carícias cessarom; e non voltarom mais. Deus guarde a vossa mercê. Domingo, 25 de Abril de 1921, Guillade, lugar da Portela.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
.
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (132)
Publicado o03/05/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

Unha Anotaçón: O dia vintiseis de Abril de 1921, fún a Ponte, ao vir de volta por Fontenla, naquel olheiro (presa), que se encontra ao passar as cabadas, vexo vir pola áuga unha cobra pequena frente a mim, com um cagote na boca; eu vinha comendo pán, e ela parou-se mirando cara a mim e eu para ela, por momentos, logo seguíu viáxe. O quatorze de Maio, comprei unha roda de sabugueiro e fún xunto da “Baragera”, falando com ela sobre um sinfím de desatinos, etc… O quinze de Maio, indo eu xunto de Leonor, por um lugar chamado Folgado e no caminho encontrei outra cobra pequena, e deixei-na ir. Ao chegar alá, encontrei-a com o Silva, ela vem comigo e el seguíu-nos os passos, e dixo que me quería dar unha carga de porrada. Escondémo-nos, mudando de sitio. Andando eu assim escondido por muito tempo, até que unha vez me encontrou perto da igrexa, e correu em pós de mim. Nestes intervalos, eu sonhava com muita xente que non conhecía, a qual estaba ou parecía estar acabalo, e eram homes. Sei que Leonor non daba ocasión, às vezes abrazába-se a mim, mas a potência era a que me faltaba. O Domingo três de Xulho de 1921, quedei de ir o dia seis, estabamos acostumados a ir em dias alternativos. Correspondíame ir o dia oito, mas, quedara de ir xunto da Sibila e non aparecim. O dia sete à noite tivem o sonho seguinte: polas quatro horas da noite, passaba eu por um caminho e vim o Silva a um lado, como que saía dunha casa ou de entre unhas casas, eu apurei o passo e saím correndo, ao lonxe mirei para trás e vim a minha tía com um saco ó lombo, o Silva correu para ela para bater-lhe, ráudo eu voltei costas para arrear-nele. Entón, el vem para xunto de mim e sentou-se, e eu berregaba airádo com el, gritába-lhe que fora para xunto dela… que non quería estár agora discutindo sobre esse outro asunto, etc… Voltei a pegar no sono, estaba agora em Troncoso, com unha rapariga que non conhecía, e gozei-a, derramando-se por mim o leite dos amores. Despertei, eram as seis e meia da noite. Desde as três primeiras lutas, que non conseguía o meu intento, e que o oráculo me pedía que a esquecera, que por culpa dela, perdera a fé e a pena me dominaba.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
.
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (133)
Publicado o03/07/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

Hoxe o Oráculo, adivinhou que eu habería de me encontrar num futuro próximo com o Silva. Aínda, que non esperaba grandes milágros désta entrevista, e que eu talvés fixéra bem em dar-lhe unhas lambadas. Tudo eram queixas, que o tempo e a desgráça vam acumulando, e nos obrigam fatalmente a cumprir os acontecimentos que o Oráculo profetizára. O dia dez de Xulho de 1921, fún a xunto do “Rula”, para fazer unha consulta. À volta, passei por xunto de Leonor, alí me deu de cear. Os dous sentados na lumieira do portal da eira, um prato de peixes e dous quartilhos de vinho azucarado, e mo fíxo beber todo. Os efeitos, resultarom mortais de necessidade. Apanhei semelhante borracheira, que quedei completamente perdido. O Domingo, na casa do Torras, tivem unha modesta pelexa civilizada com o Silva, paréce-me que foi do dia 17 ao 21 de Xulho, que era o Domingo da novena do Santíssimo Cristo. O dia 15 de Agosto de 1921, passei por xunto de Leonor, para lhe dizer que iba a Mondariz (aínda que na verdade, non pensaba ir). Polas duas da madrugada, acordei resentido e assanhado, por ela me ter obrigado a traer o pán à força. Xá na sua casa, finxíra ter acidéz e pedín-lhe um pouco de aguardente, e ma botou pola tésta. Levantándo-se, empurrou-me o pán, e dixo que era unha despedida. Alá vinhem eu, com o pán debaixo do braço, que lho tinha dado o Rodríguez por algo, e também o relóxio, que lho deixára por algum tempo. Haber se a Divina Providência, nos encaminha a futuras relaçóns. Novas amizades. Novos relacionamentos.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
.
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (134)
Publicado o03/09/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

O dia dez de Outubro de 1921 (Segunda), fun a Cerdeira xunto ao reloxeiro, saím da minha casa às onze e vinte. No pinheiral do Pousadouro encontrei-me com Manuela… logo seguím viáxe e às três da tarde xá estaba com o reloxeiro. Cheguei à minha casa polas nove da noite. O dia nove de Febreiro de 1922… pola hora das três da tarde, encontreime dolorido e molestado pola interxeiçón da páxina 11 que me tinha dado sonhos malos. Um costipado enorme que me começára o dia oito, e polas dez e vinte como que me picaba a cabeça, é decir, que a interxeiçón me fazia dormitar. O dia vintisete de Xunho de 1922, polas cinco da manhám saím da casa com destino a Salvaterra para ir ós banhos de Monzón, e estívem duas horas com o carabinero e non me deixou passar. Dei unha volta pola praça, e demorei um pouco perguntando para onde ibam uns carreteiros, e dixérom que para Pontareas e se queria também para Guillarei… acto seguído um guardia detívo-me e levou-me para o quartel, mas logo me soltarom. Vinhem de volta e às três xá estaba em San Medrián, e às quatro em Lira (alí demorei o meu tempo), logo passei por Pontalta quando eram as cinco e meia e cheguei à casa às sete da tarde. Non me aconteceu ningunha desgraça, mas, a sorte há que pedíla a Deus.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
.
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (135)
Publicado o16/10/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

O dia sete de Agosto de 1922 (San Domédio), polas oito da manhán, fun xunto do Rula, para sacar um dente do queixal de baixo do lado esquerdo. Quedei com muita dificuldade, porque a dôr parecía abranxer toda a cabeça, e ainda que o dente estaba cariádo, parecía ser algo debído a unha insolaçón que colhéra na Primavera e todavía estaba aí a essência da dôr. Viáxe (1924), 25 de Xunho, Quarta feira, fún a Vigo. “Cucurrit mal vita me, vide signo” (parece ser que foi aquí, onde lhe prometí os quatro duros…). Profecía (galinha). O desgraçado dia três de Outubro de 1925 (Sábado), unha galinha negra que eu tinha, asustára-se num sucalco perto de Novás, dentro do eido. Chegou com uns poucos de pitos, e deixou quedar os outros polo caminho. E, polas doze horas do día, apareceu escapada e entrou no quinteiro. Diante da porta da casa, cantou duas vezes de galo. Non de unha maneira idêntica, mas, como um xesto imitativo. Nos, nón fixémos caso, atribuíndo o asunto a diferêntes possibilidades. Actualmente, parece ser que chamaba polos pitos, para que ouvissen a longa distância. A minha senhora nái, andava também endemoniáda, e estes dias deixei-a em liberdade, e fún para a casa debaixo. A vinte e tantos de Septembro de 1925, durante estes acontecimentos, tivem unha “Conxunçón” com a Milindra (criada de Marcial). Ela, quíxo dormir dentro da minha casa, no canto da lenha. E desafiou-me, mas, debído à minha doênça, a minha senhora nái, que se levantou da cama, correu com os dous, quedando a questón sem efeito… Três ou quatro meses antes, díxo-me a Senhora Carmela do Manteigueiro, que quería que lhe casára com a filha. Transcorrerom esses meses e mais, e eu só a vía quando me chamaba para escreber algunha carta, mas, non falábamos nada referênte a namorar, e se lhe fazía algum xésto, punha unhas ventas carrancudas como desprezando-me.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
.
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (136)
Publicado o05/01/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

O dia dous de Febreiro de 1926, fún visitar a Senhora Tomaza (…) e o día dezaseis, terça feira de carnaval, houbo festa na Cabadinha. Tivem ganas de bailar, e à noite quadrou chamar a Maria do Manteigueiro. A Senhora Tomaza decía que saía unha rapariga comigo, e eu non sabía quem era; até me perguntou se eu queria casar, e eu voltei a responder, que por agora nón, grácias (por cousas minhas). O dia vintioito de Febreiro de 1926, Maria do Manteigueiro veio à minha casa, por primeira vez, de noite. O vintinove, colheu-me unha ideia com ela… O dia quatorze de Março de 1926 (Domingo), pola hora da tarde, caíu a casa toda no chán, e só quedou a terceira parte de pé, para xunto da xanela, eu tinha ído a Pontareas. Uns dias antes das Angustias, Dorinda das Carbalhas, pedíu que lhe dera unha bailada. No dia onze de Abril (Segunda de Angustias)… O dia quinze, fún escreber unha carta à Carmela, e à noite acompanhou-me até à minha casa a sua filha e a criáda (Isolina da Febrabella), habia no ar inspiraçóns de amor, com a dita Maria. O desgraçado dia dezaseis, polas onze do día, cantou unha galinha de galo, identicamente, até batía as asas, talmente um galo. Eu, ví-a estar a cantar detrás da casa do Marcial (daTaberna), virada cara a Mouriscados, a galinha era da minha nai, e aquí cessou a inspiraçón. A vinte e tantos de Abril de 1926, a galinha negra de que xá fixem mençón nas páxinas anteriores, começou muito de manhám, e parecía talmente um galo novo a cantar. Mas, dando-lhe voltas ó caso, unha manhám despido de roupa a ví cantando furiosamente no quinteiro, viráda para Novás, que parecía que se metera o démo nela, cantando identicamente e batendo as asas furiosamente, que até me deu medo. O dia dez de Maio de 1926, às duas da tarde, estívem com a Sra. Tomaza. Non dixo nada, só ouvir, meditar, xulgar, observar e calar. Dixem-lhe que eu estaba doente e que non podía aproveitar-me dos benefícios que me acaecíam, e que tinha que ir ao médico… Sexa por isto, ou por que non quería que voltasse eu alá, o que aconteceu é que à noite me sentín mal. O día dezanove de Maio de 1926, reunirom-se unhas trinta e quatro pessoas, com dous arados e semêntes compradas por eles, e cultivarom-nos as veigas todas gratuitamente, à minha Senhora Madre (que se encontraba doente de um bulto no peito e dor de brazos) e a mím.
MANUEL CALVIÑO SOUTO.
.
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (137)
Publicado o04/03/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

Pensamento, hoxe 13 de Abril de 1926. Até se podería mudar a sorte, mas há duas cousas no mundo que non se podem mudar. Poderíam-se abolir, mas non trocar. A vida e a Sciência (sapiência). Foi perguntádo aos Spíritus (oracularmente) , e responderom o seguinte: Generosa Iglesias faleceu o três de Xaneiro de 1926, e está a entrar no reino de Deus. A minha avó e demais achegados, tenhem algunhas penas, que están ainda por purgar, mas, que também levam bom caminho de entrar. Os Spíritos falárom isto: estám no terceiro último degráu, e ván caminho de entrar no segundo degráu. Perguntádos por raparigas? Calarom! Repentinamente e definitivamente! As “pragas” que me votou minha nái, non tenhem valor diante de Deus! Que, fago bem afastarme déla, mas non absoluctamente. Que estou abouxádo, a causa dos meigalhos que os velhos lhe botarom à casa. E, também algo que actualmente axa. Que a Jardana desfará o feitíço. Sobre a minha doênça, que farei bem em visitar a Senhora Tomaza. Declaro que tenho que tomar a pomada mercurial antes, com receita médica. Que non me fán falta exorcismos feitos por outrêm, nem inxeçóns médicas de sulfuros. Que, fago bem estar solteiro, por um par de anos, repito… Também foi perguntado, se Maria do Manteigueiro me esquecêra? Nem sequer se moveu! Que non ocurre pecado, por perguntar-lhe muitas vezes, e por andar a botar as cartas em público ou particularmente! O caso é, que nestes dias, cessou-me a “inspiraçón” afortunadamente.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
.
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (138)

Franqueira. Voltarom os tempos ao seu primitivo estado, ou a pior, etc… O dia dezaseis de Xulho de 1926, sonhei, e parece-me que foi polo dia, que andaba Dorinda das Carbalhas na minha nogueira, a roubar-me as nozes. O caso é, que a nogueira xá non existia. Logo, fuxíu polo portelo e voltaba por Dornelas, onde estaba o seu pai e o Motreta. Entrei no presídio, o vintiseis de Xulho de 1926 e saím a um de Agosto, às onze cinquenta da manhám, dia do santíssimo Cristo de Uma, Domingo. O dia vintinove de Septembro, marchou a minha querida nai para os banhos em Vigo, e nesse dia andei com o Camanho a cargar pedra, para facer um quarto dentro do éido, em cuxo lugar estivéra a nogueira, que depois secára. A minha querida nái tardou dos banhos dous ou três dias. O dous de Decembro, houbo um cabo-d’ano por quatro difuntos… O acto tivo lugar em Canedo, e fún eu dispô-lo. De noite, apareceu o Spírito sobre mim molestândo-me. E, minha nái dixo, que ouvira unha voz, que chamaba por ela, e que fora unha voz de home, que non logrou reconhecer. Os antepassados, encargarom-lhe à minha querida nái (xá o tinha que ter feito antes), mas, resolveu-se agora, porque lhe dixérom que se o facia deixaria de sonhar. Apesar disto, aínda se puxo pior. Desde hoxe, começou a receber limosnas. Recebeu unha manta da Furuda e um pedazo de pán. Da Masquina, unha peseta e um anáco de toucinho. Do Ganhabém… O dia nove de Xaneiro, fún com a minha querida nái ao Rula. O três de Febreiro de 1927, polas quatro da tarde chegou o Senhor Beático. Ela tinha fuxído com a dor, e estaba comigo em Matamau. Recebeu esta notícia pola sua sobrinha Dolores, e foi prá cama receber o cura.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
.
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (139)
Publicado o20/07/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

O dia quatro de Xaneiro de 1927, a minha querida nái fuxíu com a dor, e escapou para Mondariz. Foi ao médico, e logo passou por xunto da sua irmán María. De regreso visitou a senhora Tomaza, e vem pola Esquerência (Cumiar), apousentando-se alí uns dias para fazer algúns remédios caseiros. A dor dezía-se, que algo lhe passára. Chegou o dia sete (Segunda feira), polas nove cinquenta da tarde, moribunda. O dia dez de Xaneiro de 1927, pola tarde, apeteceu-lhe beber vinho branco. Mandou-me traer um pouco à noite, e tán pronto o bebeu a dor foi mortal. O dia vinte de Xaneiro (Domingo) de 1927, mi madre dixo que fosse a San Medrián a xunto da Chiva, para que lhe busca-se a vida. Eu, por non dar um grande passeo, fún à Senhora Tomaza, que vinha a ser o mesmo. Neste dia o Ferreiro de San Martinho prestou-me unha tarraxa, había tempo que me doíam os brazos (unha dor desconhecida). O dia vintioito de Xaneiro de 1927, neste dia déron-me unha untura de ruda no brazo, e ao momento me passou, para depois aumentar e estacionar, mas de modo algúm cesou a dor. O dia 13 de Febreiro de 1927, saím de madrugada por ordem da minha nái, e fún ó Porrinho buscar unha purga de “contra-malefacto”, que era feita nunha botica que se dedicaba a estes medicamentos. Também a minha senhora nái atestaba que lhe tinha que fazer bem. Aproveitei, para mercar um torno de relóxeiro por seis pesetas, a um fulano do lugar. O Brazo em que déra a untura, estaba exânime e a dor passara para outras partes, retornando logo para o brazo, por vezes ainda mais pontiaguda. O desgraçado dia, para mim tán triste do 15, “ego facit conjunctionibus con ovileus parturienta sit h. 11,30 post, dicitur mater mea aquan fers sit vivam”. Como a minha querida nái tinha um bocabulário e unha forma de falar, que era unha autêntica barbaridade. Algunhas vezes, por culpa disso, eu me desesperaba e a tratába mal. Com desdem, e algunhas vezes ainda pior.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
.
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (140)
Publicado o27/08/2025por xosepubli | Deixar un comentario
.

O dia vintiseis de Decembro de 1926, fún a unha mesa adivinhatória a Troncoso (fonte limpa), que me díxo que non ganhaba nada, e que, quantos remédios me mandábam fazer, igual que os que fazía eu por minha conta, eram completamente inúteis. Eu, fazía-o por fazer, e também para que a minha mente non se alarma-se. Ó pé da dita mesa, ví unha inscripçón do célebre spiritísta beatíssimo padre Domingo Alamartín. Pida a sua Santidade, que nos alcance a bendiçón Apostólica, a todos os nossos consanguíneos, até à quarta xeraçón, e indulxência plenária “in artículo mortis”. O dia 14 de Xunho de 1941, encontrando-me doente de gravidade fún a Pontareas, depois de estar um mes de cama, com unha pulmonía costal. Neste dia, arriba assinaládo, consultei “La Sonâmbula”, ela non queria consultar-me, e por fim consultou; foi a primeira que profetizou a minha partida deste mundo, e que tinha que sofrer muito! Tinham-me roubado o milho, e com a doença, nem sequer me dei conta. Em Xunho de 1941, como por milágre, às onze cinquenta da noite, sentín um broucazo, fún ver, e encontrei dous fulanos a roubar o canastro. Apesar do estado calamitoso em que me encontraba, lutei com eles e acabaron por marchar. Nada lhe fíxem, nem nada se me passou pola cabeça fazer. Andaba eu azamboádo por estes dias, e fún a Ponte, xunto do “Villergas” (fazía bendiçóns), e díxem-lhe que dormía alí pagando. Díxo que aceitaba, mas que tinha medo que lhe puidéra morrer alí na casa.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
.
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (141)
Publicado o20/11/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

O dia sete de Xulho de 1941, fún a xunto da Senhora Tomaza. Ela puxo mil dificuldades à cura. Saíu a alma da minha difunta madre, e a da minha tía. Botou-me unhas bendiçóns e recomendou-me que mandára dar unhas missas, pois que ainda que non facíam força, mas que as aceitabam. Em todo caso, non estabam em mal lugar, e que desde alí pedíam por mim. Perguntou-me, se lhes tinha feito o enterro e se lhe tinha dado algunhas missas, etc… Díxem, que sím, e isto agradou muito à Sibylla, que afirmou: Bem me lo parece! Pois bem fixéches! Isso foi o que te salvou! De Outubro a Novembro de 1926 (parece que neste intervalo foi quando eu fún a Lira com a minha querida madre, a xunto do Senhor Cura, para que lhe fixéra os evanxélios). Ela quedou alá três dias, e depois eu fún-na buscar, e nada de bem lhe sentárom. Em Xulho de 1926, parece ser que o dia vintioito ou vintinove, foi quando a minha querida madre me visitou no presídio, queixando-se do brazo. Em Agosto de 1927 (recibim o libro Carabaca; e o vintium de Agosto de 1927, comprei a Herculano La Fragua. Março, quatro de 1927, à unha e quarenta da tarde, faleceu a minha querida nái. Que em paz descanse! Cuxa história relatarei mais adiante por separádo e com todos os detalhes. Em Canedo, foi feito o enterro de Maria Calviña a 21 de Xulho de 1930, às oito e meia da manham, homenáxem que lhe dedica o seu sobrinho… assistí à Santa Misa… Sed Deus super omnia.
MANUEL CALVIÑO SOUTO
.
















































































