.

O que fazer entón, na e por aquela Espanha que se encontrava na cauda da Europa após o trambulhón nacional de 1898? Na opinión de Ortega, trata-se de desenvolver a perspectiva de cada um, de passar da terceira à primeira pessoa. Ao mesmo tempo, o que unha pessoa debe e pode fazer, debe ser feito com a sua xeraçón: é preciso dar um passo conxunto, criar unha consciência de comunidade. Definitivamente, trata-se de estabelecer unha nova sensibilidade de acordo com os problemas que cada sociedade enfrenta. É preciso racionalizar a actuaçón política, explicar porque Espanha é como é, com a convicçón de que a realidade pode ser melhorada se forem tomadas as medidas adequadas. Neste sentido. o conceito essêncial que Ortega utiliza é o de “ideoloxía”. O pensador denuncia a falta de intesse pola orientaçón práctica do pensamento: as pessoas, encaradas como “massa” descarnada, som pouco esixentes consigo próprias. Todos temos de rexer-nos por unha “ideoloxía” que nos oriente como indivíduos (Ortega falará detalhadamente sobre este assunto na sua aclamada obra “A Rebelión das Massas”, publicada em várias partes no xornal “El Sol”, a partir de 1929). Tem de existir unha vontade de incorporar no comportamento unha série de princípios: unha acçón possui um sentido autêntico quando deriva inteiramente de unha perspectiva assumida, particular, autónoma e própria. Ao mesmo tempo, o futuro apresenta-se como unha xanéla ineludíbel que é preciso enfrentar. Tal como escrebeu em “A Rebelión das Massas”: “quer se queira quer non, a vida humana é unha constante ocupaçón com algo futuro. Desde o instante actual ocupamo-nos do que acontece. Por isso, sempre, sempre, sem intervalo nem descanso, fazemos. (…) Nada faz sentido para o home a non ser em funçón do porvir”.
CARLOS JAVIER GONZÁLEZ SERRANO