
Trata-se, de facto, de unha laboriosa guerra de trincheiras, mas que se desenvolve no plano discursivo. Luta-se por tomar um significante como se luta por tomar unha colina. O mais importânte, segundo Ernesto Laclau, é apoderar-se daquilo a que ele chama “significantes vazios”, “significantes non associados a nenhum significado particular” por estarem carregados de sentidos que competem por “enchê-los”, e que apenas tomam partido temporariamente por um deles quando unha nova fronteira os ancora e associa a unha identidade popular que, assim, conquista lexitimidade com unha pretensón universal (Laclau “A Razón Populista). As palabras como “pátria” ou “progresso” som susceptíveis, como vimos, de significar cousas muito distintas. E a batalha ideolóxica crucial é a de saber encher essas palabras –às quais ninguém pode renunciar– do significado que convém. Trata-se de colonizar o discurso a nosso favor, xogando com os termos e com os significados, até se conseguirem apoderar daquilo a que costumamos chamar “senso comum”. A luta dos sectores mais desfavorecidos é por demonstrar que eles som o pobo lexítimo, o verdadeiro pobo, que as suas som as verdadeiras reivindicaçóns da sociedade no seu conxunto. A luta política, diz-nos Laclau, é sempre a luta de unha “parcialidade” para conseguir “funcionar como a totalidade da comunidade”. Em todo o caso, a cousa estaba xá perfeitamente prevista no texto de Marx que citámos ao começo do capítulo: a luta de unha clásse social pola hexemonia consiste sempre em “imprimir às suas ideias a forma do xeral”, do “racional”, do universal e inevitábel. A batalha polo controlo e por atribuir um novo significado aos universais é, loxicamente, crucial.
CARLOS FERNÁNDEZ LIRIA
