
A VIDEIRA VERDELHO
Meu Verdelho, meu Verdelho. Deixarte non há maneira. És para mím o pán e o vinho, e a côr da nossa bandeira! Esta variedade, com um nome tán nosso, e um tronco vigoroso, de brotaçón entre temperán e média, e maduraçón entre média e temperán, é senssíbel ao oídio e é a uva branca penínsular mais rica em ferro. Debído à grande actividade enzimática oxidativa da côr, os vinhos tendem a desarrolhar tôns dourados. Em muitos casos som vinhos mais herbáceos que frutais, com um característico sabor a feno, anís e fiuncho. Em boca frescos, acídulos, suáves, untuosos, com notábel corpo e um final levemente amargo que prolonga o vinho.
LUGARES ONDE SE PODE ENCONTRAR

Deixa passar, esta linda brincadeira, que a xentinha vai dançar, pra ilhinha da Madeira! Fundada polos escoceses Francis Newton e William Gordon, em 1745, Cossart Gordon, é a mais antiga das exportadoras da Madeira. Em 1808 William Cossart uníu-se à empressa, e em 1861 deu-lhe o seu actual nome. A meádos do século XIX, Cossart Gordon tinha conseguído estabelecer um grande mercado em Norteamérica e afirmába-se que a empresa fletaba a mitade da colheita da ilha. Apesar disto, a empresa continuaba a ser de nacionalidade britânica e conservou unha filial em Londres desde 1748 até finais da década de 1980. Cossart Gordon víu-se mais afectada que o resto das empresas da Madeira pola Prohibiçón de 1920, mas conservou a sua independência como exportadora, até que se fixo parte da Madeira Wine Company em 1953. Actualmente é a segunda firma em tamanho da Madeira Wine Company, depois de Blandy. Os seus vinhos sempre forom de um estilo lixeiramente mais secos que os de Blandy, cuxo mercado foi tradicionalmente o Reino Unido, e mantivo esta diferença até que as duas casas se xuntárom baixo o mesmo tecto. Noal Cossart comenta que 1934 foi um ano excelente, especialmente para o verdelho. “Gordon Verdelho” 1934 (engarrafado em 1986) é um vinho inusual, de estilo muito rico para ser um verdelho. De côr âmbar semiescuro, aromas de queroseno e de madeira queimada, grande complexidade com concentraçón de especiarías aromáticas compensadas por unha descaráda acidéz. Vai-se secando até ofertar um final limpo e vibrante.
.

David Traeger, fundou a sua adega em Victoria no ano 1978, depois de aprehender o ofício como axudante de enólogo em Michelton. Os seus vinhedos están situados em Hughes Creek, ao sul de Nagambie e contenhem cabernet sauvignon, syrah, petit verdot, tempranilho, viognier e verdelho. Ha outro vinhedo de syrah e garnacha em Graytown (Heathcote), prantádo em 1891, que Traeger utiliza para o seu êxitoso tinto, “The Baptista”. Non obstânte, Traeger deslumbra na verdade com o seu Verdelho. Mais conhecida como unha variedade clássica da Madeira, onde dá um vinho rico e semidoce de acidez muito alta, é muito pouca a verdelho que se elabora como vinho seco, ainda que este se puxo cada vez mais de moda em Austrália nestes últimos anos. Traeger prantou verdelho na rexión de Nagambie em 1994, principalmente porque quería evitar ao omnipresente chardonnay. O clíma é muito constânte em Nagambie, o qual permite aspirar a elaborar um tipo de vinho branco delicado e aromático em lugar do habitual enerxético australiano. Em Septembro de 2005 apresentou unha catadura de quinze colheitas verticais de verdelho, de 1990 ate 2004. A coherência do estílo e a qualidade resultarom impressionantes, como o foi a lonxevidade, com colheitas mais antigas. Na sua xuventude o vinho e aromático, com um característico sabor a madreselva e a fruta tropical, que com a idade passa a ser abiscoitado e mais perfumado.

.

Didier Belondrade é um françês apaixonádo pola Península que, quando viaxou a Castela, apaixonou-se também pola uva branca verdelho, responsábel polos vinhos de Rueda. Quando a primeira colheita de “Belondrade y Lurton” saíu ao mercado em 1994, foi como unha revoluçón no mundo do vinho branco local. Quase todos os vinhos de Rueda eram num estílo fresco e afrutádo para consumir novos; mas aquí temos um Rueda com o estílo de um grande branco de Borgonha. A colheita de 2004 foi boa na rexión, e com cada colheita os vinhos de Belondrade apresentam mais equilíbrio e unha madeira melhor integrada. A côr é amarelo claro e, nota-se o roble no naríz quando é xovem, xunto com as típicas notas da uva verdelho: feno fresco e mazán, ademais de casca de laranxa e um toque balsâmico. No paladar o vinho resulta cremoso e fresco, com acidêz bem equilibrada, boa duraçón e um xiro lixeiramente amargo no retrogosto. Estes vinhos envelhecem bem, ao estílo de um Borgonha “village”, desarrolhando algunhas notas de lán molhada e mostrando unha mineralidade calcárea que mais se nota quando a madeira está completamente integrada.
.

LÉRIA CULTURAL