
O proletariado, xá forte e numeroso, fruto da expansón industrial, entraba num processo revolucionário aberto, cuxos momentos álxidos forom os meses de Maio e Xunho de 1917, nos quais Espanha esteve à beira da revoluçón xeneralizada. Desde princípios do século, a burguesía industrial de Catalunha e do País Vasco tinha compreendido claramente que o obstáculo principal a sua expansón provinha das estructuras económicas e políticas do país, e que mentras o poder político estivésse monopolizado polo bloque conservador e tradicional (clero, aristocracia e casta militar), Espanha non podería sair do seu atranco. As citadas fraçóns da burguesía iniciaram unha ofensiva encaminhada a desprazar do poder aos partidos que vinham alternándo-se no seu exercício. A sua estratéxia tivo como base psicolóxica, os arraigados sentimentos autonomistas de cataláns e vascos, que pronto adquerem carácter nacionalista e separatista. Estes sentimentos, manexádos convenientemente polo lider da burguesía catalán, Francesc Cambó, constituíram um verdadeiro desafío ao poder central de Madrid. O início da Primeira Guerra Mundial, empurrou a burguesía para abandonar os seus antigos pranteamentos, entregándo-se à acumulaçón de riquezas, e sem preocupar-se em obsolucto da modernizaçón da industria nem de tomar medidas previsoras para fazer frente à fatal crise que habería de produzir-se unha vez pechadas as portas do comercio exterior. Em 1916, em plena Guerra Europeia, Espanha víu a sua terríbel realidade: a situaçón era desesperada, non só porque se arrastraba um déficit de mais de mil milhóns de pesetas, senón porque ademais tinha que fazer frente a novos gastos, pola continuidade da desafortunada campanha militar em Marrocos. Mentras o Estado gastaba o último fundo das suas reservas, as oligarquías monopolísticas enriquecem-se. Naquel momento o Goberno dirixíu-se desesperadamente aos industriais cataláns e vascos com a pretensón de que estes sacaram ao Estado do ponto morto em que se encontraba. Para isto, o ministro conservador de Facênda, Santiago Alba, elaborou um proxecto de reforma fiscal, estabelecendo um imposto directo sobre os benefícios extraordinários obtídos polas sociedades e polos particulares. O referído proxecto adolecía de um defeito, que a burguesía industrial captou rápido. Consistía em que exoneraba do tal imposto aos proprietários agrícolas, o que, unha vez mais, mostraba a influênça feudal sobre as determinaçóns de Estado. Acolhendo-se a esta imperfeiçón, Francesc Cambó em nome da mencionada minoría burguesa, atacou de tal maneira o proxecto nas Cortes que, non só o fíxo fracasar, senón que deu cabo do mesmo Goberno, provocando a caída do conde de Romanones. A mesma burguesía entraba em crise ao limitar as compras estranxeiras em Espanha o ano 1917. Este descenso dos ganhos, anunciába xá o co meço da irremediábel situaçón apurada, na qual Espanha entraría quando a guerra mundial acabára. A burguesía tinha-se mostrado inépta para sacar todas as conclusóns pertinentes que a conxuntura do momento requería. Ademais, ideolóxicamente, movía-se no mesmo terreno dos conservadores. A sua apariçón na política tivo o carácter de unha práctica velada de camarilha, cousa tradicional na Espanha. Xá em 1916, ante a carestía da vida, a classe trabalhadora organizou unha protesta nacional que conmovéu o país enteiro e -claro está- às capas dirixentes. Por primeira vez, a CNT –Confederación Nacional del Trabajo– e a UGT –Unión General de Trabajadores– levarom a cabo um pacto no qual claramente se falaba de revoluçón social. A partir de esta demonstraçón, as pazes forom feitas entre os bloques em discordia; e a burguesía, sobre tudo a catalán, voltou a mostrar o seu carácter reaccionário e intransixente frente às reivindicaçóns obreiras. De aí, que a luta tomára um volûme de verdadeira guerra social. A esta situaçón, xá de por sí complexa, vinherom a agregar-se dous acontecimentos que transtornarom as bases nas quais se fundamentaba a tregua política. Um destes acontecimentos foi a Revoluçón Rusa, que aparecía como um feito trascendental no qual, por primeira vez, a clásse trabalhadora e labrega, lograba tomar a direcçón dos seus destinos. Em Espanha esta notícia actuou como um detonador, e o entusiasmo popular desbordou o marco da cidade, para incrustar-se nas zonas rurais, desencadeándo-se esporádicos movimentos ao grito de “Vivan os Soviets”.
ABEL PAZ