
Os “ofitas”, assím chamados por ter adoptado como símbolo a serpente, considerabam qual espírito bom enviado pola celeste “Sophia” ao primeiro home para animá-lo a quebrantar os tiránicos preceitos de “Jaldabaoth”, ou sexa o “Demiurgo”. O dualismo, a antítese e o odio às instituiçóns xudaicas crescen nesta seita, mas non chegam ao ponto de delirio, ao qual chegarom os “cainitas”, cuxos adeptos emprenderom a vindicaçón de todos os criminais do Antigo Testamento (Caín, os habitantes de Sodoma, Coré, Datán e Abirón, etc…), víctimas, segundo eles, da sanha do vingativo e receloso “Demiurgo” ou “Jehovah” dos xudeus. A moral desta seita estaba de acordo com as suas apreciaçóns históricas. Facíam gala de cometer todos os actos prohibidos polo “Decálogo”, lei imperfeita, como emanada de um espírito mau, e seguir o que eles chamabam “lei da natureza”. Mas, forom superados polos “carpocratianos”, que proclamarom absolucta comunidade de bens e de mulheres e déron renda solta a todos os apetitos da carne. Polo que respeita aos dogmas, os “carpocratianos” reducíam toda a “gnose” à contemplaçón da “mónada primeira”, reminiscência platónica que non encaixa muito bem com o resto do sistema. A decadência e ruína da “gnose” chega ao seu final, com as escolas dos “borborios”, “phibionistas”, “adamitas” e “pródicos”, pobríssimas todas no que refere à doutrina e brutalmente extraviádas na moral. Os “adamitas” celebrabam o seu culto enteiramente despidos. Apenas é lícito repetir em língua vulgar o que San Epifanio dixo destas últimas asociaçóns. Dificilmente lograrón os edictos imperiais acabar com os nocturnos e tenebrosos mistérios de “cainitas”, “nicolaítas” e “carpocracianos”. Assím morreu a “gnose exípcia”, mentras que a de Persia e Siria, non maculadas por tais abominaçóns, legárom o seu “negro manto” a outros heréxes, se heréxes forom num princípio e non teósofos, educados fora da relixión cristán e do xudaísmo. Tais forom os “maniqueios”, de quem heide dizer pouco, porque o seu sistema non resulta complicado, e del têm notícia todo o que tenha recorrido as obras de Santo Agostinho. Passa por fundador desta doutrina o escrávo Manes, educado no “maxísmo”, non, nas ensinanças do Zendavesta cuxos princípios alterou com os da “gnose”, que tinha aprendido nos escrítos de um certo Scythiano. Como Simón o Mago e outros pseudoprofectas, apelhidou-se “Paráclito” e “Enviado de Deus”, e anunciou a “depuraçón do cristianismo”, que, segundo ele, tinha dexenerado nas máns dos apóstoles. Redúce-se a teoría maniqueia a um “dualismo” resolvído e audaz: “o bem contradíz o mal, as trébas à luz; Satanás, príncipe da matéria, ao Deus do espírito. Os dous princípios som eternos: Satanás non é anxo caído, senón o xénio da matéria, ou mais bem a matéria mesma. No “império da luz” estabelece Manes unha série de espíritos ou “eones”, que em última análise quedam reducídos a Deus, e non som mais que atributos e modos seus de existir, infinitos em número. Outro tanto acontece no “império das trébas”. Os campeóns do Ahrimán maniqueio, lidan com os de Ormud, incesantemente. Entre os espíritos maus estalou em certa ocasión a discordia; algúns deles quixérom invadir o reino do bem e assimilar-se aos “eones”, porque a tendência ao bem e à perfeiçón é, inxénita inclúso nos príncipes do caos. Deus, para detê-los, soltou unha nova emanaçón, a “nái da vida”, que entrará em contacto com a matéria e corrixíu o seu natural perverso. O filho desta nái, o “primeiro home”, enxendra a “alma do mundo”, que anima a matéria, a fecunda e alumía a criaçón. A parte dessa alma que non se mistura com o mundo vissíbel, torna às celestes rexións, e é o redentor, o salvador, o “Christos”, que tende sempre a recolher os raios da sua luz espalhados na criaçón.
MARCELINO MENENDEZ PELAYO