Un dos nosos guilladenses da diáspora, José Luis Montero, despois de colaborar con diferentes medios de comunicación dixitais como o Diario Liberdade, presentará o vindeiro sábado 27 de abril no Neya Lisboa Hotel, ás 15:30 a súa obra literaria: Começou a Viagem.
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Currículo de Vida a modo de Prefácio afim ao Posfácio
<<Nasci. Como toda a gente, também nasci. Devo o meu nome à lenda da minha casa e à minha madrinha Maria Rosa Montero. Caía o mês de Fevereiro de 1951 quando experimentei o frio de viver fora do interior da minha mãe: Rosalia Montero. Nado no interior da Galiza profunda onde a modernidade da Revolução industrial não arribara, comecei a crescer pensando que era natural beijar a mão ao padre-cura. Na lenda da minha casa, está a lenda da casa pobre que se vê obrigada a virar-se para emigração; Cuba e Brasil viram chegar os dois filhos varões de Luís Giraldez. Manuel e José, reunidos, posteriormente, no Brasil, arrecadaram a sua fortuna. Regressaram ao seu Ponte de Xil querido. No seu retorno encostaram-se a Lisboa. O carrossel familiar começou, então, a desfilar para esta cidade na procura de manter o herdado. São já gerações; sou já eu; sou já um produto familiar de Rosalia Montero e José Maria Montero Giraldez. Sou já um produto dos meus avós paternos e também, em menor medida, da minha avó materna. Produto também do meu tio-avô paterno José Maria conhecido pelo Arrasta; um homem que levou o Cinema e a Fotografia a uma aldeia onde a eletricidade ainda era um bem a conquistar para e por muitos. Fui crescendo depois de sentir o frio de viver. Encostei-me, também eu a Lisboa onde o meu Pai tinha um Bar na fadista Rua da Palma, vulgar casa de pasto, que fez moda. Fui parar, por recomendação de Luís Mello, um aventureiro e grande melómano, ao maravilhoso Colégio Valsassina. Posteriormente, arrecadaram-me para um colégio já inexistente situado na mística e misteriosa cidade Tomar. Nem num, nem noutro me consagrei como estudante ainda que o fosse a tempo inteiro. E continuei a crescer. Comecei a sentir o beijo das musas e a aventura da letra escrita baixo reação psicanalítica. No meu imaginário sentou-se Tristan Tzará. Na fonte da minha sabedoria apareceu um Conde russo chamado Bakunine. Comecei a alargar. Percorri terras do outrora Reino de Leão. Tive filhos; dois filhos altos; fortes; iguais e inteligentes: José Luís e Ricardo. Escrevi. Penetrei no universo Underground. Fiz um curso de Literatura e Cinema. Colaborei em jornais daquém e além Minho. E continuei a escrever. Enchi gavetas; perdi malas e escrevi sem escrever. Comecei, então, a limpar o pó. Comecei, então, a viagem. Este sou eu ou o eu que sei de mim.>>
José Luís Montero
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(Noticia publicada no blog Guillade (Historia, cultura tradicional, persoeiros…)
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