
Para evitar unha alerxía ao pólem, Heisenberg instalou-se na ilha alemán de Helgoland, no Mar do Norte. Em 1925 estudaba unha forma de calcular a intensidade das linhas espectrais do hidroxénio. Quando um átomo emite luz, non o fái em todas as frequências possíbeis, mas em frequências muito específicas, que podem ser utilizadas para o identificar. Comprehender a razón do porqué destas frequências e ser capaz de calcular a intensidade de cada unha delas, era na altura, um problema em aberto. Sendo o hidroxénio o átomo mais simples, sería lóxico começar por ele. Concentrou-se totalmente no problema das linhas espectrais. Depois de muito pensar, descobríu que a chave podería estar na introduçón nos seus cálculos de certas quantidades que se multiplicabam de unha forma algo peculiar, non comutativa, ou sexa, para as quais “A x B non é o mesmo que B x A”. Isto intrigou-o um pouco, mas como tudo parecia encaixar, decidíu escrever um artigo científico com as suas descobertas. De regresso a Göttingen, mostrou os seus resultados aos seus colegas Max Born e Pascual Jordan, que reconhecerom imediatamente a presença de matrizes nas equaçóns de Heisenberg, algo que tinha passado completamente despercebido. Na sequência desta descoberta, Heisenberg, Born e Jordan trabalharam em conxunto para desenvolver a “mecânica quântica” utilizando matrizes para descrever quantidades observábeis. O seu grande triunfo foi a criaçón da “mecânica matricial”. Também em 1925, e independentemente de Heisenberg e dos seus colegas, o austríaco Erwin Schrödinger estaba a trabalhar na equaçón que viria a ter o seu nome. No seu caso, a motivaçón e o ponto de partida forom bastante diferentes.
AVELINO VICENTE