CENTRO CULTURAL DE GUILLADE

oooooooooooooooooooooooooooooo

           CENTRO CULTURAL

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

cultural xardin................................................................. IMG_2603xardin.................................................................................IMG_2602Este, é o tal xardím perfeito, e a fonte de sinxéla fermusura, para a praza dianteira do Centro Cultural.

cultural IMG_2680

Bom, aquí, a nossa fantasía, sofre um pequeno descalábro, ó atoparse com a arquitectura moderna.

42 IMG_2644

Na praza traseira, ficaría muito bem um Timplete.

oooooooooooooooooooooooooooooo

FONTE DO CONVENTO DE OSEIRAIMG_1907

FONTE DA FEIRA DE OURENSEIMG_1900

oooooooooooooooooooooooooooooo

TIMPLETE CULTURALIMG_1895

TIMPLETEAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIMG_2448

oooooooooooooooooooooooooooooo

A EMANCIPAÇÓN HUMANA, ATRAVÉS DO SABER

ooooooooooooooooooooooooooooooooo

.

   CÂNTICO NEGRO

“Vem por aqui” – dizem-me alguns com olhos doces,

Estendendo-me os braços, e seguros

De que seria bom que eu os ouvisse

Quando me dizem: “vem por aqui”!

Eu olho-os com os olhos lassos,

(Há, nos meus olhos, ironias e cansaços)

E cruzo os braços,

E nunca vou por alí…

 

A minha glória é esta:

Criar desumanidade!

 

Nao acompanhar ninguém

-Que eu vivo com o mesmo sem-vontade

Com que rasguei o ventre a minha mae.

 

Nao, nao vou por aí!  Só vou por onde

Me levam meus próprios passos…

 

Se ao que busco saber nenhum de vós responde,

Por que me repetis: “vem por aqui”?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,

Redemoinhar aos ventos,

Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,

A ir por aí…

 

Se vim ao mundo, foi

Só para desflorar florestas virgens,

E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!

O mais que faço non vale nada.

 

Como, pois, sereis vós

Que me dareis impulsos, ferramentas, e coragem

Para eu derrubar os meus obstáculos?…

Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós.

E vós amais o que é fácil!

Eu amo o longe e a miragem,

Amo os abismos, as torrentes, os desertos…

 

Ide!  Tendes estradas,

Tendes jardins, tendes canteiros,

Tendes pátrias, tendes tectos,

E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios.

Eu tenho a minha Loucura!

Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,

E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios…

 

Deus e o Diabo é que me guiam, mais ninguém.

Todos tiveram pai, todos tiveram mae;

Mas eu, que nunca principio nem acabo,

Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

 

Ah, que ninguém me dê piedosas intençoes!

Ninguém me peça definiçoes!

Ninguém me diga: “vem por aqui”!

A minha vida é um vendaval que se soltou.

É uma onda que se alevantou.

É um átomo a mais que se animou…

Nao sei por onde vou,

Nao sei para onde vou,

-Sei que nao vou por aí!

.

josé régio

ooooooooooooooooooooooooooooooooo

A FUNÇÓN ORGANIZATIVA DA VIDA LOCAL

LABOURA DESINTOXICADORA SOBRE A XUVENTUDE

APARTAR DO CENTRO OS XOGUINHOS E AS DROGUINHAS

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

.

                     as casas de xogo

    Coimas, mandrachos, palomares ou leoneiras, acostumaba-se a chamar ás casas de xogo a finais do século XVI, amén de garitos.  Segundo algúns comentaristas, muitas delas eram propriedade de grandes senhores – e algo parece insinuar Cervantes no seu Quixote sobre este particular – e se o gariteiro era quem representaba os altos interesses.  A fauna das casas de xogo, era bem curiosa:  o primeiro de todos era o “enganchador”, que estaba encargado de buscar incautos…, para o garito.  Logo, aqueles a quêm se lhes chamaba os “pedagogos”, que ofertabam os seus serviços, conselhos e malas artes ós xogadores ricos e inxénuos.  Estes chamabam-se “brancos”, em contraposiçón ós “negros”, que xa eran xogadores profissionais e astuctos.  Despois vinham os “apuntadores”, que estabam alerta ás cartas de um xogador e as sinalábam ó “tahur”, por meio de sinais e guinhos; polo qual se lhes chamaba também “guinhóns”.  Os quais formabam parte da cofradía dos “miróns”, e tomabam nota das perdas ou ganâncias do xogador, por isso se chamabam “contadores”.  Estaba tamém o “prestador”, que adiantaba fundos áquel que tinha perdido tudo.  Luque Fajardo, escrebeu: “Coimeiro sem prestador, é rei sem capitáns, galera sem remos, navío sem piloto, bolsa sem dinheiro.”  Seguidamente, figurabam os “barateiros” que sacabam talhada do dinheiro do ganhador, xá voluntariamente ou por força ou ameazas.  Outros, os “capitáns”, chamados por mal nome “estafadores”, que cobrabam este barato, e que actuabam de xuízes nas xogadas duvidosas.  Xuízes realmente inxustos, posto que sempre apoiabam aos profissionais seus colegas.  Nas últimas escalas da fauna parasitária do garito, contabam os “maulhadores” que levantabam mortos, e eran assí chamados pola sua semelhanza com os gatos, ó atrapar ó voo tudo o que unha distracçón deixara ó alcance das suas garras.  Os “modorros”, que debían o nome, a estar nunha esquina finxindo dormir, até passada a meia-noite, logo acabadas as partidas principais, sacabam os naipes como na brincadeira e sempre lograbam enganar algúns maravedís, ós xogadores mais relápsos.  E, por fím, o mais víl dos parásitos, aquel que, segundo Quevedo no seu “Buscón”, se afana, e “despabila velas, ou vêm com o orinal, mete naipes e solemniza as cousas do que ganha: tudo por um tríste real de barato.”  O dos orinais, era para quem non quería levantar-se da mesa, nem para satisfazer as mais imperiosas necessidades.

ramon fernandez pickford

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

        góngora (casa de conversaçón)

Pola abundância déstas variedades de xogo, e polo que levamos xá escrito, podemos dar-nos conta da importância que tivo na vida social espanhola o xogo.  Em 1540 um informe do flamengo Eckloo, facía constar que o xogo dos naipes era mais xeral na Espanha, que em ningúm outro sítio da Europa.  Dí, que nas vendas pobríssimas, onde às vezes nem sequer se daba pan e vinho, non faltaba nunca a baralha.  Rodríguez Marín, no seu monumental comentário ó “Rinconete y Cortadilho” de Cervantes (1920), explica que había mais de trescentos garitos em Sevilha e só em Osuna, que era o povo natal de Rodríguez Marín, com três mil vecinhos, se gastabam ó ano quinhentas docenas de baralhas.  Segundo um “Memorial” elevado ó rei, em 1658, viviam em Madrid uns “trescentos setenta e oito cabaleiros tahures, perdidos polo xogo.  As “casas de conversaçón”, também eran ás vezes causa de escândalo, porque se facíam trampas e xogava-se ó desbarato.  Mas na casa que tinha Góngora na “Calle del Niño”, hoxe “Calle de Quevedo”, perdeu o “racionero” cordobés bons dinheiros.  Joaquim de Entrambas-águas, afirma: isto é um disimulado garito, aínda que el non o afirme claramente.  Heis aquí a verdade, o xogo, “o xogo do home” que estivo a pique de que o poeta deixara de sê-lo na sua xuventude, pola paixón com que o dominou de retonho em Madrid, e el nos explicará sem dúvida muitos dos problemas económicos de Don Luís, que se prantexaron apenas se instalou na Corte”.  Digamos de passo que esta casa em que vivía na “Calle del Niño” – do “Santo Niño da Guarda” – comprou-a Quevedo, mentras era inquilino nela.  E dela o desauciou o seu eterno enemigo, o grande poeta, o implacábel e sinístro Quevedo.  Recordemos os versos duríssimos que escrebeu a razón deste desaloxo e  também aquel epitáfio satírico no que acusa a Góngora de xogador:

Vivió en la ley del juego

y murió en la del naipe, loco y ciego

y porque su talento conociesen

en lugar de mandar que se dijesen

por él misas rezadas

mandó que le dijesen las trocadas.

Y si estuviera en penas, imagino,

de su tahur infame desatino,

si se lo preguntaran

qué deseara más que le sacaran

cargado de tizones y cadenas,

del naipe, que de penas.

Fuese con Satanás, culto y pelado;

¡Mirad si Satanás es desdichado!

 

ramón fernández pickford

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

        Outra mais, das nossas bastas e heterodóxas elucubraçóns, lançadas sobre o sagrado nome de Guilhade. Unha razoável dúvida, vêm perturbar a gratificante serenidade dos nossos espíritos.  Cabilando sobre as numerosas Guilhades, que abundan por esse mundo fora, e tendo em conta as reticências prantexadas por Benito Monteiro, á anterior teoría de Villate.  A qual, apesar de aparecer nos libros antigos como San Miguel de Villate, os gáchos, poderíam estár rotundamente enganados!  (Vou expor-vos, o tríste caso da minha nái Erundina.  Um funcionário do Rexistro Civil de Pontareas, que tinha um coeficiênte de intelixência superior ó normal, ¿Como se llama la niña?  Dina!  ¿Dina, No! ¿Será, Digna?   E graças a este home brilhante, a minha nái mudou gratuitamente de nome.)  Voltando ó asunto que nos ocupa, e despois de visitar estes lugares, damos entrada a unha nova divagaçón, aliçerçáda sobre as palabras Aguilha, Ninho de Águia, Águia, Lugar alto e vistoso.  Todas as Guilhades que conhecemos, confírman ésta razón.  Todas elas son lugares elevados, inclúso fortemente escarpados, magníficos miradores sobre grandes vales, longos campos de cultivo entre soberbas montanhas.  Por tudo isto, e muito mais, parece ser que as teorías se desvían para, Águia, Guilha, Aguilha e Guilhade.

LÉRIA CULTURAL.

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

.

(Anacos do texto lido como pregón na 1ª Feira do Libro de Ponteareas, o 27 de Xullo de 2017)

       (…)Nun vello libro de Patrícia Highsmith, mercado coa paga do domingo no quiosco que daquela tiña o Hossaín, lin aquela historia de Taylor Cheever, o escritor que desenvolvía a súa mellor novela na súa propia imaxinación;  ensimesmado, distraído, non topaba o tempo de vertela na escrita; tanto tiña, el sorría, estaba a escribir – a imaxinar – o mellor dos relatos; era suficiente.  (…) De moi rapaz ensaquetaba uns pesos para ir correndo á libraría de Pereira e apañar o último número das aventuras en banda deseñada de “Old Shatterhand” e o xefe apache “Winnetou”.  (…)  Deprendía, de vagas; que pasar a tarde arredor do quiosco do Hossaín levaba a fedellar nas séries de Agatha Christie que publicaba a Editorial Molino e mudabas o definitivo partido de fútbol nos restos da vella praza de abastos para esclarecer nervioso que pasara naquel tren que saíra para Paddington ás 04:50 horas.  E  xa, cando xuntabas algúns cartos máis, mergullado no vieiro dos mundos paralelos, facías da libraría de Charlot unha propia Igrexa particular onde topar a Série Negra que publicaba a Editorial Bruguera e nomeabas a Raymond Chandles o Párroco co que memorizar novos sacramentos naqueles días de fuscas catequeses.  Topabas e soñabas e tirabas da imaxinación frases do Philip Marlowe coas que chegar ao Instituto a triunfar.  (…)  Un outro día, cando Hossaín abriu ao cabo a súa libraría botei o ollo a unha reedicçón de Planeta de Seara Vermella, a novela de Dashiell Hammet ambientada na caciqueada vila de Personville (en Montana, ou así) e que el chama Poisonville.  Dende aquelas comprendín que a boa literatura axuda e obriga a comprender a propia realidade.  (…)  Comezaba a ler en cadea e ao chou.  O pai dalgún colega mercaba libros do Circulo que amoreaba pola casa aínda no seu plástico.  Nunha visita, logo dunha das primeiras resacas de Kalimba e Globos, descubrín o Pan con Xamón de Bukowski, inmaculado, virxe, agardandome para lle facer un sitio embaixo da miña cama,  e divulgalo feliz, obrigando a xente a partillar a historia dun rapaz com acné, tráxico e folgos de ler e escribir.  (…)  Daquela, volvín pola Biblioteca para ir máis atrás a coñecer a nosa tremenda historia agachada no xornal agrarista “El Tea” entre marabillosos textos literarios, e revelar contos exquisitos escritos polos emigrantes locais na revista “Lonxe da Terriña”.  (…)  Teimo, adrede, en lembrar ao Santiago Eizaguirre, o profesor de Literatura en Bacharelato, que me agasallou aos quince anos con dous libros de Benavides:  La Escuadra la mandan los cabos e El último Pirata del Mediterráneo; esta vila ten moita literatura, dicía.  E tal foi.  (…)  Posuía unha misión; eu tamén quería ser evanxelista do meu tempo (…)  Comecei por escribír versos febles e atrevidos, ganduxos de poemas para o tal profesor, que os desbotaba máis, con todo, insistía, intrigándome:  “Liches o Seraogna?  Búscao, procura ti os tesouros”.   Nin sabía por onde pescudar; se preguntaba, ninguén dicía ren.  Saberlle o nome a Pexegueiro, saber del, era cousa de Esperanza, do Anxo Abalde e outros hippies.  Até que lín que o Méndez Ferrín destacábao como o mellor poeta da súa xeración e ao pouco Luciano Fernández, un colega filólogo de Areas, aquelou unha fantástica edición para Xerais.  (…)  Cando din aborrecido a facultade refuxieime na biblioteca da Universidade entre os versos rebeldes de Walt Whitman e os textos libertários de Gustav Landauer ou Ricardo Mella para lle dar a volta ao mundo sen deixar a cadeira e ao cabo, caer na conta de que á base de ler e ler, dás por escribir e corrixir, e gardar, e volver a ler, e borrar todo para reescribir e, trás dunha luz máxica (como a de Saulo, supoño), dás cun verso, unha frase que te apaña e te leva da man (…)

kiko neves

oooooooooooooooooooooooooooooo

PORQUE NON HAI OLVIDO

.

           “Kalimera, pensó absurdamente”

           J. Cortázar, en “La isla a mediodia”

 

             “Si tivésemos todos

             unha palabra esacta, unha somente”

             C. E. Ferreiro

                         I

Un devora delirios, insomnios infernais

verdadeiras mentiras, ruídos e noticias.

Un nunca cruza a ponte que vai ata o Silencio:

quédase sempre a medio camiño, sobre a ponte

porque un ten medo, medo.

E se chegamos á outra banda aínda nos queda

o eco dos nosos pasos na memoria

porque non hai Olvido

porque non hai Olvido.

 

 

II

Por unha palabra escondida

que tal vez non coñecerás xamais

avantas por barrancos, pasas freitas

que che dan os camiños coma ós lobos.

 

Por unha palabra que inda non hai

unha palabra exacta

correrías congostras, e por ela

ferverían os ollos cansos

de xa naceren tanto.

 

(Por moi certa palabra palpitante

que ha nacer un día para tódolos homes

e que non será a Morte).

 

FRANCISCO XOSÉ CANDEIRA

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

               Non há dúvida que o nosso único paraíso é a infância; e non está menos claro que a infância é unha pátria irremediabelmente perdida sem possibilidades de recuperaçón. Dicem que manter certas zonas da nossa personalidade incontaminadas e virxens conduce á felicidade, mas eu non estou seguro.  Mais que um estado, a inocência é um sentimento e como esse sentimento se proxecte sobre os demais pode ser a felicidade ou pode ser o desástre.  O que parece induvitábel é unha tendência nostálxica a buscar raízes que estabilicem a nossa sensibilidade convulsa.  Esse exercício do recordo, sim que produce unha sensaçón de bem estár, melancólica, vissionária e transitória.  Pretendemos, com isto, unha rexeneraçón do gastado tecido da nossa vida.  Aínda que só durante uns minutos, vale e é benéfico;  trái-nos a ilusón de que voltamos a ser os de antes, os de fái tantos anos.  Escribindo este libro sobre os xogos da minha infância, non voltei a ser neno; mas reconhecim-me a mím mesmo.  E nón digo que me tenha recuperado porque séi que eu son irrecuperábel.  Nas vaporosas cláves daqueles lonxanos anos están seguramente muitas das minhas cláves actuais.  Supondo que um, a éstas alturas, tenho todavía cláves.  Essas mesmas sensaçóns que eu percibím quixera que percibiram os que lean este libro; os da minha idade, reconhecendo-se nos protagonistas e partícipes destes xogos; e os nenos que as desconheçam, descubram que a imaxinaçón pode sobrevivir, á penúria, á indiferênça e ó aburrimento.  Xuntos ós xogos daquél ruralismo dos anos cinquenta, puxém algunhas estampas da vida, circunstância que axudarom, se non a compreender, sim a explicar aqueles anos; son esses capítulos intermédios com subtítulo específico e baixo o xenérico comúm da “vida”.  A agrupaçón por modalidades afíns fixo que apareçam entre os infantís alguns xogos de maiores;  non é um capricho.  Estes xogos também eran xogos de nenos, só que os maiores os practicavam com mais paixón e contundência.  Non presto atençón ós xogos de pelota ou de corda (a comba, por exemplo) por estár bassados, fundamentalmente, em letrinhas e cançóns muito diversas que, talvéz, ocuparíam outro libro.

javier villán e david ouro

 

 

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

.

                               o aro

 

               O malo do aro, é que era muito aborrecido.  O bom, que podía xogar-se em solitário.  Carecia da condiçón competitiva de quase todos os xogos, competência que marcába o espírito da época, de todas as épocas: ganhar.  Sempre había que ganhar a alguém, algunha cousa.  E sem essa condiçón de ganhadores, o qual supunha a necessídade de um perdedor, non havía nada que facer.  Sem um perdedor, ao que poder mirar por cima do hombro, um non era nada.  Por isso, com frequência facíamos carreiras de aros que davan ó xogo certa categoría e emoçón, um contra outro, por afinidade ou por antipatía, dava igual.  O caso era correr contra alguém; muito melhor, por suposto, contra alguém a quém, por qualquer circunstância lha tinhamos xurada.  Os instrumentos usados non tinham mistério. Um aro procedente das velhas pipas, cortados e soldados por um ferreiro para reducí-los se eran demasiádo grandes e unha manivela de arame gordo que acabava num rectângulo aberto onde se encaixava o aro.  A graça consistía em impulsar este, guiado com a manivela, á maior velocidade possíbel.  Influían na carreira dous aspectos: a rapidez do corredor e a sua destreza para manter o aro rodante sem tropezos nem accidentes.  Ás vezes um exceso de velocidade rompía o equilíbrio do aro, dificultando assím a carreira.  Ésta podía ser linear, exclussivamente de velocidade a unha distância determinada; ou podía ser com obstáculos e dificuldades interpostas.  Competir contra um mesmo, correr por correr sem présas, era muito gráto.  Era unha forma de demonstrár-se a sí mesmo, que as cousas podem facer-se por prazer, sem rivalidades nem finalidade lucratíva.  Mas isto apenas ocurría; e só o facían alguns solitários, ós que non importáva o que dirán.  Passava-mo-lo muito bem, inventando obstáculos e improvisando habilidades para regosto pessoal e invexa dos demais.  Mas como non queríamos competir, ou o facíamos a reganhadentes, os demais chamaban-nos “caguetas”

javier villán

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

                            a cantea

    A Cantea ou Pedrea, mais que um xogo era unha salvaxada.  Era unha batalha a pedradas, a cantazo limpo decía-mos nós.  Pedrea soába mais fino e assím o chamaban os da capital, crianças relímpas, que ás vezes, muitos fins de semana, em época de pesca ou de caza, vinham por aquí.  Muito perípostos e penteádos, mas non había que fiár-se.  Davam cada cantázo que te descalabrábam.  Admitíam-se sem diferenças, para que logo non dixéram.  A cantea era um combate de estratéxia e, por suposto, de puntaría.  E facía-se,  xeralmente, por bandos de afinidade, ou por bairros; no meu pequeno povoado soliamos elexír, como terreno neutral, o bairro do meio.  Zumbávan os cantos com grande perígo de cristáis e cortinas; mas com maior perígo para as cabezas.  Algunhas eran tán duras, que o que verdadeiramente perigaba  eran os cantos.  Os dous exércitos despregábam-se buscando a proteçón das árbores, desmontes ou esquinas.  Lanzába-mos á mán, nada de fundas ou de fïsgas, chamados tamém tirachinas.   A brazo.  E ninguém se rendía, a non ser por cansaço das duas partes, por algunha cabeza aberta ou polo cristal de unha xanéla feito anácos.  Neste caso, os riváis facían causa comúm e saía-mos escopeteádos, antes que a dona da casa vinhéra feita um basilísco, “demónios, vou-vos matar!”  A mím gostába-me o papel de árbitro, mas isso alí non valía.  E unha vez que me puxém pesado, dixeron-me que sí, e moeron-me a cantazos os dous bandos.  Escondido detrás dunha árbore, tumbado no chán como as lêbres na sua cama, choviam-me as pedras, que me deixarón o corpo cheio de bultos.  Nunca mais, voltei a fazer outra.  O papel de componedor ás vezes têm éstas consequências indesexáveis.

javier villán e david ouro

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

                            O MOSCÓN

               Era mais unha demonstraçón bruta dos maiores que unha brincadeira infantil, aínda que ás vezes tamém.  Éra xogo de Inverno, ou de Outono, quando as chúvias e as neves non deixavam ós labradores saír ó campo a trabalhar.  Entón reuniam-se na taberna e unhas vezes xogabam ás cartas, ó “mus” preferentemente e outras zurrabam-se ó “moscón”.  As cousas empezabam em broma e amizade, mas ían-se aquecendo pouco a pouco e acababam como o “rosário da aurora”.  O rosário da aurora era unha práctica relixiosa que, como as rogativas para pedir água em tempos de pertináz sequía, tinham lugar á alba. Non sei por quê era así, sendo o rosário relixiosidade vespertino.  Nem tampouco sei por quê esse célebre rosário, nêm em que ocasión, acabou com os fiéis atizando-se com as velas e as linternas.  O da sequía pertináz sí que me recordo, pois escuitaba os maiores que, decía Franco cada véz que dava algunha explicaçón sobre algo que non marchaba bem, do campo e das colheitas maiormente.  Toda a culpa a tinha a “pertináz sequía”; que as demais naçóns se burlábam ou nos davam um corte de mangas, pertináz sequía.  E tudo así.  Bom, o que quería decir é que o xogo cáfre do “moscón” o xogabam os homes na taberna os días de neve e frío ou chúva, ou sexa, quando non había “pertináz sequía”.  E nós xogabamo-lo quando nos dava a gana.  Ó que por sorteo e por desgrácia, que non por sorte, lhe tocaba por-se cara á parede, non demasiado perto déla; logo se verá por quê.  Com a mán dereita  tapaba os olhos e cruzaba o brazo esquerdo por diante do peito, oferecendo a palma da mán colocada exactamente no sobáco dereito.  Sobre esse albo fixo, estrelabam-se os golpes dos demais xogadores.  Estes colocados nas costas da víctima, lanzabam a sua mán dereita com toda a forza contra a palma cobigada debaixo da axíla.  Unhas vezes á sobaquiño, ou sexa um golpe semicircular de baixo arriba; outras, describindo um movimento de atrás para diante em sentido horizontal.  O que se punha tambaleáva-se e, apenas recuperado o equilíbrio, dava a volta tratando de adivinhar quem dos xogadores fora o merdeiro, que quase o tinha descalabrado.  Estes xirabam ó redor do agredido, as máns levantadas e imitando com a boca o zumbido do moscardón que, no meu sítio, chamába-mos “moscón”.  Se, entre o zumbido e o bosque de máns axitádas e tremorosas como folhas de árbore, acertaba quém fora, o descoberto ocupaba o lugar da víctima anterior.  E, sí se tinha excedido no golpe, comezaba, claro, a vinganza.  Olho por olho e dente por dente.  Se non acertaba quém, seguía recebendo trompadas.  Davam-se verdadeiras palizas muito bem resistídas por uns e outros, amistosamente, entre linguatazos de mistéla misturada com aguardente.  Como fora chovía e caían chuzos de punta, decían que era para entrar em calor.

javier villán e david ouro

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

                   O QUARTO DA LENHA

               As classes terminabam pronto, ás cinco ou algo así.  Nada mais entrar á escola, despois de comer, estábamos á espera que a senhora mêstra nos desse solta.  Rezábamos um pai-nosso e unha avé-maría, cantábamos algunha cançón patriótica, quase sempre “Montanhas Nevadas”, “Bandeiras ó Vento”, ou “De Isabel e Fernando, o espírito impera, morreremos bicando a sagrada bandeira”; e saía-mos de estampida, com o cabáz na mán e na boca a despedida á senhora mêstra, que era um “usted lo pase bien”.  A senhora professora era inflexíbel, aínda que non era mala.  Mais bem era muito boa, mas como se che esquecera o de “usted lo pase bien”, caía-che polo menos unha hora de encerro.  Os encerros non eran mala cousa, sempre que quedáras acompanhado; mas isso acurría quase nunca, pois quedar-se encerrado era um castigo, e se quedabám dous ou mais, xa non era um castigo, senón um cachondeo.  O pior dos encerros era que se o sabían na casa, alí castigabam-te outra vez.  O encerro podía ser na própria escola ou no quarto do carbón, que era onde se guardava a lenha e as pedras de carbón, como o seu nome indica, para acender a estufa no inverno.  E podía ser por algunha travessura menor ou por non saber a liçón do día.  A senhora mêstra batía pouco e era mais partidária da privaçón da liberdade, que do castígo corporal.  Deixaba os reglázos nas unhas, ou na palma da mán, para casos bastânte gráves de indisciplína, de burrés extremada ou de picardía, por ter-lhe feito unha xudiáda a algunha nena; cochinadas; non! déstas facíamos poucas, e se algunha vez as facíamos calábamos como mortos; elas e nós, polo que puidera passar.  Logo, decían que em Espanha non había racísmo.  E o dos xudíos, ¿quê?  Facías qualquer zacanada a alguém… pois era unha xudiáda;  alguém quería insultar a outro, por unha cousa de nada e chamaba-lhe perro xudío.  Así que, o de xudiáda non é meu, que o aprendín fái muitos anos, alá nunha aldeia de Castela, que eram quatro casas de adobe de mala morte.  O encerro podía durar até duas ou três horas.  Ou sexa, que perdías a merenda e os xogos de despois da merenda.  E encima, como na casa sempre había algo que facer ou que axudar, xa reenganchabas.  A própria professora te prendía, na escola ou no quarto escuro.  E, se estáva de boa disposiçón non trancava a porta e decía, quando aprendas a liçón avisa, que cha venho tomar.  Isso, se, o encerro fora de escola;  se fora de quarto de lenha, alí apodrecías até ás tantas.  Xá a tua nái sabía que foras castigado, que Paquinho quedára encerrado.  E o mais seguro era que quedaras sem ceia.  Sem merenda e sem ceiar.  E sem xogos.  Ou sexa, que eu prefería o reglázo nas unhas, ou uns bons vergalhazos: salvo aquéla vez que non recordo que tinha feito mal, mas a senhora mêstra, mandou-me cortar unha vara flexíbel e resistente que lhe servíra para administrar castígo;  naturalmente eu sabía que a iba provar em mím.  Mas como non era tonto, cortéi-a meio seca e ós primeiros bergalhazos rompeu-se.  Entón, mandou outro, que trouxo unha forte e flexíbel que parecía um látigo e, naturalmente probou-a nel.  Logo, chamou-me a mím e continuou facendo probas; “para que te enteres, do que há que cortar quando cho mando”.  Mas non era normal que dona Glória, nos sacudíra as badanas; ou sexa, que aquéla tarde, algo gordo debía eu ter feito.  A escola do meu lugar para aqueles tempos estava muito avanzada; todos xuntos, nenos e nenas sem distinçón de sexos; aínda que, isso sí, em bancos separados.  Aquílo, mais que progresso, debía ser necessidade. Para duas ou três docenas de nenos e nenas, non era cousa de ter duas escolas, um mêstre e unha mêstra.  O que non sei é por quê essa tendência de que nas aldeias houbera mais mêstras do que mêstres.  Ó melhor é que tinha começado a liberaçón da mulher e non nos tinhamos dado conta.

javier villán e david ouro

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

                                o pan

               Bicar o pan encerraba um sentido sacrosanto de pobreza.  Bendecía-se o pan, igual que Cristo na última ceia, antes de partí-lo.  Como um don.  E tamém se bicaba o pan que caía no chan.  Como em desagrávio: um pecado involuntário que se redimía com um bico.  Bicaba-se o pan porque o pan sempre era de Deus, e porque se temía que faltara.  E porque había fame.  O pan, último baluarte contra a fame. Era um alimento básico e, ás vezes, quase exclusívo.  Habendo pan, había alegría.  Aproveitáva-se todo o pan, até á última côdea.  E quando xá non se podía roer, de pura pedra em que se tinha convertido, áspera pedra que podía  descalabrar a um cristiano, entón faciam-se sopas de alho.  A pelo, sem tropezóns de pernil nem ovo escalfado.  Isso, mais que um luxo, houbera parecído um milágre.  Sopas de alho urxentes e caldorosas, com uns pingos de azeite ou de toucinho derretido, que erq mais barato.  Ou sopas de leite, que tamém estavam muito boas, sobre tudo se  o leite tinha nata, o espessor amarelento e rico que dava todo o leite sem água anhadida.  As sopas de alho para cear e as de leite para de manhán, que entón chamávamos pequeno almorço.  O pan cozía-se por turnos, unha vecinha cada día, num forno, cuxa dona cobráva em páns ou em farinha o trabalho de forneira, unha espécie de maquía, como nos muinhos.  Os días de cocedura eran unha fésta.  Desde pola manhán comezaba a barafunda; primeiro, levar ó forno os brazados de lenha e a palha para enrroxá-lo, logo, o saco de farinha, e despois amassá-la, deitar a lavadura e fazer os pans.  Estes metíam-se dentro do forno com unha pá de madeira de larguíssimo mango.  Com a massa sobrante, que non alcanzava para fazer um pan, nos fabricavam ós nenos tortas ou paxarinhos muito bem moldeádos, tál que parecíam páxaros de verdade e até dava pena comê-los, primeiro a cabeza, logo unha asa, e así.  Eran como comunhóns colectivas.  Deus me perdoe, que compartíamos com os amigos.  Había no povoádo um sistema de préstamos rotatórios, unha espécie de troco, resíduos sem dúvida de unha primitiva economía sem dinheiro.  Tu dás-me hoxe dous pans, e manhán eu chos devolvo.  Assím, por este sistema, nunha aldeia com poucos possíveis e muitas carências, permitiam-se o luxo de comer pán fresco todos os días.  Os páns eran de quilo, redondos, compactos e candeais.  A todos nos gostavam mais os corruscos que a miga.  As migálhas usabam-se muito para sopas ou para recheio do cozido.  Todos os días, ou quase todos, había cozedura, e todos devolvíam relixiosamente os préstamos que tinham recebido os días anteriores.  Nón existía o perigo de quedármos sem pan.  Passava igual com as matanzas.  Quando o porco, que se criáva em todas as casas, lhe chegaba o seu “Santo Martinho” e o degolávam, repartiam-se razóns entre os vecinhos que ó melhor levávam: um trozo de toucinho, outro de lombo, costelas, xigas ,e unha morcela.  Assím, desde primeiros de Decembro até finais de Xaneiro, mais ou menos. todas as semanas comía-mos manxáres de porco.  Dinheiro non había, mas a comida era unha ledícia.  E o fantásma da fame de post-guerra, foi menos acusado nas aldeias, pelos recursos naturais do campo, e tinha desaparecido, em parte, nos anos cinquenta, que son dos que estou falando.  Tudo isto, vêm polo de beixar o pan, por esse sentido sacro de comunhón que dábamos ó pan; pola sua condiçón de remédio fixo contra a fame.  O pan era o alimento sagrado e redentor.

javier villán e david ouro

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

                          as comédias

      Saíron neste libro assuntos de comédias e de teatro e non há razón para que eu passe sobre este tema tán de puntinhas.  A fím de contas, as comédias marcarón a minha infância e marcan hoxe a minha vida.  Eran tamém um xogo.  E até um acontecimento.  De vez em quando, e facendo-o coincidir com certas féstas, chegavam os comediantes.  Vinham em carros tirados por mulas; nuns, os sinxélos decorados, noutros as actrices e os actores, que non eran muitos, mais bem cousa de família e tinham que levar vários papeles.  Para mím era especialmente excitante a sua presença, pois quedaban a dormir na casa e alí, amontoádos e como podían, ensaiában as suas funçóns que eu aprendía logo.  Quando chegavam á taberna había zafarrancho xeral.  Non había camas suficientes e dormir se arranxaba sacando os colchóns e xargóns nos porches, e nas glorietas.  E todos tán contentes.  Ó marchar-se, despois de vários dias de funcóns, davam-lhe ó meu pai algúm dinheiro em pago de hospedáxem.  Pouco sería, pois pouco era o que recaudabam aquéles heróis dos caminhos e do escenário.  A maior fonte de ingresos, mais que o preço das entradas, eran as rifas.  Nos entreactos vendiam-se papeletas ó por maior sorteando unha garrafa de cognhac “Terry”, torrons se era natal ou algunhas bonecas de trápo, que lhe gostaban muito ás nenas.  Estes eran os ganhos dos comediantes e deles lhe pagaban um pouco ós meus páis.  Eu penso que á minha nái, mais que o estipêndio, o que mais lhe preocupaba era aprender cousas para quando ela dirixía os mozos do povo.  E a mím também.  Quando a minha nái me dava algúm papel nas comédias, eu procuraba imitar o que tinha visto e escuitado ós cómicos; mais o que facían nos ensaios que no escenário, que non sempre era igual.  Ás vezes ensaiavam de unha maneira e actuavam de outra.  E entón o xefe colhía uns cabreos de órdago.  Na minha aldeia, non se decía interpretar, decía-se trabalhar: que bem trabalha fulano, que mal trabalha mengano.  A minha nái unha vez deu-me um papel muito importante nunha comédia só de rapaceáda; foi o de Santo Tarsício Mártir, um neno clandestino entre os pagáns que desafiava o imperador e levava a comunhón ós cristáns, até que foi descoberto e morto.  No escenário, os nenos que facían de romanos quase me matan de verdade.  Eu começaba a obra com um discurso e acabava com unha oraçón e um lamento.  Dos quais, non me acordo, mas do discurso aínda.  Decía “o edícto infame de persecuçón contra os cristáns xá está fixado nos sítios do costume.  ¡¡Oh Senhor, novas perseguiçóns, novas tribulaçóns para a Igrexa Santa!!  Soltaba tudo de um tirón, sem matíces. Colhía carreira e xa non parava até ó final.  Do repertório dos comediantes acordo-me que facían especialmente Santa Xenovéva de Brabante, O Soldado de Santo Marcial e A Paixón de Cristo.  Santa Xenovéva, presa em um castelo guardado polo sinístro Golo; e Cristo morto na cruz.  Marchaban os comediantes e alí quedava eu organizando os rapazes para imprevissíveis representaçóns e dando-lhe á matraca durante um més.  Eu facía de Cristo na paixón e de Golo em Santa Xenovéva.  No Soldado de Santo Marcial, xa non sei que facía, pois non recordo o argumento.  Ou sexa, que era um actor completo.  Marchavam os comediantes e alí quedava eu, o filho da Senhora Rosário e do Senhor Francisco, facendo comédias e sonhando.  Um pouco melancólico, um pouco tríste, um pouco solitário.  A chegada dos cómicos era bem melhor e mais esperado todo o ano na aldeia.  Quando se ían, era como se houbera roto um sonho.

javier villán e david ouro

oooooooooooooooooooooooooooooo

oooooooooooooooooooooooooooooo

                            STENDHAL

.

               Considerado como um dos grandes mestres da literatura do século XIX, Stendhal foi, xunto com Balzac. o criador da moderna novela realista, mas, á diferença deste, que gozou do aplauso dos seus contemporâneos, non foi apreçado debidamente na sua época e, tal como el mesmo intuíu, a sua obra non foi de todo compreendida até ó nosso século.  Stendhal soubo por de relevo o dramático conflícto que enfrentou o indivíduo com a nova sociedade surxída do “antigo rexíme” e as formas emocionais em que cristalizou o referído  conflícto.  Estes rasgos que o definem como escritor som os que melhor entroncam a sua obra com a sensibilidade contemporânea.  Stendhal chamava-se todavía Henri Beyle e tería uns dezaseis anos quando chegou por primeira vez a París, o dez de Novembro de 1799 o, segundo o novo calendário estabelecido em França durante a revoluçón, dezanove de Brumário do ano  VIII.  Sempre tinha sido um estudante aventaxádo e aquel mesmo ano había obtido o primeiro prémio no curso superior de matemáticas da Escola Central de Grenoble, pelo que a sua família decidiu enviá-lo á capital com obxecto de que alí ingressára na prestixiosa Escola Politécnica.  O chegar, encontrou París muito soliviantado, non sem razón; a véspera Napoleón Bonaparte, a sazón um xovém xeneral de brilhante executória, tinha dado um golpe de estádo e tinha-se proclamado “Primeiro Consul”.  Com este pucheirázo, Napoleón punha fím á década turbulenta da “Revoluçón” e, ó mesmo tempo, consolidava para sempre os seus ideais;  França voltava a ser na práctica unha monarquía absolucta, mas agora non cenhía a coroa o seu herdeiro lexítimo, senón um militar de orixém pebleio, cuxa ascensón había possibilitado a Revoluçón e seus avatáres. O feito era novo e nón tán novo.  Em todos os tempos e países tinha habído homes de armas dispostos a fazer-se com o poder em momentos de zozóbra e incertidúme, mas sempre á maneira dos tiranos de ocasión e com um único propósito de restabelecer a ordem interna em nome próprio.  Napoleón actuou também désta maneira, mas ó mesmo tempo como soberano natural dos françêses e com o apoio e aínda fervor destes.  Conquistou Europa para impor-lhe os princípios revolucionários que el tinha contribuído a sofocar em França, e quando foi derrotado, despois de quinze anos de guerra ininterrompida e confinádo nunha ilha diminúta situáda a meio caminho entre Brasil e Angola, a xeografía política do mundo occidental tinha mudádo radicalmente e o pensamento político dos povos também.  Stendhal, como todos os europeus da sua xeraçón, viveu esse câmbio e conheceu dúas concepçóns do mundo contrapostas e irreconciliáveis.  Em boa parte, a sua personalidade e a sua obra, som fructo désta dualidade e a reflêctem.

rba editores s. a. (barcelona)

.

.

.

.

.

.

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

               Tal como afortunadamente afirmou, José de Almada Negreiros, em momentos de elevada inspiraçón, a nossa Mariana, non é unha merdariana de Alcoforado qualquer, como a que nos presenta Júlio Dantas (¡¡Morra o Dantas. Morra!! ¡¡Plín!!).  Apesar de ter empalmado durante séculos, um mar sem fundo de mentes calenturentas, com as suas cartas de amor a um oficial françês.  A nossa Mariana, foi unha menina que com once anos, entrou acompanhada pela sua irmán mais nova, um séquito de criádas e escrávas destinado a servíla e protexé-la deste mundo fero.  Neste pequeno paraíso na terra, que supostamente era a cartuxa do Convento da Conceiçón de Beja.  Mas a crúa realidade, era diferente, entrou nunha sacristía cheia de ratas, pequenas rivalidades e dous bandos enfrentados: o partido dos Baptistas e o partido dos Evanxelistas.  Ás vezes chegava-se inclúso ás vías de facto.  Os castigos decidiam-se na sala capitular.  Parece ser, que as cartas de amor som verdadeiras, pela descripçón detalhada do convento e do nome das pessoas referidas.  O oficial françês, foi introducido na cartuxa pelo irmán de Mariana, do qual era amigo.  E foi alí dentro onde se consumou a paixón dos amantes.  A primeira edicçón, em françês “Cartas de Amor a um Oficial Françês”, foi publicada de forma anónima, aínda em vida de Mariana e com o seu nome (as quais, segundo Almada Negreiros, forom posteriormente estragádas para português).  O Convento da Conceiçón de Beja, é hoxe também um museo de antiguidades clássicas, sendo o primeiro grande coleccionador o Bispo de Évora. Têm peças prehistóricas, visigóticas, e está actualmente necessitado de urxente intervençón nos telhados, que possa evitar a catástrofe e o saqueo de peças valiosas, das quais muitas xa foron levadas para as capitais.  Com este artigo, basado num programa da televisón portuguesa (Visita Guiáda), intentamos devolver algo de dignidade, a unha menina enterrada entre grossas paredes, para toda a vida.

léria cultural

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

.

                   HONORÉ DE BALZAC

               Ó escreber a “Comêdia Humana”, este prodixioso ciclo narrativo cuxa riqueza e profundidade non foron igualadas contemporaneamente, Honoré de Balzac ampliou os limítes do românce até fazer désta o meio de expressón privilexiada da moderna literatura.  Ó mesmo tempo, criou um realismo de novo cunho que lhe permitíu descreber as mutaçóns experimentadas pola sociedade francêsa despois do império napoleónico.  Mas, mais alá déste contexto histórico e literário, Balzac, conserva a perene actualidade que é própria de todos os grandes escritores universais.  Ó final de “Papá Goriot”, erguido no alto do cemitério de Pére Lachaise. o xovém Rastignac avanza uns passos e contempla París  “tortuosamente extendida ó largo das duas marxéns do Sena, no que comezabam a brillar as luzes.  Seus olhos quedaron prendidos, quase ávidamente na columna da praza Vendôme e na cúpula dos inválidos, onde vivía aquel mundo elegante no que había querido penetrar.  Lanzou sobre aquela zumbeante colmeia unha mirada que parecía extrair o mel por antecipado e pronunciou éstas grandiosas palabras:  “Agora nos veremos as caras!”  Ésta podería ser a escena emblemática, o arrogante mascarón de prôa que embiste e rasga as néboas do tempo e os prexuízos que flotan sobre a vida e a obra de Honoré de Balzac.  Em românces anteriores, Rastignac, era um obscuro personaxem de segunda ordem, um comparsa (aparece por vez primeira em 1831, em “A Pel de Zapa”) e depois o veremos muitas outras vezes passeando os seus sonhos e ambiçóns por toda a “Comédia Humana”, o grande retrato da “França da Restauraçón” monárquica que seguíu ó Império de Napoleón.  Deixando de lado ó próprio Honoré, que probavelmente supera em ambiçón e desmessura a todas as suas ciaturas literárias.  Rastignac, é a personaxe mais balzaquiana de toda a basta obra do escritor.  Filho espiritual de Julien Sorel de “Roxo e Negro”, este xovém sem meios de fortuna, atractivo e sonhador que, cegado pelo fulgor do éxito e do dinheiro, desde o alto de “Père Lachaise” desafía a cidade de París e convoca a glória futura non é outro que o “alter ego” de Balzac, cuxo afán de triunfo non têm limítes e que non parará de escreber, correr em pós de quimeras e tantear negócios derrochando vitalidade até ser admitido nos salóns mais distinguidos de París e viver apaixonados românces com as damas mais fermosas e intelixentes daquéla sociedade deslumbrante que aínda estava demasiádo perto do império, apesar de Waterloo.  E é désta maneira, no meio désta febríl actividade social e sonhadora que Balzac concebe o vasto proxecto da “Comêdia Humana”, sentado na mesa de trabalho do seu estudo parisiense, ás altas horas da noite e em batín, atiborrado de café e de visóns, e rodeado de cadernos enfarruscados.  Había que conquistar París e o triunfo social, da mesma maneira que Napoleón Bonaparte tinha conquistado Europa.

rba editores, s. a. -barcelona

,

,

oooooooooooooooooooooooooooooo

O Problema do Conhecimento em Francisco Sanches.IMG_0991

IMG_1020

O nosso Francisco Sanches, nado na cividade de Tui.

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

            Mas concedámos que as cousas sexam finitas em número.  Non por isso saberás mais, pois nem sequer teis conhecimento do primeiro princípio e o mais necessário de todos; consequentemente, tampouco conhecerás os demais, que de el se derivan.  Logo, nada sabemos!  Por outra parte, entre as cousas há unhas que simplesmente son por sí, em virtude sua, em sí, mediante sí e para sí, tal como (permita-se-nos falar désta maneira), os filósofos consideran  como causa primeira, a Deus.  Todas as demais diferentes del, non son para sí, nem em virtude de sí, nem em sí, nem mediante sí, nem para sí solas ou em ordem a sí mesmas, senón que son unhas por outras, unhas em virtude de outras,  unhas em outras, unhas para outras.  E é necessário conhecer ambos ordens de cousas.  Mas a Deus ¿quem o conhece perfeitamente?  “Non me verá o home e seguirá vivendo”.  Por isso, só a Moisés lhe foi permitido vê-lo, mediante o que de el se segue, isto é, polas suas obras.  De aí, que o outro dixéra:  “O invissíbel de Deus, vê-se entendendo-o atravéz do criádo”.  Para saber algo perfeitamente é necessário conhecer também aquilo, a saber, que cousas causan a que outras, e de que maneira.  Mas há tal concatenaçón entre todas as cousas que nenhuma está ociosa, senón que, mais bem, se opón ou favorece a outra; mais aínda, a mesma cousa está destinada non só a perxudicar a muitas, senón também a axudar a muitas outras.  De aí se segue que, para o perfeito conhecimento de unha só, há que conhece-las a todas.  Mas ¿Quem é capaz disso?  Nunca vín que ninguém o fora!  Por ésta mesma razón, unhas ciências axudan a outras, e unha contribuie ó conhecimento da outra. Incluso, e isto é mais importante, unha só non pode ser conhecida perfeitamente sem as outras, pelo que unhas se vêm obrigadas a sofrer câmbios por influência das outras, pois os seus obxectos están de tal maneira relacionados entre sí que dependem mutuamente e son mútua causa um do outro.  De onde se confirma novamente que, ¡¡nada se sabe!!  ¿Porque, quém conhece todas as ciências?

francisco sánchez

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

          Dado que o home vê, e fai-no mediante a luz, é necessário perguntar-lhe acto seguído polas cores, o ar, as qualidades visuais, a luz e o luminoso; polo sol e os astros.  Dado que é corpo e está num lugar, há que ocupar-se do corpo, a substância, o lugar, o vacío.  Dado que o lugar disse finito, há que ocupar-se do finito e do infinito.  Dado que enxendra e é enxendrado, despois há que tratar de todas as causas até á primeira.  Dado que razoa, da alma intelectíva e suas faculdades, da ciência e do cientificamente cognoscíbel, da  prudência e  dos restantes hábitos, como os chaman.  Dado que mata, que nunca vive contento, que pola pátria expón a sua vida á morte, que socorre os doentes e os necessitados, há que tratar do bem e do mal, do bem, último e supremo, da virtude e do vício, da inmortalidade da alma.  Qualquer déstas cousas leva consigo todas as outras, cuxa enumeraçón sería enoxoso proseguir.  O mesmo podes dicer de qualquer cousa, aínda que mínima.  Darás-te conta de tudo pelo conhecidíssimo exemplo do relóxio comúm.  Se queres saber como dá as horas é preciso que examines todas as rodas, da primeira á última, que é o que move a primeira, e como ésta move a outra, e ésta a outras duas, e assím até chegar á última.  E se, ademais de  dar as horas, o relóxio as assinála externamente na esfera mediante unhas manilhas, se tamém mostra os movimentos da lua, o seu crescimento, a sua devalante, assím como o curso completo do Sol polo Zodíaco, com a mesma traxectória que descrebe no céu (cousas todas elas, xuntas com muitas outras, que temos visto representar num relóxio portátil de acordo com o curso verdadeiro dos astros), entón porás a questón realmente mais difícil e nem sequer serás capaz de perceber como se leva a cabo a mais pequena déstas cousas, a non ser que desmontes completamente a maquinária enteira do relóxio, a examines e conheças cada unha das suas partes e o seu cometido.

francisco sánchez

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

           O mesmo mostrará o globo de vidro construido com admirábel inxénio polo ilustre Arquímedes de Siracusa.  Nel, todas as esferas e planetas se movían, e eran vistos, da mesma maneira que na máquina da realidade, accionando-os todos simetricamente ó soprar através de certos canudos e conductos.  Se alguém quixéra conhecer como se produce isto, ¿acaso sería necessário compreender perfeitamente a maquinária na sua totalidade,  e nas suas partes, até na mais pequena, xunto com as funçóns de cada unha?  Outro tanto há que pensar respeito deste nosso universo, pois ¿que encontrarás nél que non mova e non sexa movido, non câmbie e non sexa mudado, que non sufra unha déstas duas cousas ou ambas?  Agora bem; quanto mais superem em número as cousas que no universo real existem e sucedem, ás que há no globo do Siracusano, tanto mais difícil é abarcar aquél na sua totalidade que este, e sem embargo non é menos necessário abarcá-lo a quem queira conhece-lo.  Mira onde chegamos.  Na realidade non existe (ou non existiría, caso de que puidera dar-se) mais que unha só ciência – non muitas – pola qual se conheceríam todas as cousas perfeitamente, dado que non se pode chegar a conhecer com perfeiçón unha délas sem todas as demais.  As ciências que temos som vaidades, rapsódias, fragmentos de observaçóns, poucas e mal feitas, o resto som fantasías, invençóns, ficçóns, opinións.   Polo que, non sem razón, decía “Aquel” que a sabedoría dos homes é necedade ante Deus.

francisco sánchez

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

               Em Arouca, lá debaixo do mar.  Lá, na frecha da Missarela, e na Cascada dos Ameiros.  Tan escondidas no meio das louseiras das ardósias, nos telhados de pizarra das casas de pedra, aparecem fossilizadas, vindas doutros mundos passados xá, uns seres extranhos chamados “Trilobites”, que tenhém três lóbulos lombáres, e por isso mesmo se chaman assí.  Semelhan talmente, baratas xigantes.  Som um grupo de artrópodos fossilizados, que viveron durante o Paleozoico, parece ser que apareceron fái 542 millóns de anos, durante o período Câmbrico, e están agora petrificadas neste mar de ardósia.  Os mineiros, ó abrir as lousas, deparabam-se com éstas criaturas inquietantes, e em vez de rompélas em mil anácos (como farían na minha terra), as coleccionábam nas pedreiras, como seres reverenciais do tempo do grande “Dilúvio Universal”.  O que parece certo é, que éstas Trilobites, lograrón resistir duas extinçóns massivas da vida no planeta Terra, mas á terceira extinçón, non puideron sobreviver, desaparecendo quase definitivamente (pois parece que aínda quedaron por aí algúns parentes).  Ésta terceira catástrofe, que debeu abalar os fundos marinhos, e os fixo emerxer á superfície do mundo, logrou chegar até ás canteiras de Arouca, demonstrando que fái mais de 500 milhóns de anos, as Trilobites eram tan comúns e diversas, como as lagostas (os crustáceos actuais, seus primos) nos restaurantes de Cuba.  Pois, haber-las, hai-las, mas tan grandes como as de Arouca, em parte algunha. Se por acáso da fortuna se perder, e passar por éste lugar, non deixe de visitar o museo das ardósias, e ver algo, que o fará cabilar largamente sobre os mundos perdidos.  (Também os poderá ver em Lisboa, no Instituto Superior Técnico), mas, xá de maneira mais carpeto-vetónica.

léria cultural

oooooooooooooooooooooooooooooo

 

 

 

IMG_0993

Luis Vaz de Camoes, pode ser oriundo das proximidades do Val de Laza.

IMG_1000

Porque Home prevenido, vale por dous.

IMG_1005

Unha das páxinas mais apaixoantes da nossa Estória.

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

                o grande desenho (f1)

               Cada um de nós existe durante um tempo muito breve, e no referido intervalo tan somente explora unha parte diminuta do conxunto do universo. Mas os humanos somos unha espécie marcada pela curiosidade.  E perguntamo-nos, buscamos respostas.  Vivendo neste vasto mundo, que a veces é amábel e outras é cruel, e comtemplando a imensidade do firmamento encima de nós, sempre nos temos feito unha multitude de perguntas.  ¿Como poderemos compreender o mundo no que nos atopamos?  ¿Como se comporta o universo?  ¿Qual é a natureza da realidade?  ¿De onde vêm tudo o que nos rodeia?  ¿Necessita o universo um Criador?  A maioría de nós non passa a maior parte do seu tempo preocupando-se com éstas questóns, mas quase todos nos preocupamos por elas nalgúm instante.  Tradicionalmente éstas son questóns para a filosofía, mas a filosofía morreu.  A filosofía apartou-se dos desarrolhos modernos da ciência, em particular da física.  Os científicos convertiron-se nos portadores da antorcha do descobrimento na nossa busca do conhecimento.  O obxectivo deste libro é proporcionar as respostas suxerídas polos descobrimentos e os progressos teóricos recentes, que nos conducen a unha nova imáxem do universo e do nosso lugar nél, muito diferente da tradicional, e incluso da imáxe que nos tinhamos formado fái tan só unha ou duas décadas.  Aínda así, os primeiros bosquexos desses novos conceitos xá se remontárem a quase um século.  Segundo a concepçón tradicional do universo, os obxectos movem-se ó largo de caminhos bem definidos e tenhem histórias bem definidas.  Podemos especificar as suas posiçóns precisas em cada instante.  Aínda que essa descripçón é suficientemente satisfactória para os propósitos quotidianos, descubriu-se na década de 1920 que ésta imáxe “clássica” non podía descreber o comportamento aparentemente extranho observado a escalas atómicas e subatómicas da existência.  Foi necessário adoptar, no seu lugar, um marco diferente, denominado “física quântica”.  As teorías quânticas resultaron ser notabelmente precisas na predicçón de acontecimentos a ditas escalas, e também reproducem as predicçóns das velhas teorías clássicas quando son aplicadas ó mundo macroscópico da vida corrente.  Mas a “física clássica” e a “quântica”, están bassadas em concepçóns da  realidade física muito diferentes.  As teorías quânticas podem ser formuladas de muitas maneiras diferentes, mas a descripçón probabelmente mais intuitiva foi elaborada por Richard (Dick) Feynman (1918-1988), toda unha personáxe, que trabalhou no Instituto Tecnolóxico de California e, que tocaba os bongôs nunha sala de festas de estrada.  Segundo Feynman um sistema non têm unha só história, senón todas as histórias possíveis.  Quando profundicemos nas respostas, explicaremos a formulaçón de Feynman com detalhe e a utilizaremos para explorar a idéia de que o próprio universo non têm unha só história, nem sequer unha existência independente.  Isto parece unha idéia radical, incluso a muitos físicos.  Em efeito, como muitas outras noçóns da ciência actual, parece violar o sentido comúm.  Mas o sentido comúm está basseado na experiência quotidiana e non no universo, tal como nos revelan as maravilhas tecnolóxicas que permitem observar a profundidade dos átomos ou  o universo primitívo.

stephen hawking e leonard mlodinow

oooooooooooooooooooooooooooooo

IMG_1003

Joao Guimaraes Rosa, um médico de provincias que se mostrou tardiamente.

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

     Para subsistir, Maupassant trabalha mais de oito anos (1872-1880) como oficinista, primeiro no Ministério da Marinha e logo no de Instrucçón Pública, tarefas pouco gratas para um xovém que só sonha com a literatura.  Baixo a direcçón do esixente Flaubert (em cuxa casa conhece a Edmond de Goncourt e a Zola), aprende a observar e a escreber, dominando a sua natural fogosidade e encauzando o seu temperamento com ordem e método.  No ano de 1875 publica os seus primeiros trabalhos, que son bastantes modestos aínda.  A partir de 1876 comeza a queixar-se de transtornos cardíacos, de fortes xaquecas e de síntomas nervosos que ó parecer, há que atribuir a unha enfermedade venérea probabelmente de orixem hereditário, tudo o qual o deprime muito, mas non renuncia nem ós seus incessantes amoríos (que contaba com todos os detalhes mais escabrosos a Flaubert, muito divertido com tais relatos) nem à gloria literária.  Em torno de Zola reunem-se diversos escritores que em 1880 publicam unha série de contos no volume colectivo As veladas de Médan.  Este libro de grande éxito, constituiu unha espécie de manifesto do nascente naturalismo.  Maupassant contribuiu com Bola de Sebo, e ós trinta anos dá-se a conhecer com unha obra verdadeiramente mêstra.  A pesar das Veladas de Médan, Maupassant non quere que o confundam com um naturista, fala com despego de Zola e busca um caminho mais pessoal.  Agora está seguro das suas possibilidades, deixa o Ministério e dedica-se só à escritura, sobre tudo contos, que van aparecendo na prensa e que non tarda em recopilar em forma de libro: de 1881 é  A Mancebía, com o famoso relato que da titulo ó volume, as pupilas de unha mancebía que assistem emocionadas à primeira comunhón dunha nena, do ano seguinte.  Mademoiselle Fifí, com temas escabrosos e granguinholescos, de irresistíbel forza cómica e também unha exasperada crueldade.  Mentras, inicia os seus viáxes visitando Córcega e Arxélia, cuxa descripçón faría nas crónicas de O Sol (1884).  Unha Vida, de 1883, é a sua primeira novela, e obedece à mesma concepçón que inspirou a Flaubert Um Corazón Sinxelo, é decir, o seu interés polos temas humildes, das vidas cinzentas e monótonas, que se pintan com um realismo minucioso e voluntariamente impessoal.  Pese ás doenças que começam a afectá-lo sem cesar, em 1885 dá a conhecer a segunda das suas novelas largas, Bel-Ami, que tem por escenário o París dos ambientes periodísticos, literários e mundanos.  Ó adquerir fama, Maupassant había logrado introducir-se nas altas esferas sociais, mas alí sentía-se incómodo e torpe, e os seus retratos do grande mundo acusabam sempre unha amarga dose de ressentimento e de vinganza.  Publica docenas e docenas de contos que vai reunindo em forma de libro: Contos da Becada (1883), que reflexa a sua paixón pola caza,  As Irmáns Rondoli (1884), Yvette (1885), Contos do Dia e da Noite (1885), Monsieur Parent (1886), etc…  Tinha reunido unha notábel fortuna, o qual lhe permitiu comprar um yate e viaxar polo extranxeiro, em parte movido polo seu afán de observaçón, em parte por unha necessidade moral de tratar de fuxir das suas obsesóns.  Em 1887 publica o seu terceiro romance largo, Mont Oriol, e um dos seus mais importantes  volumes de contos, A Horla, no que se mostra dominado pola angustiosa ameaça de unha presença misteriosa que sente a seu lado.  Aparecem aínda vários romances mais, como Pierre e Jean (1888), Forte como a morte (1889) e O Nosso Corazón (1890), que non som as suas melhores obras.  Pouco despois, os seus transtornos nervosos impedirón xá a escritura. Sofría insomnios e manía persecutória. O primeiro de Xaneiro de 1892, intentou suicidar-se.  Tinha perdido toda a lucidez, quando os seus amigos o internarom na clínica parisina do famoso doutor Blanche, e alí morreu o 6 de Xulho de 1893, um mes antes de cumprir os quarenta e três anos.

r.b.a. editores, s. a. – barcelona

oooooooooooooooooooooooooooooo

IMG_1016

O grande Arturo Cancela, inspector de monumentos.

IMG_1015

Recomendo que se leia antes do Martin Fierro.

IMG_0996

Don Díonis, o Trovador.

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

               A cultura medieval foi avançando lentamente, como mostra a evoluçón do ensino.  Num primeiro momento, desapareceram as escolas públicas da época romana.  Despois, com um carácter elitista e um contido pobre, criaram-se as escolas monacais, que eram anexas a um mosteiro sob a autoridade do abade.  A ordem benedictina destacou-se nesta tarefa docente durante a Alta Idade Média.  O mosteiro que serviu de modelo à cristandade foi o de Montecassino, situado na rexión do Lácio, a sul de Roma, e fundado polo próprio Santo Benito no primeiro terço do século VI.  Mais tarde nasceram as escolas catedralícias ou episcopais, situadas nunha cidade, anexas à catedral e submetidas ao controlo do respectivo Bispo; a sua finalidade principal era elevar o nível cultural do clero, até entón muito baixo.  O terceiro tipo era constituído pelas escolas palatinas, anexas à corte e sob a sua supervisón.  A primeira foi instituída pelo imperador Carlos Magno no ano 781 e foi dirixida por Alcuíno de York, que introduziu as chamadas “artes liberais” através do “trivium” (gramática, retórica e dialéctica) e do “quadrivium” (aritmética, xeometria, astronomia e música).  O culminar das escolas medievais son as emerxentes universidades, que mostram o seu esplendor no século XIII.  As universidades europeias mais antigas son as de Bolonha (especializada em direito), Oxford, París (que brilhava por direito próprio em teoloxía e filosofía), Cambridge, Salamanca (“a Atenas castelhana”), Pádua e Nápoles, esta última fundada pelo imperador Frederico II e a única que sendo estatal, non dependia da xerarquia eclessiástica.  O progresso no ensino chega à maturidade com o método escolástico, no qual o estudo dos textos bíblicos, teolóxicos e filosóficos se une ao debate de ideias, ou “disputatio”, algumas vezes aberto aos estudantes, que podiam fazer perguntas aos mestres acerca dos assuntos que quisessem (son as chamadas “questóns quodlibetales”).  Quando se fala pomposamente do “renascimento carolínxeo” e se eloxía Carlos Magno como fundador da Europa actual, sem dúvida que se está a esaxerar.  Renovou o ensino, como se disse, e estabeleceu o latim como língua administractiva do seu império, mas nem se recuperou com ele o legado clássico, nem ele alcançou o nível de unha criança do ensino primário, pois era analfabeto.  Deu-se um passo em frente, embora de limitadas proporçóns.  O seu biógrafo, o professor Eginardo, conta que , xá na sua velhice, Carlos Magno colocaba debaixo da sua almofada folhas de pergaminho nas quais tentava desenhar as letras, mas que “os seus esforços chegavam demasiado tarde e deram poucos frutos”.  O historiador Jacques Le Goff atenuou esse tom eloxioso com a seguinte declaraçón: “A ciência, para os cristáns em cuxo interior está aínda adormecido o bárbaro, é um tesouro.  Tem de ser cuidadosamente guardado.  Trata-se de unha cultura fechada numa economia fechada.  O renascimento carolínxio em vez de semear, acumula”.  E dá como exemplo disso os magníficos manuscritos da época, que, considerados obras de luxo, “non forom feitos para serem lidos, van engrossar os tesouros das igrexas ou dos ricos particulares.  Son um bem económico mais do que espiritual”.  O próprio Carlos Magno vendeu parte desses manuscritos para distribuir esmolas.  Outro aspecto da cultura medieval que é preciso ter em conta para unha melhor compreensón da época é a literatura, em que encontramos unha clara evoluçón das cançóns de xesta, da lírica primitiva e dos romances (aqui brilha com luz própria o Romanceiro espanhol) até à mestria de autênticos xigantes da criaçón em prosa e em verso.  Podemos situar como modelo literário medieval Dante Alighieri (1265-1321), poeta excepcional e pensador de relevo na senda do averroísmo latino, e o seu grandioso poema Commedia (intitulado A Divina Comédia a partir de meados do século XVI).  Outros escritores que se destacam son o poeta e erudicto inglês Geoffrey Chaucer (Os Contos da Cantuária); o francês Chrétien de Troyes, que nos seus romances O Cavaleiro da Charrete e O Cavaleiro do León desenvolve um mundo de aventuras baseado nas lendas celtas, confirmando através da ficçón o ditado medieval de que “as mentiras dos poetas contribuem para a verdade”, e Juan Ruiz, Arcipreste de Hita, autor do Libro do Bom Amor, bem definido pelo seu editor Alberto Blecua como “mestre da palabra e da paródia e igualmente mestre na arte do relato breve.  Qualquer modelo latino ou vulgar empalidece se for comparado com as recriaçóns do arcipreste, contista admirável”.  Por isso, sem negar a barbárie inicial da Alta Idade Média, há que reconhecer o iluminismo crescente que se foi consolidando na sociedade europeia cristán no meio de intensos conflictos sociais, políticos e relixiosos.  Este quadro claro-escuro que desenhei anteriormente ilumina-se se a ele sumarmos, como é obrigatório, a contribuiçón islâmica em solo europeu (Espanha, Portugal e Sicília).  Embora esquecida ou, pelo menos, relegada para um segundo plano até agora nos libros de história, al-Andalus, isto é. a Península Ibérica sob domínio islâmico, representou unha época de esplendor na Europa medieval.  Séculos non xá escuros, mas dourados nos quais se faz avançar a ciência grega, em que florescem as artes, em que convivem xudeos e cristáns nunha sociedade de hexemonia muçulmana, e cuxo legado cultural continua a ser unha inspiraçón aínda hoxe.  Do tratado erótico O Colar da Pomba de Ibn Hazm de Córdova até à defesa da filosofía de Averróis no seu Tahafut, das tabelas astronómicas do toledano Arzaquel até à enciclopédia médica do cirurxión Abulcasis, da poesía do xudeu malagueno Ibn Gabirol até ao Cancioneiro de Ibn Quzman, da mesquita de Córdova até à Alhambra de Granada e do imponente palácio da Aljafería  de Zaragoça até aos belos Alcáçares de Sevilha, a civilizaçón arábico-islâmica deixou unha marca fecunda no mundo medieval que a seu modo, mais tarde o Renascimento italiano herdaria.  Um crítico implacável do feudalismo e inimigo declarado da escolástica como o filósofo alemán Hegel soube reconhecer esta dívida cultural da Europa, “A filosofia, tal como as ciências e as artes, obrigadas a emudecer no Occidente sob o império dos bárbaros xermânicos, ván refuxiar-se entre os árabes, onde vivenciam um esplêndido florescimento; e daqui refluem depois para o Occidente.”

andrés martínez lorca

oooooooooooooooooooooooooooooo

IMG_1002

Don Francisco de Quevedo e Villegas.

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

      Na mitoloxía vikinga, Skoll e Hati cazaron o Sol e a Lua.  Quando os lobos atrapan a um deles, há um eclipse.  Ó suceder isto, os habitantes da Terra aprésan-se a rescatar o Sol e a Lua, facendo tanto ruído quanto podem, esperando assustar os lobos.  Há mitos semelhantes noutras culturas.  Mas ao cabo do tempo, a xente foi-se dando conta que o Sol e a Lua voltavam a emerxer pouco despois do eclipse, tanto se eles corríam, gritavam ou facíam ruído como se nón.  Ó cabo de um tempo, tiverom que dar-se conta que os eclipses non se producíam ó azar, senón em comportamentos regulares que se repetíam.  Esses padróns resultabam mais óbvios para os eclipses de Lua, e permitirom ós antigos babilónios predecir com considerábel exactitude eclipses lunares, aínda que non se derom conta de que os producía a Terra ó interceptar a luz do Sol.  Os eclipses de Sol forom mais difíceis de predecir, porque só som vissíbeis num corredor de uns sessenta quilómetros de largo sobre a Terra.  Aínda assím, unha vez que nos damos conta dos referidos padróns, resulta claro que os eclipses non dependem das veleidades de seres sobrenaturais, senón que están gobernados por léis naturais.  (…) Vulcans, terremotos, tempestades, epidemías e unhas dos pés crescendo para dentro, parecíam producir-se sem causas óbvias, nem regularidade manifesta.   Na Antiguidade, resultaba natural adscreber os actos violentos da natureza a um panteón de deidades travessas ou malévolas.  As calamidades eran consideradas a miúdo como um sinal de que se había ofendido os deuses.  (…)  A capacidade humana para sentir-se culpábel é tal que sempre podemos encontrar maneiras de acusarnos a nós mesmos.  (…)  A ignorância das formas de actuar da natureza conducíu ós antigos a inventar deuses que dominabam cada um dos aspectos da vida humana.  Había deuses do amor e da guerra, do Sol, da Terra e do céu, dos ríos e dos oceanos, da chuva e dos tronos, e incluso dos terremotos e dos vulcans.  Quando os deuses estabam satisfeitos, a humanidade era obsequiada com bom tempo, paz e ausência de desastres naturais e de enfermedades.  Quando esabam de malas, em câmbio, vinham as sequías, guerras, pestes e epidemías.  Como a relaçón entre causas e efeitos na natureza resultaba invissíbel a olhos dos antigos, esses deuses lhes parecíam inescrutábeis e sentiam-se á sua mercede.

stephen HAWKING E LEONARD MLODINOW

oooooooooooooooooooooooooooooo

IMG_1013

ooooooooooooooooooooooooooooooooo

                   filmes para guardar

.

                   DO BAÚ DA CINEMATECA

               A Cinemateca Portuguesa continua com o seu meritório trabalho de ediçón em DVD de obras marcantes da história do cinema português impecavelmente recuperadas nos arquivos e laboratórios do ANIM.  Chegam-nos agora três lançamentos com importância histórica e cinematográfica, sempre com ediçóns cuidadas, que correspondem à marca de qualidade que se esixe daquela instituiçón. Um dos mais importantes é “O Táxi Nº 9297”, assinado por Reinaldo Ferreira, mais conhecido pelo “Repórter X”, em 1927.  Xá se sabe que Reinaldo Ferreira é a maior lenda do jornalismo português, conhecido pelos seus métodos pouco ortodoxos e unha capacidade de investigaçón inexcedível.  Grande figura de Lisboa que, de resto, xá foi levada ao cinema pola mán de José Nascimento, em 1987.  O Táxi nº 9297 parte da investigaçón, feita polo próprio Reporter X, do estranho caso do assassínio da atriz Maria Alves, pelo seu empresário Augusto Gomes.  Reinaldo Ferreira começou por adaptar a história ao teatro e mais tarde resolveu levá-lo ao cinema, arte entón ainda emerxente e bastante embrionária em Portugal.   E fê-lo com meios muito escassos, através de unha productora criada polo próprio, que denominou de Reporter X Films, mas o resultado é surpreendente e convincente, tornando-se unha obra marcante do cinema mudo português.  Isto complementado, na presente ediçón, polo acompanhamento ao piano de Filipe Raposo.  O “booklet” contêm textos de Tiago Baptista.  Luís de Pina e Luís Trindade, bem como um pequeno portfólio.  Mas mais importante do que isso, é o extra “Rita ou Rito”, unha curta metraxem humorística, unha autêntica pérola, que conta a história de um home que se disfarça de mullher para ir ter com a namorada, sem ser reconhecido pelo pai dela.  Ainda como complemento, um pequeno filme de corta e cola de cenas, unha inspirada recriaçón do universo de Reinaldo Ferreira pelo xovem Ricardo Vieira Lisboa.  Também foi lançado, “A Revoluçón de Maio” (1937), o filme de propaganda do Estado Novo, de António Lopes Ribeiro, tendo como argumentista, António Ferro, o principal  home da propaganda do rexime.  O filme é um documento histórico e sociolóxico interessantíssimo.  Unha ficçón complexa, unha grande produçón à escala nacional, que se cruza com imaxes documentais, incluindo o famoso discurso de Braga, com o obxectivo de engrandecer Salazar e o seu rexime.  Conta a história “redentora” de um “axitador” bolchevista que se converte ao salazarismo.  A ediçón restaurada é muito cuidada, incluindo um “booklet” de 76 páxinas, com textos de Joao Bénard da Costa, Luís Reis Torgal, Eduardo Motettin, Margarida Sousa e Manuel Mozos.  Importantes extras como a versón condensada do filme, de 1941, ou o comentário áudio do historiador Fernando Rosas.  Noutro tempo, noutro lugar, é lançado, em parceria com a Academia Portuguesa de Cinema, “Colónia de vilóns”, documentário de Leonel Brito, retrato importante do Portugal após a revoluçón de Abril.  Lançado em 1977, o filme observa a Ilha da Madeira na sua tradiçón colonial, com o sistema de organizaçón sociopolítico de orixem medieval que, segundo o autor, subsiste mesmo despois da revoluçón.

jornal de letras

ooooooooooooooooooooooooooooooooo

.

IMG_1012

Don Ramon Maria del Valle-Inclan, feio, católico e sentimental.

IMG_1004

Libro de contos.

IMG_1007

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

        a literatura rusa do século xix

  A Literatura rusa do século XIX, constitúi pelo seu alto nível um dos fenómenos mais espectaculares da moderna cultura europeia.  Dostoievski non foi um xénio ailhado, senón o membro mais destacado de unha poderosa xeraçón de escritores realistas, entre os que cabe destacar com nome próprio a Turguéniev, Chernyshevski, Goncharov e Saltykóv-Shchedrín.  Algúns dos grandes temas dostoievskianos forón dessarrolhados préviamente ou ó mesmo tempo na obra destes escritores; e son estas correspondências as que permitem falar de unha “Xeraçón Dostoievskiana”, na que há que incluir também ó dramaturgo Ostrovski e ó poeta Nekrásov.

.

               Iván Turguéniev, o mais importante dos contemporâneos de Dostoievski.

.

               San Petersburgo, a cidade que se converteu na fonte de inspiraçón de quase todos os escritores rusos do século XIX.

.

               Iván Goncharov, comparte com Turguéniev um lugar destacado entre os româncistas comtemporâneos de Dostoievski.

.

               Ilustraçón para unha ediçón francesa de “Ninho de Nobres”, românce de Turguéniev publicado orixinalmente em 1859, na revista Sovremennik.

.

               A Revoluçón Industrial, intensifica-se na Rusia entre 1855 e 1880, graças ó desarrolho das vías férreas.  As costûmes da velha cultura aristocrática, comezarón entón a mudar e os escritores rexistram éstas mudanças, descrebendo o “home supérfluo” e, analizando o fenómeno do “oblomovismo”.  A Rusia contemporânea de Dostoievski, Turguéniev e Goncharov, tivo um grande peso na Europa.  Foi unha das grandes potências, e a sua expansón dirixiu-se para a zona dos Estreitos.

.

               Portada de unha ediçón francesa de “Tarás Bulba”, românce de Nikolái Gógol, pai do realismo ruso.

.

               Um grupo de campesinos rusos, na época em que aínda estavam suxeitos á servidume da gleba, ilustraçón da “Tempestade”, a obra principal do dramaturgo Aleksandr Ostrovski.

.

               O realismo da narrativa rusa decimonónica puxo de manifesto a miséria e a sordidez na que vivíam as capas populares da Rusia zarista e neste sentido forxou unha literatura social, crítica com a ordem estabelecida..

.

               Frontispicio do volume III dunha ediçón rusa de 1891 das obras completas de Iván Turguéniev.

.

               Retirada das tropas napoleónicas, que habían invadido a Rusia em 1812, um feito que fortalecía a consciência nacional de todos os escritores rusos do século XIX.

R. B. A. EDITORES, S. A. – BARCELONA

oooooooooooooooooooooooooooooo

IMG_1011

O Sentimento Tráxico da Vida.

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

               da santidade e da carne

      Pese a tudo, eu tomei a relixión muito a peito e sem frivolidades.  Ó pouco tempo xa comía os santos pola peana, e inflamába-me tal paixón redentora que algúns deron em pensar que ía para santo.  E a primeira vez que lhe ouvín ó padre espiritual falar do castigo que lhe esperaba ós réprobos, non quixém ser réprobo por nunca xamais amém.  Foi ó segundo ou terceiro día de ter chegado, quando todavía esperaba que me despertasen as esquías das ovelhas ou a caracola do muleiro pouco despois do amanhecer.  Mas nón; o despertador era um timbre estridente e um encender simultâneo das escasas bombilhas do dormitório.  E, logo, as palmadas do cura encargado da vixilancia, como se fora um espantar palomas ou páxaros.  E claro que os espantaba.  Durante cinco anos, nunca mais voltei a escutar um páxaro na minha xanela.  As ventanas do Seminário non daban a ningunha parte.  Tinham como unha rede metálica igual que as coelheiras dos corrais.  Entraba a luz, mas non podías ver a rua.  Abaixo transitaba o que os professores, sobre tudo o de Relixión, chamabam vagamente o mundo.  O mundo, segundo eles, abarcaba inumerábeis males e ameazas.  Nunha das primeiras meditaçóns matutinas, o padre espiritual começou a falar-nos do mundo e dos seus perígos.  O padre espiritual era como o meu pai de verdade, só que se ocupaba da alma e non do corpo e, á vez, daba a classe de Relixión.  E confesaba.  O mundo, sabíamos o que era, aínda que ningúm o tinha pranteádo desde esse ponto de vista.  O inferno, também.  E até o tinhamos visto nalgunha estampa, achicharrando-se nel as almas dos condenados.  Non entendíamos como unha alma, que é espírito invisíbel, podía achicharrar-se, que é cousa mais bem corporal.  As almas dos quadros, rodeadas de chamas retorcidas como serpentes ondulantes, mais parecían corpos que outra cousa.  De algunha maneira había que facê-las visíbeis, digo eu.  Se o do mundo me deixou perplêxo, o do inferno deu-me pavor; porque os sofrimentos do corpo podía imaxiná-los, mas as penas da alma, non.  Por isso, suponho, nos quadros edificantes, representaban as almas mediante corpos.  A verdade é que, nisto do terror, os curas do Seminário non se ensanhabam demasiado; o que passaba era que alguns éramos muito impressionáveis.  O do mundo, sem embargo, a mím parecía-me que tinha truco.  E non acababa de entender essa conversón em abstracto e difuso do que era material e tocábel.  A outros muitos lhes passaba o mesmo, mas calaban para sí.  Ó pouco tempo xa me tinha feito amigo dos perezosos e durante muito tempo fomos inseparáveis.  Os meus amigos remoloneábam á hora de sair da cama, e aquilo non se podía facer, había que atirar-se de cabeza de um salto, como te colhera o violento despertar.  Senón, era pereza. Pecado de pereza decía o padre espiritual.  E isso, num neno, era gravíssimo.  Os meus amigos non facían muito caso do pecado de pereza e chegavam os últimos ós lavatórios.  Despois, sem tantas presas nem urxências, terminado o asseo punhan-se na fila para ir á capela igual que os demais.   A água estaba xelada em inverno e muito fresca no vrán.  Unha vez á semana tocaba ducha e o frío era insoportábel, ou a mím mo parecía.  Os meus dous amigos, o Juanjo e o Chema, punham-se xuntos e para sacar-se o frío, ó menos isso decían eles, retozaban e se toqueteabam com xestos aspaventosos.  O qual non se podía fazer, porque o corpo era um vaso sagrado e templo do Espírito Santo.  Um día víu-os o vixilante e mandou-os ó quarto do padre espiritual.  Non sei que passaría alí, mas xa non se puxerón xuntos na ducha nunca mais.  Os curas vixilabam muito as duchas, olho ó que faceis, non podiamos quase que nem tocar o nosso próprio corpo.  Conforme ibamos crescendo, essa vixilancia se facía mais esixente.  Perguntei-lhe que tinha passado com o padre espiritual e dixeron que nada, que unha bronca de órdago somente.  Perguntei-lhes, se sabían o que era o mundo e dixerón que era tudo o que andaba por ahí.  Nada disso.  Estábamos enganados. Cada um tinha unha ideia do mundo muito diferente que, aparte de non coincidir entre sí, tampouco coincidía com o que eu barruntaba que quería decir o professor de relixión.  Para mím, o mundo era, um supor, que no meu povoado as mulheres tinham que ir limpar remolacha os invernos, ateridas de frío, cheias de atropos e refánxos, que parecían espantalhos.  Se non trabalhabam, non ganhábam.  E quando cobraban, eran duas “perras gordas”, despois de aguantar nevadas, escarchas, xeladas e ventiscas.  O mundo era que em verán, os agosteiros trabalhavam as vintiquatro horas do día e axustábam-se por quatro duros na praça, xusto o día de Santo Pedro, para os messes da colheita.  Isso se um pedrisco prematuro, ou unha nube de vrán non fodía toda a colheita.  Entón, resultaba muito tríste ver os trigáis ou os campos de cebada pissados como por um ciclón.  As espigas  feitas um puro esqueleto, os talhos quebrádos e todos os gráns por terra.  As tormentas de vrán eran como unha maldiçón, como cantazos dunha banda de gamberros contra os cristais das casas, o campo ficava feito pedazos.  Isso, era o mundo e non o que anda por ahí, como acreditávam o Juanjo e o Chema.  Um mundo um pouco perro, dito sexa de passo e sem ofender.   Eu non tinha dito aínda como me chamo, mas podem chamar-me Sébas, ou sexa Sebastián, porque nascí esse día e nas aldeias nos ponhem o nome do pái, ou o do santo do día.  A mím tocou-me o santo.

javier villán e david ouro

oooooooooooooooooooooooooooooo

IMG_0994

Unha obra monumental dedicada ós nossos colegas.

ooooooooooooooooooooooooooooooooo

.

“derecha ¡ar!” (a puta mili de um espanholito)

      Chamo-me Sebastián Villegas Zapata, soldado que fum da Arma de Infantaría.  Tal aficçón me tomarom no quartel, que me licenciéi com algunhas semanas de atraso, por questóns baladíes de calabozo e indisciplina.  Non sei o que será da minha vida de agora em diante; mas o que até agora foi, pouco tivo de exemplar.  Non o digo com orgulho, senón com certo pesar e contriçón.  Ó final, non conseguím com a minha rebeldía, mais liberdade do que tería conseguido com a submisón.  Mas, nem o deploro, nem me encho de soberba:  fago-o constar como unha simples relaçón de feitos.  Eu tinha espírito de desertor e, nada mais pisar quartel, esse espírito rebrotou com violência.  Hoxe, nada daquilo prevalece, aínda que haxa cousas das que había que desertar por obrigaçón de consciência.  Polo tanto, resulta fácil compreender que, no quartel, non me fora de todo bem.  Os meus amigos anarquistas do Paralelo barcelonés, tinham-me metido nos miolos que o patriotismo pode ser um refúxio para canalhas; e que os quarteis eram o lugar inviolábel desse patriotísmo.  Eu, com a inocência um pouco cimarrona dos meus escassos anos, tinha acreditado firmemente nisso.  E puidem comprobar que era bem verdade.  Polo qual, resulta fácil compreender, a quecília que me tomarom muitos daqueles homes galonados e estrelados.  Non merece a pena, dar-lhe muitas voltas: fixerón o que tinham que fazer.  E, acaso, poderiam ter feito mais, de non ser porque em quase todos os homes há sempre unha migalha de compaixón, ou de indiferença.  Ó fim de contas, estou libre para contá-lo.  Ou sexa que, ó melhor, non foi para tanto.  O Paralelo é, ou era, para mím um lugar sagrado.  E místico.  Igual podías ser o chulo de unha puta, que o cúmplice de um anarquista, o mesmo eras confidente de unha maricona amarga, que báculo de unha corista desvencelhada; inclúso podías emborracharte com um polícia da secreta, mais corrupto e delinquente que aqueles que afirmaba perseguir.  Estes “bófias” eram os verdadeiros amos do Paralelo, e tinham dereito de pernada sobre todo o puterío de todo o “Barrio Chino”, que non é que fora igual que o Paralelo, mas estaba perto.  Non era difícil, nas madrugadas canalhas, empapar-nos de “güisqui”, e sonsacar-lhes ós “maderos” confidências sobre redadas e dactos sobre vixilâncias;  contemplar sobornos, cousas; e logo “passar a água”.  Non era que a “pasma” se descosera da boca, como todos os borrachos; era que lhes daba igual.  Estabam do lado da “ordem” e nada podía ocurrer-lhes; estabam porriba da léi e essa presunçón omnipotente non a deitaba por terra “um morto de fame” coma mím.  Tentado estivém algunha vez de ir à comissaría de Vía Layetana, perto do porto, e empezar a largar.  Mas, quem me faría caso.  E, vai tu saber se, em vez de tomar-me em conta, non me houberam “enchiqueirado” por “comunista”.  Decir-lhe à “pasma”, que os meus amigos do Paralelo detestabam os comunistas, non houbera servido de nada.  Polas razóns que fora, tudo o malo, para a polícia, se chamaba “comunista”. Non había distíngos.  Aqueles polícias determinabam a peligrossidade política a altas temperaturas alcohólicas entre as sábanas de um burdel.

javier villán e david ouro

ooooooooooooooooooooooooooooooooo

IMG_1001

Aluísio Azevedo, foi Vice-consul de Brasil em Vigo.

IMG_1006

IMG_1014

Um monumento ás xentes Gaúchas.

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

         A primeira noite que passei no Seminário foi unha noite tríste.  A saudade e a solidón deixaron-me a alma polo chán.  Creio que aquela noite nem sequer tinha alma, e cheguei a pensar que ésta tinha quedado á sombra dos choupos da minha terra.  Non tinha ánimos nem para rezar, cousa imprescindíbel antes de dormir, segundo o padre espiritual, para que tudo fora bem durante o sono.  Todos estábamos inquiétos e algúm incluso mexou na cama, com dez anos que tinha, e ó día seguinte non se quería levantar para non descubrir o pastel.  Era a primeira noite fora de casa, sem irmáns e sem nái.  E eu non podía rezar nem podía dormir.  O dormitório era unha nave corrida.  Había um centenar de camas e um pequeno armário na cabeceira de cada unha para guardar a roupa, o xabonete e a escoba de dentes.  O da escoba e a pasta de dentes foi a primeira surpressa, no ingreso, e tivemos que comprá-los nunha drogaría da Rua Maior porque na aldeia non usábamos.  Na aldeia, o mais que chegábamos era a uns palilhos, que se chamában hixiénicos, ou mais propriamente mondadentes, com os que escabichábamos na dentadura; despois enxaguábamos com água fresca.  As pessoas mais limpas, chegaban a fazer gorxeos com água boricada.  Total, que non sei porque, quando se quería mandar alguém a certas partes, se mandaba fazer gárgaras, que polo contrário é unha cousa hixiénica.  Do quase centenar ou mais que dormia na nave corrida ninguém conhecía a naide, salvo que houbesse dous da mesma localidade; e isso non era corrente.  Com que houbesse um listo em cada aldeia, ou um rico, isso xa bastaba.  Dous ricos, ou dous listos, ou um rico e um listo, xa era pedir demasiado.  Ademais, aínda había excepçóns, o curato era para ganhar a vida e os ricos na verdade xá a tinham ganhada.  Assím que, salvo os que axudabam ás becas dos outros, como promessa ou penitência digo eu que serían, os demais, pobres ou de meio pelo.  Antigamente os grandes labradores dedicaban um filho, o segundo, á Igrexa.  Mas isso era antes e como cousa de poder e de brilho social.  Agora non había que, e o poder do cura parróquial nas aldeias era unha aparença de realidade.  Respeita-se, mas quase todos pensaban que non debía meter-se na vida dos demais.  E aínda que se confessaran, non decían toda a verdade.  O día seguinte, a eles e a elas, via-se-os fazer as mesmas cousas nos cobertos, ou contra os baládos das veigas pola caláda da noite.  Nas féstas, algunha família com posses convidaba o senhor cura a merendar chocolate com picatostes, mas isso non era grande cousa para meter-se num Seminário.  Muitos podíamos merendar chocolate com pan, grandes pastilhas como tixolos que sabían deliciosas, só que estaban um pouco ásperas e daban acidez de estômago.  A primeira noite no Seminário foi um trago. De golpe, acostumado a dormir nunha mesma cama com algúm irmán, ou com os páis, um encontrába-se em dormitório inmenso sem conhecer a ninguém, e sem saber como despertar ó día seguinte.  Era Septembro, mas no dormitório corrido facía um frío imponente e inexplicábel.  Que dixeran que era necessário cumprir a vontade do Senhor, quando estában dando ganas de liar o petate e escapar a correr para casa, non axudaba muito.  Quase todos menos os da capital, estábamos acostumados ós espaços abertos, ó céu estrelado, ós páramos e ós horizontes; espaços muito mais grandes que as galerías, as salas e o dormitório do Seminário.  É curioso.  Estes parecian-me infinitos e, polo tanto, hostís, mentras os da minha aldeia, parecian-me sempre pequenos e, em consequência familiares.  Isto ocurría porque nas aldeias há unha mistura de infinitude e de cousas pequenas.  A cozinha, o quarto de dormir, a horta, o cán, o gato, son diminutos.  Mas abrindo as xanélas ou assomando-se sobre a tápia ou desde as ramas de um peral e, zás: o céu altíssimo e o campo inmenso.  Teis unha sensaçón de liberdade absolucta e, á vez, de estar protexido polas quatro paredes da tua casa.  Em câmbio, naquél grandíssimo caseirón, que era o Seminário, sentias-te como atrapado.  Do salón de estudos, ó do dormitório podian-se facer duas casas, polo menos, como as da aldeia.  E no pátio cabían mais de três hortas e, acaso, unha horta enteira muito mais grande.  Desde o pátio do Seminário Conciliar vía-se um céu alto e azul; ás vezes plomizo e panza de burra prenhada, ou sexa de nubes abombadas e escuras.  Entón era quando me doía a cabeza, non sei por quê.  De tudo cheguei a colixir que a liberdade têm e non têm que ver com os espaços, seundo e como. E que é como unha espécie de sensaçón interior.  Mas non estaba muito seguro disso; porque entón, por essa régra de três, na prisón, podería um estár estupendamente se sentes a liberdade interior.  E isso pode ser perigoso.  E enganoso.  Fosse o que fosse, o primeiro día de Seminário eu quería marchar para o minha casinha.  Non o fixém porque non dixéran, por non dar-lhe um desgosto a minha nái. E porque, no meu interior mais fundo, xa me tinha declarado desertor do arado, que era a ferramenta que me esperaba, de ter seguido na aldeia.

javier villán e david ouro

oooooooooooooooooooooooooooooo

IMG_0998

Comer, passear e xacer com fembra placentera.

IMG_1010

Contra o Tempo que nos tiraniza.

IMG_1009

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

      O BANDARRAS

               Nasceu, na Aldeia Velha, a dez quilómetros da vila de Trancoso, alá polas terras da Guarda.  Daquéla, em mil quinhentos, no século XVI, a vila tinha aproximadamente uns quinhentos habitantes, unha povoaçón de mouriscos, forzosamente covertidos em “Cristáns Novos”, e unha grande e famosa feira (para facer dinheiro grosso, o melhor é ir a Trancoso).  Como tal, era unha importante posiçón fronteiriça.  A simples palabra “Bandarras”, tinha vários significados, e todos eles bastante peiorativos.  Era um zapateiro, mas de modo algúm um analfabeto, sempre acompanhado das suas tróvas e profecías, uns textos que ganharon fama e vida infinitamente superior ó seu autor.  Á sua custa, os portuguêses fixerón muitos guisados, que colocabam sobre as súas costas largas, decían que o Bandarras era capaz de adivinhar o futuro.  Pois, a sua obra prestába-se a múltiples leituras.  Amplamente difundida por Lisboa e Évora, e de feito, em1531 e 1538 fixo duas viáxes a Lisboa, onde visitou a Xoán Cansado (ouríves da rainha), e a outro amigo que vivía na Rua Nova, levando as suas trovas consigo (a xente gostava de ouví-lo: “Non sabeis como me faceis ledo, com o que diceis”).  Xoán López (cristán novo) o convidou para cear, e no final sacarón um libro xudáico, que era perigoso.  Formava parte de unhas redes de xentes, que queríam mudar os tempos.  A sua obra servíu para apoiar diversos intereses dos poderosos, as Tróvas eram como um trunfo, utilizado na defesa de cousas tán variádas.  Tanto valíam para a vinda de D. Sebastián, como para um novo “encoberto” (D. Ioam IV), o próprio padre António Vieira, lhe brinda um lugar ás Tróvas no sermón dos bons anos dedicado ó rei.  Parece ser, que também servíu para a idéia do “V Império”: “Um só rebanho, um só pastor”.  Pessoa, o utiliza também para a sua “Mensaxém”.  Mas, finalmente, “com la Iglesia hemos atopado Sancho”!!  A sempre vixiante Santa Inquisiçón, non deixou passar a oportunidade de deitar mán ó precioso librinho do Bandarras, que quedará nas sua mans.  Non foi acusado de xudaísmo, mas sim de perturbador, por andar por aí com cousas gráves, tal como reza o processo que durou um mês.  A pena, dictada o 18 de Septembro de 1941, non foi excessivamente dura:  Silêncio. Leitura da Vida dos Santos.  Prohibído de andar detrás do exército.  E obrigado a unha declaraçón pública de arrependimento.   Don Xoán de Castro, manda editar em París a obra do Bandarras.   Don Vasco Luís da Gama, manda editar ao serviço da Restauraçón e de D. Ioam IV.   Em 1809, foi editada em Barcelona, com um texto aumentado.  O Bandarras, retirou-se para o abrigo da sua Aldeia Velha, e esfumou-se “encoberto” no mesmo nevoeiro de D. Sebastián, mas algúm poder tería e algo andava nél, que ficou retído na memória das xentes.

léria cultural

oooooooooooooooooooooooooooooo

IMG_1008

Como tu, piedra venturera.

IMG_1019

Serve para buscar autores Hispanos.

IMG_1017

Um céu nesta terra.

IMG_1018

Para iniciar o descobrimento da Literatura Espanhola.

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

.

         o refúxio no “exÍlio interior”

               No conxunto dos 33 (27 mestres e 6 mestras da província) que sufriron traslado fora da rexíon galega.  Segundo Eiras Abad, o mestre de San Mateo, tomou o camiño de Palencia, aínda que por revisión de expediente, voltaría despois. Joaquín Martinez Pereira, de Santiago de Ribarteme, foi para Burgos, e Dámaso Giráldez Piña, mestre de Godóns (Covelo), marchou para Valencia.  Todas e todos, sancionados ou non, tiveron que pasar un tempo no desacougo da espera.  Houbo moito medo e decepción.  Uns marcharon cara o exterior, á emigración, como foi o caso de Luis Soto, mestre de Mondariz, que acompanharía a Castelao a América, ou os cursillistas de 1936 Eugenio Soto Groba e Manuel Porto González, alumnos do lembrado mestre de Guláns, D. Gabino.  Peor sorte tiveron os que quedaron no camiño, uns 30 na provincia de Pontevedra foron mortos, fusilados ou “paseados” (Porto Ucha, 2008, 68-82).  Ante tal panorama, a moitas e moitos profesionais do ensino, que sobreviviron á traxédia da (in-civil guerra), o sector máis preparado e máis comprometido co movemento innovador repúblicano, non lles quedou máis saída que sumirse no seu particular “exilio interior”.   De aquilo non se falaba. De aí a necesidade e o compromiso, como sinalabamos no citado Programa das Xornadas da Memória Histórica 2017: “por sacar á luz esta faciana do ensino, esencial para o desenvolvemento dunha sociedade democrática.”

anxo serafín porto ucha e raquel vázquez ramil

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

IMG_1021

A Galicia de Don Manuel Murguia.

IMG_1170

IMG_1164

IMG_1038

IMG_1168

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

               Sobre as duas interpretaçóns désta expresón (como “Vontade de Poder” e “Vontade de Potência”) xá muito se disse.  A primeira afírma-se negando.  Trata-se do domínio excludente e do suxeito identitário ou de representaçón, que precisa de transformar o outro em obxecto, até o consumir, sem conseguir fazê-lo totalmente ( recorde-se a dialéctica do amo e do escrávo de Hegel), pelo qual os autoritários (ou aqueles que non tendo autoridade a desexam, e desexam também ser temídos) repetem e tornam a repetir os rituais de domínio e de violenta causalidade fagocitária ( de novo a atróz monotonía de Sade), insaciábel e estructuralmente insatisfeita.  A sua temporalidade é edíptica (linear como a de Khrónos, o titán que há de persistir sempre  a ocupar o lugar anterior e o do novo), enquanto o seu desexo pertencer á carência e ao mais além de todos os limítes ( tido por negatividade e castraçón): é unha configuraçón da vontade em toda a “metafísica”, que quer sempre ir “mais além” de todos os limítes (metá-tá-física, “transcender e assegurar-se”).  Vigora no Occidente como metafísica-ciência-técnica, sempre impelidas para a empresa do domínio e para a conquista do demais além.  Vattimo sublinhou com precisa erudicçón documental e eloquência admiráveis, fazendo ver que no “Caso Nietzsche”, desde a denúncia crítica do historicismo desenvolvimentista, xá determinada pela “Segunda Consideraçón Intempestiva”, até  á “ontoloxía alternativa”  do eterno retorno proposta pola boca de Zaratustra, consiste em denunciar a violência da repetiçón do “espírito de vinganza ” contra o tempo (linear de força física) e a sua passaxém, como doença do espírito da guerra, que serve de nó conductor á dialéctica da história do poder no Occidente, ligando as suas diferentes épocas com o mesmo ressentimento, manchado de sangue.  Também Heidegger e toda a pós-modernidade filosófica som profundos seguidores “desse Nietzsche crítico”, pós-modernidade essa que se articula precisamente como pensamento (Non da repetiçón, mas sim da diferença).  Há com efeito, “a outra interpretaçón” da vontade de poder, a que antes poderíamos chamar “desexo ou querer de potência, de possibilidade”, baseada na “Afirmaçón da Afirmaçón”, que se afirma duas vezes, xá que assumindo o vínculo da vida/morte, mas afirmando ambos e assumindo, enfím, a finitude tráxica, diz que sím outra véz á vida e á morte inseparáveis, abrindo, entón, caminho ao desexo da amizade e ao amor pelo outro, pelo diferente, que sobrevoa a possessón. É também esse desexo que pode por em cena a morte tráxica como vontade de arte e como potência criativa possibilitante.  Assume o limíte porque comprende que este é a condiçón de possibilidade da pluralidade e a diferença.  Inaugura o “grande perdón” que nos livra da “doença das cadeias” e do espírito de vinganza, recriando a abertura a outra historicidade menos violenta: mais culta e cultivada, mais alegre, mais lixéira.  Non “mais além”, mais diferente.  Tanto, que nem sequer consistirá xá nunha “superaçón” da época anterior ( a modernidade iluminista), mas na sua continuaçón delimitada e transformada, precisamente na medida em que agora a emancipaçón non desexada ocupar o lugar do “Deus-Ídolo” do poder racionalista.  Assím se liberta a “Vontade de Potência” do “super-home” e nasce o “trans-home” de bom temperamento, sereno, alegre, prudente, inocente como o menino de “As transformaçóns do espírito humano” nietzschianas, que encerra a série (após o camelo Kantiano e o león marxista) como unha culminaçón menos elementar e mais virtuosa: a que inverte o “Suxeito Prepotente”, abrindo o caminho que aposta que essa outra possibilidade (a de “non ser Deus” nem querer) permita unha ressurreiçón imanente, a alegría do riso da libertaçón imanente, a “chance” de outra humanidade histórica, que permite também libertar-se, ao mesmo tempo, o próprio divino, da usurpaçón da qual estaba igualmente a ser obxecto por parte de todos os deuses metafísicos naturalizados pela força.  Os construídos á imaxém e semelhanza dos homem todo-poderoso e dos seus desexos.  Unha hipótese de segurança que se tornou excessiva no mundo moderno, onde as técnicas e os serviços sociais podem desempenhar essa mesma  funçón.

teresa oñate e brais g. arribas

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

          Em 1885,  escreve unha quarta parte para Zaratustra. Desencantado com a falta de leitores, Nietzsche decide publicar o libro nunha ediçón a seu cargo, de quarenta exemplares, dos quais acaba por enviar apenas meia dúzia ao seu círculo mais íntimo.  Também nesse ano, entre gráves problemas oculares, Nietzsche escreve – ou, melhor, dicta “Para Além do bem e do mal.  Prelúdio a unha Filosofía do Futuro”, obra em que regressa ao estílo aforístico, depois da experiência poético-narrativa de Zaratustra.  Désta vez parece decidido a encontrar o seu público: em 1886, paga do seu bolso unha ediçón de 600 exemplares e envía um bom número deles a revistas e xornais, com a esperança de que se façam eco da sua obra.  Perante o silêncio xeral, sente-se eufórico quando, por fím, aparece unha sinopse do libro num diário suíço, em que se comparam as suas ideias com unha invençón da época: a dinamite.  A vontade de fazer-se entender também o leva, nesse ano, a dar a conhecer, de novo, a sua obra.  Após meses de negociaçóns e problemas de direitos editoriais, consegue que se reedictem todos os libros publicados até à data, e isso quando a grande maioría dos exemplares das ediçóns orixinais aínda está nos armazéns.  Nietzsche incorpora novos materiais e escreve prólogos para os seus antigos libros (sem os reler!), tentando dar, retrospectivamente, certa continuidade e coherência ás suas ideias.  Também trabalha intensamente num libro que concebe como o culminar do seu pensamento: “A Vontade de Poder.  Ensaio de unha Transmutaçón dos Valores”.  Inicialmente proxecta-se como unha obra magna em quatro volumes, mas anos depois abandona o plano, que acaba transformado num conxunto disperso de uns quatrocentos apontamentos.  Apesar disso, depois de falecer, a sua irmán Elisabeth decide editar a obra com a axuda de Peter Gast. Com essa finalidade, ordenará, agregará e suprimirá materiais inéditos com um critério mais do que discutível, motivo pelo qual a ediçón póstuma de “A Vontade de Poder” xerou polémica durante décadas.

toni llácer

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

               A enorme productividade de Nietzsche como filósofo e escritor non evita que, aos quarenta e três anos, se sinta “tan só como quando era unha criança”.  Había xá algum tempo que renunciara a ter um trabalho e um lar, decidido a consagrar a sua precária enerxía vital a pensar e a escrever como quem lança mensaxens numa garrafa.  Tenta interpretar o seu enorme isolamento como algo necessário, como unha consequência natural da sua misón filosófica: cuspir verdades incómodas aos seus contemporâneos.  Entretanto, a solidón, as doenças, as mudanças e as agruras económicas dos últimos anos ván-no minando. Prova disso mesmo é o profundo impacto que produz ao seu amigo Rohde, quando se reencontram depois de anos de separaçón: encontra Nietzsche envolto nunha atmosfera indescriptivelmente inquietante, como se o filósofo “voltasse de um país onde non vive ninguém”.  Nesse ano, 1887, reúne forças para escrever A Xenealoxía da Moral.  Unha Polémica.  Em vez de um conxunto de aforismos, aquí encontramos um tratado sistemático ao serviço de um único obxectivo: desmontar a moral do cristianismo.  Através de ferramentas psicolóxicas, Nietzsche desmascara a orixem imoral dos valores morais cristáns graças ao seu método “xenealóxico”.  Nessa época descobre com grande alegria Dostoievski, um escritor que, acima do seu admirado Stendhal, é o “psicólogo” com quem tem mais afinidades.

toni llácer

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

    nietzsche (o crepúsculo dos ídolos)

          1888 é um ano crucial, quer pela assombrosa fertilidade – produz cinco libros – como, sobretudo, porque é o último ano antes do seu declínio mental.  Na primavera, Nietzsche viaxa de comboio com destino a Turim, cidade em que pensa instalar-se, como sempre, com a esperança de aliviar os seus achaques.  Essa viaxem transforma-se num calvário. Despois de perder o comboio de ligaçón, e com ele também a sua bagaxém, acaba nunha pequena localidade chamada Sampierdarena.  Está practicamente cego, non domina o italiano e têm o dinheiro á xusta.  Nessa localidade, sofre um ataque de enxaquecas que o obriga a passar os dous días seguintes deitado na cama e ás escuras, com um sentimento de impotência que roça o insuportável.  Quando, por fím, consegue chegar a turim, e após uns días de insónias.  Nietzsche sofre unha metamorfose. Apaixona-se pola cidade, que o entusiasma em todos os aspectos.  Aluga um quarto central, com unha vista excelente, em casa de unha agradável família que, além do mais, também tem um piano.  Fisicamente começa a sentir-se melhor.  O seu organismo parece fortalecer-se graças ás ríxidas rotinas que componhem o seu día a día.  Madruga, toma ducha de água fría, cuida da sua alimentaçón e continua a dar passeios de várias horas, despois de cada refeiçón.  Caminhar é fundamental para manter o vigor e a fluidez das suas ideias e afastar-se dos bolorentos pensadores alemáns que filosofam “em roupón de andar por casa”.  Nietzsche pensa até em cuidar da sua imaxém, tantos anos descuidada, e renova o vestuário.  O mau tempo em Turim leva-o a adiantar a tradicional estada de verán em Sils-Maria, onde se aloxa na mesma pensón de sempre.  O seu velho amigo Deussen visitara-o no ano anterior e deixa-nos unha descripçón do humilde quarto do filósofo: livros, unha cama por fazer e unha secretária em que se amontoam manuscritos, obxectos de hixiéne, unha chávena de café e cascas de ovo.  Nesse quarto, escreve o libro aforístico “O Crepúsculo dos Ídolos. Como Filosofar com o Martelo”.  Mais unha vez, Nietzsche quer  deixar bem claro, com o título e o subtítulo, quais son as suas intençóns:  a obra é um manual de utilizaçón da filosofía como instrumento para estilhaçar os grandes ideais da nossa civilizaçón (o Bem, a Razón, a Verdade…). que adoramos como se fossem ídolos ou deuses ( o título é de facto um xogo de palabras em alemán, que remete para a ópera de Wagner O Crepúsculo dos Deuses).

toni llácer

oooooooooooooooooooooooooooooo

IMG_1156

Parece ser que está inspirado em Fernando o Católico, segundo as más linguas.

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

            nietzsche (o rabo da vaca)

         Nos finais de 1888, as cartas de Nietzsche son cada vez mais fanáticas e excessivas, e nelas se manifesta todo o tipo de fantasias megalómanas.  Chega a pensar, por exemplo, que tem “literalmente, o futuro da humanidade”  nas suas máns.  Por outro lado, a família turinesa com quem vive detecta que o seu educado hóspede alemán mostra comportamentos fora do normal: fala sozinho, toca piano de forma estranha e dança nú no seu quarto.  Todos esses episódios culminam no día 3 de Xaneiro de 1889.  Na praça Carlo Alberto, Nietzsche presencia um cocheiro a chicotear o seu cavalo e, num arranque de compaixón, abraçá-se ao pescoço do animal, começa a chorar e desmaia.  Uns dias mais tarde, o seu amigo Overbeck vai buscá-lo a Turím.  É internado nunha clínica de Basileia e pouco despois num hospital psiquiátrico em Jena.  Os médicos determinam que sofre de unha fase avançada de sífilis, hipótese que tradicionalmente se deu como válida.  Existe, no entanto, um grande debate a esse respeito.  Nos últimos anos, diversos cientistas puseram em dúvida o diagnóstico de neuros-sífilis e propuseram explicaçóns alternativas (tais como meningioma, demência frontotemporal ou unha rara doença hereditária abreviada com o nome de CADASIL).  Fosse qual fosse o causador do seu desequilíbrio mental, a verdade é que Nietzsche recebe vários tratamentos e, após unha melhora inicial, piora progressivamente.  Em 1890, a nái tira-o do manicómio e decide cuidar dele na casa familiar de Naumburg.  Nessa data, a irmán Elisabeth regressa do Paraguai depois do fracasso da colónia racial fundada com o marido, que, por esse motivo, se tinha suicidado no ano anterior.   Entretanto, as vendas dos seus livros disparam, axudadas pelas histórias que circulavam acerca da sua vida e da sua loucura.  A irmán Elisabeth e os amigos Overbeck e Köselitz encarregam-se das reediçóns das obras. Em 1894, funda-se o Arquivo Nietzsche em Naumburg, que três anos mais tarde, quando da morte da nái, se transfere para Villa Silberblick, em Weimar.  Elisabeth vai assumindo o controlo do Arquivo e manipula deliberadamente alguns dos escritos do irmán.  Esta operaçón levá-la-á a deturpar o pensamento nietzschiano até apresentá-lo, mais tarde, como um dos fundamentos ideolóxicos do nacional-socialismo (Hitler visitará a Villa Silberblick em 1933).  O filósofo, alheio a toda a polémica, sofre unha paralisia progressiva e xá quase non é capaz de falar nem de reconhecer rostos.  Depois de permanecer um tempo em estado practicamente vexetativo.  Friedrich Wilhelm Nietzsche morre a 25 de Agosto de 1900, com cinquenta e cinco anos.

toni llácer

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

IMG_1035

IMG_1068

Unha literata Galega.

oooooooooooooooooooooooooooooo

         A FAMÍLIA DA “TEORÍA M”

               A “Teoría M”, non é unha teoría no sentido habitual do termo, senón toda unha família de teorías diferentes, cada unha das quais proporciona unha boa descripçóns das observaçóns mas somente num certo domínio de situaçóns físicas.  Vem a ser como um mapamundi:  como é bem sabido, non podemos representar a superfície de toda a Terra num só mapa.  A proxeçón Mercator utilizada habitualmente nos mapamundis fái que as rexións do mundo pareçan ter áreas cada vez maiores á medida que se aproximan ó norte e ao Sul, e non cubre os polos Norte ou Sul.  Para representar fielmente toda a Terra debe-se utilizar unha colecçón de mapas, cada um dos quais cobre unha rexíon limitada.  Os mapas solapan-se entre sí e, onde o fán, mostram a mesma paisaxem.  A “Teoría M” é parecida a isto.  As diferentes teorías que constituiem a família da “Teoría M” podem parecer muito diferentes, mas todas elas podem ser consideradas como aspectos da mesma teoría subxacente.  Son versóns da teoría aplicábeis tán só em domínios limitados, por exemplo quando certas magnitudes como a enerxía son pequenas.  Tal como ocurre com os mapas que se solapan nunha proxeçón Mercator, alí onde os domínios de validez das diferentes teorías se solapan, éstas predicen os mesmos fenómenos.  Mas assím como non há ningúm mapa plano que represente bem o conxunto da superfície terrestre, tampouco há unha teoría que proporcione por sí sola unha boa representaçón das observaçóns físicas em todas as situaçóns.  Describiremos como a “Teoría M” pode oferecer respostas  á pergunta da criaçón.  Segundo as predicçóns da “Teoría M” o nosso universo non é o único, senón que muitíssimos outros universos foron criádos da nada.  A sua criaçón, sem embargo, non requere a intervençón de ningúm Deus ou Ser Sobrenatural, senón que a dita multitude de universos surxe naturalmente da léi física:  son unha predicçón científica.  Cada universo tem muitas histórias possíveis e muitos estados possíveis em instantes posteriores, é decir, em instantes como o actual, transcurrido muito tempo desde a sua criaçón.  A maioría de tais estados serán muito diferentes do universo que observamos e resultarán inadequados para a existência de qualquer forma de vida.  Só uns poucos deles permitirian a existência de criaturas como nós.  Assím pois, a nossa presença selecciona deste vasto conxunto só aqueles universos que son compativeis com a nossa existência.  Aínda que somos pequenos e insignificantes a escala côsmica, isto nos fái num certo sentido senhores da criaçón.

stephen hawking e leonard mlodinow

oooooooooooooooooooooooooooooo

IMG_1110

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

                      o oblomovismo

        A figura do “home supérfluo”, non só interesou a Turguéniev.  Muitos outros escritores a reconheceron nas suas obras, aínda que ningúm como o fixera Iván Aleksándrovich Goncharov (1812-1891), narrador realista, rival e adversário de Turguéniev.  Goncharov era filho de um rico comerciante do Volga, estudou na universidade de Moscovo e trabalhou como traductor no Ministério das Finanzas.  Tivo unha temprana vocaçón literária e um longo aprendizaxe.  Entre 1832 e 1844 escrebeu versos e relatos de corte romântico.  Tambem cultivou outros xéneros como o ensaio, o conto e a poesía.  Mas Goncharov tem um lugar destacado na história da literatura rusa, porque é autor de três românces.  Três românces que non tenhem personaxes comuns mas que forman unha espécie de triloxía; unidas pola comúm circunstância de que o título ruso das três começa pela letra “O”:  Unha História Corrente (Obyknovennaia Istoriia), Oblómov, e O Precipicio (Obryv).  Aparte désta circunstância anedóctica, os três românces están compostos sobre um mesmo modelo, os ambientes e situaçóns som semelhantes.  Xunto ó herói principal sempre aparece um amigo, que é a sua contraimaxem: é indolente, o herói enérxico; representa o passado, o herói têm a vitalidade da nova classe burguesa.  Non obstânte, debido a que as obras se publicaron ao largo de muitos anos, a actitude do escritor non é sempre a mesma.  Sem dúvida, isto debe-se a que as posturas ideolóxicas de Goncharov evolucionaram até posiçóns cada vez mais conservadoras.  A personaxe central de “Unha História Corrente” (1847) é o xovem Aleksandr Adúev.  Educado na paz e ociosidade de um latifundio, convencido de que têm talento literário, Aleksandr marcha para a capital, onde espera encontrar cauces para os seus pláns de glória.  Quando ingresa na administraçón, comprende que non têm a forza de vontade necessária para fazer unha carreira burocrática e que por esse caminho só pode esperar unha vida de mediocre funcionário.  Entón Aleksandr, inducido polo exemplo do seu tio Piotr Adúev, vê que o arribismo é algo imposto pola época na que vive e chega á conclusón de que debe caminhar “ó ritmo do século”.  O seguinte românce de Goncharov foi publicado doze anos despois, “Oblómov” descrebe a vida do terratenente Oblómov, desde os nove anos até aos trinta e três.  É a história de como um neno, cheio de curiosidade e enerxía se transforma num home incapaz de levantar-se do sofá.  A culpa dèsta situaçón têm-na a sua condiçón previléxiada, imbuído na ideia de que non nasceu para trabalhar e de que o trabalho é um castigo.  Oblómov tem um amigo, Andrei Stolz, educado de maneira diferente, no amor pelo trabalho. Désta maneira, Stolz, que persevera no logro dos seus obxectivos, converte-se na contraimaxem de Oblómov. Este último representa a velha aristocrácia, que perdeu a vitalidade.  Stolz adquere as características do home empreendedor da nova época industrial.  A vida que converte ó protagonista núm ser indolente, contaxía a todos os que se atopan perto.  Tal é o caso do servo Zajar, axuda de câmara de Oblómov.  Zajar é um criádo entregado por completo ó seu amo.  Mas na vida quotidiana é preguizoso, e rouba dinheiro ó amo para emborrachar-se.  O terceiro românce, O Precipício, foi publicado em 1869, vinte anos despois de que o escritor o concebera.  Inicialmente, a novela debía contar um só personaxe central, Raiski, home com talento de pintor, mas que nunca chegará a nada.  Segundo o próprio autor, este personaxe é um trasunto de Oblómov, do qual se diferença no feito de que “non está dormido como Oblómov, aínda acaba de despertar-se”.  Raiski é o típico home supérfluo, que ó largo da redaçón da obra se mostrou habitando um espaço literário demasiado pobre. A realidade tinha-se feito complexa, pelo qual Goncharov, tivo que conceber um novo personaxe, Mark Vólojov, nihilista, home que rexeita todos os princípios estabelecidos, e para quêm o único programa político se define na frase de Proudhon, segundo a qual a propriedade é considerada como um roubo.  O românce foi mal recebido polos críticos mais influêntes da época, que consideraron que Válojov era unha deformaçón caricaturesca da xuventude democrática.  Na verdade Válojov diferença-se  obstentoriamente dos outros personaxens de Goncharov, o escritor non simpatiza com el, nem tampouco com esta nova xuventude dinámica que encarna.  Hoxe, quando se lê a Goncharov com a serenidade que proporciona o transcurso do tempo, aprecía-se que a sua literatura é a de um cronista fiel, de unha época de profunda críse social e a de um grande mêstre do estilo.

r. b. a. editores, s. a. -barcelona

oooooooooooooooooooooooooooooo

IMG_1087

Odorico o “Bem Amado”.

.

IMG_1144

Tudo o que diga o Senhor Arturas schopenhauer, ninguem poderia facelo melhor.

 IMG_1111

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

.

.

              león nikolaevich tolstoi

               Nasceu o 9 de Septembro de 1828, e morreu o 20 de Novembro de 1910.  Era natural do feudo de Lásnaia Poliana, rexión de Tula, e procedente de unha família da velha nobreza, filho do conde Nikolai Tolstoi e da princesa Maria Volkonskaia.  Realizou os seus primeiros estudos na casa paterna, aínda que quedou orfán muito cedo, tendo que ser educado por unha tía.  Ós dezaseis anos iniciou a carreira de filoloxía Árabe-ó-Turca, na universidade de Kazán, com miras a empreender a carreira diplomática, estudos que abandonaría três anos mais tarde e non reanudaría nunca mais.  Assím, antes dos vinte anos, encontrou-se em Moscovo, levando unha vida “muito desordenada, sem trabalho, nem ocupaçóns, sem obxectivo”.  Mas, como estava disposto a converter-se nunha pessoa útil, discorriu várias soluçóns dispares: ser um funcionário; ir para Sibéria; ou estudar música.  Porém, ningúm destes propósitos o satisfacía, salvo, talvez, a singular ocurrencia de convertir-se em escritor.  Finalmente decidiu partir  para o Cáucaso com o seu irmán Nikolai.  Foron dous anos de vida militar, compartidos entre as incursóns contra os montanheses e as francachelas.  Non obstânte, o seu segredo literário seguía vivo:  dedicava unha boa parte do tempo a escrever.  Assím nasceu Infância, que apareceu em Septembro de 1852, na revista “Sovremennik”, de Nekrasov, o mesmo que tinha sido padrinho literário de Dostoievski.  Infância conforma unha triloxía autobiográfica com Adolescência (1854) e Xuventude (1857).  Tem unha personaxe central, Nicolenka Irtenev, que se identifica plenamente com Tolstoi;  de igual maneira, as figuras secundárias tenhem o seu prototípo nas pessoas que rodearom o escritor na sua infância.  Mas, trata-se de unha obra de criaçón literária.  Despois de Dostoievski e de Turguéniev o romance realista chegou ó seu apoxéo na Russia de Léon Tolstoi, criador de unha das obras de ficçón mais importantes da literatura.  Românces como “Guerra e Paz” e “Anna Karénina”  desbordam de feito o marco da literatura nacional russa para situar-se no âmbito das grandes criaçóns universais.  Mas Tolstoi, non foi unicamente um escritor xenial, senón também um pedagogo innovador e um reformador que tratou de dar respostas ós gráves problemas sociais do seu tempo, convertindo-se no apóstolo de unha relixíon ética e sem dogmas, bassada no amor universal, na austeridade e na solidariedade entre os homes.

rba editores, s. a. (barcelona)

.

.

.

.

.

.

oooooooooooooooooooooooooooooo.

IMG_1124

O tema da toma do Acre, sobervamente visto por Marcio de Sousa.

IMG_1062

Como Irman che falo.

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

                      o naturalismo

     O Realismo decimonónico no seu tramo final, acabou derivando no Naturalismo, cuxo máximo representante foi o françês Émile Zola.  Para este escritor, a novela naturalista debía partir da rica tradiçón realista, mas incorporando à mesma os critérios derivados do positivismo de Taine e Claude Bernard. O obxectivo era facer do românce “um estudo do temperamento e das modificaçóns profundas do organismo, baixo a presón dos meios e das circunstâncias”.  Para consegui-lo, os escritores naturalistas, non duvidaron em planificar minuciosamente as suas obras e, em realizar unha documentaçón detalhada das personáxens e ambientes que abordarían nelas.

.

               O Naturalismo tomou como a sua principal fonte de inspiraçón a vida das classes populares, mas sobre tudo as dos sectores marxinais, por considerá-las mais representativas da inxustiza social.  Émile Zola, filho de unha época rexida polo positivismo, intentou convertir a labor literária nunha práctica científica. Em contraste com a difícil situaçón política françesa de finais do século XIX, e com as angûstias económicas que vivíam os mais amplos sectores populares, desarrolhou-se, sobre tudo em París, um agudo sentido das diversóns e da vida nocturna, tal como testemunham os quadros da época.

.

               Todas as obras de Zola, están povoadas de personáxes que destacam polas penúrias que vivem.  A precária condiçón social que os marca desde o seu nascimento, vê-se agravada polas sempre eternas “lacras” da miséria, o alcohol, a prostituçón, o roubo, o crime, etc…  Quando os gobernos da França e da Prussia, se envolveron na guerra em 1870, nem sequer suspeitabam que os seus exércitos se uniriam finalmente, trás a derrota das tropas francesas, contra o enemigo comúm, a Comuna de París.

.

               Um novo protagonista – a classe obreira – comezou a abrir-se caminho na história e também, através do Naturalismo na literatura.

r. b. a. editores, s. a.  – barcelona

oooooooooooooooooooooooooooooo

IMG_1172

IMG_1159

¿Sodes almas em pena? , ¿Ou sodes filhos da puta?.

.

IMG_1079

O Cartesianismo Ilustrado.

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

O do Juanjo e do Chema na ducha, non parecía, segundo a filípica do padre espiritual, cousa do mundo senon da carne.  E aí nos perdiamos em labirintos dos que non sabíamos saír.  O mundo, na doutrina, estaba claro.  “O mundo som os homes malos, mundanos e perversos”, decía o catecismo do padre Astete.  E isso era, mais ou menos o que nós queriamos decir.  Logo, para o padre espiritual, o mundo primordialmente eran as mulheres, certo tipo de mulheres, non todas.  Tudo andaba um pouco revolto, as mulheres, o mundo e a carne.  Concupiscência, em suma, que decía o confesor, que podía ser o padre espiritual comúm, ou outro que um tinha escolhido porque lhe tinha mais confianza.  As mulheres descotadas e desmangadas eran mundo.  E as faldicurtas, o qual significaba toda a prenda que subisse um pouco por cima do tornozelo.  E isso que algúm político comezaba a falar xá da Espanha alégre e faldicurta, para demonstrar que os famentos espanhois caminhabam para o progresso.  Isto, tinha-o lído eu num xornal; a Espanha alegre e faldicurta.  Ós curas, o de alegre parecia-lhes bem; o de faldicurta, menos bem.  Dixéra quêm a dixéra aquela célebre frase, para os curas a roupa tinha que ser talar e por isso todos levavam sotana, posta como unha argola entre o colarinho cerrado da sotana e o pescozo presbiterial.  O mundo, para os confesores e professores do Seminário, eran esses corpos de mulher, fonte de todos os males.  Ou sexa, o que eu decía; que os curas assimilaban mundo e carne e as duas cousas a demónio, aínda que matizando; a carne própria era mundo para os demais e carne para um mesmo, enemiga da alma do que há que fuxir por partida dobre.  Resumían núm todos os enemigos da alma que, como se vê, eran três: mundo, demónio e carne.  Aínda que iguais, o mais perigoso era a carne, impossíbel de votar de nós, ó contrário do demónio e do mundo, que sí era possíbel; a aquel com oraçón e humildade; a este, desprezando as suas pompas e vaidades.  A carne era o pior e só se vencía mediante disciplinas e xexúns.  Tudo andaba bastante confuso, mas entendía-mo-nos.  Pronto saberíamos verdadeiramente que cousa era a carne e quanta razón tinham os professores para uní-la, subtilmente com o mundo.  O que non se podía entender era que aquélas desaçóns do corpo – carne, demónio ou mundo, daba igual -, naturais pois, estaban em nós, fossem pecado.  Tratar de descifrar estes mistérios de Deus, estábamos advertidos, podía ser pecado de orgulho.  Ou sexa, Lucifer.  Pese a tudo, com os alumnos de 1º e 2º de Humanidades non se usabam demasiádas truculências.  Em 3º, xa empezaba um rigor um pouco mais tirano.  E a partir de Filosofía a cousa podía ser bastante intransixente.  Até entón a educaçón era como um suave goteo, nada violento, para que calara fundo e sem traumas.  Despois, quando empezaram as esixências e as disciplinas, xá o corpo e a alma estabam preparados para tudo.  Mas entretanto, “despacito e buena letra”.  Inclúso as mortificaçóns e as penitências estabam baixo um control razoábel.  Os que nos dava a veleidade purificadora dos sacrifícios, o cilicio por exemplo, caía-nos unha reprimenda; como se estiveramos tentando a Deus com afáns excessívos de santidade, que também podíam ser pecado por falta de humildade.  Aquel cuidado para prevenir excessos estaba bem.  Porque o cilicio era unha cousa mala e parecía abdominábel invento do diábo.  Era unha cadeia cheia de pinchos que se punha ó redor do muslo, como unha grande pulseira.  E segundo estivesse de apertada, os pinchos cravában-se mais ou menos, e ou sangrava muito ou só unhas gotas de nada.  Era como unha coroa de espinhos de Cristo, de metal e colocada no muslo, em lugar de na cabeza.  Isso para um neno era unha barbaridade claro.  E os curas cuidabam de que ninguém se excedera nas suas ansias de santidade.  Deus chama-te e marca um destino, mas se tu non fás caso e vás por outro lado.  Ou sexa, que te descarrías e és traidor á vocaçón.  E os traidores á vocaçón, acaban todos mal; ou suicidándo-se; ou na impiedade.  Ó melhor non tanto; mas condenados ó fogo eterno, seguro.  Nésta questón, non había arrependimento nem perdón que valera.  Non había volta de folha; a expulsón dos dous teólogos e o traslado das monxas mais novas estaban relacionados.  A velhice das monxas parecían-me natural e seguíu parecendome despois do sucesso dos teólogos, aínda que um pouco menos.  Até á tarde aquela em que, sem querer lhe toquei o cú á irmán capelana.  Isto foi, polo menos, três anos mais tarde, na Abadía de Lebanza, um lugar remotíssimo, no corazón mais abrupto de unhas montanhas violentas e impossíveis.

javier villán e david ouro

 

 

oooooooooooooooooooooooooooooo

IMG_1108

IMG_1161

A cura pelo prazer.

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

    Em França, o românce realista criado por Balzac e Stendhal tivo a sua continuaçón em Gustave Flaubert.  Non há na prossa françesa do século XIX um maior empenho por alcançar a perfeiçón formal que neste mestre que sonhava em fazer “um libro sem atadura externa, que se sustentara por sí mesmo, pola forza interna do estilo”.  Mas os logros de Flaubert non son só formais, porque a estructura dos seus românces é tan acabada como a da prossa e o seu conteúdo tan profundo como poida sê-lo o dos melhores romancistas da literatura universal.  A tenacidade no trabalho e as ânsias de perfeiçón artística foron os signos da sua indiscutíbel xenialidade.  “Sou somente um burguês que vive retirado na campinha, ocupado na literatura e sem esixír nada dos demais, nem honras nem estima”.

r.b.a. editores, s.a. – barcelona

.

.

.

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

IMG_1075

A Poesia é unha arma, cargada de futuro.

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

.

“A XUSTIÇA É A VIRTUDE PRIMEIRA DAS INSTITUIÇÓNS SOCIAIS, TAL COMO A VERDADE O É PARA OS SISTEMAS DE PENSAMENTO.”

               Com esta seductora afirmaçón, Rawls indica qual é a finalidade da verdadeira política: a criaçón de instituiçóns xustas.  John Rawls é o filósofo da política mais influente do século XX.  Actualmente, tem mais de 115.000 entradas no Google Scholar, o índice bibliométrico das publicaçóns académicas mais utilizado no mundo (basta pensar que Albert Einstein tem pouco mais de 83.000).  Pouco depois da publicaçón da grande obra de Rawls, Unha Teoría da Justiça, em 1971, um dos seus adversários mais reconhecidos e seu colega na Universidade de Harvard.  Robert Nozick, vaticinou o que rapidamente se tornaria realidade:  “A partir de agora todos os que escreverem sobre filosofía política teran de dizer se estan a favor de Rawls ou contra ele”.  A que se deve tal sucesso?  Sem dúvida, a três aspectos que definem o pensamento deste filósofo americano.  O primeiro é situar a xustiça no centro da reflexón sobre a política, o que, num mundo cada vez mais desigual e global, marcou o caminho de toda unha xeraçón de filósofos que aprendeu a tomar consciência de que non se pode ignorar a realidade social e política mais importante do nosso tempo: as enormes inxustiças e sofrimentos provocados pela pobreza e a desigualdade.  Rawls abordou a questón da xustiça social no início da segunda metade do século XX, num momento em que a filosofía académica dominante estava desiludida com o fracasso das utopias políticas que se tinham sucedido durante a primeira metade do século, abertamente entregue ao liberalismo e ao utilitarismo e dedicada quase em exclusivo a pensar a linguaxem, incluindo a linguaxem moral (seguindo a fascinante herança de Wittgenstein:  “Os limites da minha linguaxem son os limites do meu mundo”).  Os movimentos sociais da segunda metade do século XX (direitos civis, Maio de 68, feminismo, correntes antinucleares, ecoloxía…), o interesse em cimentar as bases teóricas de um Estado social ainda inexistente na sua terra natal, os Estados Unidos da América, bem como a sua non despicienda experiência de vida, marcada por unha sorte pessoal que, num sentido moral profundo, ele considera non merecer, acendem definitivamente a paixón pela xustiça em Rawls, mais concretamente através do interesse na elaboraçón de unha teoría que respeite tanto a liberdade como a igualdade dos cidadáns.  A pergunta que orienta todo o seu pensamento, e que se pode ler nas primeiras páxinas do seu libro mais conhecido. é a seguinte: “Qual é a concepçón moral da xustiça mais apropriada para unha sociedade democrática?”.  E a resposta, embora complexa, como veremos, xira em torno de unha intuiçón fundamental: a xustiça de unha sociedade mede-se pelo destino reservado aos mais desfavorecidos.

ángel puyol

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

.

IMG_1174

IMG_1032

O Romantismo indixeneísta de Alencar.

IMG_1109

IMG_1160

O Mundo como vontade e representacion.

.

IMG_1178

IMG_1190

Um monumento do comun, a Fala Galaico-Portuguesa.

..

IMG_1207

IMG_1148

IMG_1216

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

               montaigne (os ensaios)

               Único no panorama filosófico do outono do Resurximento.  Montaigne lança, com a sua obra, um desfío póstumo ao pensamento crítico: a autêntica filosofía, a filosofía non escolástica, é arte de viver e processo de formaçón permanente da mente e da moral.  O seu libro (os Ensaios), único no seu xénero, propón-se fazer sair o intelecto do sonho dogmático dos eternos menores, dos andarilhos do poder na sua complexa fenomenoloxía (que o bordalês diz odiar na sua forma activa e passiva), do universalismo “mau”, da condenaçón da alteridade nas suas múltiplas formas (selvaxens, hebreus, turcos…), “idola” que impedem o exercício da “peneira” do intelecto.  Montaigne non podía ignorar que tinha construído unha máquina de guerra móvel contra o teatro das máscaras que ocultam a verdadeira face das cousas e non se cansava de reformulá-la como unha experiência que tinha de levar da noite do hábito para o día da liberdade, da opacidade tenebrosa da caverna platónica, evocada no capítulo “Do Costume” (1,23), para a luz. De qualquer forma, a experiência do suxeito abrirá a reflexón de Montaigne a unha espécie de abismo da reduplicaçón e da duplicidade de si mesmo (o eu é duplo em si mesmo, o eu de agora e o eu de depois son dous, sem saber qual é o melhor) e levá-lo-á, no último capítulo dos “Ensaios” (Da Experiência), a configurar o estudo e a análise crítica de si mesmo e da sua metafísica e da sua física (“Eu estudo-me … é a minha metafísica, é a minha física”: III. 13).  Enquanto isso, a experiência do mundo será possível graças a unha nova forma filosófica que se esforça por penetrar e rasgar a crosta e a força da aparência de um mundo falaz e ilusório, abandonado à impotência de unha razón pretenciosa e “desmancha-prazeres” e de unha moral escolástica que se recusa ao movimento da vida, à sua capacidade de metamorfose.  Ao pôr à prova, no capítulo “Filosofar é Aprender a Morrer” (1, 20), o princípio xenético, que consiste no esforço de retirar a máscara a palavras, pessoas e cousas, reforça a consciência da intrínseca temporalidade da existência, do nosso ser substancial:  “O tempo abandona-me, sem ele nada se possui” (Do Governo da Própria Vontade: III, 10).  A vida, vive-a aperfeiçoando a sua obra-prima: realizar plenamente a complexidade temporal e espacial do humano, submerxir-se na infinidade das suas formas, a vicissitude que deriva do centro propulsor da natureza, guia sábio e xusto.

nicola panichi

oooooooooooooooooooooooooooooo

IMG_1194

IMG_1127

IMG_1141

!Never more!, !Never more!

.

IMG_1028

Pedro, ameaça voltar.

.

IMG_1045

José de Almada Negreiros, poeta sensacionista e narciso do Exípto.

oooooooooooooooooooooooooooooo

      Falar de marxismo e de actualidade pode parecer contradictório.  Neste livro, pretende-se explicar porque non o é, mostrando quais os aspectos da tradiçón marxista que ficaram indubitavelmente obsolectos e quais, por outro lado, conservan a sua actualidade. E convém começar por afirmar que neste mundo vertixinoso, onde tudo caduca rapidamente, há algunhas realidades que, desde os tempos de Marx, non mudaram assim tanto como ás vezes se quer fazer crer.  Ouve-se dizer, por exemplo, que xá non existem “operários” e “capitalistas”, mas “empreendedores”.  O discurso das classes sociais que tanto caracteriza o marxismo foi superado, diz-se, pelo advento da economía do conhecimento, pelo crescimento do sector terciário, pelos fundos de pensóns investidos na bolsa e por tantas outras cousas.  Em resumo.  Marx estudou a sociedade moderna e há xá bastante tempo que vivemos nunha cada vez mais imprevisível pós-modernidade.  Ora bem, tanta novidade desvanece-se tán rapidamente como, a título de exemplo, a roupa que usamos no día a día.  Algunhas notícias de Maio de 2015 podem servir-nos para unha pequena reflexón.  Por esses días, um importante xornal publicava a seguinte reportaxem:  “Quem faz a sua roupa: mulher xovem, asiática, com um salário de 40 euros por 12 horas de xornada”.  Atentemos nestas linhas de resumo do artigo: “A Coordenadora Estatal de Comércio Xusto publicou um relatório sobre a situaçón do sector têxtil no mundo, um sector que esconde “situaçóns de escravidón moderna”: as organizaçóns denunciam que as grandes indústrias da moda continuam a violar os mais elementares direitos do trabalho”.  Pouco depois, o mesmo xornal publicava a seguinte manchete:  “Ehsan Ullah Khan, o líder contra a escravatura infantil que incomoda as grandes multinacionais”.  Depois, podíam ler-se as seguintes linhas:  “Este paquistanês assegura que 100% da produçón de Zara na Ásia é assegurada por mán de obra infantil”.  Assim, as condiçóns laborais daqueles que, tudo leva a crer, fabricam a roupa que provavelmente estamos a usar eram descritas com as seguintes palavras: “Um menor que trabalha numa fábrica do Paquistán, do Camboxa ou do Bangladesh entra ás 4 da manhán e sai ás seis da tarde.  As xornadas rondam entre as 10 e as 16 horas e o salário non supera os dois euros por día.  As indústrias de roupa, tapetes, futebol ou material médico son sustentadas pelo trabalho de menores, que son vendidos ás máfias ou ás empresas pelos próprios pais”.  Lendo algúns autores pós-modernos e non poucos dos nossos intelectuais da moda, unha pessoa podería, em contrapartida, pensar que as nossas camisas e as nossas saias se coseram a sí próprias em algunha montra global.  Neste mundo xá non há operários, nem em xeral classes sociais, nem, obviamente se possível fosse, devería haber sindicatos nem contractos colectivos.  As cousas aparecem e desaparecem no mercado como por artes máxicas.  Isso foi precisamente aquilo a que Marx chamou, há xá dous séculos, o “fetichismo da mercadoría”.  E nesse caso, como em tantos outros, a sua análise non só continua a ser acertada na actualidade, como, além disso, fica um pouco aquém.

carlos fernández liria

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

IMG_1054

O louvor da Natureza.

.

IMG_1128

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

     A vocaçón de Dostoievski non foi quebrada no penal de Sibéria, nem no Batalhón de Castigo de Semipalatinsk, e por isso quando o escritor regresou a Santo Petersburgo em 1859, o primeiro que fixo foi reanudar a sua truncada carreira literária.  De imediato, neste mesmo ano, publicou dous românces curtos: O Sonho do Tio (Diádiuskin Son) e O Povo de Stepánchikovo (Seló Stepánchikovo), que todavía se mantinham ancoradas na mesma linha do seu primeiro românce, Pobres Xentes.  Mas despois destes dous títulos apareceu, Humilhados e Ofendidos (Unízhennye i Oskosbliónnye, 1861), a primeira obra que iniciaba unha série de grandes românces, que iban galonar a etapa literária mais fecunda de Fiódor Dostoievski.  Ó mesmo tempo que pugnavam por abrir o caminho a unha nova literatura que fora expresón da visón do mundo adquirida nos anos atroces transcurridos em Sibéria.  Dostoievski axustou as contas ó seu passado de presidiário com:  Apontamentos da Casa dos Mortos (Zapíski iz Miórtvogo Doma, 1862), estremecedor relato autobiográfico, que Iván Turguéniev comparou com o Inferno de Dante Alighieri.  Tudo tinha mudado em relaçón á primeira etapa do escritor, e assím, nos Apontamentos de um Home do Subsolo (Zapíski iz Podpólia, 1864), apareceu a tipificaçón do moderno “home supérfluo”, da civilizaçón urbana.  A plenitude do novo Dostoievski, transformado polos anos de sufrimento e dono de recursos novelísticos muito mais âmplos.  Em 1866, com Crime e Castigo (Prestuplénie i Nakazánie), unha das obras mêstras da novelística europeia do século XIX.  Logo vêm, O Xogador (Igrok, 1867), transposiçón da paixón polo xogo que atenazaba ó próprio escritor durante estes anos.  Continua-mos com O Idiota (Idiot, 1868-1869),  românce no que Dostoievski relata a história do príncipe Myshkin, personaxem bondadoso e idealista que, qual moderno Don Quixote, trata de fazer o bem e que termina completamente fracassado.  Despois de publicar, O Eterno Marido (Viechni Muzh, 1870), Dostoievski marcou um novo hito na sua produçón com o românce Os Demónios (Besy, 1871-1872), o “libro da grande ira”, como o definiu um crítico da época, pois nel denunciou a natureza eminentemente destructiva que se escondía detrás das proclamas revolucionárias dos nihilistas rusos.  Este românce causou um grande impacto e pode-se afirmar que, a partir del, Dostoievski convertiu-se em mentor espiritual da sociedade rusa do seu tempo.  De acordo com esta funçón de guía, foi redactando entre 1876 e 1880 o seu Diário de um Escritor (Dnevnik Pisátelia), no que insertou notas de crítica literária, comentários sobre política internacional e certeiros análises sobre a realidade social rusa, e também algúns contos como O Sonho de um Home Ridículo (Son Smeshnógo Chelovéka).  A sua extraordinária produçón literária, na que cabe xuntar todavía um título de 1875, O Adolescente (Podrostok), chegou á sua culminaçón em 1879-1880, com Os Irmáns Karamázov (Brátia Karamázovy).  O próprio Dostoievski, considera ésta obra como o melhor dos seus românces, e é unánime a opinión de que é unha das grandes criaçóns da literatura universal.

r. b. a. editores, s. a. – barcelona

oooooooooooooooooooooooooooooo

IMG_1193

IMG_1197

Por Toutatis Taranucus.

.

IMG_1218

IMG_1195

IMG_1106

O Vitalismo.

.

IMG_1196

IMG_1157

IMG_1205

IMG_1211

IMG_1080

Noticias da revolta dos Sertoes.

.

IMG_1115

.

IMG_1116

.

IMG_1166

Obra Lírica recopilada baixo o nome de Camoes.

.

IMG_1175

.

IMG_1143

Um fermoso canto em favor da Tragoedia.

IMG_1146

.

IMG_1067

Um intento de atisbar nas diferenças orixinais, entre as Xentes do noroeste peninsular e as Espanhas.

IMG_1073

A Cana do Açucar, o Maranhao e os escravos.

.

IMG_1199

Hispania Romana.

.

IMG_1182

IMG_1134

.

IMG_1151

Até quando Catilina, abusarás da nossa paciencia.

.

IMG_1121

Louça e Azulexos da fundacion Gulbenkian.

.

IMG_1162

.

IMG_1176

IMG_1137

IMG_1325

UNHA SELVA, SELVAGIA E FORTE.

.

IMG_1272

Sob o nome do lexendário Platon, agrupouse um numero importante e heteroxénio de documentos conservados da filosofia Grega arcaica.

.

IMG_1303

Demóstenes e a Cannon da Oratoria.

.

IMG_1263

Este trabalho de recopilacion do saber antigo, parece ser que foi feito por Neo-Platonicos, para a Biblioteca de Alexandria.

.

IMG_1241

O Decameron de Boccaccio.

.

IMG_1319

.

IMG_1318

A Republica é um proxeto utopico, de inspiracion Pitagorica.

.

IMG_1291

.

IMG_1255

Coleccion Gredos de Literatura Medioeval.

.

IMG_1253

Literatura e Filosofia, baixo um prisma peculiar.

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

               Na mitoloxía grega, Dioniso (Diónysos) é o deus das vindimas, do vinho e da embriaguez. Neste sentido, Dioniso é como os restantes deuses: unha figura que serve para designar unha parte da realidade, da mesma forma que Eros é o deus do amor e Deméter a deusa da fertilidade.  Mas Dioniso é unha divindade especial: é também o deus da contradiçón, um deus que acolhe no seu seio todas as contradiçóns do mundo.  Com efeito, além de ser o deus de algo em particular (o vinho e o éxtase), é, de algúm modo, o deus de tudo em xeral, o deus que reúne no seu seio a totalidade do existente.  Nietzsche utiliza, por conseguinte, “o dionisíaco” como metáfora para expressar a vida no seu conxunto, a vida em toda a sua pluralidade, movimento, caos, contradiçón.  Antes de desenvolver a sua crítica à metafísica, o xovem Nietzsche vê no “dionisíaco” um nível superior ou fundamento último da realidade (a que também se refere com nomes aparatosos como “o Universal-natural” ou “o Uno primordial”).  Em O Mundo como Vontade e Representaçón (obra que, como sabemos, influiu de maneira crucial em Nietzsche quando era estudante),  Schopenhauer considera que, por trás da multiplicidade de fenómenos do mundo, se esconde unha única força cega e irracional, a Vontade.  Tudo o que existe, todos os seres individuais son na verdade unha obxectivaçón no espaço e no tempo da Vontade; a este facto chamar-lhe-á “principium individuationis” ou “princípio de individuaçón”.   Nessa perspectiva, o mundo é visto como um xigantesco cenário em que todas as cousas, atravessadas por essa vontade insaciável, lutam por existir e perseverar no seu ser.  Influênciado pela filosofía oriental,  Schopenhauer xulga que, enquanto existências individuais, fragmentadas e confrontadas entre sí, os humanos sentem a vida essencialmente como desexo e sofrimento.

toni llácer

oooooooooooooooooooooooooooooo

.IMG_1235

.

IMG_1238

Poemas recitados ou cantados, pertencentes ó ciclo Troiano.

.

IMG_1232

Literatura recitada nas Falas Vernáculas, por un Senhor  Maestro Agustin.

.

IMG_1254

IMG_1244

Aqueles que ousaron ensinar ás xentes.

.

IMG_1228

A Razon non é particular, é Razon Comun a todas as cousas.

oooooooooooooooooooooooooooooo

O PAVILHAO CHINÊS

.

               Das deliciosas meninas burguêsas, que vinham pola semana, alá pelos felices e farturentos anos da louca xuventude.  Ás interessantes (baixo muitos pontos de vista), artístas de teátro e televisón, cuxas, deslumbram na noite lisboeta, xá demasiado ateigada de infindos turístas.  Do discreto encanto da burguêsia buñueliana, á autêntica traxédia nietzschiana.  Todo o Amor, é um páxaro multicolor, com a plumaxe do qual nos encantamos e desencantamos, nós mesmos.  Ignorantes á Vontade dum Universo determinista, contra o qual Schopenhauer nos acautelou como um pai.

“Meu Amor!  Meu Amor!

Meu corpo, em movimento.

Minha vóz, á procura.

Meu pássaro, cinzento.

Meu limao de amargura!”

               Aconselho, non beber demasiado, porque um começa a cantar, espectacularmente, num derroche de vóz, quasi-lírica.  E, xá non sabe bem o que di!

léria cultural

oooooooooooooooooooooooooooooo

IMG_1248

.

IMG_1316

.

IMG_1251

A Lírica Arcaica, é um dos grandes tesouros da Literatura Graeca.

.

IMG_1246

.

IMG_1247

.

IMG_1245

Sócrates, um Sofista baixo cuxo nome se agruparon textos de Filosofia Dialectica.

.

IMG_1249

.

IMG_1250

O Grande, o Deslumbrante da Comedia Antiga.

IMG_1265

A grande proba para os amantes da Sabedoria.

.

IMG_1252

.

IMG_1274

.

IMG_1264

.

IMG_1234

.

IMG_1270

.

IMG_1320

.

IMG_1278

O Canon da Oratoria.

IMG_1233

.

IMG_1266

.

IMG_1302

.

IMG_1275

.

IMG_1275

.

IMG_1323

.

IMG_1304

.

IMG_1269

.

IMG_1298

.

IMG_1307

.

IMG_1297

.

IMG_1259

.

IMG_1236

.

IMG_1257

.

IMG_1268

.

IMG_1227

Para seguir metodicamente o index de autores.

IMG_1230

.

IMG_1283

.

IMG_1305

O Romance Historico.

IMG_1267

.

IMG_1289

.

IMG_1322

.

IMG_1308

.

IMG_1286

.

IMG_1290

.

IMG_1260

.

IMG_1243

A Literatura Latina.

IMG_1306

.

IMG_1310

.

IMG_1312

.

IMG_1276

Os Oradores.

IMG_1281

.

IMG_1279

IMG_1299

Do Cannon da Oratoria.

.

IMG_1292

A Traxedia Grega.

.

IMG_1284

Unha paixon perigosa.

.

IMG_1315

.

IMG_1277

Canon da Oratoria.

IMG_1300

Oradores.

IMG_1273

.

IMG_1314

.

IMG_1309

.

IMG_1261

.

IMG_1282

.

IMG_1231

.

IMG_1262

.

IMG_1326

O Homen é o Lobo do Homen.

IMG_1293

.

IMG_1311

.

IMG_1280

.

IMG_1271

.

IMG_1288

.

IMG_1296

.

IMG_1090

A INSTITUICION LIBRE DE ENSEÑANZA.

IMG_1066

Um dos Bardos da Terra.

.

IMG_1026

Viaxe pola costa do Continente Esmeraldo.

IMG_1204

.

IMG_1208

.

IMG_1209

.

IMG_1056

Cantico negro, e Toada de Portalegre.

.

IMG_1098

IMG_1206

IMG_1103

Este libro é um tormento infernal, non polo seu contido, mas pola maneira diabolica da sua extructura.

.

IMG_1154

IMG_1060

A terrivel seca do ano quince.

.

IMG_1024

Daniel.

.

IMG_1027

Agostinho da Silva, o Amor pela …

.

IMG_1055

Unha Cultura arcaica, que se trasladou ó Novo Mundo.

.

IMG_1025

Unha rara Xoia da Literatura Portuguesa.

.

IMG_1040

Teixeira de Pascoaes, Irman da Galiza.

.

IMG_1091

A Luta continua.

.

IMG_1107

Um dos mais lúcidos criticos da  nosa suciedade.

.

IMG_1042

Um fracaso dos Curandeiros.

.

IMG_1031

Singra a nave.

.

IMG_1048

José Lins do Rego, outros mundos profundos.

.

IMG_1081

A Luta Libertadora.

.

IMG_1171

Ética Social.

.

IMG_1136

A Grande Epopeia Aria.

.

IMG_1071

O Amadis.

IMG_1050

A Dura vida dos Fidalgos probes.

.

IMG_1064

A punicion das crenças rústicas.

.

IMG_1104

Apostasia do Imperador Xuliano.

.

IMG_1039

Os Sonetos do Antero.

..

IMG_1053

Outra rara Xoia nossa.

.

IMG_1088

.

IMG_1041

Se bem me lembro? Pelo Doutor Victorino Amnésico.

.

IMG_1095

Os Tesouros do Feiticeiro Cipriano.

.

IMG_1034

Unha “Lumbrera”.

.

IMG_1119

Guerra nas marcas do Miño.

.

IMG_1065

.

IMG_1014

Literatura Gaúcha.

IMG_1086

A teoria Xeral e Especial da Relatividad.   !!Tudo é muy relativo!!

.

IMG_1051

.

IMG_1077

.

Eles comen tudo!   Eles comen tudo, e non deixan nada!.

.

IMG_1058

Memorias da infancia e adolescencia, dum menino de engenho.

.

IMG_1158

Os beneficios da Liberdade.

.

IMG_1126

O Brillante Agustin.

.

IMG_1061

Graciliano Ramos.

.

IMG_1076

.

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

         astronomía (américa do norte)

     Neste artigo, de certo modo, demasiado breve e estrafalário, vamos pondo no conhecimento das xentes que mostran algunha preocupaçón, por um planeta do sistema Solar chamado Terra, e que para nós galegos ésta palabra atesoura um significado demasiado íntimo.  Neste caso, falaremos do continente da América do Norte, levantando o seu passado, e o futuro que se nos depara.  Nasceu há muito tempo, com erupçóns vulcânicas massivas, que expulsaron lava durante miles de anos, nas quais morreron plantas e animais, o que levou a unha perda de metade da vida existente neste pequeno mundo.  Unha “pluma mantélica”, acabou por dividir Panxeia em duas partes, separadas por um novo oceano chamado Atlântico, e unha grande cadeia de vulcâns, a “dorsal centro aceânica”,  que separan as placas americana e euro-africana.  Mas, um dos grandes problemas para a vida, está forxando-se por debaixo da América do Norte, na forma de unha ruptura do continente em duas partes, á altura das Montanhas Rochosas, que evoluccionaría derivando unha metade para oriente, e a outra caminhará cara a nós, para confluir na formaçón do super-continente previsto, e xá conhecido como Eurásia.  Há 70 milhóns de anos, o mar interior desapareceu e como causa emerxirón as Montanhas Rochosas. Aproximadamente há 25 milhóns de anos, enormes erupçóns vulcânicas depositáron nas côncas do Waiomi, grandes quantidades de lava e cinzas. Depois, com o passo dos milénios, a erosón acabou por reducir as Montanhas Rochosas á metade do seu tamanho orixinal, formando unha das rexións mais espectaculáres do nosso planeta.  Enormes glaciáres, formaron os canhóns em forma de “u”, que deixaron as suas cicatrices grabadas na pel do continente. Logo, derretidos os glaciáres, vinheron as torrentes do rios, lagos e mares interiores.  Na parte sul das Rochosas, xá se vai notando um aumento da actividade vulcânica, e unha enorme racha, que irá irremissivelmente partir o continente norte américano, e formar um mar interior, que o separaría em duas partes.  A povoaçón, non têm muita idéia déstas cousas, e tampouco convêm alarmar muito, pois poderíam escapar todos prá cá, o qual provocaría unha nova ondanada de inmigrantes, aínda que estes, como tenhém bastante dinheiro, seguro que seríam recebidos com os brazos abertos.

léria cultural

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

IMG_1084

O Cancioneiro da Ajuda, monumento da nossa Fala.

.

IMG_1047

.

IMG_1132

.

IMG_1201

.

IMG_1150

IMG_1036

.

IMG_1074

Monumento Literario do Regionalismo Brasileiro.

.

IMG_1105

Eu Claudio.

.

IMG_1117

Um Home que trata bem as Mulheres.

.

IMG_1092

Un Reino desconhecido com mais de mil anos.

.

IMG_1049

A Corte na Aldeia de Sintra.

.

IMG_1129

.

IMG_1029

,

IMG_1011

.Miguel tem dereito e razon, na Luta.

.

IMG_1037

Os Sonetos do José Maria.

.

IMG_1078

Ter unha Figueira e unha Videira protectoras.

.

IMG_1149

Um Mestre do Conto.

,

IMG_1082

.

IMG_1133

IMG_1155

.

IMG_1063

Celanova e Celso Emilio

IMG_1165

.

IMG_1012

Es canela Simoninha!

IMG_1043

Unha bella Flor.

.

IMG_1131

Negocios do D’IANHO!

.

IMG_1052

.

IMG_1093

Aqui non escapa nin dios!

.

IMG_1138

Contos d’hum TORGAL.

.

IMG_1135

.

IMG_1153

O Pirronismo.

.

IMG_1200

.

IMG_1069

O Amor polo Celtismo.

.

IMG_1002

Poderoso cabalhero, es D. Dinero.

.

IMG_1125

Xosé Saramago, um homen Civilizado.

.IMG_1177

É um Esperpento.

.

IMG_1114

.

IMG_1173

O Psicoanálisis.

.

IMG_1140

Os Poetas Malditos.

.

IMG_1089

.

IMG_1059

O Tempo dos enxenhos da cana do azucar.

.

IMG_1044

.

IMG_1152

.

IMG_1033

O Indianismo, Romantico.

.

IMG_1147

Todo aquel que desfila ó son de marchas militares, non é digno de poseer unha médula espinhal.

.

IMG_1112

.

IMG_1113

.

IMG_1072

A Progulemata do Amor.

.

IMG_1142

O Romantismo.

.

IMG_1070

En tudo estás, e ti es tudo.

.

IMG_1169

.

IMG_1046

Unha das grandes obras de Aluísio.

.

IMG_1167

.

IMG_1163

.

IMG_1330LIT

 

Deixar un comentario