
Sôbolos rios que vao, por Babilónia m’achei e sentado chorei.

Nas últimas viáxes a Lisboa, o tempo non tem axudado mesmamente nada. Padecemos, fortes ventos e chuva fría. Inclúso, no mes de Xunho, polo Santo António, as noites eram penetradas por vento despiadado vindo do mar, que nos colhía em manga curta.

Desta vez, resolvemos passar por Tomar, para conhecer a cidade dos Templários e da coroaçón de Felipe II como rei de Portugal. Fica mais lonxe que o que sería desexábel, pois pensábamos comer no “Chico Elias”, que tinha um bom aspecto, mas, estaba ocupado por dous grupos numerosos. O outro lugar, era um tubúrio escuro e cheio de belinhas encendidas, que foi inundado por unha marea de visitantes. Perante este panorama desolador, acaparador de tudo, non tivémos outro remédio que comer as migalhas, num restaurante popular, frequentado por xentes do país. A comida, sopa á parte, era regular e suficiente.

Olhai, Senhores, esta Lisboa doutras eras, dos cinco-reis das esperas e das trapalhadas reais. Chove, e há um vento desagradábel, encaminhamos os nossos sofridos passos para os frangos do “Bom Xardím”, que antigamente era a Meca dos frangos assados no carbón.

Segunda-Feira, comemos no bairro da Graça, no “Restaurante Piteu”. A verdade é que me surprehendeu, non esperaba tanto. Non comemos nada mal, a comida era boa e abundante. Mas, há que repassar a conta, porque o seu forte non som as matemáticas. Unha factura de cento cinquenta euros, pode acabar em cento trinta euros somente.

Ái amigos! Quem me déra, viver nos tempos passados! Em que a María Severa, andaba a cantar o fado. Á noite, pensábamos ir a um bom restaurante sito em Arroios, mas, como era Segunda-Feira estaba pechado. Logo, deribámos os nossos passos, para outro da vecinhança, mas, desta vez o falho foi meu, que non soubem escolher bem. Os que pedirom bacalhau, penso que forom bem servidos. A “Carne de Porco à Alentejana”, ademais de estar salgada, era esperpêntica, troços pequenos e ameixoas microscópicas. Só había unha maneira de resuscitar este morto, unha garrafa de vinho alentejano “Mouchao”. Que provocou unha eufória colectiva, tanta e tamanha, digna de unha Assambleia Popular Lexislativa.

Terça-Feira, ráudos e veloces, para o “Xardím dos Frangos” de Cascais. Nesta velha casa, agora remodelada à moda moderna, a comida é boa e bem feita. Um “Caldo de feixón verde” esmerado, e unhas “Pataniscas com Arroz de feixón”, grandes e deliciosas.

Desta vés, deu-nos para Arroios, nunca antes despertára tanto a nossa atençón este bairro da cidade. Ainda conserva algúns rasgos de autenticidade. O Restaurante conserva o discréto encanto da modéstia popular, e da comida caseira. Foi “Garoupa cozida com grelos e brocos” e unha purificadora “Sopa de feixón verde”.

Lisboa, é ainda capaz de despertar disquisiçóns filosóficas e conciliábulos nocturnos, quando nela se encontram os grandes poetas e filósofos galegos. Debaixo das velhas árbores do Xardím do Regedor, nunha noite fría de Marçal, apareceu Chico Candeira, como vindo nas asas da deusa fortuna. Acompanhados por unha “Pucelle”, que se permitia a ousadia de argumentar em presença de desconhecidos. Qual Xoana d’Arque, rodeada de viláns. O nosso ego superlativo levantou-se, as manias da grandeza levedárom, e a desmesura transbordou, levándo–nos a discutir os princípios sagrados da Revoluçón Francesa: a Igualdade, a Fraternidade e a Liberdade. E, como se o anterior non fora suficiênte, também o amor como manía possessiva. Tudo descansa sobre um pilar supremo a Igualdade. Sem Igualdade, non há Xustiça nem existe a Paz. A “Fraternidade Universal” é unha harmonia necessária. Mas, a Liberdade é unha falácia. Nunca ninguém a víu, nos nossos quintais! Todos, estivémos sempre grandemente determinádos pola grande Senhora do universo. A Necessidade! E, como protestantes que somos, fortemente determinádos pola Necessidade, escarnecemos do amor possessivo, diante dunha “Pucelle”, Xoana d’Arque porrera dos nossos tempos.

LÉRIA CULTURAL